Atlanta escrita por Luna Collins


Capítulo 16
Capítulo Quinze


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu demorei a postar porque eu estava viajando, mas agora vou voltar a postar regularmente. Espero que gostem :D



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Na rodovia principal que dava saída para Atlanta, Penny estava no carro com Angelo. Tentavam obter algum sinal de rádio, alguma notícia, enquanto os adultos estavam do lado de fora do carro. A jovem havia pedido a seu pai que buscasse o garoto, pois, seus pais estavam mortos. Foram executados pelo exército quando estavam no supermercado Mantimentos & Cia, comprando coisas essenciais.

―Angelo, tente a estação nove. ―dizia Penny para o garoto, que mexia no rádio do carro. Angelo estava observando o trânsito que estava parado na rodovia. Eles já estavam bem a frente, praticamente na saída. Naquela estrada, havia um local que dava vista para a cidade de Atlanta pelas montanhas.

―Só estática... ―resmungou o garoto. ―Enfim, vamos esperar.

**

Ryan Nicotero havia carregado Lorene nas costas até um certo ponto. Depois a perguntara se ela aguentaria andar normalmente, ela assentiu que sim e continuaram. Pegaram um carro e foram para a saída da cidade também. Logo no início, ainda dentro de Atlanta, o trânsito já estava bem agarrado. Teriam que esperar durante algum tempo ali. Não haviam falado muita coisa por enquanto, apenas o essencial, Lorene resolveu quebrar o silêncio.

―Obrigada por me salvar...

―Eu precisava. ―ele disse com um ar de durão, mas olhou-a rapidamente e percebeu que ela era uma menina assustada, tinha apenas 19 anos, estava em coma e quando acordou, o mundo estava de cabeça para baixo. A jovem sorriu com a resposta dele. ―Fale-me sobre você.

―Sou Lorene Berlioz. ―ela começou. ―Tenho 19 anos, sofri um acidente de carro há mais ou menos um mês..

―Aonde estava machucada, Lorene? ―ele perguntou com o tom de voz mais tranqüilizador, não deveria assustar mais a garota do que o mundo já estava assustando-a.

―Uma peça do carro perfurou meu abdômen. ―ela olhou para a própria barriga. ―Mas já cicatrizou. Ainda bem. ―voltou a olhar para a frente.

―E seus pais?

―Minha mãe estava comigo como acompanhante, acho que durante todo o tempo. Provavelmente ela saiu para comer e não deixaram-na entrar de novo. ―contava a jovem ao soldado. ―O meu pai mora em Nova York, mas sempre vinha me ver.

Ambos ficaram em silêncio por um tempo.

―E você?

―Bom,meu nome é Ryan Nicotero. Soldado do Exército, mandado numa missão para executar os pacientes infectados naquele hospital. ―ele disse.

―Sabe, Ryan... por um momento tive medo que me matasse ali mesmo...

―Eu não faria isso.

―Eu sei que não... ―ela olhou-o nos olhos e suas mãos tocaram as dele, mas ele recuou. Na atual situação em que o mundo estava, não haveria tempo para romances, apenas sobrevivência, mesmo assim ele não descartaria a possibilidade de algo acontecer.

**

―Julio, eu avisei. Deveríamos ter saído mais cedo. ―Alicia estava revoltada. Saiu do carro e bateu a porta com raiva. Estavam ainda dentro de Atlanta, em direção à rodovia que dava para a saída da cidade. O engarrafamento se estendia até próximo à saída. Eles estavam bem no início, nem chegaram perto da saída, estavam bem longe ainda.

―Aonde você vai, sua louca? ―perguntou o rapaz vendo a irmã sair do carro.

―Ver se alguém sabe o que está havendo! ―ela respondeu ríspida, sem olhar para trás. Ele saiu do carro indo atrás dela.

―Acho que a maioria aqui está na mesma situação que nós. ―ele puxou a garota pelo braço.

