Guardians I - The Divine Stones escrita por G Menegatti


Capítulo 21
XXI - In the Library


Notas iniciais do capítulo

( ͡° ͜ʖ ͡°)



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Após tantas noites dormindo extremamente mal, seja por estar em lugares desconfortáveis ou por causa dos sonhos constantes com Hades, finalmente consegui dormir o suficiente para recuperar toda a minha energia perdida durante esses dias.

No entanto, acabei não tendo nenhum sonho com Hades, ou qualquer outro sonho, o que me deixou bastante apreensivo. Era bem provável que aquilo havia acontecido pelo fato de minha pedra estar com o Anjo Negro.

— Bom dia! — Cumprimentei assim que vi Luna entrar em meu quarto, colocando ambas as patas na cama e ficando com a língua para fora.

Até mesmo em seu formato lobo ela conseguia ficar bonita, embora me deixasse com uma sensação de desconforto ao estar perto dela.

Levantei-me, colocando uma roupa mais adequada do que aquele pijama que levava na bolsa, vestindo uma das camisetas que Sebak havia comprado para mim na noite anterior.

Luna me levou pelo corredor, um espaço grande até demais para possuir aquele nome. E então, após tanto andar, finalmente havíamos chegado à sala de estar onde estavam Kendall e Cleo conversando.

A primeira coisa que fiz, além de cumprimenta-los, foi tomar um café da manhã tão esplendido quanto o jantar do dia anterior, com um banquete recheado de frutas, sucos, grãos e tudo o que tinha direito.

Enquanto isso, Luna se distanciou de mim, para brincar com Bob na piscina. Embora ela ainda tivesse a mesma personalidade de minha amiga, sua parte canina manifestava muito mais do que a contraparte humana.

— Onde está Logan? — Perguntei assim que notei a ausência dele entre nós.

Kendall era o único que estava ali, já que Cleo havia pedido licença para estudar algumas coisas na biblioteca da pousada, que realmente fazia jus ao nome.

— Lá fora. — Respondeu, colocando um pedaço de pão na boca. — Treinando com Teseu.

— Treinando? — Nunca passou pela minha cabeça que um dia veria Logan treinar alguma coisa, pois para mim ele já nascia bom em tudo o que ele fazia, mesmo que às vezes não demonstrasse alguns talentos.

— Diante de tudo o que está acontecendo, treinar é tudo o que nos resta. — Ele parecia abatido, diferente do Kendall que eu havia conhecido e conversado no Lago Castaic. Seus olhos estavam marcados com olheiras, além de pouquíssimas cicatrizes em seu rosto. A barba, mal feita, combinava com o cabelo já cumprido do garoto, que começava a cobrir a orelha. Kendall parecia ainda mais magro, assim como eu, embora seus músculos já estivessem definidos há muito tempo. — Se estiver a fim de treinar comigo, fique a vontade.

Pensei em como eu havia lidado com todos os desafios, levando em conta que eu só havia sobrevivido a tudo aquilo graças aos poderes que a pedra possuía. Até aquele momento eu não havia realmente batalhado, como um verdadeiro guerreiro, algo que eu deveria me empenhar para ser a partir de agora.

— Se não se importar...

Kendall apenas sorriu e se levantou.

— Venha, vou lhe mostrar o arsenal.

— Uau! — Exclamei no exato momento em que Kendall abriu a porta, mostrando uma grande quantidade e variedade de armas.

O arsenal possuía todos os tipos de espadas, adagas, arcos, machados e tudo o que se pudesse imaginar, de todos os tamanhos, cores e materiais.

Aquilo era absurdamente lindo de se ver, pois sempre tive uma paixão por armas e filmes de guerra que envolvesse batalhas, mas todo o envolvimento com aquele mundo me fez repensar sobre esse gosto.

— Escolha uma. — Pediu Kendall, me acompanhando enquanto dava a volta naquele imenso arsenal, procurando pela arma que mais se adequava a mim.

A primeira coisa que peguei foi um machado, mas todos eles eram pesados demais para mim, assim como os martelos e marretas.

— Tente algo mais leve. — Disse ele, dando um passo para trás e pegando uma espada de cabo curto e com uma guarda que protegesse minha mão. A lâmina da espada deveria ter pelo menos 60 cm de comprimento, com um gume bastante afiado e polido. — Acho que essa aqui está boa.

Peguei a espada pelo cabo e a brandi levemente, sentindo seu peso e sua dinâmica, que eram perfeitas para mim.

— Sempre comece pelo mais fácil. — O olhar de Kendall passou pelas armas. — Espadas são relativamente simples de manejar, assim como adagas, mas não possuem um grande alcance, por isso prefiro utilizar as espadas. Sempre evite machados, martelos ou porretes, a não ser que você tenha músculos do tamanho de tanques de guerra.

