Por acaso escrita por Viccks


Capítulo 5
Sentimentos confusos.


Notas iniciais do capítulo

É isso pessoas e me perdoem pela demora.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/596740/chapter/5

Marina.

Acordei com uma puta dor de cabeça e não foi preciso abrir os olhos pra ver que já tinha amanhecido. Abri os olhos e estava deitada dentro do meu closet. Ok, como vim parar aqui? Me perguntei levantando devagar e indo em direção ao banheiro, fiz minha higiene matinal, vesti meu roupão e decidi descer e tomar um café forte, porque era a única cura pra essa ressaca do demônio.

–Bom dia chefinha amada. Ouvi um coro antes de chegar no ultimo degrau, Gi, Flavinha e Vanessa.

–Bom dia meninas. Respondi sem encarar Vanessa, ainda estava com raiva dela. Segui pra cozinha pra tomar a cura. Enquanto me servia ouvi uns passos atrás de mim, me virei e Vanessa estava lá com cara de arrependida. Começou a falar.

–Ahn, Marina me desculpa? Por ontem...

–Te desculpar pelo oque exatamente?

–Ah você sabe, por....

–Por ser uma louca? Por me trocar pra ficar com a nossa assistente e horas depois da uma de namorada ciumenta? Sinceramente? Não te entendo e não tou muito afim de entender. Disse caminhando ate a saída da cozinha, Vanessa veio atrás de mim e me puxou pelo braço.

–Sim, me desculpa por tudo isso ai. Eu vou mudar, te prometo Mari! Disse segurando os meus braços com força.

–TA VANESSA! Gritei.

–Porque ta gritando? Qual seu problema?

–RESSACA e você ainda não me soltou, alias já pode soltar. Ela soltou e eu subi pro meu quarto. Sem a cura.

Peguei meu celular e tinha uma mensagem, de Clara.

“Bom dia, me desculpa por ontem?”

Eita que hoje é o dia do “Desculpa por ontem” Vi as horas, era 12h45, jurava que ainda eram 8h da manhã. A mensagem da Clara tinha chegado as 10h. Resolvi responder, antes que ela comece a mandar um monte de mensagem.

Clara.

Estava no restaurante almoçando junto com a Sara, chamei ela pra saber um pouco mais sobre ela.

–Então Clara, você... namora? . quando ia responder meu celular tocou, uma mensagem de Marina.

–Já te respondo Sara. Ela afirmou com a cabeça e eu fui ver a mensagem.

“Bom dia, tudo bem. Só queria saber o porque de ter ido embora...”

“Ahhh, resolveu aparecer? Já disse... estava cansada e eu entraria um pouco mais cedo hoje.”

Sara não parava de me encarar , ela queria a resposta.

–Ahn, é eu não namoro. Disse guardando o celular dentro da bolsa.

–Ata, pensei que sim. Clara, eu estava pensando aqui... Você aceita tomar um vinho comigo? Disse a garota toda animada.

–Hoje eu não posso. Vou ficar de plantão.

–Quem disse que precisa ser hoje? O dia que você quiser. Disse me olhando cheia de malicia e pegando na minha mão. Sara é realmente bonita, mais não faz meu tipo. Meu celular tocou . outra mensagem e a menina levantou.

–Vou voltar pro hospital, depois a gente conversa sobre o vinho. Disse rindo e pegando a bolsa dela.

–Claro, vai indo. Depois eu vou. Estava de cabeça baixa e quando levantei, fui surpreendida. A garota me beijou e saiu de cena.

Fiquei longos minutos pensando no que tinha acabado de acontecer, sai do transe com Cadu chegando e se sentando na minha frente.

–Você é oque? Ima de lésbicas? Perguntou rindo .

–Quase isso Cadu, quase isso. Respondi pegando meu celular.

“Cansada? Eu tinha um remédio perfeito pra te relaxar”

Sorri com a mensagem.

“Tentador, tenho um tempinho de almoço quer me encontrar e me entregar o tal remédio?”

–Em SP você não era assim Clara, se tia Chica descobre... me mata e mata você também. Disse rindo.

–Por isso vim pro RJ precisava mudar um pouco, sair da rotina. Minha mãe não vai descobrir, porque não tem oque descobrir. Marina respondeu e Cadu perguntou.

