Logo depois que a Hana voltou, parece que a seireitei ficou mais tranquila, para Rangiku. As duas estavam dividindo o mesmo quarto para repouso no quarto esquadrão.

Haruka estava trabalhando tranquilamente em seu escritório, até que começa a passar mal. Como ela não queria preocupar ninguém, ela vai até a mansão Himegami encontrar sua mãe. Chihaya estava no jardim da mansão cuidando das suas rosas roxas, quando Haruka chegou quase completamente pálida.

_ Haruka.......você está bem? – Chihaya pergunta se aproximando da filha.

_ Mãe.......minha reatsu tem estado instável desde quando eu trouxe a Hana de volta, eu não consigo estabilizar completamente, só por algumas horas.

_ Você usou uma quantia muito grande da sua reatsu para trazer a Hana, e por mais que no seu passado fizeram o mesmo, apenas você sofrerá as consequências.

_ Mas......

_ Você sabe o que deve fazer.........

_ A Rangiku......

_ Haruka, você não consiguirá cuidar de ninguém assim, e quanto a Rangiku ela prefere que você esteja bem, acho que você precisará no máximo de 2 meses para estabilizar sua reatsu completamente.

_ Mãe.......

_ Haruka, primeiro você deve pensar em você mesma.......agora você deve avisar sua fukutaichou e o Sotaichou sobre sua ausência.

_ Obrigada mãe.... você cuidará da Rangiku e da Hana não é?

_ Pode deixar tudo comigo.

Haruka envia uma borboleta infernal para o sotaichou avisando da sua ausência pelos próximos meses, e ao receber a resposta do Kyoraku, ela envia uma borboleta infernal a Isane, dizendo que ela será a responsável pelo esquadrão, e uma ultima borboleta infernal a Rangiku explicando o motivo de sua ausência. Depois se despede da mãe, e então vai para o palácio real para seu descnaso.

Rangiku estava observando a Hana dormindo quando a borboleta infernal que a Haruka lhe enviara chegou. Ele recebe a informação da melhor maneira possível. Mas uma pequena lágrima cai de seus olhos azuis. E com o pensamento “ ela sempre se sacrifica para o meu bem”. Mas percebe que era o melhor a ser feito, e ela iria se cuidar para não deixar sua irmã mais velha se preocupar com ela.

_ Mãe........ – Hana diz sonolenta.

_ Olha só a dorminhoca acordou....... – Rangiku diz sorrindo.

_ Cadê o papai?

_ Ele está trabalhando, você sabe que mesmo que ele queira passar cada segundo aqui com você e comigo, ele ainda tem suas responsabilidades.

_ Eu sei mãe........é só que eu não aguento mais ficar em repouso.......estamos aqui a quase seis dias.

_ E você acha que eu não quero ir pra casa, voltar ao trabalho também?

_ Eu sei mãe......

_ Desculpa interromper momento mãe e filha – Isane diz entrando no quarto – mas tenho uma ótima notícia a vocês duas....

_ E qual seria? – Hana pergunta bufando.

_ Eu vou dar alta a vocês duas, mas tem um porem.

_ Sério! – os olhos da Hana brilharam com a notícia.

_ Sim, a condição é que você Rangiku seja mais cautelosa com sua gravidez, vou permitir sua volta no trabalho, mas vá com calma por favor. E para você Hana é que fique mais uma semana de repouso, você só será liberada para o serviço quando fizer mais uma série de exames na próxima semana.

_ Estou de acordo – Rangiku diz.

_ É claro que está, você pode voltar a trabalha. – Hana bufa, e Rangiku ri da filha.

_ Isane, você pode colocar na minha alta que só posso voltar a trabalhar depois da semana que vem?

_ Eu posso, mas por que isso Rangiku? Não faz do seu feitio adiar o trabalho.

_ A Nira tem tudo sobre controle, e essa pequena aqui ficou longe de casa tempo suficiente pra eu querer ficar com ela por mais uma semana inteira.

_ Sério, mãe?

_ Claro.

_ Então colocarei na sua ficha Rangiku, e Hana cuide da sua mãe, ok?

_ Pode deixar!

_ Vou avisar o Kuchiki taichou....

_ Isane, não precisa, eu quero passar na casa da minha mãe primeiro.

_ Ok

Hana e Rangiku caminha lentamente pelas ruas da seireitei a caminho da ala das mansões, mas curtindo a cada passo que dão, é como uma pequena liberdade que elas acabaram de receber. Ao chegarem na mansão Himegami, Hana sai correndo para ver a avó, e a encontra na sala tomando seu chá.

