Os Aborrencentes escrita por Pamelokinha


Capítulo 3
Capítulo 3




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Capítulo três: Sobrenatural.
Como foi dito minha irmã, entramos nos fundos e corremos para o quarto. Emprestei roupa para o Luke, o pior que, ele era mais alto do que eu, então, tinha pernas mais longas. Sorte minha, eu tinha uma calça grande que ganhei do meu pai (que não serviu em mim) e emprestei a ele.
Saímos do quarto. Quando avistei as meninas, me rachei de rir.
- O que vocês estão rindo? – Annabeth tentou manter sua calma.
- Annabeth, você está linda assim – zombei – Como a futura mulher do Drácula!
Eu pude sentir a raiva subindo para o seu rosto. Mas eu só ria.
Annabeth correu até a mim e deu uma tapa na minha cara.
- AU! – eu gemi alto demais – POR QUE ME BATEU?
- ISSO É PRA VOCÊ APRENDER A NÃO ME PROVOCAR ENTENDEU? – Annabeth respondeu brava. Ah qual é gente, eu zombei um pouquinho!
O meu rosto estava dormente pelo tapa. WOW, essa menina é forte hein?
Annabeth saiu da minha frente com minha irmã. Thalia estava rindo da minha cara. Ah é? Quer brincar Dona Annabethinha? Eu entro na brincadeira também!
- Persy Jackson, se acalme cara – Luke tentou.
- Se essa Annabethinha acha que pode me provocar, ela está muiiito enganada! – falei com mau gosto.
Luke riu – Ok, Percy, vamos ao almoço do seu pai.
- E não chame de pai! – reclamei. Realmente, eu odiava isso. EU NÃO CONSIDERO ELE COMO PAI.
*****************************
O almoço foi normal, eu mal comi a comida. Eu havia perdido o apetite.
Annabeth ficou me encarando feio. Ás vezes, eu fazia caretas só para zombar dela. Ela ficava vermelha de raiva. Como eu disse: eu me divirto.
Quando todos os convidados foram embora, não entendi o por quê Annabeth não foi juntos com seus pais.
- E você? Não vai embora? – perguntei a ela.
- Quer me expulsar daqui? – ela perguntou.
- Aqui não tem roupas cor-de-rosa pra você, patricinha – zombei de novo.
Ela mordeu o lábio para não xingar.
- Mas não tem problema, preto é minha cor favorita também – ela sorriu maliciosamente.
- Você vestida de preto parece Marilyn Manson – zombei de novo.
- Sério? Se fosse você, iria parecer um Motoqueiro Fantasma sabe? Com aquele gostoso Nicolas Cage – ela riu – Só com você, iria assustar muito fantasmas por você ser tão feio!
Fiquei boquiaberta. Como ela pôde fazer isso comigo? Ah qual é, sou o mais DESEJADO do colégio! Meninas morrem ajoelhando nos pés.
E agora, a menina que eu mais odeio ainda fala que sou feio? AH VAI CATAR COQUINHO!
Thalia e Luke riram alto demais.
- Ah e outra coisa, eu posarei aqui – Annabeth diz sorrindo – Claro, no quarto de sua irmã, pois sou inocente demais para dormir com um garoto.
Bufei de raiva. Pela primeira vez na vida, fui humilhado. Que legal. C*****, TU PERDEU PARA UMA GAROTA! COMO PUDE SER TÃO BURRO?
- Vou indo Percy – Luke diz – Tchau Cara, e um conselho: Não enfrente mais Annabeth, senão amanhã no colégio, muita gente vai rir na sua cara.
***********
No colégio, ninguém soube entre mim e Annabeth. Meu peito se aliviou. Não sei se eu agüentaria ser humilado pelo colégio inteiro.
- Oi Percycat – uma garota que mal conhecia piscou pra mim.
- Olá, gatinha – respondi com prazer.
Assim, se passaram várias delas.
Fui até minha sala onde realizarei a primeira aula. URGH. Deu nojo em pensar nisso. Além de enfrentar aulas chatas, era química (eu estava indo ao laboratório) e terei a pior colega de sala que todos tem.
Sentei no lado dela. Ia perder uma oportunidade dessas? Óbvio que não. SEJA CRIATIVO DESTA VEZ, PERCY.
Ela me encarou feio – Não cansa de mim não?
- Não, minha Marilyn Manson – zombei de novo.
Ela franziu sobrancelhas e bufou de raiva.
- Vocês, alunos, deverão identificar a solução se é ácida ou base ok? – o professor gritou na sala, buscando atenção de todos.
Eu mal sabia o que era ácido ou base. Mas chutando, eu sempre acerto.
Então, arrisquei e encarei Annabeth.
Ela estava concentrada na solução, apesar de que também é dislexia.
Seus olhos... Cor de chocolate liquído, brilhando...
Meu coração acelerou agora. Aquele sentimento de zuação não estava mais me transbordando. Agora que sentia...
NÃÃÃÃOOOOOO!
**************
PDV. Annabeth
Thalia sempre me dizia que um dia, ele vai mudar.
Bem, esse UM DIA está demorando, até por demais.
Para não me iludir tanto, hoje decidi não provocar Percy. Alias, eu não estava com humor para brincadeiras. O que aconteceu ontem foi sinistro. O minotauro quase matou minha melhor amiga. Percy conseguiu matar ele. Bem, eu admito, ele foi heróico. Mas decidi ser forte. Não olhar mais pra ele. Fazer que ele tivesse curiosidade em mim. E claro, ter criatividade para enfrentar de suas babaquices, que ninguém merece.
Estava me concentrando em soluções, apesar de que, eu não havia aprendido essa matéria mas fui tentando...
Eu estava prestes a colocar a solução num lugar... Algo fez mexer minha mão, colocando a solução na outra substância. E pior, eu vi uma mão no meu pulso.
- Annabeth! – professor gritou – ESSA SOLUÇÃO NÃO!
Era tarde demais.
Eu havia colocado a substancia e a solução explodiu. Bem, não como uma bomba, mas surgiu uma nuvem pesada, com cheiro horrível, fazendo eu tossir.
A nuvem havia fechado minha visão, eu não conseguia ver nada, apenas névoa formada por mim.
Coloquei a mão na garganta a fim de querer tossir mais. Aquele ar poluído fazia minha cabeça latejar.
- ANNABETH! – alguém gritou. Mas eu não conseguia reconhecer a voz.
Pois eu já estava apagando...
*****************
Estava sentada no jardim. Tinha sol radiante, batendo a luz na minha pele.
Percy estava no lado. Segurando minha mão...
QUE? SEGUNRANDO MINHA MÃO? SÓ PODE SER UM SONHO, SÓ PODE!
- Percy... – falei. Ele se virou pra mim. Sorrindo.
MEU DEUS. Achei que eu ia morrer.
- Sim, Anna – ele me chamou apenas de Anna! Por que será?
Abri a boca para falar algo. Tentei manter minha respiração normal.
- Percy, por que está segurando minha mão? Por que me chamou apenas de...
Ele desviou meu olhar. Fez um gesto desconhecido...
Eu conheço Percy a muito tempo. Mas esse movimento era estranho, Percy sempre provocar e tal...
Seus olhos ofuscaram uma luz amarela. Levei um susto. Aquele não era Percy.
Ou... Não, isso não pode!
ELE NÃO PODE SER HIPNOTIZADO POR CRONOS, NÃO PODE!
Eu gritei. Bem alto. E acordei.

