Royal Academy escrita por Shaiera


Capítulo 5
Capítulo 5 – Lembro, não lembro... Esquece.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas amadas!!
Então... Lá vem capítulo novo!! Esse eu curti bastante escrever...

E voltamos para o POV da Meiko!! aeee o/ Esse é inteirinho com ela...

Não tenho nada a informar vocês... Ahhh! Pera, tenho sim... Eu sempre posto aqui capítulo prontos, porém, eles estão acabando... E não to tendo tempo para escrever eles, só tenho mais um capítulo pronto que provavelmente estará postado aqui semana que vem, mas acabando ele... Vou ter que escrever e postar... to com medinho disso, não vou mentir para vocês! Não costumo ser muito boa em conseguir escrever um capítulo e postar ele na mesma semana, mas irei tentar ok?

Nossa pra quem não tinha nenhum aviso kkkk

Chega de enrolação e bora para o capítulo o/



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POV Meiko

Não acredito que o Kaito está insistindo nesse assunto! Já disse que não sei cantar merda nenhuma, mas o infeliz continua me infernizando com isso, se ele continuar será um homem morto!

Não é que eu esteja com vergonha, medo, ou esteja só fazendo pirraça, nada disso. Qualquer pessoa que estivesse passado pelo que passei, ouvido o que eu ouvi sobre a minha voz, teria aversão a música hoje em dia... Foi muito difícil! Eu amo música, ela é a minha vida! Já houve um tempo em que pensei em viver do meu canto, virar uma cantora profissional, lotar uma arena de show inteira com pessoas que queriam me ver e me ouvir cantar... Mas descobri que eu estava errada, que minha voz é muito feia, se subir num palco acho que mandam o exercito me tirar e lá. A única coisa que eu menos quero nesse mundo é que alguém me ouça cantar!

Estou assustada... O Kaito me ouviu cantando, meu deus! Ele deve ter rido da minha cara... Poxa estava cantando tão baixinho, para ninguém ouvir. Às vezes eu sinto necessidade de cantar, como eu disse eu amo música, não consigo ficar muito tempo sem cantar, mas não quero deixar ninguém surdo ou quebrar espelhos e vidros por aí, então canto bem baixinho, mas parece que cantar dentro do banheiro está totalmente fora de questão agora.

Se eu estou brava com ele por ficar enchendo o raio da minha paciência? Eu estou com vontade de matá-lo, fuzilá-lo e esquartejá-lo. Estou puta, estou aqui tentando encerrar o assunto e o ser vivo continua me questionando, como se fosse um interrogatório policial.

– Desculpe por ouvir você atrás da porta. – Disse Kaito e me olhou arrependido.

– Não, não desculpo porra nenhuma.

– Que tal você ir comigo no clube de canto só para olhar as apresentações?

– Você é surdo? Tem algum problema mental? Eu disse que não vou a porra de clube nenhum cara! Vai tomar no cú!

– Não precisa ficar xingando! – Ele disse se levantando e ficando de pé na minha frente.

– Eu falo os caralhos dos nomes que eu quiser, quando eu quiser, do jeito que eu quiser! – Nessas alturas a pessoa, ou seja, eu já estava aos berros.

Poxa Meiko você perde a paciência muito rápido! Pois é né? Eu sou assim, um poço de paciência e autocontrole, na verdade acho até que deveria ir para uma montanha e me tornar um Guru, sabe daqueles que ensinam como as pessoas devem controlar sua agressividade e viver em paz consigo mesmo? Acho que é minha cara... Fechou! Já sei o que devo fazer depois de terminar o colegial.

– Você é a garota mais mimada e cheia de frescura que eu já conheci! – Ele disse também gritando, olhei para ele com raiva.

Como esse infeliz pode dizer uma coisa dessas? Ele não conhece minha vida, não tem noção do que eu passei, não sabe... Ele não sabe de nada, não tem o direito de me julgar! Eu não sou mimada, até gostaria de ter sido, mas mimos foi uma das coisas que menos recebi durante toda a minha vida, eu nem sequer recebi carinho, atenção e amor dos meus próprios pais.

Engoli em seco e estava lutando contra a formação de um nó na minha garganta e contra as lágrimas que agora começavam a embaçar minha visão. Virei de costas para Kaito.

