Making Love Out Of Nothing At All escrita por hidechan


Capítulo 1
Capítulo I: Eu sei muito bem como sussurrar


Notas iniciais do capítulo

Olá ;* mais uma fic de AoKaga ~ essa fic é totalmente Slice of life, então não esperem aquele enredo cheio de aventuras ok? ok.

Resolvi postar simplesmente pq os amo s2 e amo escrever. Isso já basta.



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- Kagami!

O ruivo saiu do devaneio piscando por diversas vezes até sua visão recobrar o foco. Seu raciocínio lento resultou em mais uma chamada, agora com um pequeno tom de preocupação na voz de Aomine.

- Viu um passarinho verde? _riu da expressão confusa do amigo _vamos! Passe a bola logo.

Taiga não respondeu, apenas jogou o objeto em mãos para o lado dando um passo despreocupado em seguida, observou o amigo correr para a cesta e lançar com seu habitual arremesso disforme. A cesta de três pontos não surpreendeu, o atleta voltou ao chão com um baque seco não aparentando esforço para o feito digno de um profissional. A bola quicou alguns metros indo parar do outro lado da quadra pequena, Taiga a ignorou o máximo que pode até sentir o olhar pesado do outro em sua nuca, foi obrigado a se mover sentindo cada perna ganhar o dobro de peso.

- ...quer parar por hoje?

A pergunta, gentil de certa forma, deixou Taiga sem graça por um momento. No geral Aomine apenas dava as costas e começava a se despedir quando seu oponente aparentava fazer corpo mole, ele detestava não poder jogar explorando o máximo suas habilidades era um pensamento um tanto competitivo e egoísta, porém era da forma como se sentia. O jogador da Seirin nunca tinha aquele tipo de atitude, o enfrentava em tudo sem dar o braço a torcer – era até um pouco irritante caindo em contradição com a tal preferência de Daiki – por isso acabou por querer saber o motivo de sua distração naquela noite de sexta-feira.

O vento gelado começou a ser um incomodo, a falta de exercício contínuo fez com que os corpos esfriassem trazendo desconforto a ambos.

- Não... _resmungou capturando a bola e a quicando algumas vezes _vamos jogar mais um pouco!

- Está frio _olhou para cima percebendo pequenos pontos no céu que começavam a clarear _vamos comer?

- Está fugindo, uh? _abriu um sorriso maldoso arremessando para a cesta mais próxima, o barulho das correntes presas ao aro fez Daiki virar o rosto com um olhar de surpresa, cá entre nós, Taiga não era bom em arremessos de três pontos.

- Cala boca, passa essa bosta pra cá pra eu te fazer cheirar a quadra mais um pouco _se posicionou.

- Convencido, tenho certeza que está uma ou duas cestas a frente só! Venha, Aomine!

O olhar predatório de Taiga vinha acompanhado pelo sorriso que deixava seus caninos a mostra lembrando um felino, Daiki há tempos já tinha percebido o achando muito bonito e por isso, entre outros motivos, adorava desafiá-lo em tudo. As vezes até criava uma situação oportuna para tal e chamem isso como quiserem! Ele tinha todo o direito que querer algo na vida sem se importar com o que aquilo realmente significava – afinal, era um segredo.

O jogo continuou apenas por mais 15 minutos, novamente o camisa cinco teve que chamar o outro perdendo por completo sua paciência.

- Estou indo, Taiga, to cansadão _se justificou dando a desculpa mais conveniente diante a situação _valeu pelo jogo.

Quicou a bola mais algumas vezes se concentrando e arremessou o mais alto que pode se assemelhando à Midorima, acertou apesar de não chegar aos pés do jogador da Shutoku – que de fato iria reclamar uma vida sobre o arremesso ruim.

O silencio voltou a reinar entre eles e cansado de sentir frio, Daiki tomou em mãos sua jaqueta pendurada horas antes numa falha na tela de proteção em torno da quadra. Estalou os ombros e o pescoço no processo, Taiga já estendia sua bolsa carregando sua própria no ombro direito.