_ Vovó! Quanto tempo, senti muito a sua falta.

_ Hana! Minha querida, também morri de saudades de você.

_ E por que não foi me ver no quarto esquadrão essa semana hein vó?

_ Eu prefiro que você descanse meu anjo.

_ Hana você pode ir lá fora um pouco, tenho que conversar com sua avó em particular.

_ Nossa mãe.......eu sou grande o suficiente pra estar nessa conversa, pode não parecer mas tenho 23 anos.

_ E com carinha de 13 – Rangiku ri – e você nem queira saber a idade da sua avó ou a minha.... – as três riem – Hana por favor.

_ Tá bom..... – Hana dá um doce beijo na avó, e depois na sua mãe, então se dirige ao jardim.

_ Ela parece um pouco mais madura – Chihaya diz.

_ Creio que a viagem ao passado a fez ver o mundo de uma outra maneira. – Rangiku respira – Mãe a Haruka está bem?

_ Ela vai ficar, ela só tem que passar um tempo em paz, e logo estabilizará a reatsu dela.

_ Mãe, não minta pra mim....

_ Não estou, como te disse sobre a Haruka e o irmão gêmeo dela, ela tem que passar um tempo perto dele, só isso.

_ Você me diria se.......

_ Rangiku, não se preocupe com a Haruka, ela está bem, assim como você e esses meus netinhos lindos.

_ Obrigada, mãe......você poderia vir jantar na mansão Kuchiki qualquer dia desses.

_ Aceitarei seu convite, é muito bom ter minha neta por perto.

_ Eu sei.........

_ Você tem que ir, antes que seu marido preocupado destrua meu jardim, novamente.....

_ Sinto muito, ele não queria ter destruído........você sabe que ele e eu estávamos brigando de mais.

_ Rangiku eu não culpo vocês.

_ Até breve mãe.

_ Até meu anjo.

Rangiku sai da sala e encontra Hana no jardim brincando com uma borboleta no meio das flores no jardim com um por do sol. Rangiku poderei ficar ali observando a filha por horas. Mas então percebe que está tarde e resolve chamar a sua pequena para voltarem para casa. Ao chegarem na mansão Kuchiki são recebidas por alguns funcionários e por alguns anciões, dentre eles a Kaori que fica completamente feliz em ver que a futura herdeira do clã estava completamente sã e salva. Ela acompanha Rangiku até seus aposentos, informando a Senhora Kuchiki dos últimos acontecimentos da casa e da ultima reunião.

_ Seja muito bem vinda de volta Rangiku-sama. – Kaori diz – essa casa sem você perde o brilho.

_ Obrigada Kaori. – Rangiku sorri – finalmente me sinto em casa.

_ Rangiku-sama, alguns anciões querem tentar arruinar seu casamento, aqui dentro da mansão alguns dizem que a senhora está grávida daquele shinigami, o Hisagi Shunhei, mesmo eu dizendo que isso é mentira, os anciões que não gostam da senhora estão ganhando forças.

_ Kaori, não se preocupe, Byakuya e eu resolveremos isso.

_ Como a senhora preferir.

_ Você pode ficar de olho na Hana?

_ Sim senhora. – Kaori diz se virando para o quarto da pequena Kuchiki – A o Byakuya-sama já chegou.

_ Obrigada Kaori

Rangiku entra no seu quarto para dar de cara com seu marido apenas de toalha, e com os cabelos molhados. Quando ele percebe a presença da sua esposa um sorriso de orelha a orelha surge em seu rosto, ele se aproxima dela que continua a olhar nos olhos do marido, até que finalmente se beijam, o mais próximo que a barriga da Rangiku permitia.

_ Eu esperaria você para o banho se soubesse que você não ia demorar.

_ Talvez seja melhor assim.

_ Sério?

_ Agora eu vou tomar banho, enquanto você fica de olho na nossa filha.

_ Isso não parece uma troca justa.

_ Humm.....então depois eu te dou a recompensa por me aturar........e pelo tempo que passamos afastados um do outro.

_ Isso já parece ser melhor.

_ Eu te amo Byakuya.

_ Não tanto quanto eu te amo Rangiku.

Eles se beijam apaixonadamente, por vários minutos, então ela entra no banheiro para seu banho, e ele coloca roupas confortáveis para o jantar e vai encontrar a filha.

Ele encontra Hana, Rukia e Yachiru no jardim brincando enquanto Kaori observava as três.

