As Crônicas do Bardo escrita por Cereal Killer


Capítulo 1
A Warm Welcome




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Me acordei espantado, com os movimentos bruscos da carroça andando pelo terreno acidentado de Falkreath. Ao abrir os olhos, vi que me encontrava amarrado, entre vários homens. Um, a minha frente, estava vestido com a característica vestimenta dos Stormcloaks. Era um nórdico com cabelos loiros que iam até o ombro. Estava sujo e cansado.
- Ei você. Finalmente acordou. - ele disse, voltando sua atenção a mim - Você estava tentando atravessar a fronteira, não é? E acabou caindo nessa emboscada Imperial, como nós e esse ladrão.
Ainda tonto demais para dizer algo, apenas o observei cuidadosamente. Reconheci ele como um dos homens que foram emboscados por uma patrulha Imperial. Fui forçado a ajudá-los, no momento em que os Imperiais me confundiram com um deles e me atacaram. Minha última memória é ter levado uma pancada com o cabo de uma espada de um dos soldados do Império e ter desmaiado.
- Malditos sejam os Stormcloaks. - disse outro nórdico ao seu lado. Diferente dele, usava trapos. Seus braços eram fortes, mas sua postura não era de um guerreiro. - Skyrim estava tão bem até vocês aparecerem. O Império era agradável e tranquilo.
Olhei para baixo e vi que minhas roupas de viajante haviam sido trocados por trapos, usados por prisioneiros. Para onde estávamos indo?
Na minha cabeça, os nomes das cidades de Falkreath. A capital do hold, obviamente, Falkreath; Helgen e Riverwood. Riverwood era de Falkreath ou de Whiterun? Não lembrava.
Conhecia Skyrim pelos livros, mas nunca havia estado na província até hoje. A situação era péssima, mas ainda assim, estava em Skyrim.
- Se não tivessem sido alertados por você, eu poderia ter roubado o cavalo e estar a meio caminho de Hammerfell. Ei, você - disse ele, olhando para mim - você e eu não deveríamos estar aqui. São estes Stormcloaks que o Império quer.
- Somos todos irmãos e irmãs aprisionados agora, ladrão. - disse o homem louro. Ele parecia calmo e confiante: talvez sua fé fosse mais forte que a minha, que tentava planejar um jeito de se soltar, sem sucesso.
- Silêncio aí atrás! - ordenou em voz alta o homem que conduzia a carroça. Utilizava uma armadura leve do Império.
- E o que está errado com ele, hein? - perguntou, apontando para outro homem que estava ao meu lado.
O homem ao meu lado era também nórdico, mas parecia ser alguém importante. Um pano cobria sua boca, impedindo-o de proferir uma palavra sequer. Quando comecei a me questionar sobre quem era o homem sentado ao meu lado, o homem que estava na minha frente disse, em uma voz autoritária:
- Cuidado com sua língua. Você está falando com Ulfric Stormcloak, o seu verdadeiro High King.
- Ulfric? O Jarl de Windhelm? Você é o líder da rebelião. - disse o ladrão, assustado. - Mas se eles capturaram você... pelos deuses, para onde estão nos levando?
O homem a minha frente olhou para a estrada a frente da carroça e disse, sério:
- Eu não sei aonde vamos, mas Sovngarde nos aguarda.
Olhei para a estrada, que chegava a seu fim. A nossa frente, um muro separava a estrada de um vilarejo, provavelmente Helgen. Uma torre era a única coisa visível por cima dos muros.
- Não, isso não pode estar acontecendo. Isto não está acontecendo. - disse o ladrão, amedrontado.
- De que vilarejo você é, ladrão de cavalo? - perguntou o nórdico que estava na minha frente.
- Por que você se importa? - respondeu o ladrão, rapidamente.
- Os últimos pensamentos de um nórdico devem ser de casa. - disse o nórdico, soltando um suspiro.
- Rorikstead. Eu sou... de Rorikstead.
No momento em que a carroça passou pelo portão e as casas dos habitantes dos vilarejos foram vistas, um soldado Imperial falo, em voz alta, com um homem que estava junto a alguns elfos.
- General Tullius, senhor. O carrasco está esperando!
- Bom. Vamos acabar com isso. - disse o homem. O homem estava em cima de um cavalo, conversando com alguns High Elves, provavelmente Thalmors.
- Shor, Mara, Dibella, Kynareth, Akatosh. Divinos, por favor, me ajudem. - pedia o ladrão de cavalos, numa prece desesperada.
- Olhe para ele, General Tullius: o governador militar. E parece que os Thalmor estão com ele. Malditos elfos. Aposto que eles tinham algo a ver com isso. - disse o nórdico que estava na minha frente. - Esta é Helgen. - disse ele, confirmando minhas suspeitas - Eu costumava me dar muito bem com uma garota daqui. Imagino se Vilad ainda está fazendo aquele hidromel com amoras de júniper. - disse, refletindo. - Engraçado... quando eu era um garoto, muros e torres imperiais costumavam fazer eu me sentir tão seguro.
Na frente das casas, pais levavam seus filhos para dentro, enquanto ali perto um carrasco afiava a lâmina de seu machado. Minhas preces começaram: pedi aos Sete, pedi aos antigos Deuses, pedi a todos que pudessem me ajudar. Não iria morrer: não poderia. Minha missão ainda não havia nem começado.


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