Encantos da donzela escrita por Lostanny


Capítulo 2
1.5 Semana um – Mitologia


Notas iniciais do capítulo

♥ Era para se escolher entre mitologia/contos de fadas, porém escrevi as duas. HAUSHAUSHA’ – bom, tava dizendo lá que dava para escrever o quanto eu quiser! KKKKK Então tô postando ao mesmo tempo também né =w= n

♥ Capítulo inspirado na história de Eco e Narciso (Mitologia grega), já aviso que não é uma releitura tão fiel ;33 n

♥ Espero que gostem!



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Momoi acordou em sua caverna fria como em qualquer outro dia. Dormia, acordava, e dormia não muito tempo depois. Estava definhando. Aparentemente essa repetição a que estava submetida se manteria enquanto permanecesse viva. Não havia algo a ser feito. Não tinha ânimo para correr nos bosques como antigamente. Apenas olhar para o céu era o suficiente para lhe deprimir. Lembrava-se dele.

Era melhor se isolar do que ter presenciar aquela visão deprimente perto do lago. Seu amor de infância Aomine Daiki que não saia de perto de sua imagem refletida desde que a havia descoberto.

Aomine estava perdido em sua contemplação de si mesmo.

Satsuki quem tinha levado ambos aquele lugar em primeiro lugar. Sabia que algo perigoso poderia acontecer, porém tinha tanta certeza de que Aomine a protegeria não importasse o que fosse. Foi muita imprudência sua.

Seu cérebro estava preocupado com outras coisas naquele momento.

Estava tão convicta que Daiki acreditaria em si quando percebesse a própria beleza que não se freou.

Não era apenas algo assim que a tinha feito amá-lo. Porém não importava o que dissesse não parecia ser o suficiente para convencer Aomine de que estava séria. Ser apenas a “amiga” lhe trazia muitas limitações. Tinha uma barreira que não a permitia se aproximar depois de certo ponto. Aquela era uma prova concreta de que Aomine podia sim ser aceito pelas pessoas. Principalmente por ela. Era uma coisa que Aomine parecia não mais perceber.

Não tinha tido nenhum problema quando era criança. Porém quando começaram a crescer surgiram problemas. O moreno passou a perseguido pelos outros garotos mais velhos e mais novos. Não lhe era permitido saber o motivo. Também não lhe era permito ver o próprio rosto. Aomine sentia uma angústia com isso mais do que qualquer um, mesmo que não dissesse claramente.

Provavelmente devia achar que aquela era a fonte de seus problemas. E realmente era.

Era belo, e isso fazia chamar atenção demais à medida que o tempo passava. Os outros garotos viam que não tinham “chance” de serem aceitos pelas outras moças da vila com Aomine por perto.

Satsuki o protegia como podia.

O problema ficou pior por achar que se preocupava “apenas” por ser sua amiga de infância.

Aomine se declarou para ela quando completaram 16 anos. Mas Satsuki o rejeitou pensando que ainda tinha sua queda por Kuroko Tetsuya.

Arrependeu-se por ter-se deixado levar pela emoção.

Porém a distância entre os dois já tinha aumentado.

Isso antes de perceber que não queria seu amigo perto de nenhuma de suas amigas. Sentiu-se horrível por isso.

De sentir que seu peito começava a doer ao vê-lo. Era uma idiota.

Que só tinha vontade de cantar e dançar quando Aomine estava perto. Não dava para consertar.

Ele não acreditou em nenhuma palavra quando confessou seus sentimentos há três semanas. E não poderia esperar reação diferente. Mesmo assim ela chorou. Mesmo que não merecesse a preocupação de Aomine com seu bem estar.

E Satsuki ainda queria dizer com todas as palavras que o amava. Sem deixar dúvidas.

Ela teria que violar algumas regras.

“Não deixem que Aomine Daiki veja o próprio rosto e não deixem que saibam nada a respeito de suas “qualidades” antes que saiba lidar com elas.”.

Momoi contou tudo o que sabia a Aomine. Lembrava-se de vê-lo com uma expressão assustada em seu rosto.

Não poderia voltar atrás.

Tinha ouvido de sua mãe há muito tempo atrás outra advertência: “Não se aproxime dos espelhos d’água, Satsuki.”. Agora sabia a que tipo problema Momoi devia ter se mantido longe.

Aomine perdeu a alma. Não sabia o que a beleza de Aomine poderia desencadear no futuro, mas sabia que era bastante cobiçada. Já Satsuki perdeu a voz que lhe era tão bem elogiada. Não poderia fazer mais nada.

Não poderia ser uma esposa decente.

Não sabia cozinhar, lavar.

Era um espírito livre que vivia de seu dom.

Agora esse dom estava perdido em um lugar inalcançável.

Do outro lado do “espelho”.

Seu amor também estava lá.

Do que valeu aquela tentativa quando no fim das contas nunca mais poderia dizê-lo? Não adiantava chorar.

Queria que Aomine sorrisse mais uma vez para ela. Como fazia antigamente. Mesmo que fosse rejeitada outra vez. Que não fosse levada a sério por tê-lo rejeitado no passado.

Satsuki imaginava que tipo de monstro poderia aparecer para enfrentá-los. Tinha refletido e chegado a uma conclusão de que nada aconteceria desde que tivesse o outro ao seu lado.

O resultado? Aomine observava Aomine. E não havia mais espaço para Satsuki ali.

Não percebeu que o seu próprio “eu” podia ser tornar o monstro mais difícil de ser derrotado.


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Notas finais do capítulo

http://eventosmitologiagrega.blogspot.com.br/2011/03/narciso-paixao-por-si-mesmo.html
^ Para quem quer saber mais. Apenas. Até! ♥