Apenas sonhe ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 18
Capitulo 18


Notas iniciais do capítulo

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— Tem certeza que eles não vão me odiar? – Cris perguntou pela milésima vez, estava inseguro e ansioso. — Set...

— Calma Cris. – O ruivo parou o carro, com um sorriso divertido apertou a bochecha do namorado. — Chegamos á minha casa baixinho. Minha madrasta você já conhece e sabe que é um doce de pessoa e meu pai me apoia e sabe que eu amo você, só você, ele vai te amar também, então confia em mim.

— Tá. Vamos então. – Cris resmungou rapidamente, Set riu baixinho, descendo do carro, o loiro apenas revirou os olhos e o seguiu.

Já em frente a porta da sala, Cris sentia o coração acelerado, não era como se realmente esperasse que o pai de Set o odiasse, mas era estranho para o loiro a ideia de poder chamar o ruivo de amor e agir como um namorado perto de outras pessoas, perto da família dele, a relação dos dois era tão secreta, Cris nem ao menos conhecia o pai dele, que era muito ocupado e vivia viajando.

— Chegamos. – Set anunciou quando entraram, uma jovem loira se aproximou e abraçou o loiro, ele já a conhecia então não foi uma surpresa, já Set fez um bico pequeno. — Oi também.

Ainda abraçado a madrasta de Set, Cris observou um homem alto, de cabelos castanhos e olhos azuis se aproximar. O jovem se desvencilhou dos braços da moça e virou de costas, sentindo os olhos marejarem e a coragem se esvair.

— Ei o que foi? – Set se aproximou e enxugou uma das lágrimas, seus olhos azuis penetrantes fizeram Cris ter um pouco mais de confiança. — Pai? Já chegou?

— Sim querido. – Aquela voz... Cris tampou o rosto com os braços quando Set tentou vira-lo para encarar o homem.

— Ah! Cris desemburra essa cara. – O ruivo resmungou, Cris sentiu alguém cutucar sua cabeça e o encarou rapidamente, para sua surpresa Michael estava a sua frente, sorrindo, e possuía a mesma postura gentil de anos atrás.

— Acho que esse mundo deve ser mesmo muito pequeno. – O homem comentou, abraçando o loiro, que retribuiu emocionado. — E eu tinha razão quando disse que vocês dos se dariam bem.

— Espera. – Set os encarava confuso. — Já se conheciam antes?

Michael riu baixo, Cris notou como Set se parecia com ele nesse sentido. — É complicado. – O loiro resmungou, olhando para o chão. — Não imaginava que esse tipo de coincidência existia.

— Não é coincidência meu amor. – Michael afagou os cabelos de Cris. — É destino, de algum modo, vocês dois estão ligados. – Ele lançou um olhar ao filho. — Talvez ele tenha começado a agir muito antes do que esperam. E acreditem isso é lindo.

~ ~ # ~ ~

Henrique e Lucas tentavam animar Cris, que estava sentado na cama abraçando as próprias pernas, saber que a mãe queria impedi-lo de ser feliz era algo que ele não conseguia entender totalmente.

Se tudo desse certo faltaria apenas um mês para que os dois pudessem se casar e justo faltando tão pouco tempo, sua mãe parecia certa de que queria impedi-los.

Lucas afagava os cabelos de Cris, e Henrique abraçava o mais velho, ambos preocupados com o loiro, que permanecia em silencio.

— Hey. – Cris ouviu a voz de Set e ergueu a cabeça, o ruivo se sentou ao seu lado, sorrindo.

— Então crianças, o que acham de me ajudar a fazer um suco? – Juan comentou, pegando Lucas no colo e segurando Henrique pela mão, os dois, ainda em duvida, decidiram ir junto do moreno, deixando o casal sozinho.

— Ei manhoso. – Set apertou a bochecha de Cris, que sorriu minimamente. — Anos atrás achávamos que era impossível assumirmos nosso namoro lembra?

— Sim. – O loiro resmungou, se lembrando da reação dos pais, um desastre.

— E quando decidimos nos casar, fomos criticados não fomos?

— Sim.

— Isso nos impediu? – Cris olhou nos olhos do noivo.

— Não.