―Talvez alguém tenha algo a mais a dizer, e só vamos saber se perguntarmos. ―ela disse a Julio, já irritada.

―Isso é loucura. Acho mais seguro ficar dentro do carro. ―ele falou um pouco medroso.

―Ah é? E vai fazer o quê? Dirigir para onde se o trânsito está parado? ―ela foi irônica com o irmão. ―Grande ideia Julio Herzog!

―Louca irritante! ― ele resmungou, sentando-se no capô do carro, enquanto observava o lugar.

Alicia perguntou a algumas pessoas mas não obteve sucesso. Julio estava certo, a maioria ali nem fazia ideia do que estava havendo, só queriam sair dali. Logo mais a frente deles, estavam o pequeno grupo de Gavin que estavam dentro do carro.

**

Estavam ali bem perto da saída de Atlanta, há mais ou menos meia hora. Já havia anoitecido bastante tempo. Penny havia se cansado de tentar algum sinal de rádio, nada respondia. Todos estavam do lado de fora dos carros. Grace e Jack haviam se enturmado com Phillip e este com eles, sem deixar de incluir o cientista Levi e a enfermeira Judy. Todos conversavam calmamente, por um segundo esquecendo-se do que faziam ali, mas logo lembraram-se.

―Quando vamos sair daqui? Estou com fome. ―disse Penny para o pai.

―Eu também. ―falou Angelo.

―Todos nós estamos. ― disse Phillip aos dois. ―Esperem mais um pouquinho, logo sairemos daqui e vamos procurar por uma lanchonete ou algo do tipo.

Jack e Grace se entreolharam.

―Tenho alguns biscoitos em minha mochila. ―a cientista loira fitava os três. ―Se não se importar Phillip, posso dar a eles.

―Se não tiver problema para vocês, por mim tudo bem. ―ele falou.

Penny sorriu meiga para Grace, e a cientista abriu a mochila que estava dentro do carro, tirando os biscoitos de lá e dando-os a Penny e Angelo. Jack estava inquieto, e naquele momento passou um helicóptero fazendo barulho, logo o soldado olhou para Grace preocupado, ela retribuiu o mesmo olhar. Todos naquela estrada ficaram curiosos.

―Esse helicóptero é do Exército. ―falou Jack. ―Algo grave está acontecendo. Vou tentar ver o que é. ―ele desencostou-se do capô do carro.

―Tem uma vista de Atlanta logo ali, dá para ver a cidade dali. ―Phillip apontou para um ponto entre algumas árvores. Havia um tipo de mirante ainda não descoberto ali daquela área. A maioria das pessoas nos carros foram ver para onde estavam indo aqueles helicópteros que passaram , indo em direção á Atlanta.

―Obrigada, Phillip, volto logo. ―disse o soldado. Grace levantou-se em um pulo.

―Eu vou com você. ― o rapaz esperou e deu a mão para ela, logo os dois entraram através das poucas árvores ali, e haviam muitas pessoas tentando ver o que acontecia.

De repente, ouviram-se grandes estrondos e podiam ver as explosões nas ruas de Atlanta. Os helicópteros estavam jogando algo que estava explodindo. Não era boa coisa.

―O que é isso, Jack? ―Grace ficou assustada ao ver as explosões.

―Não estão conseguindo controlar a situação. ―ele falou colocando as mãos na cabeça, tenso. ―Estão jogando Napalm nas ruas.

Os olhos de Grace encheram-se de água. Atlanta estava sendo praticamente destruída. Tudo já era, as pessoas estavam morrendo, as ruas da cidade sendo explodidas, eles sentiam-se no fim do mundo.

―Oh meu Deus, Jack... ―disse a cientista, aninhando-se nos braços do soldado.

―Vem cá... ― ele abraçou-a, acariciando os cabelos loiros da jovem que começou a chorar vendo aquela situação. Todos estavam assustados.


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