O entregador de balões escrita por dentedeleão


Capítulo 13
Cap. 13


Notas iniciais do capítulo

Então vamos a mais um cap. quentinho desta fic linda.
Obrigado pelo carinho de todas. amo vcs.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/596537/chapter/13

Edward havia partido a cerca de 30 minutos, ele queria conversar comigo sobre Cath e eu apenas o evitei durante o jantar e o coloquei para fora a seguir o avisando que já estava ficando tarde para minha filha e amanhã ela teria atividades pela manhã. Não era uma mentira e também não era a real verdade dos fatos, eu apenas o queria fora antes das 23h para poder iniciar meu plano de vingança.

“Mamãe, não temos nada para fazer amanhã pela manhã!”

Minha filha se aproximou já de banho tomado e vestida com seu pijama.

“Não temos mesmo, mas você sabe que o próximo porteiro só chega as 23h30 e que esta noite será o Edgar certo?” – ela assentiu com a cabeça se jogando no sofá, o controle remoto agora sentia sua frustação e eu estava com pena do objeto inanimado.

“Vá se trocar emburradinha, temos a cópia de uma câmera de vigilância para fazer e uma delegacia para visitar.”

Em um salto vi minha filha em pé e sorrindo. Em menos de cinco minutos ela estava na sala vestindo suas calças jeans e uma jaqueta enquanto eu ainda buscava pelos meus sapatos. Rapidamente juntei nossos documentos em uma pequena bolsa e verifiquei se havia dinheiro na carteira para o taxi. Busquei por um dvd na gaveta e encontrei um pacote ainda lacrado.

“Estou pronta.”

Disse finalmente enquanto passava a chave pela porta e seguia para as escadas com uma criança saltitante em minhas costas.

–--

“Isso não vai me dar problemas não é?”

Edgar estava com medo, este emprego lhe pagava bem devido ao adicional noturno e ele não poderia ser demitido neste momento. Eu também estava preocupada e por conta disso verifiquei novamente o contrato do nosso apartamento e as cláusulas referentes a segurança e uso de imagens em caso de crimes me atentando ao uso de imagem pelos moradores.

“Verifiquei tudo umas cinco vezes, como sou dona do meu apartamento posso adquirir as imagens sem nenhum problema e mesmo sendo inquilina teria este mesmo poder se o fato fosse dirigido a mim. Você não terá problemas.”

Ele pareceu mais aliviado enquanto minha fúria só crescia, as câmeras do portão mostraram bem o que aconteceu e minha filha nem estava próxima ao portão de entrada, eles estavam quase na esquina e pareciam tão animados. O sol ainda estava presente e ficou ainda mais claro que aquela era a Sra. Vilma, ela não teria como contestar as imagens.

Com as imagens em mão seguimos para a delegacia mais próxima, já esperando pelo chá de cadeira parei em uma lanchonete e peguei café e alguns pães de frios, balas e chicletes. Não estava errada, esperamos por mais de duas horas antes de passarmos o relato ao escrevente e então formalizar a queixa. As imagens ficaram como prova e ela seria notificada sobre a queixa. Eu teria que buscar por um advogado se quisesse entrar com processo e fui orientada quanto a isso.

As três da manha eu me encontrava dentro de um taxi com minha filha adormecida nos braços e um enorme sorriso no rosto, eu tiraria alguma paz daquela maldita.

–--

A segunda feira veio e com ela a presença de Edward, meus olhos pareciam mariposas e seu escritório a chama mais linda já vista em minha vida. Buscava me concentrar em minhas tarefas falhando miseravelmente até a hora do almoço quando Rose se aproximou com suas feições fechadas e algumas pastas em mãos.

“Qual o seu problema?”

Ela me perguntou em um tom baixo para não chamar a atenção dos demais e era perceptível a fúria em sua voz. Eu tremi observando seus dedos cravados sobre a madeira da mesa, não havia feito nada de errado e também não havia produzido nada durante toda a manhã. Este fato não seria a razão de toda sua fúria contida.

