Cristal de Gelo escrita por DreamingAboutLife


Capítulo 1
Prólogo - Torpor


Notas iniciais do capítulo

Primeiro que tudo, esta é a minha primeira fanfic de Game of Thrones. Acho que estou um pouco enferrujada no que toca a escrita, mas prometo que com o tempo a coisa melhora.Não vou conseguir postar capitulos com tanta regularidade conforme gostaria, uma vez que o segundo semestre da faculdade acabou de começar, mas prometo não deixar passar eternidades sem postar.Espero que gostem (:



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A dor, conseguia lembrar-se vagamente, fora dilacerante. Agora, tudo era névoa e torpor. Vozes gritavam ao fundo. Urros de vitória, risos maliciosos, berros de dor, pedidos de misericórdia.

Como foi que ali chegara? Porquê Deuses? Onde errei? O que deveria ter feito diferente?

Esperara sentir frio. Esperar ver toda a sua vida correr diante dos seus olhos. Esperara tristeza, raiva, desapontamento. Nada veio. Nem frio, nem raiva, nem desapontamento. As memórias da sua vida, da sua curta vida muitos diriam, pareciam trancadas em algum lugar escuro e desconhecido da sua mente. Apenas torpor

Quem sou eu? O que fazia aqui? Porquê? Deuses, porquê?

O seu corpo quase sem vida estava a ser arrastado. Depois algo pesado caiu na água. Um corpo? O seu corpo?

Risos seguiram-se. Deuses? Porque se riem? Parem! Parem de se rir.

– Provavelmente os Lannister queriam a cabeça dele.

– Até lhes damos o corpo todo depois de os peixes o terem limpo até ao osso.

E então tudo era escuridão.

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Estava de novo a ser arrastado. Tentou abrir os olhos, mas tudo era névoa. Era difícil respirar e os seus pulmões ardiam. Conseguia ouvir a canção de folhas ao sabor da brisa. Ao longe um pássaro cantava.

A sua cabeça pesava. Quem sou? O que faço aqui? O que aconteceu?

Cascos de cavalo e vozes. O som estava cada vez mais próximo.

– Deveríamos voltar para trás Senhora. – uma voz masculina entoou. – O sol poe-se, será noite não tarda.

– Vamos procurar apenas durante mais algum tempo. – respondeu um voz feminina.

– Lady Lyaris, já fazem dias, encontrar alguém vivo é…

– Pouco provável mas possível!

Deixou de ser arrastado. A parte superior do seu corpo caiu na relva com um som seco e abafado. Um rosnar baixo fez-se ouvir. Os cascos e as vozes continuaram a aproximar-se até pararem em algum lugar próximo. Um dos cavalos soltou um profundo e baixo relincho.

– Senhora… - uma outra voz masculina se pronunciou num tom hesitante.

Algo restolhou na erva.

– Lady Lyaris, por favor volte. – alguém disse num tom de pânico.

– Ele estava a tentar arrastar alguém.

Os rosnar ficou mais intenso e o restolhar de erva parou durante uns momentos para recomeçar depois. Os rosnar tornou-se mais constante e ameaçador, um aviso claro para ela se afastar.

Ela? Lyaris? Quem é ela?

– Está tudo bem. – a voz feminina, Lyaris, disse num tom calmo quase sussurrado. – Está tudo bem. – voltou a repetir – Só quero ajudar. Deixa-me ajudar e tudo vai ficar bem outra vez.

No entanto o rosnar persistiu, ainda mais alto.

– Senhora, por favor, não é prudente. Talvez seja melhor…

– Eu não o vou deixar aqui! – ela respondeu com ferocidade. – Olhai para ele. Olhai! Recuso-me a deixá-lo aqui para morrer.

Alguns arfares e interjeições de espanto foram ouvidos. Ouviu o raspar de metal. Tentou mover-se em vão, todo o seu corpo parecia entorpecido.

– O que estais a fazer? – a voz dela perguntou exaltada.

– Lady Lyaris, o lobo…

– Baixem as espadas e as setas. Agora!

Soaram murmúrios descontentes e o roçar de metal. A relva voltou a restolhar. Uma brisa soprou, fazendo a pele do seu rosto arder desconfortavelmente. Ar assobiou por entre os seus dentes, num som agudo de dor.

– Por favor. – a voz dela era suplicante. – Ninguém aqui tem intenção de fazer mal. Deixa-me ajudá-lo, eu só quero ajudá-lo.

O rosnar tornou-se mais baixo, mas permaneceu constante. Algo se afastou ao passo que alguém se aproximou. Sentiu uma mão pequena e suave passar levemente pela sua testa, afastando cabelo até que pressionou na pele. A mão era gelada, quase como o toque da morte. Era assim que era ser tocado pela morte? Um toque gelado, mas suave? Tentou imitir algum som. Os seus lábios abriram-se, mas nada saiu.

– Shh. – o som veio do seu lado direito. – Não vos esforceis. Estais a salvo.

E foi com o toque e palavras gentis que deixou que a escuridão o envolve-se outra vez, arrastando-o para onde o torpor não o podia alcançar mais.


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