- Obrigado _tomou a alça tendo o cuidado de encostar de leve na mão fria do amigo, reparou um pequeno embaraço do ruivo.

- Então... até amanhã?

Ele teve que se esforçar para segurar o sorriso que veio espontâneo, o que era aquela pergunta? Todo Sábado eles jogavam com os outros integrantes da Seirin, inclusive confirmaram a pouco com uma breve troca de mensagens. Do jeito dele, estava querendo pedir alguma coisa. Algo como ‘ajuda’ talvez.

- Taiga, vamos conversar, sim? Pode fazer algo para comermos no seu apartamento enquanto isso?

E com um sentimento mutuo de concordância, Taiga caminhou para fora da quadra seguido pelo amigo. Amigos, a palavra veio breve em seus pensamentos, eles eram de fato amigos, entretanto o que mais? Desde o final da Winter Cup começaram a sair, no começo apenas para o mano a mano, depois vieram os lanches, o fliperama, o cinema, as tardes preguiçosas na casa do ruivo, os almoços em família na casa do moreno e como se aquilo fosse uma premissa para o futuro, acabaram dando o primeiro beijo, a primeira punheta e a primeira transa. Ok, foi tudo muito rápido e estranho? Não, tudo bem que não foi nada especial – e continuava não sendo – só que a naturalidade entre eles foi o fator mais importante para tal relação chegar àquele ponto. Daiki ainda saia com as meninas de sua escola pelo puro prazer de enfiar a cara num bom par de peitos, Taiga não ligava para isso em ambos os sentidos: não tinha ciúme e também não tinha necessidade de fazer o mesmo. Se satisfazia completamente tendo o homem em sua cama uma ou duas vezes por semana, no geral gastavam um tempo considerável chegando a exaustão. Um sexo agradável, libidinoso e normal.

Seus amigos não sabiam, Kuroko fora o único a perceber a mudança de comportamento e chegou a questionar Taiga, recebeu a confirmação de suas suspeitas com uma resposta simples. Mais uma vez, não era nada de especial, então também não perderam tempo contando a todos e combinaram que, como Kuroko, apenas confirmariam caso a pergunta viesse. Da mesma forma fora com a família Aomine, seus pais ficaram perdidos com o fato de seu filho único estar saindo com um homem, porém resolveram apenas ignorar já que tal assunto não tinha afetado em nada o moreno.

É claro que a senhora Aomine fez algum escândalo quando soube e ainda bufava toda vez que se lembrava do assunto. Mãe será sempre mãe afinal.

O caminho decorado até o apartamento naquela noite fria parecia mais deserto do que o normal. Aomine aproveitou para passar o braço em volta dos ombros do mais novo deixando o gesto de carinho demonstrar que dessa vez estava disposto a ouvi-lo sem provocações.

- O que quer comer? _agarrou a cintura alheia com o braço direito conseguindo assim um contato maior e mais facilidade no andar.

- Curry. Ah... não, massa. Na verdade estou com fome então comeria qualquer coisa.

- Também, vamos fazer alguma coisa rápida.

- Uhum... _respondeu distraído ao celular, avisaria sua mãe que não voltaria para casa.

- Hoje está bem frio _apertou o abraço chamando com isso a atenção de volta para si _me pergunto se vai nevar logo _se lamentou, as quadras ao ar livres ficavam escorregadias.

- Também, bom, ainda podemos jogar no centro esportivo e tem quadra profissional _brincou com a fumaça branca que lhe escava dos lábios.

Taiga achou divertido e fez o mesmo, Daiki achou convidativo e iniciou um beijo que, para a surpresa de ambos, veio cálido. Logo o abraço agora se dava por completo entre o casal, o moreno aproveitou para acariciar as costas retribuindo o carinho nos cabelos, típico do outro.

- Está tudo bem? _sussurrou ainda com os lábios próximos _por que está desanimado hoje?

- ...me desculpe _foi beijado novamente, agora com um selinho demorado.

- Sabe que pode me dizer.

- Acho que não sei explicar na verdade _fez uma pausa e acabou sorrindo _no momento me sinto bem.

