Capitulo 1: “L?!”

 

 “L?!”

 

Watari não sabia o que fazer. Ali estava seu pupilo, deitado no sofá cor pastel, como todo o quarto do hotel no qual se hospedavam, e respirando sofregamente, como se o simples ato de inspirar fosse uma tortura.

 

Derrubou a mala que tinha em mãos e correu até L, se ajoelhando perante a figura tão frágil daquele que considerava seu filho. Tinha o rosto suado e pálido, com as marcas de insomnia mais destacadas, e se abraçava, como se a sala estivesse a 2 graus Celsius.

 

Faziam 23ºC.

 

A expressão daquele senhor era de puro desespero. Não podia perder L.

 

“L, me responda! O que está sentindo? O que houve?”

 

O jovem lentamente descerrou os olhos e abriu a boca para falar, sofrendo visivelmente com tal ato. Com a mesma insegurança, levou a mão ao estômago e gemeu de dor.

 

“Watari... Está doendo...”

 

Watari colocou a mão na testa de L, mas retirou imediatamente.

 

Ele estava ardendo em febre.

 

“Aguente um pouco, L!”

 

Watari tinha de pensar rápido. Levá-lo a um hospital estava fora de cogitação. Como poderia levar alguém cuja identidade deveria ser mantida em segredo a um local público? Não havia tempo para fazer uma ID falsa, era um caso de urgência.

 

Rapidamente, sacou o celular, discando um número qualquer.

 

Imediatamente, foi atendido do outro lado da linha.

 

“Eu preciso do melhor médico, e agora!”

 

 

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Enquanto isso, uma jovem médica caminhava pelo luxuoso hospital, visivelmente entediada.

 

Seus cabelos eram  negros e curtos, chegando aos ombros.Tinha a pele mais branca que porcelana, e os olhos verdes safira realçando-se apesar dos óculos refinados. Se vestia com um jaleco alvo como sua pele, e sapatos de salto que faziam som de “Toc, Toc” quando andava.

 

De repente, seu bipe tocou. Retirando-o do bolso com certo entusiasmo, leu a curta mensagem, mas não menos importante: era do diretor do hospital, necessitando de seus conhecimentos médicos em um local de fora, cujo endereço estava descrito no pequeno aparelho.

 

“Finalmente...”

 

 

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Em cerca de 15 minutos, a campainha tocou, e Watari se levantou em um salto, atendendo imediatamente a porta.

 

Ali estava a jovem. Seu olhar de tédio trocado pela seriedade profissional. Tinha uma pequena maleta na qual levava suas ferramentas e medicamentos, e o estetoscópio no pescoço.

 

“Sou a dra. Sumire. Onde está o paciente?” Ela perguntou, visualizando o local com seus olhos afiados. Era um apartamento dentro do hotel, não poderia ser chamado de quarto. Era enorme, e tudo o que conseguia ver era a sala refinada, tom bege, com uma mesinha no centro, entre uma TV de plasma e um sofá do mesmo tom do local.

 

Watari apontou ao jovem deitado, quase inconsciente, no sofá que ficava na sala de estar. Deu espaço para a médica entrar rapidamente, e fechou a porta atrás dela.

 

A jovem se abaixou perante ao corpo ofegante, colocando a mão em sua testa. Como suspeitava, estava fervendo. Seguiu todos os procedimentos: ouviu aos seus batimentos, apalpou as regiões torácicas e nuca, observou a pupila e o interior da boca.

 

“Qual o nome dele?”

 

“... Ryuuzaki.” Respondeu Watari cuidadosamente, utilizando-se do pseudônimo do órfão.

                                                                 

“Está tão pálido... E a pele é tão branca, tem aspecto doente... Ele sai de casa regularmente?”

 

“Não... Ele raramente sai para fazer qualquer coisa.”

 

“E os olhos dele estão extremamente marcados... Ele tem dormido o suficiente?”

 

“Ele passa noites em claro, às vezes. Normalmente dorme entre 3 e 5 horas por dia...”

 

Ela se tornou ao senhor surpresa. Média de 4 horas de sono diários? Que tipo de insomaníaco era aquela criatura. Se tornando ao jovem, apalpava os braços e estômago, mas não sentia quase nada de massa muscular, ou gordura. Até mesmo ela, magra do jeito que era, tinha pelo menos alguma gordura corporal. Novamente, se tornou ao senhor, mas agora com uma expressão severa.

 

“Qual o seu nome, senhor?”

 

“Watari.”

 

“E o que o senhor é dele?”

 

Watari hesitou um pouco, mas logo abaixou a cabeça e respondeu cheio de culpa.

 

“Seu tutor.”

 

“E o senhor não tomou conta para que sua alimentação fosse regular, muito menos seu descanso e saúde?”

 

Não havia palavras que pudessem descrever a expressão de Watari. Ele se sentia um inútil, o culpado pelo estado quase fatal de seu pupilo.

 

“Estive em viagem durante uma semana, e tinha acabado de voltar quando encontrei Ryuuzaki neste estado...” Ele a fitou, lágrimas naqueles olhos que já viram tanta coisa. Ele se prostrou no chão, curvando a cabeça e implorando. “Por favor, salve-o... Eu... Eu não posso pensar em perdê-lo... Ele já passou por tanta coisa... Por favor... cuide dele...”

 

O olhar dela se suavisou um pouco. Aquele senhor realmente se importava com o dito Ryuuzaki, e sabia que faria o impossível por ele. Respirando profundamente, se voltou ao caso em mãos.

 

“Prometo que farei o possível.”

 

Apalpando a região entre o tórax e o ventre, sentiu algo que a alertou. Imediatamente, inspecionou a região mais atentamente.

 

Watari se assustou com a expressão de urgência da doutora.

 

“O que houve? Há algo errado?”

 

Após alguns curtos momentos, ela diagnosticou o problema.

 

“Ele está sofrendo de exaustão e desnutrição, e também desconfio de desidratação...” Disse rapidamente, se tornando ao senhor. “Há algo mais. O fígado dele está pelo menos 20 por cento maior do que o normal. Me diga, ele tem algum hábito prejudicial? Algum vício, como beber em excesso, ter uma dieta com excesso de gordura?”

 

Watari piscou, e logo se lembrou da principal característica de L.

 

“Ele só come doces.”

 

Ela se surpreendeu, observando atentamente o jovem. Seu quadro era realmente grave.

 

“Temos muito trabalho pela frente...”

 

Fim do Capitulo 1

Notas da autora:

 

Era pra ser maior, mas com a pressa de um certo alguém (né, Ju?! >.<), cortei pela metade... -_-‘

Espero ainda hoje terminar o 2 e, assim que chegarem as férias, escrever bastante!

 

Bem, é isso!

^^

Bjux, e até a próxima!

 

 

                                                                                              By, Fefe-chan