_ Obrigada, Kaori.

_ Byakuya-sama, nem vi o senhor chegar. Agora que o senhor está aqui vou terminar os preparativos para o jantar.

Kaori acena com a cabeça antes de sair. Byakuya fica parecendo um bobo feliz olhando a filha brincar com a tia e sua melhor amiga. Elas estavam tão distraídas na sua brincadeira que nem perceberam Byakuya as observando. Depois de alguns longos minutos Rangiku se aproxima e fica ao lodo do marido que a abraça, e ela aproveita para deitar a cabeça em seu ombro.

_ Eu senti falta disso, sabia?

_ Delas brincando no jardim, ou do meu abraço? – Byakuya pergunta sorrindo.

_ Dos dois.......

_ Mãe, Pai, não vi vocês ai......... – Hana corre e abraça a mãe.

_ Onii-sama, sabia que é feio ficar espiando?

_ Diz a pessoa que tem diploma em espionagem – Renji diz se aproximando de todos no jardim.

_ Tio Renji.

_ Oi Hana!

_ Pai que cara é essa? – Hana pergunta quando se vira para o pai.

_ Por que sempre sua mãe recebe o abraço primeiro, ou qualquer cumprimento que você faz sempre é “mãe, pai”? – Byakuya pergunta sério.

_ herr, não sei.....

_ Tá com ciúmes? – Rangiku pergunta.

_ É o que parece, Rangiku.... – Rukia diz segurando o riso – agora só não sei se o ciúmes é da Hana, ou de você, Rangiku.

Hana olha pra mãe, e depois as duas olha para o Byakuya, e voltam a se olhar com um sorriso e então elas pulam num abraço que faz com que Byakuya cai no chão. Todos ali no jardim caem na gargalhada. Parece que as coisas estão voltando nos eixos. Hana estava de volta, Rangiku estava de volta, e o Byakuya estava feliz.

Eles vão para a sala de jantar, Hana e Yachiru conversando e rindo, Yachiru contava a Hana tudo o que ela tinha perdido nos três meses que ela tinha ido ao passado. Sobre o que o décimo primeiro esquadrão fez parecia tirar risos da meninas.

Renji e Rukia estava logo atrás da meninas, estavam conversando coisas banais como quando foram em alguma missão, ou como era bom ter Rangiku e Hana de volta na mansão. E o principal assunto entre os dois era que agora Hinamori e o Hitsugaya finalmente iriam se casra, já que os dois estavam esperando a Hana voltar. Rukia dizia que o jovem capitão ia escolher uma cerimônia tradicional, enquanto renji dizia que eles iam fazer algo mais simples.

Rangiku e Byakuya seguiam pelo corredor da mansão observando a pequena grande família deles, Byakuya percebeu que sentia falta de tudo, das risadas, dos gritos. Aquela mansão sem a esposa ou a filha perdia a vida. Rangiku percebeu que como aquele era o único lugar que desde que se casou com o Byakuya ela considerava como sua casa. Enquanto os quatro que estavam mais adiantados entraram na cozinha, Rangiku puxou o marido para o outro lado. Ele é claro a seguiu de bom grado. Foram andando por outros corredores até chegarem numa sala que era proibido aqueles que não fosse da família principal. Rangiku entrou, e logo foi seguida pelo marido, ela sentou na frente daquele pequeno templo, e ele sentou do lado dela.

_ Tadaima, Hisana. – Rangiku diz com um sorriso doce – obrigada por cuidar desse cabeça dura, eu sei que ele deve ter vindo aqui conversar com você, até mesmo pedir conselhos. E obrigada por sempre me aturar, e me ajudar. – Rangiku respira – Feliz aniversário Hisana.

Byakuya sorri, em todos os anos que ele e Rangiku foram casados ela sempre se lembrou das datas mais importantes a ele. E essa era uma delas. Ele se levantou e esticou a mão para a esposa que aceitou o apoio e ajuda para se levantar. Eles saíram do quarto, e seguiram em silêncio pelos corredores. Antes de entrarem na sala de jantar ele a puxou para uma abraço apertado.

_ Como eu te amo, Rangiku, e você só faz eu te amar cada vez mais........

_ Isso é porque você me faz te amar mais a cada dia.......

Ele a puxa para ficarem o mais próximo possível, então a beija apaixonadamente como se o mundo deixasse de girar, até escutarem um pigarro de Renji. Eles se dirigem para a sala de jantar com a família que para eles é perfeita.