A sinceridade foi suficiente para fazer o outro sorrir também e voltar a caminhada. Não é como se não se preocupassem um com o outro, o assunto só nunca foi muito explorado por eles; sentimentos e tudo mais. A forma como viam o mundo, os segredos dos passados, nada daquilo era discutido. Literalmente dois idiotas que só queriam saber de basquete e sexo. Simples como duas rochas.

---- + ---------------

- Satisfeitíssimo! _Aomine exclamou largando o talher dentro do prato com um barulho agudo _obrigado pela comida.

- Hum... nossa, estou exausto _pendeu o corpo para trás recostando no sofá _deixa a louça ai.

- Kagami, não durma de barriga cheia!

- ... _esboçou um pequeno sorriso estendendo os braços _não sou mais criança.

- Sempre te dá dor de estomago _se ajeitou no colo oferecido puxando a coberta sobre ambos.

Não teve jeito, Taiga acabou adormecendo ainda que sentado. Os minutos vieram e foram prendendo a atenção do companheiro no jogo da NBA, depois que o camisa sete perdeu uma cesta de três relativamente fácil, o espectador desistiu desligando o aparelho com um toque breve no controle remoto. Ficou a olhar para a tela escura sentindo a preguiça de ir para o quarto lhe consumir aos poucos.

- Kagami _o empurrou de leve com seu próprio peso _vamos deitar, não me ignore ou te deixo aqui sozinho. No frio.

‘Frio’ foi a palavra mágica da vez, Taiga se levantou a muito custo e ambos se jogaram na cama de casal, voltaram a se abraçar antes de dormir. Um pouco antes de se render, Daiki pode ouvir a chuva começando pesada do lado de fora.

[...]

Ele morava com os pais e no momento se encontrava sozinho, apenas olhando para a janela, desejava conversar com alguém. Não é como se não tivesse nenhum amigo, porém ao mesmo tempo sentia que não tivesse nenhum. Deu uma olhada ao redor, seu quarto, pequeno e mal arrumado, era alvo constante de brigas e justamente o motivo daquela que se iniciou de repente: sua mãe, uma mulher esguia e alta, brigava consigo gritando em plenos pulmões. “Arrume isso tudo já!” Esbravejava ameaçando tirar o garoto do time de basquete. No mesmo instante não estava mais em seu quarto, o quadra de basquete se materializou inexplicavelmente atraindo a atenção do moreno, nela Taiga quicava uma bola qualquer e ia se distanciando cada vez mais pelo lugar que agora se estendia para muito longe. Como era horrível a sensação de querer gritar e não conseguir! Sua garganta não parecia ter as malditas cordas vocais, felizmente descobriu que podia sussurrar; o que nada lhe adiantava uma vez que o amigo estava já a muitos metros de distancia. Por que aquele idiota não tentava passar por si? Estava indo com o caminho livre até o outro lado, na direção oposta. “Olhe para mim, Taiga!”

O sonho confuso continuou fazendo o moreno balbuciar palavras desconexas, Taiga o puxou para mais perto de si de forma inconsciente, o corpo gelado acabou despertando o mesmo que abriu os olhos minimamente. Que horas poderiam ser? Por causa da janela fechada totalmente qualquer luz vinda do lado de fora era barrada, então só lhe restou olhar no celular.

- Taiga, pare de se mexer _apesar da reclamação, se agarrou ao amigo usando o máximo de seu corpo _que horas são?

- Oito e pouco _voltou a fechar os olhos adormecendo de forma quase instantânea.

Taiga só voltaria a abrir os olhos muitas horas depois, com um Daiki parcialmente acordado em seu lado mexendo no celular de forma despreocupada; aparentemente respondia uma mensagem de conteúdo longo. Se espreguiçou aproveitando para estalar as costas e tornozelos provocando alivio nas juntas.

- Fome?

- Fome _respondeu sem tirar os olhos, ainda que semicerrados, do aparelho _aqui ou fora?

- Tá chovendo _nesse meio tempo se ocupou em abrir uma pequena fresta na janela _e vai nevar.

Deveria ter pão e algum doce no armário de qualquer forma. Concordaram que sair era apenas um gasto de energia e preguiça.

