POV Thomas Markinstop

Estava um vento frio, mas ao mesmo tempo muito agradável. Ainda não estava nevando mas logo iria começar. Estava sentado embaixo de uma árvore no parque da cidade e minha cabeça estava em uma certa moça de olhos perfeitos e cabelos sedosos.

Como ela estava bela ontem, como seu perfume era encantador. Ao vê-la eu pude perceber o quanto eu estava apaixonado por ela, sua roupa, seu cabelo, seu sorriso ... nossa seu sorriso, como eles me deixam bambos.

Tudo naquela noite foi especial para mim, abraça-la, protege-la, sentir seu corpo perto do meu em nossa queda e poder finalmente dizer a ela que eu nuca vou deixa-la sozinha.

Como eu queria beija-la, como eu queria sentir sua boca, o sabor que eles teriam, sua respiração perto da minha e nossa distância diminuir a zero. Mas ela se foi as 22 horas, como as princesas da minha infância, só que nesse caso eu sabia onde a minha princesa ficava e eu tinha que tomar coragem e ir até lá.

Eu estava com medo de fazer isso, não sabia como Emily iria reagir. Se ela sairia correndo, se ela se distanciasse e não falasse mais comigo. Esse era o meu pior pesadelo, de ficar sem poder ver aqueles olhos e ouvir sua voz novamente.

Muitos pensadores falaram que devemos correr o risco, fazer as coisas sem medo de sermos felizes, mas os humanos sempre terão receio. Aqueles que inventaram essas frases só poderiam ser muito frios. Mas agora eu vou tomar uma decisão.

– Já chega. Sem medo de ser feliz - Me levanto, pego a minha bicicleta e saio pedalando o mais rápido possível. Sim, eu sou um louco apaixonado pedalando em uma bicicleta, para encontrar a garota que amo.

Ao chegar lá, saio que nem um louco procurando pela Emily, eu consigo encontra-la perto da sala de ginástica. Há muitos médicos e enfermeiros lá. Quando ela me avista fica surpresa e sorri.

– Thomas? O que faz aqui? Não sabia que viria - Diz ela em tom de surpresa.

– Eu decidi na última hora, precisava falar e fazer uma coisa - Digo meio ofegante.

– O que seria? - Ela pergunta.

Se isso não der certo, não sei como eu vou ficar depois. Subo em uma cadeira e digo.

– É..., eu não sei muito bem o que dizer, mas eu resolvi me deixar levar por tudo o que eu sinto por você Emily Monroe. Eu te vi naquele acidente e no mesmo instante já queria saber quem você era. Seus olhos me encantaram, seu cheiro me deixou louco. E eu posso dizer uma coisa com toda a certeza. Eu me apaixonei por você no mesmo instante que te vi, a gente pode dançar, eu vi você tocar, patinamos e em todas essas situações, eu quis me declarar, mas não sabia como.

Desci da cadeira e me aproximei dela que tinha lágrimas nos olhos.

– E... eu também sempre quis fazer isto - Chego perto dela, mas dessa vez ela não recua. Ela se aproxima também... então em finalmente pude sentir, como seus lábios tinham um gosto maravilhoso, pude sentir seu coração acelerar... um beijo verdadeiro e apaixonado, esse seria o jeito que eu o descreveria. Eu ponho as mão em sua cintura e ela em meu pescoço.

Não sei quanto tempo ficamos assim, nos olhando, corados, sorrindo. Todos aqueles que estavam assistindo aplaudem e nós ficamos cada vez mais vermelhos e com sorrisos bobos.

– Emily Monroe, você me daria a honra de ser a minha namorada?

– Sim, Thomas Markinstop, eu aceito ser a sua namorada - Sorrio e ela sorri também, nos beijamos novamente e em seguida ela me diz.

– Que tal se nós formos assistir a um filme? - Pergunta ela.

– Eu vou adorar - Ofereço o braço para ela, Emily o aceita e vamos em direção a sala de vídeo.

Ao chegarmos lá escolhemos um filme que ela adora, A Bela e a Fera. Estava ficando mais frio, sentamos no sofá e puxamos um cobertor. Ela estava deitada no meu peito e eu fazendo carinho em seu cabelo. Isso só pode ser um sonho, que sensação incrível.

O filme vai passando até que chega a hora em que a Bela e a Fera dançam, eu me levanto, fico de pé na frente dela estendo a minha mão para ela e pergunto.

– Você quer dançar comigo? - Pergunto.

– Sim eu quero - Responde ela sorrindo.

Nós dançamos ao som de Sentimentos São, ao terminarmos, ficamos sentados conversando. Ela puxa a manga do meu casaco com um olhar intrigado, ela observa-os, passa a mão com delicadeza e pergunta.

– Por que você tem tantas cicatrizes no braço?

– Isso... faz parte do meu passado e ainda do meu presente. Minha família me causou isso - Quero contar a verdade, mas quero contar com cautela.

– Eu também possuo cicatrizes, mas a maioria delas é mental. Todos me perguntam o que eu vejo quando tenho uma crise. Eu ouço uma voz, cantando, pedindo para eu ficar com ela. Essa voz se parece com a da ... - Ela para- Deixa, vamos contar isso aos poucos.

– Eu concordo - Pego sua mão e nos beijamos mais uma vez, estava amando senti-la finalmente.