– Você não sabe nada sobre mim, não pode afirmar nada sobre algo que não conhece. Você não pode me julgar, você não tem ideia de quem eu sou. – Disse enquanto tentava fazer com que minha voz soasse normal e não embargada por toda a emoção que eu estava sentindo naquele momento.

Lembranças da minha infância, de todas as coisas que eu vivi na minha vida, ainda é uma ferida aberta dentro de mim. Às vezes tento pensar em pessoas que talvez tenham vivido algo pior do que eu vivi, porém a dor que eu sinto me diz que não importa o que elas sentem e sim o que eu sinto. Tento esquecer e seguir em frente, mas há traumas que sempre me perseguiram por toda a minha vida, coisas que gostava muito de fazer, mas que agora me trazem tantas lembranças ruins tantos sentimentos tempestuosos que o simples pensamento me causa dor e sofrimento.

Caminhei em direção à porta, precisava sair, respirar ar puro, tirar esses pensamentos da minha cabeça, precisava esquecer esses problemas, essa dor, essa sensação de sufocamento, de não controle sobre as minhas emoções, gostaria de ser forte o tempo todo e que nada me abalasse, mas não sei se um dia eu conseguirei agir assim.

Caminhei sem rumo pelos corredores, passei por alguns alunos, até me sentar em um dos bancos do pátio interno. Precisava beber, o problema é que não tinha trazido nem uma garrafinha, nem me lembrei de disfarçar colocando em uma garrafinha de água igual a Haku...

– Haku! – Esperai, eu disse isso alto?

Caminhei pelos corredores do dormitório feminino, tentando ver se encontrava a Haku em qualquer lugar, não sabia qual era o dormitório dela, então o jeito era perguntar a alguma garota. Vi uma garota loira conversando com uma de cabelo verde, me aproximei delas.

– Vocês conhecem uma garota chamada Haku?

– Sim. – A de cabelo verde disse.

– Qual o dormitório dela?

– O último do corredor. – Continuou a menina de cabelo verde, as duas pareciam novinhas e também pareciam legais.

– Você está de uniforme, mas não estuda aqui? – Perguntou a loirinha.

– Estudo sim, só não fico aqui no dormitório, eu fico num quarto no terceiro andar, porque quando cheguei não havia mais vaga para mim aqui. – Expliquei com um pouco de pressa, quero encontrar a Haku logo.

– Qual seu nome? – Perguntou novamente a loirinha.

– Meiko.

– Eu sou Rin e essa é a Gumi.

– Prazer... E obrigada pela informação, a gente se vê por aí meninas. – Disse quase correndo em direção ao último quarto do corredor.

Quando fiquei de frente pra a porta, dei leves batidinhas e ouvi alguns barulhos de coisas caindo, em seguida parecia que algo muito pesado caiu, parecia até uma pessoa... Espero que a Haku esteja bem. Logo depois a porta foi aberta.

– Oi? – Ela perguntou sem olhar para mim enquanto massageava o joelho direito com as mãos... É com certeza foi um corpo que caiu, o corpo da Haku. – Meiko? É você?

– Claro que sou eu né Haku, por acaso existe algum clone meu?

– O que está fazendo aqui?

– Não vai me convidar para entrar? – Perguntei sorrindo e olhando para a cara de confusão dela.

– Entrar? Aonde? – Ela perguntou mais confusa ainda.

– No seu quarto Haku!

– Meu quarto?... Ah! Sim, meu quarto... Entra, entra. – Ela disse e me puxou para dentro do quarto dela.

Haku querida, o que você andou fumando? Conta pra tia.

– Fala pra mim que você tem mais sakê aqui? – Perguntei me sentando na cama dela.

O quarto dela tinha as paredes brancas, porém só tinham uma cama, ou seja, ela não dividia o quarto com ninguém, será que ser filha do diretor a fez ganhar um quarto só dela? Vô perguntar a ela outro dia.

– Quando eu não tenho sakê? – Ela disse sorrindo

– Eu quero, me dá, por favor, preciso beber! – Eu disse.

Sério gente eu estava desesperada aqui!