Apesar de estarem numa cidade relativamente grande com entretenimentos ao redor, garotos de 17 anos insistiam em continuar fazendo sempre as mesmas coisas: nada. Saíram da cama para o sofá e ali estavam, agora de barriga cheia, mais uma vez deitados – e mais uma vez Daiki não soltava o maldito celular! O moreno não tinha real vício em tecnologia, seu facebook estava desatualizado e o whatsapp bombando de mensagens antigas, era praticamente impossível o encontrar online em redes sociais.

- Então por que diabos?! _acabou pensando alto atraindo a atenção alheia.

- O que? _perguntou com expressão de surpresa tentando entender o que perdera naquele meio tempo de distração.

- Esse celular ai, o que tanto manda mensagem?

- ...ah, particularmente não tenho paciência, mas ultimamente ando gostando disso _resolveu se justificar à cair na provocação _mesmo assim não fiquem me mandando nada nessa droga de whats.

- To ligado.

O silencio voltou sendo cortado vez ou outra pela tv, entediado, Taiga voltou ao assunto.

- Alguma da sua escola? Podia me apresentar pelo menos uma _estalou a língua no céu da boca.

Não queria sair com ninguém era verdade, mas também não ligaria de gastar uma tarde com uma garota para variar; sentia até saudades de ter aquele ar feminino a sua volta. Daiki não captou nenhum ciúme em seu tom de voz, queria poder zua-lo, porém sabia que receberia uma reação nada divertida caso fizesse. Ambos sabiam que aquele sentimento não se fazia presente.

- Vou ver, tem umas que saem só por causa do basquete... _sua voz diminuiu se distraindo com a tela do Iphone, abriu um pequeno sorriso antes de apertar o botão superior o bloqueando _na Seirin tem de monte, não? Ou é tímido demais para aceitar alguma?

- Uh... _coçou a nuca ficando sem jeito _difícil explicar, não gostei de nenhuma sabe.

- É só para dar uns pegas? Basta escolher o corpo e o rosto _ambos riram sentindo um pequeno pesar nos ombros, parecia uma coisa machista só que sinceramente o mundo deixara de ser assim a muito tempo; eles tinham certeza que só eram escolhidos por fazerem parte do maldito clube de basquete _verei se a Kanade-chan tem alguma amiga que te interessa.

- Quem?

- A menina que estou saindo _se ajeitou no sofá recostando na almofada maior, de frente para Taiga _ela é dahora até, já saímos algumas vezes.

- Não, não! Por isso resolveu nevar no outono esse ano. Aomine Daiki interessado em alguém?!

- É sério seu babaca _riu do exagero tentando lhe acertar um chute, ainda que de leve, na coxa do amigo _conversamos sobre várias coisas, ela é divertida e tem notas melhores do que as minhas, só que isso não é legal. Hum, também é boa de cama, meu caralho _frisou a última frase.

- Imagino o tamanho do peito dessa criatura.

- Olha, não são como os da Horikita Maki _fez um gesto obsceno de mãos como se apertasse a parte do corpo em questão _mas da pro gasto.

- Fucking man! Aomine Daiki além de se interessar por alguém, ainda encontrou uma garota perfeita.

- Que exagero _deu os ombros, indiferente _e como não me interesso por ninguém? A gente tá se pegando de qualquer forma.

- Mas aqui é diferente... quero dizer, você sai com outros homens?

- Não... _parou para pensar por um minuto _ah é, tem razão. Agora vem com essa bunda safada pra cá vai _se debruçou deslizando as mãos pela coxa definida de Kagami _fiquei de pau duro.

- Então vou sentar ai bem gostoso agora _frisou a ultima palavra arrancando um gemido de ansiedade.

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- Taiga, me lembrei de uma coisa _seu tom de voz não compatível com a cena (ambos jogados na cama, nus e cansados pelo sexo de horas antes) chamou a atenção do companheiro _disse que iríamos conversar ontem.

- Sobre?

- Você é quem deveria responder, idiota, estava todo estranho lá na quadra _cruzou os braços _sou eu?

