Tentei viver sem ti [HIATUS] escrita por ImDisappointed


Capítulo 15
Décimo Quinto Capitulo


Notas iniciais do capítulo

Voltei!!!
Não tenho o que falar... Só boa leitura.
Ahh! Fica para próxima o Bônus Maxerica



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Depois da apresentação dos meus pais, eu acompanhei Camille (Greer Grammer VMA 2014) em uma dança, duas, três... Até perdemos o fôlego, ela adorava rodopiar pelo salão, rindo e esbanjando aquele belo sorriso dela.

Por ser uma princesa, sua presença era necessária em muitos grupos de conversa, e por isso ela me arrastava por todo o salão, mal conversamos sozinhos e, resumindo, não soube sua historia. Camille se cansou de dançar e decidiu ir para seu quarto, e eu a acompanhei. Mesmo cansada ela não me poupou de perguntas, como ‘Por que restauração? Por que a França? Acha que vai sentir falta dos seus pais?...’, e quando não tinha mais nada para perguntar, foi minha vez:

—O que gosta de fazer?- Perguntei observando seus olhos cinza nublado

—Bem, eu gosto de ouvir musica, e desenhar, mas ver o céu a noite é o que eu mais faço... - ela olhou o lado de fora pela janela e eu também, tão estrelado. Peguei sua mão e a puxei para sentarmos na poltrona estreita que estava próxima a janela. Vermelha, por estar sentada em minha perna, ela me olhou confusa. Sorri por ter a visão dos fios loiros soltos.

—Vamos observar um pouco as estrelas- disse por fim e me obriguei a virar para o céu, senti seus olhos sobre mim e tentei ao máximo ignorar.

Eu mais pensava do que observava as estrelas. Tão estranho, depois de tê-la visto na primeira noite, não existia Helena ou empregadas fazendo tudo por mim, ou reis e rainhas andando por todo o castelo, só os olhos dela nos meus, as mãos dela em mim, os lábios dela nos meus... O dia inteiro, me causando febre. Eu poderia muito bem culpar o sol escaldante de Angeles, mas esses delírios, alucinações que eu tenho ao pensar em Camille são causados pela aproximação. Um dia sem ela, sem vê-la me causou isso, sua companhia me agrada. Ela me entende, uma grande amiga.

Virei-me para observá-la, “será?” me perguntei ”Só uma amiga?” indagou-me minha mente. Ela não me observava, mas não demorou a seus olhos mirarem os meus. Sorri, e ela só me encarava.

Tão próximos. Seu cheiro de uva invadia meu nariz, tão entorpecente, que me distrai e com isso nem percebi quando colei nossas bocas. Não percebi o que fazia não até sentir sua língua pedindo espaço, chocado o cedi, e a beijei mais profundamente. Levei minha mão até sua nuca, trazendo-a para mais perto enquanto a outra segurava sua cintura, com medo de que ela fosse embora. Sua mão agarrou minha camisa e a outra a gravata. Mudando minha posição na poltrona, fiz ela ficar de joelhos e minhas pernas entre as delas. Ela agarrou meus cabelos da nuca e eu a beijei avidamente. Conforme íamos perdendo o fôlego, nos dávamos selinhos e por fim colamos nossas testas. Ela riu enquanto alisava minha camisa abarrotada, tentando desamassá-la. Beijei seu pescoço e ela se arrepiou. Tossidas me fizeram fitar o final do corredor e das sombras saíram o rei Maxon que nos fitava com um semblante de risos e tristeza, claro sem perder sua formalidade.

Chocada Camille saltou do meu colo e arrumou o vestido azul, que só agora tinha percebido o quão deslumbrante era. Ela me sorriu e se virou para o rei, fazendo uma reverencia e caminhando pelo corredor. Levantei para impedi-la de ir, mas lembrei do rei e a deixei ir.

Virei para o rei, meio com raiva, meio surpreso. Curvei-me e ao me erguer ele me fitava, procurando palavras certas:

—Você, se não me engano, é filho dos senhores Barcelos- ele disse e eu assenti, não sabendo o que responder.- Vejo que de todos os jovens, você e sua irmã foram os que mais aproveitaram- Não entendi aonde ele queria chegar- Então... Camille Sauveterre Grandchamp?- Ele disse e eu sorri, nunca pensei em seu sobrenome.

—É- disse bobo

—Uma pena- ele disse e eu a olhei não entendendo- Entenda- ele disse explicando- Ela é princesa da França, e você é um morador comum de Illéa. No mínimo, os pais dela vão querer como genro alguém Frances com titulo.- Entendendo, tentei justificar:

—Foi só um beijo- Mas não foi, não foi.

—Eu reconheço um apaixonado- Ele disse triste- Ainda mais se for um bobo apaixonado

—Bem, se nós estivermos apaixonados, o que eu não acho- disse- Com a convivência, os reis da França irão gostar de mim.

—Convivência?! Vai para a França?- ele perguntou

—Sim, os artefatos franceses não podem ser restaurados fora do país, então terei de me mudar. Mas não pretendo ficar lá. – disse pensando se eu era realmente um bobo apaixonado- Meu projeto de vida depende das informações que as vilas de Illéa podem me oferecer.