— E arcos? — Eu sempre tive um grande interesse por arcos e flechas, mas nunca tive a oportunidade de utiliza-los.

— Isso já não é comigo... — Comentou Kendall, caminhando até a porta. — Acho melhor pedir uma aula para Teseu, porque ele realmente entende do assunto.

Então saímos do arsenal, fechando a porta logo em seguida e indo em direção a um lugar mais reservado. No entanto, Kendall pediu que eu o esperasse, pois precisava pegar uma coisa antes.

Enquanto isso apenas fiquei observando Teseu e Logan treinarem técnicas de luta. O homem era incrivelmente bom, não dando nem chances para meu amigo se recuperar dos golpes que recebia. Cada movimento que Teseu desferia contra ele parecia tão brutal a ponto de mata-lo, mas tinha certeza que ambos sabiam o que estavam fazendo.

Do outro lado estava Luna e Bob, saltando e tentando pegar um pássaro numa árvore, embora o assustasse toda vez que pulavam.

Kendall demorou cerca de cinco minutos, até chegar com uma espada maior que a minha e com uma aparência ainda mais bela. Seu cabo era adornado com enfeites prateados, enquanto a guarda era a cabeça de dois dragões, tendo pelo menos 1 metro de lâmina.

— Acho que estou em desvantagem. — Observei ao ver a espada dele.

Ele riu com meu comentário.

— Com exceção do fato de eu saber manejar uma espada perfeitamente, sim, você está em desvantagem. — Disse ele. — Esta belezura aqui é feita de um aço raro apenas fabricado pelas Fadas e Elfos. É praticamente indestrutível e com algumas habilidades extras.

— Que tipos de habilidades extras? — O jeito com que Kendall falou aquilo fez com que eu ficasse curioso e com receio de me machucar durante o treino.

Ele exibiu um sorriso maroto.

— Você verá. — Garantiu Kendall, empunhando a espada e se preparando. — Não me desaponte.

No mesmo instante ele correu em minha direção, desferindo um golpe vertical e me pegando desprevenido. Mas, como eu possuía um reflexo aguçado, consegui bloquear o ataque ao levantar minha arma, fazendo as duas lâminas se encontrarem e produzirem faíscas com o choque. A força que Kendall havia aplicado em sua espada era muito superior, fazendo com que meu punho quase se deslocasse, obrigando-me a utilizar maior força ao me proteger de seus ataques seguintes.

Ele era rápido com seus movimentos, mas, felizmente, eu era ainda mais, o que me dava uma vantagem em meus contra ataques e esquivas. Não sabia utilizar a espada adequadamente, o que me obrigava a sempre me proteger de forma desengonçada.

— Mantenha a espada em um ângulo de 45°. — Instruiu Kendall. — Ataque somente quando eu estiver com a guarda baixa.

Segui suas instruções, manejando a espada como ele havia pedido e contra atacando nos momentos certos, o que rendeu um equilíbrio na luta, embora ainda estivesse em desvantagem por conta da espada de Kendall.

De repente senti a adrenalina percorrer minhas veias, como sempre acontecia quando estava agitado ou nervoso. E então tudo ao meu redor começou a transcorrer de forma lenta, permitindo-me ver os movimentos de Kendall e os locais onde ele iria atacar.

Exibi um sorriso ao perceber que aquela era minha hora de revidar. Brandindo a espada de forma firme e segura, avancei com um golpe na horizontal, que foi bloqueado rapidamente pela espada. Depois segui com uma sequência de ataques horizontais e diagonais, que sempre eram bloqueados pela arma.

A cada golpe eu empurrava Kendall para a outra direção, até perceber que em alguns metros eu o levaria contra a parede e poderia acabar de uma vez.

No entanto, algo acabou chamando minha atenção. Toda vez que ele bloqueava meus golpes com sua espada, a lâmina recebia um grande impacto, aumentando seu brilho natural. Até que chegou um momento em que ela emitia uma grande quantidade de luz, ofuscando minha visão.

E então Kendall desviou de um último golpe meu, desequilibrando-me e fazendo com que eu fosse direto ao chão assim que me chutou pelas costas.

— Você queria ver a habilidade extra, não é? — Perguntou ele com um sorriso maroto, assim que eu consegui me levantar. — Então veja.

Kendall então desferiu um último golpe em minha direção, obrigando-me a defender, mas isso não foi o bastante. A lâmina da espada do garoto redirecionou todo o brilho e energia, destruindo a minha espada em milhares de pedaços como se fosse feita de vidro. A ponta da lâmina então passou próxima a mim, fazendo um corte pequeno no canto de minha boca.