- ANNABETH! – Thalia gritou no meu ouvido – ACORDA, TA TENDO PESADELO!
Abri os olhos de susto.
Encarei a gótica, que estava desesperada, percebendo que eu havia tido um pesadelo.
Encarei onde eu estava. Percy estava no seu lado.
CALMA ANNABETH, FOI APENAS UM SONHO. UM SONHO.
- Está bem, Annabeth? Você está pasma – Thalia perguntou.
Encarei ela – Não, estou muito bem.
Era mentira. Eu ainda estava assustada. Muito assustada.
Encarei Percy. Em busca aqueles olhos ofuscados com luz amareladas. Nada. Seu olhar era o mesmo, olhos verdes lindos...
Meu coração acelerou. MERDA, MERDA,MERDA.
- Annabeth, está se sentindo bem? – a enfermeira perguntou a mim.
- A sim, estou bem – menti de novo. Uma leve dor de cabeça, mas era fácil ignorar.
- Tem certeza? – ela insistiu – Você colocou ácido sulfúrico em numa solução completamente errada, e a névoa podia ter te matado.
Me encolhi na maca onde eu estava deitada. Como eu pude ser tão burra?
AH, EU TAMBÉM TENHO DISLEXIA!
- Calma Sra. Bird – uma voz o acalmou – Ela tem dislexia. Ela ainda está aprendendo química, não é Annabeth?
Suspirei fundo – Sim.
Era o professor de mitologia grega, Sr, Brunner. Era a única matéria que eu aprendia.
A enfermeira saiu.
- Obrigada, Sr. Brunner – agradeci.
Ele sorriu – Foi você mesma que colocou a solução?
Engoli seco. Como vou contar que eu NÃO iria colocar naquela substância e algum fantasma fez aquilo?
Se eu dizer, com certeza vão me internar num hospício.
- Mesmo se foi bizarro, Annabeth, apenas diga a verdade – Sr. Brunner insistiu.
- Ok – engoli seco – Eu vi uma mão empurrando para mim colocar a solução na outra substância – admiti.
- Humm...
- O que? Estou ficando louca?
- Não... – ele respondeu – Mas não saberá tudo agora.