–Com quem você tanto conversa nesse celular?

–Marina. Respondi sem tirar os olhos do celular.

“Claro que quero, aonde você tá? Eu vou te encontrar.”

–Ah claro a Marina, ta rolando algo? Perguntou Cadu .

–Talvez, não sei ainda. Respondi alheia e ele resolveu me deixar sozinha.

–Vou ir trabalhar, você não esta me dando atenção. Tchau

–Te vejo todo dia Cadu, deixa de ser chato.

“ No restaurante, enfrente o hospital.”

“ÓTIMO, VAMOS PRA NÁRNIA ENTÃO!”

“Porque nárnia? Não entendi kkk”

“Deixa pra lá, estou a caminho.”

“Já?! Que rápida!”

“Caso de vida ou morte baby, vou dirigir! beijinhos!”

“Caso de vida ou morte? Kkk”

Sara voltou e eu me assustei.

–Clara, vim te pedir uma coisa.

–Diga!

–Na verdade 2, me passa teu numero?

–Você veio até aqui só pra pegar meu numero? No hospital eu te passo, pode ser?

–Sim, tudo bem. Agora a segunda coisa...

–Fala logo Sara. Disse já irritada.

–Me dá outro beijo? Pediu.

–Clara? Disse uma voz atrás de Sara.

Sara virou, olhou de Marina pra mim.

–Depois a gente, ahn... conversa. Me deu um selinho rápido e aiu.

–Oi. Disse ela ainda em pé, com a cara... confusa?

–Oii, senta aqui. Disse puxando o braço dela e fazendo ela sentar na minha frente.

–Caso de vida ou morte então? Perguntei quebrando o silencio que já estava me incomodando.

–Uhun. Respondeu fria.

–Marina, quer sair daqui? Ir pra outro lugar?

–Claro, meu carro esta lá fora. Ela levantou e eu a segui.

Entramos no carro e vimos Sara, do outro lado da rua, olhando pra nós. Marina olhou pra ela e depois me olhou.

–Clara, que porra ta acontecendo? Marina perguntou ligando o carro e dando partida.

–Sei lá. Respondi a verdade, não sabia mesmo oque estava acontecendo.

Marina parou o carro perto da praia, mais não desceu. Quando fui abrir a porta, ela segurou meu braço.

–Não. Só disse isso.

–Não oque? Vai me fazer de refém?

–Ahn e pra quem eu deveria ligar pra pagar seu resgate? Pra morena sem sal? Perguntou e eu ri alto.

–Morena sem sal? MARINA VOCÊ ESTA COM CIUMES! Falei rindo e ela fechou a cara.- Ok, desculpa. Disse fazendo carinho nos cabelos dela.

–Clara, abre o jogo... oque ela é tua?

–Nada. Disse rindo.

–Para de rir, fumou maconha é? Então me explica o “Me da outro beijo” . disse imitando a voz de Sara. – E aquele selinho de despedida? Nada? Tem certeza?. Perguntou, ela realmente estava com ciúmes .

–Tenho sim! A gente se beijou uma única vez que foi hoje mais cedo no restaurante e ela já quer uma coi...

–NÃO! Espera! Você ficava com outra enquanto falava comigo pelo telefone? Perguntou com uma cara assustada.

–Para Marina! Chega! Não tenho e nem quero ter nada com ela meu anjo. Ela só ficou... viciada no meu beijo, igual você. Disse me aproximando dela.

–EU? VICIADA? Claro que não. Disse desviando o olhar.

–Então oque te traz aqui mesmo?

–Vim trazer teu remédio. Disse rindo e me empurrando.

Hm, já tinha esquecido. Me aproximei de novo e mordi seu lábio e dei um beijo nela, que se afastou.

–Você acabou de beijar outra, se situa bem. Sentei no meu banco e me ajeitei.

–Ok. Respirei fundo.

–E o teu remédio. Disse ela passando a mão na minha coxa e dando uma leve apertada. Abriu o porta luva e tirou uma caixinha de remédio de lá.

–Marina que porra é essa? Perguntei sem acreditar.

–Ué, o remédio respondeu rindo e ligando o carro.