— Maneiro não? — Perguntou ele rindo.

Eu precisei de alguns segundos para entender o que havia acontecido e o susto se esvair, até que olhei para ele com os olhos arregalados.

— Você poderia ter me matado! — Ralhei, fazendo-o rir ainda mais.

— Relaxa, eu sei o que faço. — Garantiu Kendall, dando uma piscadela com seu olho, ajudando-me a recolher os pedaços da lâmina da espada.

Meu coração ainda estava acelerado por conta do risco que acabara de correr, que acabou me pegando de surpresa. Mas eu tinha que agradecer Kendall, pois se fosse em uma batalha real, estaria morto e isso serviu para me mostrar o quanto ainda precisava treinar.

— O que isso faz exatamente? — Perguntei, tentando entender a habilidade da arma.

— Esse metal é diferente de qualquer outro, porque ele consegue absorver todo tipo de energia e convertê-lo para si. — Explicou, mostrando-me a lâmina. — Se eu colocar essa espada em algo extremamente quente, ela absorverá a energia térmica, ou seja, a temperatura dela ficará tão elevada quanto. O mesmo vale para energia elétrica, mecânica e tudo mais.

— Isso é muita ciência para mim...

Kendall apenas riu, se afastando alguns passos.

— A ciência está em todos os lugares meu caro. — Foi tudo o que respondeu. — Agora pegue outra espada, o treino ainda não acabou.

— Eu não sinto meus músculos. — Resmunguei assim que me joguei no sofá da sala após um bom banho, mas a verdade era que eu os sentia, mas queria muito não poder sentir.

Kendall me treinou por horas, até que eu aprendesse a utilizar uma espada adequadamente, em seguida me acompanhou em uma corrida sem paradas por uma hora inteira para que minha resistência em missões durassem mais. E o treinamento não parou por aí, pois depois disso, Teseu decidiu me ensinar algumas técnicas de combate corporal simples, como socos, chutes e esquivas. Resultado de tudo isso? Músculos inchados, costelas doloridas, pés com bolhas e hematomas no corpo

— Pare de reclamar! — Falou Logan, ao sentar ao meu lado. Ele parecia ainda mais acabado que eu, com muito mais hematomas e cortes. — Não foi você que teve que correr atrás de Luna feito um mongoloide.

Logan se referia ao fato de Teseu ter combinado com Luna para que ela corresse, enquanto meu amigo tinha que captura-la, o que durou horas e nos rendeu muitas risadas e plantas mortas.

— Aconselho vocês a dormirem mais cedo hoje. — Avisou Teseu. — Amanhã iremos acordar cedo e visitar um conhecido meu na região.

Olhei para Logan, que também fez o mesmo, mas nenhum de nós quis perguntar quem era o tal conhecido. A única coisa que fizemos foi comer, já que o jantar estava na mesa, mais uma vez tendo um banquete divino feito por Sebak.

Devoramos tudo o que tínhamos direito para recompensar o árduo dia que tivemos. Aine vivia resmungando sobre nossos hábitos alimentares carnívoros, enquanto apenas a ignorávamos, mantendo o foco nas saborosas carnes que Sebak havia preparado tão bem.

Foi somente ao fim da refeição que notei a ausência de Cleo na mesa, que havia sumido desde cedo.

— Onde está Cleo? — Perguntei, fazendo todos me olharem e se perguntarem o mesmo.

— Ela disse que ia à biblioteca hoje de manhã, mas eu não a vi desde então.

Levantei da mesa assim que terminei meu prato.

— Vou ver se aconteceu alguma coisa. — Falei por fim, retirando-me do lugar.

Felizmente eu possuía uma memória muito boa e lembrava perfeitamente onde ficava a biblioteca, desde que havíamos feito um rápido tour pela pousada.

A primeira coisa que fiz ao chegar foi bater na porta, abrindo-a logo em seguida e encontrando Cleo sentada, vendo algumas fotos.

— Olá. — Disse, me aproximando aos poucos e então notando que lágrimas escorriam do rosto da garota, algo que nunca antes havia visto. — Tudo bem?

Ela me olhou, limpando as lágrimas e exibindo um sorriso.

— Sim, estou bem. — Respondeu, guardando as fotos e então olhou para o relógio. — Acho que perdi a noção do tempo aqui.

Sentei-me na cadeira ao lado, pegando a foto que Cleo havia guardado. Nela estava a figura de um homem alto e magro, que vestia um terno antigo e usava óculos redondos. Ele estava acompanhado de uma mulher extremamente bonita, com os olhos azuis e os cabelos loiros de Cleo, e mais abaixo havia uma garotinha, com pelo menos 6 anos de idade, que se assemelhava muito aos dois.

