Guardians I - The Divine Stones escrita por G Menegatti


Capítulo 26
XXVI - The Ghost City


Notas iniciais do capítulo

Bom galera, é isso... mais um capítulo!
Estamos na reta final...
A próxima fic já está sendo elaborada in my mind
Se chamará: Guardians II - The Sacred Spirits



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— Kevin. — Acordei com Logan em pé a minha frente, esperando por mim.

Ele não precisou dizer nada, sabia o motivo dele estar ali.

— Já desço... — Falei, levantando e começando a trocar de roupa, o que seria rápido.

Enquanto me vestia, um rápido pensamento passou pela minha cabeça. Desde que Zargron roubou minha pedra, eu nunca mais tive sonhos com Hades, o que me deixava angustiado já que ele me ajudava a conhecer um pouco sobre esse mundo novo a mim.

Após me trocar, desci rapidamente as escadas, encontrando várias malas pela sala. Kendall, Sebak e Teseu estavam ajudando a leva-las até a van que estava estacionada a frente da pousada.

— Bom dia, Kevin. — Cumprimentou Cleo assim que me viu.

A garota carregava alguns livros grossos em uma mão, enquanto na outra alguns itens de poções e coisas do tipo. Aine ajudava Cleo também, levando consigo outros livros tão pesados quanto.

Logan estava brincando com Bob do lado de fora, apenas esperando a van ser carregada, já que seria ele quem dirigiria por toda a viagem. Sua expressão demonstrava cansaço e algumas olheiras, obviamente estava claro que ele não havia dormido direito, assim como eu ou qualquer um.

— Acho que pela CA-14 é mais rápido. — Ouvi Kendall conversando com Logan assim que me aproximei deles, mas assim que ele me viu exibiu um sorriso maroto. — Bom dia.

— Você acordado essa hora? — Perguntei zombando de sua capacidade de dormir mais que qualquer um.

Ele apenas continuou com seu sorriso, mas algo me dizia que ele não estava muito bem.

— Não consegui dormir direito.

— Você não foi o único. — Dissemos Logan e eu ao mesmo tempo.

Kendall olhou para Aine, que cuidava de algumas plantas no jardim e em seguida voltou a nos olhar.

— Vou ajudar Teseu a carregar as armas. — Falou, se afastando de nós.

Observei a espada dele enquanto partia. Aquilo me fez pensar em Kólasi, o que me levou a pensar também em meu pai. No entanto, consegui exibir um sorriso involuntariamente ao lembrar de sua feição quando estava em perigo lutando contra aqueles Asuras.

— Nenhum sinal de Luna? — Perguntei ao ver a expressão aflita de meu amigo, sentado no banco da van.

Ele apenas balançou a cabeça.

Queria perguntar mais, mas naquele exato momento, Kendall e Teseu surgiram com uma caixa cheia de armas pequenas e grandes, enquanto Cleo os ajudava levando consigo alguns livros.

— É isso... — Disse Sebak, cruzando os braços enquanto observava os demais guardarem as coisas no carro.

Assim que estava tudo pronto, Cleo abraçou o homem de maneira sentimental, murmurando algumas palavras de despedidas.

— Você não vai com a gente? — Perguntei ao ver a cena.

— Eu não posso sair deste lugar. — A voz de Sebak demonstrava orgulho e ao mesmo tempo tristeza. — Eu sou o guardião dos Selks, eu protejo este lugar e seus tesouros e segredos.

Nunca passou por minha cabeça quem poderia ser Sebak na verdade, pois ele parecia uma pessoa tão normal quanto nós, o que chegava a ser ridículo já que entre nós havia um filho de lobisomem, uma fada, um herói da Grécia, uma garota que não podia dormir ou morrer, um cachorro louco que gosta de matar, e eu, um filho de uma bruxa e de um Transmorfo. Bom, quem sou eu pra julgar o que ou quem é normal?

— Então acho que é isso... — Murmurou Kendall, olhando para cada um de nós. — Vamos?

Naquele instante, vi que Logan estava olhando para a entrada da pousada, provavelmente com esperanças de que Luna surgisse correndo. Mas as coisas não eram como esperávamos, principalmente com tudo isso ocorrendo.

— Logan. — Chamei por meu amigo, que demonstrou uma expressão séria e aflita, virando-se e indo em direção ao banco do motorista.

Após nos despedirmos de Sebak, todos entraram na van, que possuía bancos nas laterais e não como em um veículo normal.

— Precisaremos de espaço para analisar algumas coisas. — Explicou Cleo, colando alguns mapas nas paredes da van, enquanto Logan dava partida.

— Qual o nosso destino? — Perguntou Logan.

Cleo fechou os olhos, talvez tentando sentir onde Patrick estava e não demorou muito até ela responder.

— Ridgecrest. — Disse ela com as sobrancelhas franzidas.

— Esse não é o lugar onde... — Kendall tentou terminar, mas não conseguiu, olhando para Teseu, assim como Cleo.

— Sim. — Falou o homem. — Onde Zargron matou Ariadne

O silêncio predominou por um bom tempo durante a viagem até Ridgecrest. Minha curiosidade a respeito de Ariadne crescia ainda mais, mas eu não tinha coragem de perguntar nada a respeito, pois eu sabia que por trás de tudo aquilo havia uma história triste.

