Mente tortuosa escrita por MilaChan


Capítulo 6
Talvez o destino possa mudar


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, sinto muito não ter postado ontem, estava muito cansada. Culpem as várias provas que fiz essa semana, mas aqui está mais um cap pra vcs. Espero q gostem boa leitura.



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POV Thomas Markinstop

Estava saindo da clínica, tinha acabado de ligar para o motorista avisando que voltaria a pé. Não conseguia parar de pensar naquela maravilhosa tarde com Emily. Queria relembrar de cada momento para guardar para sempre em minhas memórias.

Assim que Susanne tinha pedido para que eu esperasse, fiquei sentado na sala de espera me agarrando a esperança de vê-la de novo. Demorou um pouco, não vou mentir, estava ficando muito nervoso. Depois de mais ou menos uma hora, a enfermeira volta.

– Thomas, o pai dela veio visita-la, ela está na área aberta da clínica. Eu já dei o almoço e dei o medicamento dela. Eu só te peço para ter paciência e ser cuidadoso com a Emily, pense duas vezes na hora de fazer alguma pergunta a ela. A Emily tem muita dificuldade em conversar com alguém, principalmente quando não conhece essa pessoa.

Levanto da cadeira e abraço Susanne novamente.

– Eu nem sei como te agradecer, muito obrigado.

– Por nada, sinto que você fará muito bem para Emily. Agora, vou lhe pedir uma última coisa. Não diga que sabe o nome dela, ela pode se sentir intimidada. Deixe sua mente aberta para conversar com ela, vai se surpreender com ela.

– Pode deixar farei tudo direito.

Foi tudo maravilhoso, quando cheguei perto dela pude ver que seus braços eram cheio de cicatrizes, vi os machucados que aconteceram durante a crise. Emily é muito magra e tem uma aparência de doente. Mas eu não me importo.

Durante nossa conversa eu me surpreendi em como somos parecidos em alguns aspectos, fiquei completamente chocado quando ela falou sobre liberdade e sobre o azul. Me arrepiei quando completamos a minha frase favorita de Alice.

Depois que ela tomou o remédio vi que seus olhos estavam pesando, ela acabou cochilando apoiada na árvore. Não queria que ela sentisse dor no pescoço, puxei ela para mim e a fiz apoiar em meu ombro, estava esfriando pequei a minha jaqueta e coloquei sobre ela, deixei meu segredo exposto. Mas na hora pensei que se dane isso.

Quando nos despedimos eu queria abraça-la mas sabia que ela iria se sentir incomodada, então apenas usei as palavras como se fossem meu abraço.

Estava tão distraído pensando em tudo o que aconteceu que nem percebi que já estava na frente do portão de casa. Saí do paraíso e voltei para o meu inferno particular. Passei pela porta e dou de cara com meu pai sentado na poltrona lendo um jornal.

– Thomas, você poderia me dar a honra de saber onde estava?

– Simples. Eu estava na clínica.

– Mentira. Eu o deixei lá já faz mais de 4 horas não tem como você ter ficado lá esse tempo todo.

Como ele pode me acusar de uma forma tão deslavada.

– Não lhe devo satisfação, mas só pra você parar de me encher. Eu estava o tempo inteiro na clínica, se quiser converse com a enfermeira Susanne, olhe as câmeras, faça a porcaria que quiser.

Meu pai se levanta e me olha com raiva.

– Olha o jeito como você fala comigo moleque. Não se esqueça que você mora na minha casa, que dorme debaixo do meu teto, você não tem nenhum direito de me falar isso.

– Esses dias estão contados, logo eu vou embora daqui.

– Eu duvido muito, alguém que é alcoolatra não é capaz de morar sozinho, de cuidar de si mesmo, não vou deixar que faça isso.

Olho em seus olhos e dou uma resposta que o faz suar.