— Seus pais? — Perguntei, assim que notei a semelhança.

Ela apenas assentiu.

— Essa foi a última foto que tiramos juntos, antes de minha mãe morrer. — Comentou Cleo, se abrindo e demonstrando uma forte tristeza.

— Ela era muito bonita. — Observei.

— Ela era. — Concordou Cleo, olhando para a foto novamente. — Eu queria ser igual a ela algum dia.

— Você também é bonita.

A garota exibiu um sorriso engraçado.

— Obrigada Kevin, mas não foi isso que eu quis dizer. — Falou, deixando-me sem jeito.

— Não?

Cleo balançou a cabeça.

— Minha mãe sempre foi caridosa e sempre queria ajudar a todos, se sacrificando várias vezes para agradar as pessoas. — Sua voz demonstrava admiração conforme descrevia sua mãe. — Foi assim que ela conheceu meu pai, numa tentativa de ajuda-lo e então ambos acabaram se apaixonando.

Ela então pegou outra foto, desta vez sua mãe estava usando um vestido de noiva, enquanto seu pai um terno mais bonito do que o anterior.

— Esta foto foi tirada no dia em que eles se casaram. Minha mãe descobriu que estava grávida de mim algumas horas antes, e ela sempre me dizia que foi um dos melhores dias da sua vida. — O jeito como Cleo falava de sua mãe era tão bonito de se ver que me fez pensar se minha mãe havia sido feliz com meu pai ou algo do tipo. — Ela sempre foi feliz e demonstrava isso para qualquer um.

— Você puxou a ela então.

Mais uma vez Cleo exibiu um sorriso.

— Já meu pai sempre queria agradar à ela, comprando tudo o que ela tinha direito. — Seu sorriso continuava estampado no rosto. — E sabe o que ela dizia? Que o maior presente que ele poderia ter dado era passar o resto de seus dias com ele e comigo.

Cleo então guardou as fotos novamente.

— Minha mãe sabia que estava doente. — Disse ela. — Aliás, minha mãe era uma humana normal, que não tinha a menor ideia sobre a existência da magia. Minha mãe sofria de uma doença rara que enfraquecia seus órgãos, até fazê-los parar de funcionar.

“Meu pai passou anos tentando criar uma poção que pudesse cura-la, mas de nada adiantava. Quando mais ele procurava e se esforçava, mais minha mãe ficava doente. Até que um dia ela não resistiu e acabou falecendo, quando eu tinha seis anos de idade.”

— Eu sinto muito... — Eu não sabia muito bem o que falar naquela situação, a não ser as meras palavras de pesar.

— É a vida... — Disse Cleo, me olhando. — Pessoas vez, pessoas vão e assim segue ela. O tempo não para ninguém...

O jeito como ela havia dito aquelas palavras soou de uma maneira tão vaga que me fez questionar o motivo daquilo. Mas a verdade era que eu já sabia a resposta.

— Lupa me contou... — Falei de repente, não sabendo se deveria tocar no assunto que podia ser um pouco delicado à garota.

— Imaginei que soubesse. — Falou ela com um sorriso. — Vai se afastar de mim também por causa da minha maldição?

Franzi o cenho, confuso pela pergunta.

— Por que eu faria isso? — Perguntei de volta, não sabendo o que responder.

— Geralmente as pessoas costumam se afastar de mim quando descobrem que eu não sou como elas. — Havia uma grande carga emotiva em suas palavras.

— Elas não sabem o quão idiotas são por fazerem isso. — De repente a imagem de Patrick surgiu em minha mente, imaginando se ele seria uma dessas tais pessoas. — Você é incrível e não há motivo para eu me afastar de você, muito pelo contrário. A realidade é que ninguém é igual, todos somos diferentes e é isso que faz de cada um especial. Você pode até possuir essa maldição, mas isso não te deixa menos incrível do que já é.

Ela exibiu um sorriso tímido, me olhando profundamente em meus olhos.

— Obrigada. — Agradeceu. — De coração.

Apenas retribui com outro sorriso, mas isso não parou por aí...

Sem que eu notasse, nós dois estávamos nos inclinando, ficando próximos um do outro, até que nossos lábios se encostaram. Uma onda de calor e adrenalina percorreu meu corpo com o beijo de Cleo, fazendo com que todas as minhas lembranças boas surgissem de uma vez. Era uma sensação ótima e prazerosa, que me fazia ter vontade de ficar ali por horas, dias e talvez meses.

No entanto, após alguns segundos, Cleo se afastou, com os olhos expressando surpresa.

— Acho melhor que isso fique somente entre nós... — Murmurou ela, fazendo-me assentir, mesmo não sabendo o porquê.


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Notas finais do capítulo

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