Namoro por Aluguel escrita por Zia Jackson


Capítulo 25
Um tiro do destino


Notas iniciais do capítulo

Olá, docinhos.
(Caps Lock alerta)
A FIC RECEBEU MAIS UMA RECOMENDAÇÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
ESTOU INFARTADA E GOSTARIA DE AGRADECER À MENINA RADIANTE, A DIVA QUE RECOMENDOU A FIC.
MENINA DO CÉU, VOCÊ É UM ANJINHO NA TERRA!!!! ADOREI A RECOMENDAÇÃO, SUA LINDA.
(Caps lock -off- alerta)
Ok, meu Deus, eu estou sem ar. Simplesmente muito apaixonada por essa recomendação linda ♥. Dedico esse cap para todos os que leram e comentaram, especialmente A Menina Radiante (a diva que recomendou)
Boa leitura ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/595989/chapter/25

— Ana? — Disse Tobias, tentando atrair minha atenção. — Por que está olhando tanto para as pessoas que passam por nós?

— Nada. — Respondi. — Pensei ter visto uma pessoa conhecida.

Sem me perguntar mais nada, voltou a comer seu sushi. A feira de comida asiática estava, no mínimo, deliciosa. O ar se preenchia com cheiro de yakissoba, frango xadrez e diversas outras comidas típicas do continente e, além dos food trucks, havia um pavilhão inteiro com roupas e artigos de decoração para todos os gostos. Eu e Tobias estávamos sentados um de frente para o outro em uma das várias mesas de plástico vermelho dispostas pelo local. Muitas pessoas transitavam por ali, já que o local onde os restaurantes em caminhões estavam dispostos ficava bem no “coração” do parque de exposições. Tudo estava indo perfeitamente bem, até que vi um rapaz que poderia ser considerado irmão gêmeo de Miguel. Na hora, derrubei meu garfo cheio de macarrão e shoyu e acabei manchando minha roupa. Graças aos céus, não houve nenhum sinal de que aquele rapaz era Miguel e muito menos de que os seus familiares estavam no parque de exposições. Entretanto, não conseguia tirar os olhos da multidão. Terminei minha refeição em silêncio, um pouco depois de Tobias terminar a dele.

— Você parece um pouco nervosa. — Comentou ele com a mesma naturalidade em que se comenta sobre o clima. — Tem certeza de que está tudo bem?

— Estou ótima, apenas me lembrei de umas coisas da faculdade e...

Antes que pudesse terminar minha frase, ele colocou a mão sobre a minha.

— Não pense em estudos hoje, Ana. Se divirta como os jovens fazem.

— Estou tentando não pensar, mas parece que se prenderam em minha cabeça com super bonder.

Tobias deu uma longa risada e abriu um sorriso.

— Relaxe. Que tal um passeio pelo parque de diversões? Poderíamos ir ao túnel do amor ou na barraca de tiro ao alvo. Prometo que tentarei ganhar um urso para você.

— Ei, não preciso de você para ganhar um urso. — Comentei, dando uma risada. — Posso acertar o alvo e sair daqui com mil ursos conquistados, tudo isso sem descer do salto.

— Tudo bem, então, eu nunca consegui ganhar nada no tiro ao alvo mesmo. Mas o túnel do amor me parece se uma boa ideia.

— Eu duvido que consiga acertar algo no tiro ao alvo. — Comentei em tom de desafio.

Agora, Tobias e eu estávamos na parte dos brinquedos e das barraquinhas do parque.

— E o que eu ganho se acertar? — Indagou ele.

— O que quiser. — Respondi, sorrindo. — Desde que não seja algo muito caro. Afinal, estou duríssima.

Ele riu e correu até a primeira barraca de tiro ao alvo que avistou. Sem pressa, o segui , tomando cuidado para não tropeçar nas pedrinhas soltas do parque. Luzes multicoloridas e gritos animados enchiam o parque de diversões de energia, mas não tanto quanto a enorme fila para andar no “trem fantasma”.

Fez o pedido para o atendente da barraca que, em segundos, deu ao garoto a “arma” e as “balas” falsas que derrubavam os objetos das prateleiras. Tobias gastou cerca de cinco das balas antes de acertar no local aonde mirara. Mesmo assim, o pequeno chaveiro de ursinho empacotado em uma caixinha azul não tombou.

— Mais balas? — Perguntou o atendente, sorrindo.

— Sim.

O homem gorducho colocou sobre o balcão mais dez munições e, quando foi atender outro cliente que por pouco não derrubara uma latinha que valia dez reais, Tobias reiniciou o seu processo de tentar derrubar o ursinho. Esgotou suas balas rapidamente, mas dessa vez quem as recarregou e tentou derrubar o ursinho fui eu.

— Isso vai ser engraçado. — Brincou Tobias. — Será uma grande humilhação se eu perder para você.

— Algo me diz que hoje será a noite mais humilhante de sua vida.

Ele riu atrás de mim, mas bloqueei os sons ao meu redor. Focando toda a minha atenção no ursinho, disparei. Uma, duas, três vezes, somente na quarta derrubando o ursinho.

— Uau. — O rapaz disse atrás de mim.

— Como dito antes, consigo fazer tudo isso sem descer do salto. — Zombei. — Embora eu não esteja usando salto.

O homem da barraca, percebendo que eu parar de atirar, veio perguntar se as balas haviam acabado. Pareceu um pouco espantado em saber que conseguira derrubar o urso. Algo em seu olhar fez- me lembrar de alguns anos atrás, quando meu pai dissera que os donos de barraca colavam alguns brindes com fita adesiva à prateleira, de forma que ninguém conseguia derrubar. Olhei para o homem em tom de desafio, imaginando se a tal fita existia ou estava gasta.

