Life is too short escrita por Ezie Brandy


Capítulo 3
Chapter three


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu esqueci o que o Soluço virou no lugar do pai, por isso botei ''líder'', e na capa ele está como no primeiro filme, mas na história ele está como no segundo XD falando nisso, sou Hiccstrid shipper, mas quero saber a opinião de vcs...vcs querem Mericcup ou Hiccstrid? Se não tiver ninguém votando vai ser surpresa(desculpa pra falar que to muito indecisa XD ) e Queria agradecer a duas acompanhantes em especial que comentaram a fic, MusaAnonima12345 e
Louizianabeth, muito obrigada por comentarem.



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Acordei com Banguela me cutucando com o focinho, não havia amanhecido, mas já havia um pouco de luz, luz o suficiente para eu visitar Astrid.

Haviam dois meses que uma doença que nem mesmo a anciã havia conhecido atingiu Astrid, a mesma nem sequer saia da cama, e pouco comia. Todo o dia soluço ia visita-la, e ver sua amada naquele estado, tão frágil e indefesa o deixava deprimido, quase sem vontade de viver, se não fosse por Valka, Banguela e seu dever como líder ele provavelmente estaria perdido.

Colocou a cela em Banguela e se preparou para partir, Valka ainda não tinha acordado, então pegou um papel de sua mesinha e lhe escreveu um bilhete dizendo que havia ido visitar Astrid, saiu de sua casa com Banguela ao seu lado. Acariciou a cabeça de seu dragão, o montou e logo decolaram, sentia a brisa suave do vento em seu rosto, fechou seus olhos por uns instantes e deixou os pensamentos invadirem sua cabeça, o quanto atarefado é agora que era o líder do clã, o quanto lhe doía saber que nada pode fazer por Astrid, e principalmente, sua relação com sua mãe. Embora Valka esteja sempre presente o ajudando com os deveres com o clã e tentando compensar o tempo perdido ele ainda se sentia estranho quanto a isso, era estranho que depois de 20 anos sua mãe tenha voltado, claro que ele se sentia feliz por isso, mas se ele tivesse o poder de voltar atrás de ter vivido uma vida ‘’normal’’ com Valka e Stoico, sem duvidas ele voltaria, mas em compensação ele nunca teria conhecido Banguela, os vinkings e os dragões ainda estariam em guerra constante e nunca teria namorado Astrid. Pensou bem e tirou os pensamentos da cabeça quando percebeu que já estavam quase chegando, aos poucos foram descendo e rapidamente pousaram. Quando olhou para a casa de Astrid viu que Cabeça-dura, Cabeça-quente, Melequento e Perna-de-peixe se encontravam na entrada, pareciam ansiosos e isso o deixou nervoso.

–Fica bem aqui amigão.- Disse ele para Banguela, o dragão bufou e sentou, Soluço correu ao encontro de seus amigos, cada passo parecia durar uma eternidade, até que viu a anciã sair de dentro da casa com uma cara nenhum pouco boa, o coração de Soluço se apertou, correu mais ainda ao seu encontro, assim que chegou até eles apoiou as mãos nos joelhos e respirou um pouco, logo depois tomou postura.

–O que aconteceu? Ela tá bem?-Soluço perguntou nervoso, os outros também pareciam querer respostas, a anciã suspirou e fez um sinal para que Soluço a seguisse para dentro da casa, Soluço apenas obedeceu e a seguiu, adentrando o local. O suor de sua testa mostrava o quão nervoso estava, seus olhos já apresentavam algumas lágrimas penduradas, estava segurando o choro.

A anciã parou quando chegaram perto do quarto de Astrid, se virou para Soluço e fez um sinal para que ele se abaixasse, a ponto de ficar a sua altura, e assim o fez, lodo depois a anciã aproximou o rosto de seu ouvido e cochichou:

–Ela está morrendo aos poucos, acho que o melhor é deixar ela ir em paz...- Essas palavras o atingiram em cheio, se levantou e deu alguns passos para trás, aquilo significava que ele não tinha escolhas, levou as mãos a cabeça e se apoiou na parede, deixou uma lágrima cair, esfregou os olhos e respirou fundo, no fundo ainda chorava, e muito. A anciã deus espaço para que ele adentrasse o quarto de Astrid, e assim o fez, entrou o quarto e imediatamente se colocou ao lado da cama da amada, agachado, acariciou lhe o rosto, sua pele era tão macia e delicada. Ver ela naquele estado o deixou abalado, principalmente agora com a noticia que a anciã lhe dera, dessa vez não aguentou e deixou as lágrimas rolarem. Se levantou e saiu correndo para fora da casa, assim que saiu viu seus amigos com feições de quem queriam respostas, mas não quis parar, correu em direção ao banguela rapidamente o montando, viu que todos o olhavam com duvida, menos a anciã, que tinha consciência do quanto aquilo doeu no garoto.

Banguela olhou para Soluço com um olhar pidão, como se quisesse entender o que aconteceu.

