I Just Wanna Be Your Hero escrita por Mavelle


Capítulo 6
Carona na segunda?


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi pessoas!!
Eu só queria avisar que esse provavelmente é o último capítulo que vou postar nas próximas duas semanas porque, primeiramente, tem testes semana que vem e eu não estudei porra nenhuma e, em segundo lugar, eu estou escrevendo uma fic com uma amiga minha que está prestes a comer meu pâncreas se eu não tiver um capítulo novo antes das provas então, desculpem.
Se alguém quiser dar uma olhada na fic, o link é esse:
http://fanfiction.com.br/historia/600681/Youve_got_the_Sunrise/
Beijos da Mabizinha ♡♥♡
(POV Damon)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/597431/chapter/6

Depois de uma tarde maravilhosa com minha melhor amiga sem nenhuma menção do energúmeno odiável, a criatura volta a assombrar minha mente. Lá pras nove e meia, o carro dele passou descendo a rua e parando na casa ao lado da minha. Ou seja, na casa da Lena. Ele desceu com uma pizza e vinho, entrando logo em seguida. Comecei a olhar para a janela logo em frente à minha e pude presenciar eles praticamente se engolindo. Acho que essa é a pior parte de ter a janela dando para a janela da sua melhor amiga. Acidentalmente ver seus encontros românticos. Ver a felicidade que você sabe que não vai ter com ela. Eu, como uma pessoa não masoquista, desviei o olhar, apesar de ele às veses teimar em voltar para aquela cena. Em uma das vezes, vi a cara de Elena se contorcer de nojo ao olhar para a pizza. Anchovas, com certeza. Então eles começaram a se pegar mesmo, sem nem pensar em fechar as cortinas. Então quem fechou fui eu. Eu posso até ser um bobo apaixonado e idiota, mas masoquista não.

Enfim, já se passaram 24 horas desde essa cena e Elena não deu nem sinal de vida. E eu ficando preocupado. Ela sempre me manda pelo menos um mensagem que diga que está passando o dia com o Kai ou algo do tipo. Talvez ela tenha descoberto que o Kai realmente é um sociopata. Ou talvez eu esteja pirando mesmo. Estava prestes a ligar para ela quando recebo uma ligação. Olho para a foto. É a Elena.

– Elena? É você mesmo? - perguntei, ficando aliviado logo que ouvi a voz dela.

– Não. É a senhorinha que é a puta estrela do Cassino Moz. Você não tinha pedido uma sessão?

Caí na risada.

– Na verdade não. Eu estava preocupado com minha melhor amiga que nem mandou sinal de vida o dia inteiro.

– Você realmente se preocupou comigo por eu não ter ligado? Ownnn. Quero te agarrar.

Ri novamente.

– Elena, eu só estava preocupado com você. Eu não te vi desde que Kai entrou na sua casa e você não atendia o telefone.

– Primeiro, meu celular descarregou. Segundo, como você sabe que Kai estava na minha casa ontem?

– Eu tenho uma janela bem legal que dá pro seu quarto. E você esquece as cortinas abertas. Por falar nisso, como estava a pizza de anchovas?

– Por favor, Damon. Me diga que eu não esqueço muito a cortina aberta. - ela parecia meio desesperada.

– Não esquece muito, não. - falei para acalmá-la. Na verdade, as cortinas ficavam abertas o tempo quase todo, o que me rendia umas ótimas visões quando ela ia trocar de roupa distraída.

– Ainda bem que não. - ela riu aquela risada perfeita. - Damon, você poderia me dar uma carona para o trabalho amanhã?

– Segundas não são dias de ir com o Kai? - perguntei, estranhando isso. Elena podia geralmente não recusar ir comigo, mas nunca recusava ir com o Kai.

– Eram. - ela respondeu simplesmente.

– Vocês terminaram? - perguntei, com a voz séria, mas, por dentro, eu simplesmente estava pulando de alegria por aquele energúmeno não estar mais por perto.

– Não. - quase murchei no telefone. Merda. - Ele se mudou.

– Hum. Para onde ele foi dessa vez?

– Portland.

– Mas isso não é tipo do outro lado do país?

– Sim. Ele recebeu uma proposta de emprego lá e já foi embora.

– Porque eu acho que você não sabia da proposta?

– Porque eu não sabia. Mas porque você acha que eu não sabia?

– Porque se você soubesse, eu provavelmente teria escutado você falando disso triste e feliz ao mesmo tempo várias vezes.

– Porra. Porque você me conhece tão bem, mesmo? É algum stalker?

– Caso você não se lembre, eu te conheço praticamente desde que nasceu.

– Stalker mirim.

– Respeito. Eu entrei na liga júnior de stalkers com 4 anos.

Elena riu.

– E agora deve ser stalker mor.

– Umhum. - sorri, mesmo que ela não pudesse ver meu sorriso.

– Eu preciso ir, Damon. O dia foi bem longo para mim.

– Tudo bem, Lena. Boa noite.

– Boa noite, Dam. - eu ia desligar, mas ela falou mais. - Ah! A pizza de anchovas estava horrível.

