Coincidências do Destino escrita por Dame de Nuit


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!
Aproveitem!



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O aeroporto estava cheio.

Conversava com minha irmã Jenny enquanto estávamos na fila para fazer o check-in.

- Me diz Annie, qual o motivo de não querer casar ou até mesmo namorar? Vai morrer virgem desse jeito.

- Não faz parte dos meus planos se casar. Tenho um conceito diferente sobre casamento.

- Então me diga! - disse Jenny curiosa.

Algumas pessoas prestavam atenção em nossa conversa. Mesmo com essa barreira eu continuei.

- Pra começar, eu quero namorar sim, mas esse momento não é o adequado. Não quero mais um peso nas minhas costas. - E eu não queria mesmo, já bastam os problemas de escola e da minha família. - Continuando. Casamento para mim é só um papel que lhe garante direitos sobre algo. Uma união estável já basta para mim.

Jenny me olhou com seus intensos olhos azuis, ela parecia confusa.

- Sério você não tem aquele sonho de entrar na igreja ou até mesmo a cerimônia ao ar livre?

- Não. Isso não é minha vontade.

Jenny não falou mais nada depois disso. Percebo que sua mente estava a mil.

Para mim que tenho 17 anos, me considero uma mente mais avançada. Tenho pensamentos muito diferentes dos outros, o que às vezes me afasta, mas já me acostumei.

A moça do balcão nos chama para fazer o check-in. Depois disso saímos à procura de uma lanchonete.

- Jenny? - A chamo. Já estava preocupada, pois a mesma não falava nada. - Você está calada há muito tempo. Tem algo acontecendo?

- Desculpe. - Ela sorri. - É que você falou isso e percebo que é uma triste realidade.

- Olha Jenny, presta atenção, essa só é minha concepção, não quero ser a responsável por destruir seu sonho. Sei que seu sonho é esse, não mude de ideia só por causa de uma coisa que falei.

- Ok! Mas não foi só isso. Fiquei pensando no Josh. Será que ele me ama?

Por um momento me deu pena. Sempre soube que Josh não era uma boa pessoa. Sempre foi mulherengo e quase não dava atenção à Jenny. Mas decido não expressar isso.

- Ei! Infelizmente não posso te dar a resposta. - Levo minha mão ao seu rosto e afasto algumas mechas loiras para que ela pudesse me olhar. - Quem vai decidir isso é você.

- Obrigada! - me responde com um leve sorriso.

Achamos uma lanchonete bem confortável e com poucas pessoas. Procuramos uma mesa um pouco afastada.

Estávamos cansadas da nossa viagem. Passar 6 horas num avião é bastante cansativo e agora para voltar para casa são mais duas longas horas.

Uma voz eletrônica soa e pronuncia:

"Passageiros do voo 7299, com destino a Nova Iorque, embarque imediato pelo portão dois."

- Credo Jenny! - dou uma gargalhada. - Perdemos a hora conversando. Vamos logo!

Saímos correndo em disparada para não perder o voo.

(...)

Vejo Nova Iorque pela janela do avião. Continua a mesma, nublada e cinzenta. Depois de quase um ano no Brasil fazendo intercâmbio, o sol já me fazia falta.

- Sente saudades Annie?- pergunta Jenny.

- Do Brasil ou de Nova Iorque?- pergunto em dúvida.

- De Nova Iorque.

- Para falar a verdade, só um pouco. Faz tempo que não vejo algumas pessoas, mas elas não fazem tanta falta assim.

Sempre tive problemas com minha mãe. Não era feliz aqui com ela. Por isso decidi ir ao Brasil estudar e visitar meu pai. Jenny não queria ficar só, ela ama nossa mãe, mas ela não para em casa. Por mais que ela tenha 14 anos, ainda considero uma criança.

Não quero voltar para casa. Mas infelizmente essa é a realidade.

- Annie, vamos! - Jenny me chama.

- Desculpe, não percebi que já tinha pousado.

Percy

Viajar para tão longe não é o meu forte. Pior se for ao lado do meu pai. Por que ele insiste em me levar? Gosto de Nova Iorque, gosto daqui.

Certo, parece que eu estou mudando de cidade, mas é quase isso. Meu pai decidiu que é bom para nossa relação ficar juntos. Isso é quase irônico, já que ele não passa um dia em casa.

- Pai! Qual é? Eu não quero ir!

- Você vai e ponto! Quero passar um tempo com você meu filho!

Bufei.

Não adianta discutir com o coroa.

- Vou comprar um lanche pra mim.

- Ok! Mas não demore! Nosso voo é daqui a alguns minutos.

Levantei-me dos bancos de espera e sai à procura de uma lanchonete.

Por que o aeroporto tem que ser tão grande? Não há necessidade disso, parece um shopping.

Alguém se choca comigo enquanto eu estava andando. Minha distração é realmente um problema que tenho que consertar.

- Desculpa. Foi mal, não te vi. - falo.

- Eu que peço desculpas, estava distraída.

Ela levanta a cabeça e me olha. Que olhos são aqueles? Cinzas, igual a uma tempestade. Seus cabelos loiros desciam em caracóis até metade de suas costas. O que deixava ainda mais bonita.

- Somos dois distraídos então. - sorrio. - Deixa eu te ajudar!

Ela concede e eu ajudo a pegar suas coisas do chão.

- Obrigada! - ela sorri. Seu sorriso era perfeitamente desenhado em seu rosto. - Tenho que ir agora. Tchau!

Ela sai correndo, apressada. O arrependimento me vem à tona.

- Droga! - falei comigo mesmo.

Como pode ser tão burro Perseu? Devia ter perguntado o nome dela!

Tarde demais para de arrepender.


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Notas finais do capítulo

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