— Aqui está, moça. — Disse, entregando o ursinho da caixa para mim.

Agradeci e, pegando Tobias pelo braço, continuei a andar pelo parque.

— Creio que esteja se sentindo humilhado, não? — Indaguei em tom de brincadeira.

— De certa forma, sim. Eu não vou poder pedir um presente porque perdi.

— Jogos exigem regras. Felizmente, eu ganhei o direito de pedir um presente.

— E o que irá pedir?

— Que, ao chegar em casa você diga a todos que perdeu para mim no tiro ao alvo.

Ele revirou os olhos, depois sorriu. Continuamos a caminhar, agora estando em uma área vazia do parque, onde ficavam alguns banheiros químicos desconhecidos pela maioria das pessoas.

— Isso é muito injusto, sabe? Se meu pai soubesse que não consegui derrubar um brinquedinho...

— Vai fazer questão de relembrar isso em todo almoço de família. — Respondi, completando a frase. — É exatamente o que o meu pai faria. Mas, só por curiosidade, o que você pediria se tivesse ganhado?

Ele pareceu pensar por um segundo, depois me encarou e disse:

— Uns beijos não cairiam mal.

Dei-lhe um tapa de leve nas costas.

— Como ousa fazer um pedido desses? — Fingi estar zangada — Sou uma senhora de respeito!

— Não custava nada arriscar...

Mas, antes que ele pudesse terminar a frase, uni nossos lábios em um beijo.

— Que tal assim?

Tobias sorriu.

— Bem melhor.

Porém, antes que eu me afastasse, ele retomou o beijo. Transformou a calmaria que eu impusera em algo selvagem e voraz. Eu não sabia dizer se gostava ou não daquilo, já que parte de mim queria empurra-lo e sair correndo e a outra queria trazê-lo para mais perto e aprofundar o beijo. Enquanto decidia, ele forçou algo mais veloz e irracional. Pelo o que ouvira nos corredores da faculdade, era disso que as garotas gostavam e queriam. Estava confusa, eu realmente queria aquilo?

Tobias, eu não sei se quero isso. — Sussurrei quando nossos lábios se afastaram. — Eu não quero...

— Xiu. — Ele disse em voz baixa. — Aproveite.

E, novamente, me beijou daquela forma. Era como se meus músculos tivessem virado geléia, já que o esforço que fazia para afastar Tobias não parecia fazer efeito. Agora ele estava mais perto ainda, colando nossos corpos e prendendo-me contra a parede.

Pare. — Sussurrei, fazendo muito esforço.

Ele não parou, mas parou de me beijar nos lábios. Sua boca agora estava concentrada em meu pescoço.

— Pare. — Disse, dessa vez com a voz firme. E, embora fizesse força para sair dali, não adiantava.

Alguém se aproximou a passos largos. Era um ser encapuzado, todo de preto. Sua voz grave cortou o ar como uma faca.

Cara, ela disse para você parar.

Tobias não se afastou, e o ser encapuzado se aproximou. Agarrou o outro pela gola da camisa e o empurrou para a parede de tijolinhos aparentes, que ficava ao meu lado contrário.

— Sai daqui, não se meta na minha vida. — Disse Tobias.

O homem de capuz deu-lhe um soco no meio da face e correu até onde eu estava. Senti meu coração gelar. Não poderia ser, devia ser algum engano, porém quando me olhou nos olhos era impossível não reconhecer.

Era Miguel.

— Ana, você está bem? — Perguntou, preocupado. — O que esse idiota fez?

Atordoada, nada consegui dizer. Agarrei o urso que caíra no chão e apertei-o contra a barriga.

— Por que está aqui? — Perguntei.

— Venha, no carro te explico tudo. — Respondeu, pegando em meu braço.

— Não vai arruinar meu encontro. — Urrou Tobias.

— Se liga, garoto. — Respondi, saindo de meu transe. — Você o arruinou quando não se afastou de mim.

Ele olhou-me com os olhos arregalados, depois se virou para Miguel e tentou o empurrar.

— Eu não faria isso se fosse você... — Advertiu o rapaz de olhos azuis.

Mas, antes que pudesse fazer o que pretendia fazer, eu voltei-me para Tobias. Sentia a raiva aflorar em minha pele e, em um gesto irracional, chutei-lhe as partes baixas. Depois, corri feito uma maluca pelo parque de diversões, esbarrando em várias pessoas pelo caminho. Ouvia a voz de Miguel me chamar, mas não parei.

Sentia vontade de gritar, tornar físicas as questões que invadiam minha mente. Por que Tobias, que sempre fora fofo, fizera aquilo? E o que Miguel fazia ali?

Alguém me segurou pelos ombros e gritei.

— Ei, sou eu. — Miguel falou. — Está tudo bem, eu vou te levar para casa.

Eu não sei como, mas de alguma forma cheguei ao carro de Miguel. Ele abriu a porta, mas não entrei. Ao invés disso, fiquei parada do lado de fora.

— Está tudo bem? — Perguntou o rapaz.

— O que faz aqui? — Perguntei. — Como sabia onde eu estava?

— calma, Ana, eu te explicarei tudo quando se acalmar.

O que ele me pedira era algo impossível, minha mente trabalhava a mil quilômetros por hora.

— Entre no carro. — Pediu ele. — Por favor, Ana, eu vou te levar para casa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?
Leitores que odeiam o Tobias devem ter amado kkk.
Bjão da Zia



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Namoro por Aluguel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.