–Vamos sair daqui primeiro...Depois eu explico...- Disse Soluço entre lágrimas. Banguela apenas afirmou com a cabeça e bateu as asas para voar. Voaram em direção a uma floresta com enormes árvores de folhas com a cor escura como cinzas, viram um pequeno vale e desceram para pousar. Assim que pousaram Soluço pode ver o quanto sombria a Floresta era, os troncos das árvores eram enormes, as folhas eram escuram e ressecadas, algumas árvores nem folhas tinham, e podia-se ouvir o som estridente que os corvos emitiam. Desceu de Banguela para observar melhor o local, nunca havia visto aquele lugar antes, era assustador; pegou seu caderninho e seu lápis para mapear o local, um barulho de galho se quebrando, olhou para trás e viu que Banguela estava se aproximando, revirou os olhos e voltou a atenção ao caderno, começou a desenhar tudo, as árvores, pedras, o pequeno riacho seco que ali tinha. Ouviu mais uma vez o barulho do galho se quebrando, bufou e disse:

–Banguela, pare de fazer barulhos, estou tentando me concentrar.- Não obteve respostas; confuso, olhou para trás e viu que Banguela não estava lá.

–Banguela?- Chamou confuso, continuou chamando até ouvir os gemidos do dragão e uma risada estridente atrás dele, se virou e se assustou com o que viu: Um homem de sua altura, pálido, de olhos e cabelos negros estava ao lado de Banguela, que estava acorrentado ao chão, as correntes pareciam se apertar cada vez que o dragão tentava fazer algo.

–BANGUELA!!- Soluço gritou e correu em direção ao dragão, mas não cehou nem na metade do caminho interrompido pelo homem:

–Na-na-ni-na-não...-Dizia o homem com um sorriso maligno no rosto, depois apontou para o dragão, as correntes pareciam se apertar mais.

–Se pensar em fazer isso, vou mata-lo aqui mesmo....- Disse o homem seguido por risadas, Soluço engoliu em seco e parou, as correntes pararam de o apertar tanto. Soluço estava confuso, quem era aquele homem e o que ele queria? Ia o perguntar mas o homem se pronunciou:

– Não pense em ajudá-los, ou eu tirarei a vida daqueles que você mais ama....- Disse o homem com uma expressão séria agora. ‘’Astrid...’’ pensou Soluço, ela não estava enferma devido a uma doença desconhecida, estava naquele estado por causa daquele homem, seu rosto ficou vermelho de raiva.

– Foi você...esse tempo todo ela estava daquele jeito por SUA causa!- Falou dando ênfase no ‘’sua’’, o homem riu, viu que ele não estava mais prestando atenção em Banguela, cujas corrente se dissiparam em areia negra, se espalhando pelo chão.

–Agora Banguela!!!- Disse Soluço, e Banguela disparou no homem, que desapareceu.

As folhas negras das árvores também se transformaram em areia negra, deixando as árvores sem copa. Correu em direção ao seu dragão, que possuía marcas das correntes. Naquele estado o dragão não poderia voar, não agora, estava ferido demais.

–Vamos esperar parar de doer, aí voltamos para casa, okay?- Disse Soluço tocando nas feridas de seu amigo, mas parou quando viu Banguela rosnar para algo que estava atrás dele. Olhou para trás e viu um garoto que aparentava ser poucos anos mais novo que ele, possuía cabelos brancos e pele pálida, e enormes orbes azuis. Banguela se levantou em posição de ataque e o garoto disse com um sorriso amigável no rosto:

–Wow wow, calma, eu vim ajudar. – O dragão não saiu de sua posição, mas Soluço, desconfiado, se pronunciou:

–Quem é você?- Disse se aproximando do garoto, o mesmo sorriu olhando para o chão.

–Não fico surpreso que não se lembre de mim, todos crescem...- Disse o albino, agora olhando para Soluço. Alguns flashs de memória tomaram sua visão.

Antes de ser um poderoso domador de dragões, quando ainda era criança, era muito solitário, não tinha muitos amigos além de seu pai e...ele.

Soluço sorriu e se aproximou mais do garoto.

– Você ... é real...- Disse Soluço lembrando de seu ‘’velho amigo’’, se aproximou e deu um abraço correspondido no albino, que se pronunciou:

–Também senti sua falta, Soluço.- Disse ele se separando do abraço, olhou atrás do ombro do moreno e disse:

–Pelo visto arranjou um animal de estimação, quem é este?- Perguntou vendo o dragão se aproximar e se por ao lado de Soluço.

–Este é Banguela.- Apresentou o dragão que ‘’sorria’’ mostrando o motivo do nome. O dragão agora olhava Soluço como se perguntasse ‘’Quem é esse?’’, e Soluço disse:

–Ah sim, Banguela esse é meu amigo, Jack.- Falou virando seu olhar em direção ao albino e por fim, concluindo, fazendo o albino rir:

–Jack Frost.


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Notas finais do capítulo

XD



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