– Você adora uma chantagem, uma ameaça, uma oposição. Chega até a ser ridículo, mas não se esqueça que eu também posso brincar disso se você quiser, lembra que eu sei do nosso segredo, ele não vai me afetar em nada. Mas o que será que todos vão pensar quando descobrirem que...

– Cale a boca - Diz meu pai aos berros.

Riu de uma forma um tanto vitoriosa.

– Boa noite pai.

Subo as escadas e entro no meu quarto, me dispo e tomo um banho, ainda sinto o cheiro dela nas minhas roupas. Isso me acalma. Ao sair do banheiro, pego meu caderno de desenho, meus lápis e faço um desenho de Emily, tento colocar cada detalhe. Seus cabelos cor mel caindo em seus ombros, sua boca que apesar de tudo é grossa e rosada e a claro que eu não poderia esquecer, os mais belos olhos de todos.

Assim que termino o desenho, arrumo tudo e vou dormir. Mas é claro que minhas noites de sono nunca são tranquilas.

Meu pesadelo começa como de costume, estou em um quarto escuro e vazio, mas apesar de não haver nada eu sei que é o meu quarto. A porta abre fazendo um barulho que faz minha espinha gelar, ele entra e eu sei o que ele veio fazer. Quero fugir mas meus pés não saem do chão, o homem não tem rosto, mas sua presença me sufoca. Ele começa a sessão de tortura, eu me contorço, imploro para que ele pare, mas o homem sem rosto é impiedoso.

Mas uma coisa surreal ocorreu, de repente tudo parou. O home pareceu congelar, eu sentia a dor, mas estava confuso. O que estava acontecendo? Foi então que eu vi um feixe de luz.

Então eu vi Emily se aproximar, ela estava com a mesma roupa de hoje, vejo sua mão se estender para mim.

Venha comigo.

Eu quero ir, mas eu sei que não consigo me mexer.

Não posso, Emily vá embora, ele vai te machucar.

Mas ela nem se meche, continua a estender a mão para mim. Então eu decido me dar uma chance de ser feliz. Me surpreendo ao ver que consigo me mexer, seguro com firmeza e tudo fica escuro.

Quando vejo, percebo que estou em uma ponte de Zurich, está outono e tudo está laranja, está lindo. Eu e Emily caminhamos, mas não conversamos, isso não me incomoda me sinto em paz. Em um certo momento ela se vira para mim segura a minha mão e diz.

– Thomas você vai me fazer feliz?

Eu a abraço e respondo.

– É claro Emily, vou mudar os nossos destinos.

POV Emily Monroe

– Nossa faz tempo que não vejo você comer todo o café da manhã - Diz Susanne, estávamos no refeitório e por alguma razão, acordei faminta e estava devorando meu café.

– Estou com fome e feliz.

– Feliz? Que coisa maravilhosa Emily, eu me sinto ótima quando vejo você assim. Hoje você amanheceu com um brilho nos olhos que eu não via há tempos.

– Sabe Susanne, ontem quando conversei com Thomas... foi a primeira vez em anos que eu me senti normal. Ele é especial, quero vê-lo de novo, será que ele ia gostar de me ver?

Susanne está sorrindo e possui um lindo brilho no olhar.

– Farei o possível para que vocês se vejam de novo e eu tenho certeza que Thomas vai gosta-la de vê-la novamente.

Sorrio, mas em seguida vejo que Susanne fica mais séria e me diz.

– Emily, a doutora Lauren quer falar com você hoje.

A doutora Lauren é a minha psiquiatra, só me consulto com ela quando tenho uma crise e nesse caso não será diferente.

Vou para o meu quarto, tomo os remédios, escovo os dentes e vou para o consultório. Sento na poltrona com Susanne, então ouço a doutora me chamar

– Emily, pode entrar.

Continua...


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Notas finais do capítulo

É isso espero que tenham gostado. Um BEIJAAAAAAAAAAOOOOO. E COMETEEEM



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