— Então... – Set o abraçou fortemente. — Por que tem medo agora? Sua mãe nunca vai me impedir de te amar... Você mudou minha vida amor, a vida que tenho com você me deu uma nova perspectiva de futuro. – Cris o encarou, surpreendendo-se com suas lágrimas, um sorriso sincero brotou nos lábios do loiro.

— Você também me salvou. E me salva todos os dias.

Set sorriu, se levantando e puxando Cris. — Agora vamos, pois as pessoas que nos apoiam estão esperando por nós.

~ ~ # ~ ~

— Parece que está tarde. – Juan resmungou, quando viu o carro de Michael parar em frente a casa. — Não quero ir embora.

— Nem eu. – Henrique murmurou.

— Larguem de ser teimosos. - Cris apareceu atrás deles, sorrindo para o sogro, Juan puxou Henrique e ambos correram para sala, tentando sufocar Set em um longo abraço. — Obrigado por concordar em levar o Rick também.

— Sem problemas. Mas você está bem? Parece desanimado.

— Estou sim, não se preocupe. – Michael sorriu e bagunçou o cabelo do loiro. — Ei, Set falou com você sobre o Lucas?

— Sim, ele me disse a situação e sobre a proposta que Harry fez. Acho que aceitar ou não depende de vocês dois.

— Eu não sei se é o melhor para o Lucas, afinal Harry é o pai dele.

— Sim, mas ele precisa de ajuda, Harry não vai mudar sozinho, não vai se recuperar no vicio sem a ajuda necessária.

Cris suspirou. — Será que Lucas vai entender uma mudança como essa?

— Cris, ele confia em vocês por que deram a ele amor, carinho e atenção, coisa que ele não tem mais, não tem por causa do vicio do pai. Ele é uma criança, precisa de apoio, se o pai dele não pode dar esse apoio ele vai acabar hora ou outra recorrendo para o mundo a fora. E ai você sabe o que vem não é? - O loiro baixou os olhos, assentindo tristemente. — Ou ele vai mudar o rumo de sua vida para o bem ou para o mal. Se lembra de quando Set era rebelde e inconsequente?

— Sim, não poderia esquecer, mal consigo acreditar o tanto que ele mudou. – Cris admitiu, se lembrando da época em que Set arrumava brigas e confusões com pessoas perigosas, quando não ia as aulas sem a mínima explicação ou quando acabava na direção por desacatar algum professor e isso ainda era o menos pior do que ele fazia.

— Meu filho só mudou por que eu me toquei que minha ausência estava o afetando, ele precisava de um pai, mas eu só era o cara que dava a ele dinheiro e presentes caros e passava meses trabalhando em outras cidades. Você deu a ele algo para amar, assim como você passou a ama-lo. Isso possui muito significado meu jovem.

— Eu ainda tenho um pouco de medo. E se Lucas sentir falta de uma mãe? Ou se acabar sofrendo por ter que dizer aos colegas que foi largado pelo pai com um casal como nós?

Michael riu. — Cris eu criei o Set sozinho até que ele completasse doze anos, foi quando me casei novamente, a mãe dele sumiu pelo mundo e Deus sabe onde habita até hoje. Milhares de pessoas no mundo vivem por ai com famílias de todos os tipos, se o Lucas tiver que falar de vocês certamente será para elogiar, se ele sentir falta da mãe será algo natural, afinal ele a conheceu, mas ele terá vocês para acolherem e darem apoio. Set também sentiu falta da mãe, mas isso não significa que eu não era capaz. E Harry não vai larga-lo, Lucas vai entender.

— É, acho que sim.

— Ainda se lembra do que eu te disse? O destino age sem que percebamos, esse menino ama vocês de uma forma até difícil de entender. Então aproveite isso, pois vocês dois merecem.

Cris sorriu, sem jeito. — Obrigado pelo apoio Michael.

— Tudo bem, você é como um filho para mim, sabe que se aquele dia sua mãe não tivesse te levado de volta para casa, eu te adotaria e faria você se casar com Set ainda com quinze anos. – O homem concluiu com um sorriso e Cris riu um pouco alto.

— Até que não seria uma má ideia.

— Eu sei das coisas parceiro.

— Aham papai, agora vamos atrás do seu sobrinho que provavelmente está assediando meu noivo. – Michael sorriu de canto, seguindo Cris para dentro da casa.


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