—Projeto? – Ele perguntou

—Sempre me interessou saber a história dos Estados Unidos e a América Latina e Anglo saxônica, e então eu decidi descobrir- ele me escutou e olhou o fundo do corredor, pensando. Voltando os olhos para mim, ele disse:

—Me siga- E caminhou por onde Camille tinha ido.

Caminhamos pelo corredor e viramos em muitos outros, ele parou e abriu uma porta, deixando um espaço para que eu passasse, cruzei a porta e vi estantes e estantes de livros antigos e novos. Na sala também tinha um computador mais moderno que os da faculdade, e uma mesa comprida com quatro cadeiras e poltronas, me aproximei das estantes e examinei-os. Antigos, desgastados, surrados e cheios de informações. Como não amar? Caminhei para os mais velhos com fitas amarradas.

—Esses livros- disse o rei- Contem toda a real história de Gregory Illea e os motivos da monarquia existir, de Illea existir, porque e como os Estados Unidos se desmanchou... Mas isso você já deve saber- ele caminhou até mim e eu confirmei, mas com certeza eles podem me oferecer mais - Mas não tem a menor idéia do que tinha antes disso, como era a sociedade das América anglo saxônica.

—Bem- disse analisando o livro em minha mão- Eu sei tudo que esta nos livros, e um livro datado de 2020 que pertenceu ao meu avô, e agora é meu porque minha mãe me deu quando contei sobre minha pesquisa- disse distraído e do nada me lembrei das palavras de minha: “Ninguém deve saber dele, okay Ahren!? Nem seu avô me contou sobre ele, mas... bem só não conte para ninguém” “Por quê?” “Só, não conte. Por precaução”

—2020?!- O rei disse e pareceu refletir, e caminhou para outra estante- 2020...- ele repetiu olhando, e puxou da estante um livro grosso, caminhou de volta e abriu olhando o ano de publicação e decepcionado disse:- 2023- apontou batendo a ponta do dedo no numero em negrito. Sorri de satisfação, eu tenho algo que o rei não tem- Bem de qualquer forma... Você pode voltar aqui quando quiser.

—Amanhã é o meu ultimo dia aqui, então não tenho como voltar quando quiser, e eu...- ia dizendo quando ele me interrompeu:

—Pode ficar quanto tempo for necessário, o castelo tem espaço de sobra. Fique até decidir que já não tem mais nada de útil aqui- eu pensei, e cheguei a negar, mas o rei disse:- Pense um pouco mais, não negue. Vá dormir e amanhã me diga sua decisão, talvez algo te faça ficar- Ele caminhou até a porta e saiu me deixando com os livros. Observando eles quase mudei de idéia, então saí de lá e fui até me quarto tranquilamente.

Não tem nada no castelo que me faça ficar

“Bem...”

Não, nada

“Nem mesmo aquela loira que esta observando a porta do seu quarto!?”

O que? Observei Camille que estava fitando a porta com uma feição de duvida

—O-oi?!- Disse a vendo se assustar e se perder

—Você...- ela apontou para a porta-... Onde esteve?- Ela perguntou e eu ri de sua curiosidade

—Por aí... Andando... Descobrindo... –Disse abrindo a porta do quarto, e dando passagem para ela entrar, ela fitou-me e revezou o peso de um pé para outro, seu roupão floral revelava uma camisola longa de seda azul bebê

—O que descobriu?- ela disse entrando e fitando o quarto, fechei a porta e me sentei na cama, ela se sentou na poltrona e mesmo com pouca luz pude ver que ela não usava maquiagem o que a deixava mais bonita, ela se avermelhou ao ver que eu a observava, e sem perder o sorriso bobo disse:

—Que você é a mais bela do palácio- Espera! O quê?! Eu realmente disse isso? Passei a mão nos cabelos nervosamente, enquanto ria em pânico, mas me acalmei ao vê-la vermelha e não saber para onde olhar ‘Mon Dieu!*’ Ela murmurou baixinho e nossos olhos se encontraram, e ao ver seus lábios rosados senti vontade de beijá-la. Ela olhou- me intensamente e eu me perdi nas nuvens que ela carregava. Aproximei-me e pedi sua mão, sem quebrar o contato visual, ela me cedeu mão e a fiz levantar. De pé, envolvi sua cintura com um braço e a trouxe mais para perto. Tocando seu rosto com as costas da mão, admirei sua pele sedosa e bonita. Juntei nossos lábios e a mesma sensação de antes correu pelo meu corpo. Ela é, com certeza, um ótimo motivo para ficar.

Separamos-nos e tomei coragem para perguntar:

—Acha que pode ficar aqui por mais tempo?- disse e ela sorriu

—Posso passar a noite aqui se quiser- ela disse sem malicia e eu sorri

—Não assim- disse- Quero dizer, seria ótimo se ficasse aqui, mas eu quis dizer, se você pode ficar mais uma semana aqui, em Illea?- Perguntei. Ela me olhou curiosa e sorriu

—Ouais je pense que oui**- ela disse- Sim, eu adoraria. - Sorri e a beijei, mas quando acabou ela completou- Mas você terá de pedir para meus pais, ou me dar um motivo convincente.- “Ó gracioso” Pensei.


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Notas finais do capítulo

*Meu Deus
**Sim, acho que sim

É só. COMENTEM
XOXO



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