Guardians I - The Divine Stones escrita por G Menegatti


Capítulo 14
XIV - Lycanthropy


Notas iniciais do capítulo

Bom, um rápido capítulo pra vcs, mas espero que gostem haha



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Assim que Luna me mordeu, gritei de dor enquanto ela me jogava ao chão e tentava me atacar brutalmente, utilizando garras que haviam crescido em sua unha e seus caninos afiados.

– Luna!

Meu grito serviu para alertar a todos, que imediatamente tentaram nos separar, mas Luna era muito mais forte do que todos eles juntos, isto é, essa pessoa que se parecia com a Luna era mais forte.

Com um único movimento, ela conseguiu empurrar Kendall e Patrick, que tentaram agarra-la, fazendo os dois caírem. Teseu e Cleo também não escaparam da fúria de Luna, que me ignorou, se jogando contra eles e cravando suas garras em seus rostos, causando ferimentos graves e profundos.

Foi somente quando Logan apareceu que Luna foi imobilizada. Pois, assim que ele a viu, se jogou contra sua irmã, prendendo-a com uma chave de braço e lutando contra sua fúria.

Levantei-me assim que pude e fui ajudar Logan, amarrando Luna com um pedaço de corda que Cleo havia me jogado.

– O que aconteceu com ela? – Perguntou meu amigo assim que a deixamos imóvel, mas mesmo assim ela se contorcia, tentando se livrar daquelas cordas, enquanto grunhia, se parecendo com um animal.

– Não faço a menor ideia! – Eu estava confuso e me sentindo culpado por estar fazendo aquilo com minha amiga, mas diante daquela estranha situação não me restava outra escolha.

Cleo se aproximou de Luna, se abaixando para examina-la, enquanto Kendall e Patrick a seguravam com firmeza.

– Ela está manifestando seu lado Licantropo. – Murmurou com seriedade a garota. – Quantos anos ela tem?

– Dezessete. – Respondi rapidamente, não entendendo o que isso significava.

Ela fez uma expressão confusa, examinando a pupila de Luna.

– Isso não faz sentido. – Quem falou foi Teseu. – Licantropia só é manifestada por volta dos 18 ou 19 anos de idade, até mesmo em herdeiros.

– Algo fez acelerar esse processo... – Observou Cleo, abrindo a boca de Luna, que se revirava e não permitia. – E eu acho que já sei o que é.

Então ela me olhou diretamente, pegando um frasco da poção feita por Luna e me mostrando.

– Ela ingeriu isto? – Perguntou Cleo.

Assenti, lembrando-me de quando minha amiga estava quase inconsciente após receber o golpe de Gymir.

– Eu dei a ela.

– Pois não devia...

– Mas ela estava quase morrendo, havia uma ferida enorme na sua testa.

– Licantropos possuem uma regeneração celular muita mais avançada que a nossa. – Informou a garota. – Esta poção serve para acelerar o metabolismo, fazendo com que a regeneração se torne muito mais rápida. Ou seja, você aumentou a manifestação de licantropia dela.

Logan me olhou de lado, fazendo-me sentir ainda mais culpado pelo que havia feito, mesmo sabendo que eu não tinha culpa.

– E agora? – Perguntei assustado e temendo pelo pior.

– Agora a gente vai ter que colocar uma coleira nela e ensina-la a se comportar. – Ele olhou para Bob, que estava rosnando para Luna, enquanto rodeava Logan na intenção de protegê-lo. – Acho que eles vão ser ótimos amigos.

Olhei irritado para ele, com vontade de joga-lo no lago Castaic.

– Não... – Disse Cleo rindo. – Eu posso fazer uma poção para retardar os efeitos.

E então ela olhou para Luna, que ainda grunhia de raiva.

– Só há um problema. – Lembrou-se Cleo. – A Licantropia dela será retardada permanentemente.

Amarramos o corpo de Gymir e o jogamos ao lago para que, caso ele voltasse à vida, não nos desse tanto trabalho como da última vez.

Mas, independente se o gigante tivesse quer ser derrotado mais uma vez, o nosso maior problema continuaria sendo Luna, que demonstrou tanta força que conseguiu romper a corda que a amarrava, nos obrigando a caça-la. Foi somente após uma hora que Cleo a cercou com feixes de energia, dando-nos a oportunidade de captura-la.

Por fim, deixamos Luna presa (com mais cordas, obviamente), e Bob a ficou vigiando, para caso acontecesse aquilo novamente.

Além disso, tinha outro problema: a transformação de Luna estava acelerando. Pelos cresciam em sua pele aos poucos e o focinho começava a se alargar.

– Precisamos dessa poção o mais rápido possível. – Murmurei a Logan, que também estava muito preocupado com o estado dela.

Ele assentiu, fitando o lugar onde Cleo estava fazendo a poção.

– Ela me disse que ela pode voltar a ser humana e controlar a licantropia se não darmos a ela essa poção. – Disse Logan. – Mas eu não sei se ela seria forte o bastante para manter o controle...

Estava claro que ele se referia a si mesmo também. Meu amigo se importava demais com os outros para feri-los.

– Não se preocupe. – Estávamos próximo ao lago, brincando com algumas pedras e as arremessando na água para vê-las quicar, embora nunca conseguíssemos. – Tudo vai acabar bem no fim.

– E se não acabar? – De repente Logan havia aumentado o tom da sua voz. – Kevin! Isso não é um filme, é a vida real! Nem sempre as coisas podem ser do jeito que você quer ou deseja!