- Nã-não Aomine, não foi nada _sua expressão suavizou para um sorriso pequeno _relaxa.

- Não gosto quando está chateado com alguma coisa, me diga se algo acontecer.

- Valeu... banho? _acompanhou com os olhos o outro se levantar.

- Cagando de frio, mas sim! _e correu banheiro a dentro encerrando o assunto.

A preocupação do moreno poderia ser interpretada de mil maneiras naquele momento. Estaria ele cuidando de alguém especial, sendo educado, apenas matando sua curiosidade? A resposta abstrata ficou girando em sua cabeça por algum tempo, não se importar com aquele tipo de situação era impossível! Por mais que não tivessem nada sério um com o outro, (Taiga chegou a pensar que do dia para a noite o sexo poderia ser dispensado sem nenhum problema), ignorar um rosto triste ou distante seria frio demais. Gostou da posição do companheiro, se sentiu acolhido. “Talvez eu deva arrumar uma namorada” Pensou fazendo uma pequena careta de preguiça, relacionamentos davam tanto trabalho. Quer dizer, nunca tivera nenhum firme de verdade, apenas um rolo aqui e outro ali (exatamente como o de agora), só que em algum momento se tornariam íntimos demais, saberia muito um do outro e o encanto acabaria pelo ralo. Enjoar não era bem a palavra, seria mais como descobrir o que se tem por debaixo das características que você achou que essa pessoa tivesse de verdade. Era como se uma hora, fosse impossível continuar moldando a pessoa de acordo com seus desejos, pois ela mostraria por completo sua essência.

- Confuso _disse para si mesmo. Aomine talvez pudesse entender melhor aquele mundo complexo.

Daiki voltou do banho enrolado na toalha, vestiu suas roupas que estavam espalhadas por todo o quarto e voltou a se jogar debaixo das cobertas.

- Me empresta mais uma blusa? E luvas também?

- Hum... luvas, luvas... _pensou por um momento _acho que segunda gaveta.

- Valeu _deu um beijo estalado em seus lábios _caralho! Que frio!!

Se levantou terminando de arrumar suas coisas, jogou a carteira e as chaves dentro da bolsa olhando ao redor a procura de algum outro objeto que poderia lhe pertencer.

- Vou levar o cachecol também, ah cara amanhã já é Domingo _se lamentou _Segunda tem aula _se aproximou da cama onde Taiga permaneceu deitado o tempo todo sob duas grossas cobertas.

- Tenho amistoso Terça!

- Acho que nós também , tchau _arrancou um selinho demorado, não conseguiu se afastar por causa da mão travessa em sua nuca. O selinho passou então para um beijo Frances.

- Tchau, vê se eu apaguei a luz da sala quando sair?

- Beleza.

Os passos de Daiki foram se distanciando pelo corredor, em seguida o barulho da porta sem aberta e fechada sem pressa. Taiga fechou os olhos para mais algumas horas de sono.

O que sentia quando ele ia embora? Quando tudo aquilo tinha começado? O que sentiam um pelo outro?

Na cabeça ruiva era totalmente possível alguém iniciar uma amizade colorida sem nenhum tipo de afeto mais profundo, aquilo que insistimos em chamar de amor. Tinha vontade do corpo, mas não tinha as características de alguém apaixonado. Ciúme, ansiedade, pensamento contínuo, foco no relacionamento. Talvez ficasse incomodado vez ou outra quando estavam juntos e Daiki não saia do maldito celular.

- Normal uh? _resmungou meio entregue ao sono.

Afinal, ele estava dedicando seu tempo para estar com ele! Qualquer pessoa se irritaria o mínimo que fosse. Independente de todas as questões, estava bem daquela forma. Infinitamente bem.

E ele esperava que aquilo não fosse mudar tão cedo.

- Taiga, jogo na quarta?

- Óbvio. E apaga esse cigarro, vai te matar.

- Então morra comigo, uh?

- ...idiota.


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Notas finais do capítulo

Ty ♥

aah ps: estão no começo do 3º ano letivo, mas se conheceram no 2º após a winter cup.