E com isso desligou. Sem nem ao menos saber se eu falaria mais alguma coisa. Fui olhar pela minha janela, mais para saber se agora Elena estava se lembrando de fechar a cortina do que por qualquer outra coisa. Bem, pelo visto, depois da nossa conversa, ela fechou a cortina.

Deitei na cama e fiquei olhando para o teto, acho que respirando de verdade pela primeira vez em muito tempo. Não que eu estivesse feliz porque a Lena tava sozinha. Eu apenas estava feliz porque o energúmeno mor estava fora, Lena parecia não ligar e eu apenas estava aproveitando um momento em que não precisaria me importar com a criatura estúpida por um bom tempo. Talvez até conseguisse a chance com a Lena que eu tanto queria.

Meu telefone começa a vibrar e o identificador mostra um número desconhecido.

– Quem é você e como conseguiu meu número? - perguntei, já irritado com tal criatura que me tirou do mundo utópico que eu já estava criando.

– Ei, calma cara. Peguei seu número no telefone da Lena e guardei para emergências. E, bem, eu quero falar com você.

PUTA. QUE. PARIU. Não. Não pode ser. Me recuso a acreditar. Logo agora que eu começo a imaginar como eu vou ter uma vida perfeita sem essa criatura, ela vai e chega brotando e dizendo que tem meu número. E ainda quer falar comigo.

– Kai. O que você quer comigo? - perguntei com toda a calma que eu consegui tirar de mim e usar na voz para Kai. Ou seja, não muita.

– Damon, eu só tenho umas coisinhas a te dizer e sugiro que escute. Primeiramente, eu te odeio...

– Novidade. - cortei-o, sarcástico.

– Enfim, quero que você tome conta da Elena.

– Certo. Tem algo desafiador, que eu já não faça o tempo todo?

– Eu sugiro que não tente nada com a Elena enquanto eu estiver longe.

– Eu não sou cafajeste como você, Kai. Enquanto ela não me disser que vocês não terminaram, eu não daria em cima dela, mesmo se você não me pedisse.

– Você me chamou de cafajeste? E quem pega todas as meninas nas festas?

– Eu posso até ser pegador, mas eu não pego outras garotas quando estou com outra.

– Do que você está falando?

– Acha que eu não sei da Maggie?

Ouvi ele engolir em seco.

– Maggie? Quem é Maggie?

– Talvez a canadense com quem você passou um mês e que deixou sem dizer nada? - falei sugestivamente.

– Como você sabe disso? - ele parecia zangado de verdade. BINGO!

– Digamos que Maggie é uma velha amiga. E digamos que ela achava que eu gostava de saber da vida amorosa dela. Ah. Ela também mencionou as ameaças.

Ouvi um grunhido do outro lado da linha, seguido por um punho batendo numa mesa. Eu estava me divertindo tanto com isso. Ele respirou fundo

– O que mais essa vadia desgraçada te contou?

– Nada demais. Só contou que você já revestiu uma camisinha com algo ácido, as facas escondidas debaixo do travesseiro, navalhas nos sapatos e cintos, desabilitar o airbag, bater o carro propositalmente... ah! Os casacos de pele! Devo continuar? - perguntei, desafiadoramente.

– Então já deve saber o que eu fiz com ela por ter aberto o bico.

– Sim. - falei calmamente, mas estava engolindo em seco. - Claro que eu sei. A notícia que chegou até aqui foi a de que ela tinha se suicidado, mas eu e você sabemos que não foi bem assim, não é?

– Sim. Eu tive que fazer isso. Ela sabia demais. Só não sabia que tinha espalhado.

– Eu sou o único que sabe disso.

– Bom que continue assim. Odiaria ter que ver a Elena tão triste quando eu te matasse. Ou pior. Odiaria ter que matá-la.

– Como se você realmente gostasse dela. - resmunguei.

– Claro que eu gosto. Ela é iludida em relação a mim. Acha que eu sou um médico certinho, que trabalha bem, faz tudo direito. E é bom fuder com ela.

Trinquei a mandíbula. Eu não queria saber disso.

– Quer mais alguma coisa? - perguntei, já irritado com o rumo da conversa.

– Acho que você já sabe. Se contar para alguém dessa conversa... - ele deixou a afirmação pairando no ar, mas qualquer um perceberia o que ele quis dizer. Eu não queria acabar como a Maggie.

– Ninguém saberá. Nunca. - engoli em seco.

– Muito bem. Agora, lembre-se. Tome conta da minha garota.

– Sim, senhor.

– Não tente nada. Meus informantes saberão que você está tentando antes mesmo de você tentar. Passar bem, Damon.

E, com isso, desligou o celular. Bufei. Eu devia ter perguntado o que ele realmente ia fazer em Portland, mas amarelei. Já bastava ele querer minha morte apenas por saber que eu sabia de algo, quanto mais se eu tentasse me envolver nos seus negócios. Prefiro me segurar e não contar esse segredo pra ninguém do que ter a minha pele sendo usada como um casaco. Junto com a pele de mais alguém.

Coloquei o celular na escrivaninha e voltei para a cama. Se antes eu queria uma noite de sono para relaxar porque o psicopata estava fora da cidade, agora eu preciso de uma noite de sono para ganhar a energia necessária pra não contar tudo pra Lena amanhã.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

TCHAUUU



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Just Wanna Be Your Hero" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.