PDV Percy
Eu tive que pegar Annabeth nos meus braços e levar pra fora da explosão que ela mesmo provocou. E por que eu fiz isso? Nem sei onde estava com a cabeça. Mas quando Annabeth apagou, senti uma transbordação de proteção, fazendo que eu salvasse ela. NÃO, ISSO NÃO PODE ESTAR ACONTECENDO.
- Percy... – Thalia diz.
- O que foi? – perguntei.
Ela respirou fundo – Eu acho que...
OH MEUS DEUS. SERÁ QUE ELA VAI DIZER QUE PERCEBEU QUE EU GOSTO DA ANNABETH?
- Talvez esteja enganada – interrompi.
Ela franziu as sobrancelhas – Esteja enganada do que?
- Sobre o que você está achando ué? – tentei fugir do assunto. Eu não queria conversar sobre isso agora, muito menos com a Thalia.
- Ah, então, tudo bem. Esquece – ela pediu.
AH SE EU PUDESSE.
Annabeth começou a se mexer feito louca. Mas ainda estava dormindo. Quando ela dormia, dormia feito um anjo... CALA A BOCA, PERCY.
Mas ela continuava a se mexer.
- ANNABETH – Thalia gritou teu nome – ACORDA, TU TA TENDO UM PESADELO!
Ela acordou. Assustada.
- Está bem Annabeth? Você está pasma – Thalia comentou.
Quase abri a boca para Thalia calar a boca. A Annabeth não estava pasma. Bem, a minha irmã exagera um pouco...
- Annabeth, está se sentindo bem? – a enfermeira entrou na sala.
- A sim, estou bem – ela respondeu. Eu senti que essa resposta fosse uma mentira.
- Tem certeza? Você colocou ácido sulfúrico numa solução completamente errada e a névoa podia ter te matado.
- Calma Sra. Bird. Annabeth tem dislexia e ainda está aprendendo química, não é Annabeth?
- Sim – ela finalmente diz.
A enfermeira fez cara feia ao Sr. Brunner, que havia salvado Annabeth.
- Obrigada Sr. Brunner – ela diz sorrindo. Ela tem um sorriso tão lindo... FOCO, PERCY, FOCO!
- Foi você mesma que colocou a solução? – ele perguntou.
Annabeth se escondeu um pouco. SÓ ESPERO QUE ELA NÃO TENHA COLOCADO DE PROPÓSITO PARA ME FERRAR.
- Mesmo se foi bizarro, Annabeth, diga apenas a verdade – Sr. Brunner insistiu.
- Ok – Annabeth diz – Eu vi uma mão empurrando pra mim colocar substância na outra solução.
Que? Alguém empurrou a mão dela? Bem, eu não prestei atenção quem estava no lado dela...
- Hummm... – ele murmurou.
- O que? Estou ficando louca? – Annabeth perguntou. A pergunta foi tão hilária, que eu tive que segurar o lábio para não rir.
- Não – ele respondeu – Mas não saberá tudo agora.
Isso fez minha espinha arrepiar.
Annabeth se levantou da maca. Eu e Thalia saímos da sala.
Thalia segurou – Agora você me escuta.

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Notas finais do capítulo

Comenteem! Desculpem a demora para post ¬¬