Ela caminhou até um canto no quarto e pegou duas garrafas e me entregou uma, abrimos e brindamos, essa seria a primeira vez que iria ficar bêbada com a Haku.

Começamos a beber, com alguns goles ficamos alegrinhas, depois de mais alguns a cara da Haku e a minha cara estava extremamente engraçadas, sério estávamos rindo só de olhar uma para a cara da outra! Quando chegamos à metade da garrafa a Haku começou a chorar e a dizer que a vida dela ela uma merda, nesse momento comecei a chorar junto com ela e dizer que a minha vida também era uma merda, acho que devo ter contado tudo para ela e ela para mim, mas como todo bêbado é uma bênção, não faço ideia do que ela me disse e tenho certeza absoluta que ela não se lembra de um “a” do que eu disse.

Depois disso não me lembro de mais nada, por mais que tento lembrar o que aconteceu depois que eu comecei a falar sobre a minha vida com a Haku enquanto eu e ela chorávamos, não consigo, é como se lembrasse vagamente algumas coisas, mas estivesse faltando partes, na verdade parece um sonho, daqueles que você não consegue se lembrar do conteúdo, sabe que sonhou, mas não se lembra com o que e nem o que estava fazendo no sonho.

Acordei com o rosto da Lola, Miriam e Clara na minha frente, e uma dor de cabeça insuportável, mal conseguia me mover.

– Você está bem Mei-Mei? – Lola perguntou preocupada.

– Não... Eu estou com uma dor de cabeça horrível! – Eu disse e com a ajuda da Miriam e da Clara me sentei na cama.

– Aqui toma esse remedinho aqui, ele deve ajudar. – Ela me entregou o comprimido com um copo de água e eu bebi.

– Porque eu estou no quarto de vocês? – Perguntei percebendo que já não estava no quarto da Haku.

– Porque nós encontramos você e a Haku no quarto dela, as duas desmaiadas de tanto álcool no chão, aí trouxemos você para cá.

– E a Haku?

– Nós avisamos a enfermeira do colégio sobre ela, essa enfermeira sempre cuida dela quando isso acontece. – Explicou Miriam.

– E isso não vai dar problema para ela, e se o pai dela descobrir?

– Não, fica tranquila, aquela enfermeira é gente boa, ela nunca contou para o diretor, e é sempre ela que cuida da Haku quando ela bebe demais. – Respirei aliviada quando percebi que não iria criar problemas para a Haku.

– O Kaito ficou desesperado procurando por você, depois que você saiu e deixou ele sozinho no quarto. – Lola disse para mim sorrindo.

Ah tá, como se eu pudesse ter ido muito longe né. Notícia urgente, uma aluna do colégio Royal Academy acaba de ir para a lua, depois de uma discussão com seu colega de quarto, parece que ela é a primeira mulher a pisar na lua. Ridículo!

– Ele estava te procurando por todas as partes, foi quando encontramos com ele e oferecemos ajuda, depois de muito procurar, resolvemos que íamos ver se você estava no quarto de algum conhecido, aí eu pensei na Haku. Tivemos alguns probleminhas para abrir a porta, nada muito preocupante e sim! Você estava lá!

– Mas como me trouxeram para cá? No braço?

– Não, está pensando que somos o que? As super mulheres nem querendo eu conseguiria te levantar. – disse Lola enquanto gesticulava fingindo não conseguir levantar meu braço.

– Você está me chamando de gorda Lolinha?

– Não! Claro que não Mei-Mei. Você tem um corpo lindo e saudável, fica tranquila! Não disse nada! – Ela disse e eu sorri.

– Kaitito que trouxe você para cá Meiko-chan, e o Leon levou a Haku até a enfermaria. – Ela disse e eu fiz uma careta para o apelido que ela colocou no Kaito, caramba como ficou gay, meu deus!

– Ai, esqueci! Ele pediu para avisar a ele quando você acordasse. – Lola disse pegando o celular e digitando freneticamente.

– Porque eu não fui direto para o meu quarto?

– Porque aqui nós tínhamos remédio, e já estamos acostumadas a cuidar de pessoas com ressaca, você está melhor do que eu pensei que estaria, mas caso precisasse tomar um banho por ter vomitado ou algo assim, preferimos deixar você ficar aqui, do que lá. – Explicou Miriam.