Ah, não! Não vim aqui pra você me dar uma caixinha de remédio que eu posso arrumar em qualquer lugar! Não mesmo! Disse tirando a chave do contato e sentando no colo de Marina. Beijei ela com vontade, desci meus beijos para o pescoço e ela soltou um gemido baixo.

–Clarinha.. não, aqui não. Eu posso levar uma...

Coloquei a mão na boca dela e sussurrei no ouvido dela.

–Você ta se vingando pelo oque eu fiz ontem ou por causa do que aconteceu hoje com a Sara?

–Um pouco dos dois. Ela respondeu e eu parei os beijos e olhei pra ela.

–Ok, não vai rolar né? Perguntei com uma pontinha de esperança.

–Não. Você não esta merecendo Clarinha. Ela disse rindo, sai do colo dela e abri a porta do carro, decidi ir andando a até o hospital.

–Clara! Tá um calor da porra e você esta com essa calça ai, vem eu te levo de volta. Disse ela vindo atrás de mim.

–Lá dentro do teu carro tá muito mais calor do aqui fora! Disse realmente irritada e ela segurou meu braço me fazendo ficar de frente pra ela.

–Você tá cheia de vontade né? Vem, vou te satisfazer. Disse me puxando até o carro de novo.

–Não quero mais. Agora quem não esta merecendo é você. Disse e me soltei dela.

–Ah qual é Clara, tu ta ai cheia de vontade. Disse se aproximando de novo.

–Pois é, mais passou. Não vai me ganhar tão fácil assim baby haha. Disse e empurrei ela.

–Mas quase ganhei. Disse me agarrando pela cintura.

–E por capricho teu... PERDEU. Dei um beijo nela de tirar o folego até de quem estava olhando e me afastei, chamei um taxi e fui para o hospital.

Marina.

–Clara, deixa de coisa. Gritei pro nada, enquanto assistia ela entrar no taxi e parti.

–PORRA! Mulher difícil, gosta de provocar mais não gosta de ser provocada.

Disse pra mim mesma enquanto entrava no carro, olhei pro banco de carona e as coisas de Clara estava lá. “ÓTIMO” pensei. Liguei o carro e fui pro hospital pelo o caminho mais perto que o GPS mostrou. Cheguei na frente do hospital, peguei as coisas de Clara e decidi entregar pra alguma amiga dela.

–Posso ajudar? Disse uma voz tensa atrás de mim enquanto eu andava pelo hospital procurando Clara. Me virei e me espantei quando vi a morena sem sal.

–Você conhece a Clarinha? Perguntei mesmo sabendo a resposta.

–Clarinha? Perguntou ela com cara de deboche, afirmei. Ahn. Conheço sim.

–Ela esqueceu a bolsa no meu carro, entrega pra ela por favor? Perguntei pra ela entregando as coisas.

–Entrego, pode deixar. Respondeu colocando as coisas de Clara em cima de um balcão.

–Muito obrigada...

–Sara, meu nome é Sara. Sou namorada da Clarinha. Disse estendendo uma mão.

Namorada? Como assim? Uma sensação familiar me invadiu. Ciúmes.

–Ata, entendi. Disse apertando a mão da garota.

–E você é a... ?

–Meu nome é Mar...

–Tô atrasada né? Desculpa, algum pac... entrou Clara olhando pra mim e pra morena.

–Ta fazendo oque aqui? Perguntou ela vindo na minha direção. Soltei a mão de Sara depois de perceber pra onde Clara olhava.

–Trazer tua bolsa, mas já estou de saída. Tchau Sara. E despedi da morena com um beijo no tosto. Passei por Clara sem me despedir e sai do hospital.

–Marina! Ouvi a voz de Clara atrás de mim, mas fingi não ouvir. Entrei no carro.

No meio do caminho decidi que iria pra Angra passar uns dias. Liguei pra Flavia pra avisar que não voltaria pra casa.

–Flavinha?

–Oi Marina? Aconteceu alguma coisa?

–Não. Só estou ligando pra avisar que estou indo pra Angra e não sei quando volto.

–Marina, mas você ta cheia de...

–Não quero saber, não me informe sobre nada. Tchau Flavia.

Precisava daquele tempo, sumir um pouco e entender oque esta acontecendo e oque eu tô sentindo pela Clara.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oque acharam? comentem! beijos e até a próxima!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Por acaso" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.