“Sobre o que exatamente Rose?”

Busquei manter a voz calma enquanto observava seus olhos azuis sobre meu rosto. Deixei meu computador de lado virando a cadeira em sua direção esperando pelo que quer que fosse.

“A química entre vocês é palpável, vocês são jovens e bonitos. O que te impede de fuder o meu cunhado?”

Eu realmente estava em choque, eu abria e fechava a boca sem saber o que dizer enquanto meus olhos quase pulavam da orbita. Aquela conversa não era algo para se ter em um escritório e rapidamente saquei minha bolsa puxando Rose pelo braço em direção as portas de vidro.

Seguimos em silencio até o restaurante mais próximo. Apenas quando o garçom anotou nossos pedidos passei a respirar melhor.

“Que merda foi está no escritório?”

“Que merda foi esta de colocar meu cunhado para fora de casa e nem ligar no final de semana. Eu precisei ficar ouvindo suas lamurias durante todo o final de semana, sabe, eu tenho uma vida e uma mulher para mimar!”

Mais uma vez a confusão se fez em meu rosto e percebi que na verdade foi mesmo uma ignorância de minha parte não ter notado antes. Rose já tratava Edward como cunhado em nossas conversas a um tempo e só alterava quando estávamos juntos a mais alguém do escritório. Edward só tinha uma irmã e então.

“Puta que pariu…eu sou muito lenta!”

Aquilo saiu sem pensar e poderia ser interpretado de várias formas, claro que Rose interpretou como sendo algo dirigido a seu cunhado.

“Não isso Rose. Quer dizer, isso também, mas é que só agora associei você a Edward como parentes e então você é Alice são...Merda!”

“Algum problema?”

Ela me olhou com a testa franzida, aquela mulher poderia matar com o olhar eu estava certa disso.

“Não Rose, desculpe. Não foi nada disso, eu apenas fui lenta!”

Não me importava com o fato de Rose e Alice serem um casal, isso para mim não mudaria em nada minha vida e queria mesmo era pessoas felizes a minha volta. O que realmente me deixava confusa era ter que me explicar para ela agora.

“Rose, o problema todo e que não quero envolver Edward em meus problemas mais do que o necessário. Vou falar de uma vez e depois você pergunta o que quiser está certo?”

Ela concordou e fomos interrompidas pelo garçom com nossos pratos. Olhei para a comida sem nenhuma vontade e bebi um longo gole da minha agua antes de começar.

“Estou separada a cinco anos, não tive mais ninguém depois do escroto do meu ex, ele, ao contrário de mim, formou família e se casou novamente. Para mim ótimo, mas eu tenho uma filha que precisava de pai e não teve. Estou no meio de um processo judicial solicitando a ausência do nome dele na certidão de nascimento de minha filha retirando assim qualquer dívida que ele ache ter com ela. Sabe porquê? Por que o filho da puta nunca a ajudou em nada e ainda a faz sofrer mostrando todo seu amor pela filha que teve com outra mulher. Agora eu ainda tenho que lidar com uma vizinha recalcada e mais um processo. Meu tempo com minha filha é limitado e ainda complemento a renda de casa fazendo bolos aos finais de semana. Não cabe um homem nesta equação Rose! Mesmo tendo minha buceta pulsando por seu cunhado, eu não sei como lidar com uma relação à dois na minha vida.”

Cuspi tudo de uma vez e esperei pacientemente por suas argumentações. Rose saboreou de sua salada de mariscos e então delicadamente limpou os lábios me olhando sem uma expressão qualquer. Um sorriso brotou de seus lábios e um brilho refletiu em seus olhos me fazendo notar que algo dito tinha chamado sua atenção.

“Então sua buceta pulsa por meu cunhado?”

Claro que ela só prestou atenção nesta parte.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

recomendações?