– Obrigada meninas. – Disse de cabeça baixa.

– Seu príncipe encantado já está vindo Mei-Mei. – Lola me disse sorrindo.

– Príncipe? Está falando do Kaito? – Eu perguntei e ela assentiu sorrindo amplamente. – Ele não é príncipe nenhum e eu não quero que ele venha.

– Mas já está escuro Meiko-chan, e você não deve estar conseguindo andar muito bem, ainda deve estar tonta. – Clara disse.

Ouvimos algumas batidas na porta e em seguida a porta abriu revelando o Bruno e o Leon, eles meio de pressa fecharam a porta.

– Ufa! Dessa vez ela quase pegou a gente! – Disse Leon se referindo à monitora do dormitório feminino que ficava de guarda para que nenhuma garota saísse ou nenhum garoto entrasse.

– Você está melhor Meiko-chan? – Perguntou Bruno se aproximando da cama onde eu estava e ficando ao lado da Clara.

– Um pouco... Ainda sinto uma dor de cabeça terrível!

– Vai passar daqui a pouco. – Disse Miriam

– Só preciso dormir um pouco.

– Se quiser eu te ajudo a ir a su dormitorio. – Disse Bruno.

– Não, o Kaito está vindo buscá-la. – Disse Lola

E lá se vai minha chance de ir para o quarto sem a ajuda do Kaito, obrigada Lola.

– Boa noite pessoal, já está tarde e eu preciso dormir, estou bastante cansada. – Disse Clara.

– Uhnnn você e o bruno devem ter aprontado bastante na noite passada não é “Clarita”? – Lola disse rindo e dando ênfase no apelido.

Gente, um dia eu tenho que descobrir qual é o chá afrodisíaco que a Lola toma todo dia.

– Lolita honey, não fizemos anything last night, ok? Agora não sei dizer sobre você e o Leon. – Clara sorriu e cruzou os braços. (Tradução: não fizemos nada ontem a noite)

Olha aí, a clara sabe inglês também, qual a outra língua que ela conhece, grego?

– Wow! Não me bota no meio dessa conversa aí não! – Disse Leon.

– Fizemos mesmo... Foi um pouco rápido, mas foi bom! – Lola disse enquanto ganhava um olhar assassino do Leon que ela ignorou completamente.

Gente a Lola é uma doida e ainda por cima uma ninfomaníaca! Socorro!!

Ouvimos outra batida na porta, em seguida a porta abriu revelando quem eu menos queria ver, sim ele mesmo, Kaito e sua cara de idiota. Ele caminhou até a cama onde eu estava.

– Você está bem Mei-chan? – Ele perguntou e eu só assenti, porém sem olhar para ele. – Acho que já podemos ir então.

– Sim. – Eu disse e retirei a fina coberta que havia sobre minhas pernas e tentei ficar de pé, porém fiquei tonta e quase caí, porém senti meus braços sendo segurados de um lado pelo Leon e do outro pelo Kaito.

– Ela não vai conseguir andar sozinha. – Disse Leon para Kaito.

– Vou carregá-la. – Kaito disse.

– Vai o caralho. – Disse olhando para ele.

– Você não consegue andar sozinha. – Ele insistiu

– Então eu fico aqui.

– Para de ser teimosa Meiko.

– Se você não quer ser carregada Mei-chan, pode ser só escorada? – Disse Leon com sua típica voz calma. Eu assenti com a cabeça e ouvi o Kaito suspirar e me estender a mão, aceitei relutante.

Com a ajuda dele consegui ficar de pé mesmo com o mundo girando horrores. Ele passou um dos meus braços por cima do seu pescoço e o braço direito ele escorou minha cintura. Não sei direito se eu consegui me despedir do pessoal, só sei que vi o Kaito conversando com a monitora do dormitório e deve ter explicado nossa situação, caminhei com ele mais um tempo e depois não sei direito o que aconteceu, sei que depois eu cheguei ao quarto.


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Notas finais do capítulo

E aí como fui??
Deixem reviews ok?

Um beijão enoooorme e até semana que vem, no domingo sagrado... Espero que continue sendo sagrado né kkkk

Fui o/



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