Logan se irritou e arremessou uma pedra no lago, que deu pelo menos 10 quicadas na água até afundar. Já estava claro para mim que nossos poderes se manifestavam de acordo com nossas emoções.

– Me desculpe... – Falou meu amigo, por fim, sentando-se ao chão.

– Não esquenta. – Respondi rindo. – Aliás, você precisa me ensinar a fazer o que acabou de fazer.

Ele exibiu um sorriso breve e em seguida voltou a fitar o vazio, sem vontade de conversar.

Nos reunimos mais tarde, quando Cleo já estava quase concluindo uma poção que pudesse retardar a licantropia de Luna.

– Eu recolhi algumas ervas raras na região e coloquei a poção de cura aqui no meio, para que ela surtisse efeito, mas ao contrário. – Explicou a garota quando Logan perguntou o que exatamente era aquilo. – Mas falta somente um ingrediente importantíssimo.

De repente ela me olhou diretamente, fazendo com que todos dirigissem os olhares até mim em seguida.

– Sangue de Transmorfo.

Rapidamente coloquei a mão em meu pulso.

– Vocês precisam do meu sangue?

– Sem ele a poção não surtirá efeito. – Realmente era estranho quando todos estavam te olhando ao mesmo tempo, ainda mais quando o motivo daquilo era o seu próprio sangue. – Além do mais, são algumas gotas somente.

Odiava ter que ir ao médico quando precisava tirar sangue para exames e odiava ainda mais ter que ver meu próprio sangue. Mas naquele momento pensei em Luna e aquilo serviu para ignorar minhas repulsas.

– Tudo bem. – Falei, estendendo meu braço.

No mesmo instante, Patrick se moveu com uma velocidade tremenda, fazendo um corte na palma da minha mão com uma faca de caça, que ficou ensanguentada na mesma hora, entregando à Cleo em seguida.

– Ai! – Exclamei, sentindo a lâmina da faca me perfurar. – Você poderia ter cortado minha mão fora.

– Se eu quisesse realmente fazer isso já teria feito. – Falou ele sem nem sequer me olhar nos olhos.

Logan me segurou ao perceber que eu havia ficado irritado com a ousadia do garoto. Mas a minha raiva foi momentânea, pois tinha coisas mais importantes para resolver e prestar atenção.

Vi Cleo virando a faca, onde o sangue estava presente. Após alguns segundos, o líquido vermelho começou a escorrer lentamente, ele estava mais denso do que o normal, o que era estranho de se ver. Assim que pelo menos dez gotas caíram na poção feita, ela se tornou avermelhada, quando Cleo a mexeu.

Em seguida ela manipulou alguns feixes de luzes, que serviram para erguer o líquido da poção e guarda-la em um recipiente de vidro.

A garota a ergueu e fez uma careta estranha.

– Não era para ter ficado desta cor. – Comentou. – Acho que coloquei muito sangue, mas não vai interferir em nada.

E então ela se levantou, entregando a poção a Logan.

– Você é o mais forte entre nós, então terá que fazer ela ingerir todo este líquido.

– Eu? – Logan parecia incrédulo, mas logo percebeu que não teria outra opção senão fazer o que Cleo havia pedido. – Tudo bem...

Bob levantou a cabeça, abanando o rabo assim que nos viu ir em sua direção. Ele parecia contente em ver Logan, pois logo correu em sua direção.

– Este cachorro realmente gostou de você. – Observou Kendall.

Assim que chegamos em frente à barraca onde Luna estava, Kendall e Patrick se posicionaram para segurar a garota, enquanto Logan se preparava para dar a poção a ela.

Teseu não estava conosco, pois havia encarregado de vigiar caso Gymir voltasse a nos dar problema. Portanto só restava a nós aquela tarefa.

Luna se contorcia feito um animal feroz, o que dificultou ainda mais para Kendall e Patrick segura-la. Foi somente quando eu criei duas correntes de sombras, que a deixou imóvel, permitindo que Logan desse a poção a sua irmã.

No entanto, antes mesmo que ele a virasse em sua boca, senti meu braço arder e por um instante pensei que seria pela força que estava fazendo em manter aquelas correntes suspensas. Porém, olhei para a região dolorida e vi a marca dos dentes de Luna quando ela me mordeu, vendo o sangue coagulado.

Assim que fiz uma expressão diferente, Cleo percebeu isso e me encarou.

– O que foi? – Perguntou, mas eu não precisei responder, pois no mesmo instante ela viu a marca da mordida em meu braço. – Não...

Rapidamente Cleo se desesperou e pediu que Logan não fizesse aquilo, mas já era tarde demais...

Assim que Luna ingeriu todo o líquido, ela se contorceu de tal maneira que arrebentou as cordas que a prendia e nem mesmo minhas correntes puderam segura-la. Ela ficou numa posição canina, enquanto tinha espasmos e grunhia sem parar. Pelos cresciam em todo o seu corpo, até que ela começou a crescer de tamanho, rasgando toda a sua roupa. Sua transformação foi rápida e em questão de segundos não havia mais nenhuma Luna a nossa frente e sim um lobo com uma pelagem acinzentada e olhos vermelhos, mandíbulas afiadas e garras tão poderosas quanto, que nos encarava de forma sanguinária, idêntico aos que havíamos enfrentado no parque de diversões em Santa Mônica.


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Notas finais do capítulo

Vishhhhh



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