POV Nat

Coloquei a carta dentro do papel,e andei em passos curtos até a cozinha para beber um gole d'água,estava muito nervosa e certa ao mesmo tempo do que iria fazer,não iria voltar atrás,Duca quis ficar com a Bianca ela aceitou,só não aceitou ser enganada pelo homem que dizia que a amava...Enfim,Nat saiu de seus pensamentos tristes (passados) e pegou a chave que estava em sua cama,e já ia saíndo quando Lobão apareceu.

_Onde vai,meu Anjo??

_Não te interessa,Lobão. Não enche! - Falei nervosa.

_Deixa de enrolar Nat fala logo!

_Olha aqui Lobão,nunca te devi satisfações algumas. Nem você,você nunca me contou seu esquema com o Heideguer.

_Nat,me diz uma coisa,pra que isso agora?? O que você vai ganhar sabendo do meu esquema com o Heideguer??

_ Ah,então tem um esquema mesmo?? O que eu vou ganhar,só interessa a mim! - Comentei. - Agora vaza daqui que tenho mais coisas pra fazer.

_Vem cá,você acha que pode me dar um pé na bunda?? Tu tá maluca Nat??Você sabe que eu posso acabar com você em dois tempos né,anjo?

_Já disse para parar de me chamar de Anjo. - Disse olhando nos olhos dele.

_Sabia que você é linda até brava??

_Nossa,que cantada!! - Dei gargalhadas. - O Lobão,vaza cara. Você tá bebado,tá com a cabeça quente,vê se esfria e vê se me esquece.

_Você não tem pra onde ir Nat,a Khan é o seu lugar oficial de encontro comigo.

_Pode até ser,Lobão,mas a Khan,eu não volto mais. - Expulsei ele de casa,meu coração acelerava;só pensava em uma pessoa,Duca. Por quê fui me apaixonar,logo pelo homem falso,canalha e imbecil?? Relembrei da vez que eu e ele nos beijamos,tentando salvar o Alan,tudo esquematizado nosso,só que o Dr.Heideguer estragou tudo,que droga. E ainda pois a culpa em mim,tinha que ser esse idiota do Heideguer. Saí dos meus pensamentos se não iria deixar alguma coisa cair no chão;sai de casa , tranquei a porta com chave é claro,e peguei minha moto colocando o capacete,e fui atrás da casa de Duca,não cheguei muito perto da rua,para não marcar presença,tirei o papel que estava pendurado na moto,e coloquei na caixa de correios da casa de Duca.

POV Duca

Havia saído da casa de Bianca,nossa...Que noite que tive com ela,sempre me lembro das noites que eu saía com as garotas,mas eu só amava uma! É,eu amava e ainda amo a Nat,Nat o amor da minha vida,só estou com a Bianca pois não consigo confessar que gosto dela como amigo. E se eu confessasse isso,tinha a academia,o mestre Gael iria ficar bolado comigo talvez,Bianca não iria conseguir olhar na minha cara e ia me fazer ciúmes com aquele Paulista de quinta categoria sem sal. Quando ia para minha casa preocupado com Dona Dalva,vi Nat.

– NAT! - Gritei para ver se ela me escutava,ela me olhou com desprezo,e foi em direção a moto fui atrás dela e a segurei pelo braço.

– Me larga lutador. - Obrigou Nat.

– Não,não. O que você tava fazendo na minha casa?? Querendo roubar?? É sua bandida!

– BANDIDA?? Olha aqui meu querido,assim você me ofende,eu vim aqui para te deixar uma carta e ir embora. - Ela disse,e eu sentei no banco triste.

_ Você vai embora?? Vai pra onde.

_ Não te devo satisfações Duca.

_ Ah me deve sim,você me deve e muito.

_ Me solta. - Soltei ela. - Adeus lutador.

_ É assim Nat??

_Você escolheu seu caminho,o da Bianca. Pensou na Academia,no aquazen,na confiança do seu ''mestre Gael'' tudo isso você pensou né Duca,e descobriu que isso seria uma vida fácil do que ficar comigo.

_ Não calma aí Nat,não é assim. - Tentei explicar pra ela mas ela não deixou,ela tá sendo muito brava comigo,sendo que não fiz nada,só escolhi a Bianca.

_Tchau Duca. - Nat subiu na moto;pôs o capacete,e eu pensei que aquele dia fosse o último que irei encontrá-la na vida,então assim que ela foi embora,cheguei na casa da Dona Dalva e disse a ela que eu vou sair para beber com os amigos(sendo que eu irei para casa da Nat)

_ Vem cá,Duca. Você não vai atrás daquela lutadora da Khan não , vai?? - Perguntou Dona Dalva.

– Como é que é , vó? Nem sei o nome daquela garota mesmo,é..?

– NAT! - Respondeu Dona Dalva.

Subi as escadas,procurei uma roupa diferente da que eu estava usando,passei perfume,pentiei o cabelo e peguei a carta que estava no correio,era da Nat e li calmamente:

''

Duca,

Amei-te e por te amar
Só a ti eu não via…
Eras o céu e o mar,
Eras a noite e o dia…
Só quando te perdi
É que eu te conheci…

Quando te tinha diante
Do meu olhar submerso
Não eras minha amante…
Eras o Universo…
Agora que te não tenho,
És só do teu tamanho.

Estavas-me longe na alma,
Por isso eu não te via…
Presença em mim tão calma,
Que eu a não sentia.
Só quando meu ser te perdeu
Vi que não eras eu.

Não sei o que eras. Creio
Que o meu modo de olhar,
Meu sentir meu anseio
Meu jeito de pensar…
Eras minha alma, fora
Do Lugar e da Hora…

Hoje eu busco-te e choro
Por te poder achar
Não sequer te memoro
Como te tive a amar…
Nem foste um sonho meu…
Porque te choro eu?

Não sei… Perdi-te, e és hoje
Real no […] real…
Como a hora que foge,
Foges e tudo é igual
A si-próprio e é tão triste
O que vejo que existe.

Em que és […] fictício,
Em que tempo parado
Foste o (…) cilício
Que quando em fé fechado
Não sentia e hoje sinto
Que acordo e não me minto…

Ass: Nath.''

Ela gosta de mim,ela me ama,mas não sabe que eu a amo. Tenho que dizer isso pra ela,antes que vá embora;Antes que todo o tempo nosso que passamos,fora perda de tempo!

Fui com meu carro até a casa dela,e finalmente cheguei,fui rapidamente tocar a campainha;Ela abriu.

_ DUCA??

_ Oi Nath