— Quanto tempo falta? — Perguntou Aine, parecendo entediada enquanto olhava Cleo brincar com Bob.

Kendall, que estava no banco da frente ao lado de Logan se virou e olhou para a tia, com uma expressão aborrecida.

— Muito tempo ainda. — Claramente aquela viagem estava ficando cansativa já que não havia absolutamente nada para resolver ou fazer e ninguém estava com ânimo para conversar diante de tudo o que aconteceu nesses dias que se passaram.

Minha espada estava repousada na parede da van, junto com as demais armas. Mas, mesmo sabendo que ela estava segura, eu não parava de olhar para ela com medo de que ela desaparecesse. Odiava se apegar nas coisas facilmente, mas esse era um ponto fraco meu, independente do que fosse. No entanto, havia um motivo para eu ter me apegado àquela espada tão rápido, e era o mesmo motivo por eu ter me apegado as coisas que minha mãe havia deixado a mim. Eu não havia muitas lembranças de meus pais e o pouco que fosse, até mesmo um pequeno objeto, já servia para me sentir seguro.

Meus devaneios só cessaram quando vi Cleo se mover desconfortavelmente a minha frente, com um olhar intrigado.

— O que foi? — Perguntei.

Ela passou a mão sobre a testa, tentando se concentrar em algo.

— Patrick... — Murmurou o nome do amigo. — Eu perdi a conexão com ele.

Teseu também olhou para a garota, aflito com o que havia acabado de ouvir. Mas rapidamente ele pegou o mapa, olhando a distância entre a cidade e nós.

— Estamos a duas horas de Ridgecrest. — Informou com um tom confuso. — Não faz sentido você ter perdido a conexão com ele. A não ser que...

De repente todos estavam olhando para Teseu, como se ele soubesse de alguma coisa.

— A não ser o que?

Vi Cleo levantar a cabeça, com os olhos arregalados e confusos.

— Não pode ser! — Claramente ela estava assustada. — Nós vimos ele morrer.

— Do que vocês estão falando?

Kendall também entrou na conversa, demonstrando pânico assim como os outros.

— Cleo tem razão. — Disse o rapaz. — Nós vimos você mata-lo e, mesmo que ele seja extremamente poderoso, ele não pode voltar à vida.

— Não, mas ele pode se transformar em algo ainda pior. — Argumentou Teseu, passando a mão pela cabeça.

Eu não era o único que estava perdido naquela conversa, pois Aine olhava para cada um deles como se fossem loucos.

— Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui?

Teseu me olhou angustiado.

— Estamos caminhando em direção a um lugar sem volta, a um lugar onde você vive ou morre! — A voz do homem demonstrava mais pânico do que qualquer um ali. — Estamos indo em direção a morte!

— Se Dracfo capturou Patrick, ele pretende se vingar de nós. — Ouvi Teseu dizer enquanto afiava suas flechas, já que estávamos próximos de Ridgecrest. — Por isso precisamos de um plano.

Dracfo, de acordo com o que contaram, era um mercenário extremamente perigoso que matava pessoas com facilidade, isso até ele encontrar a Pedra de Anúbis, que o transformou em uma máquina de matar indestrutível e imparável.

Teseu me contou que tentou parar o mercenário muitas e muitas vezes, mas todas elas sem resultado, até que, com a ajuda de Zargron, que também estava atrás de Dracfo, conseguiu por um fim a chacina que ele causava há centenas de anos.

— Eu sempre me pergunto... — Começou Aine, que estava em pé na van. — Quantos inimigos perigosos vocês tem?

— Pelo que me lembro... — Kendall se virou e começou a fazer uma contagem. — Cinco.

Cleo exibiu um sorriso engraçado, algo que fazia tempo que não via nela.

— Contou Golias?

Kendall de repente bateu a mão na sua cabeça.

— Sabia que estava esquecendo alguém. — Murmurou ele. — Então são seis.

— Rustam? — Desta vem foi Teseu quem o lembrou do nome.

— Verdade. — Lembrou-se Kendall. — Resumindo, são vários.

— Vocês são loucos. — Falou Logan, a primeira frase dele desde que havíamos entrado na van.

— E existe alguém que não seja louco? — Perguntou Kendall rindo. — Bom, mas voltando ao assunto, qual será o plano Teseu?

O homem estava analisando o mapa, mas a sua expressão não era nada boa. Acho que ninguém conseguia pensar em um plano bom o suficiente mediante a situação em que estávamos.

Foi somente após alguns minutos que Teseu decidiu falar, mas ao abrir a boca foi imediatamente interrompido com o barulho do pneu cantando, enquanto Logan freava a van, levando a gente para frente.

— O que foi isso? — Perguntei, passando a mão na cabeça, onde havia batido com tudo no banco da frente.

— Veja por você mesmo. — Pediu Kendall.

No mesmo instante decidi erguer a cabeça, olhando sobre o vidro do carro e vendo uma cena extremamente assustadora. A cidade, que antes devia ser cheia de vida e de pessoas, agora havia virado em uma cidade fantasma, com inúmeros corpos pelo chão, casas e carros abandonados, com um cheiro horrível de morte e um silêncio agonizante.

— Dracfo...


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Notas finais do capítulo

E aí galeroka
O que acharam?
Leitores fantasmas, se manifestem



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