Namoro por Aluguel escrita por Zia Jackson


Capítulo 13
Completamente ferrada.


Notas iniciais do capítulo

OLÁAAAAA AMORAS! Tia Zia voltou com mais um cap para ferrar a vida da Ana Clara (ou resolver) O cap ficou meio água com açúcar, mas a ação está guardada para o próximo cap e talz.
Agradecimentos:
Mrs Stars
Anah Vi XD
Ana Fernandes
insano insone
HarukaMeiko
Juliet McLaren
BarbieC
Di Ângelo.


Bjus, A mamãe ama vcs.



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Posso dizer que quando o dia amanheceu, comecei-o com o pé esquerdo. Tentei fugir da minha mãe e saí de casa correndo, porém estava chovendo bastante e eu sequer tinha um guarda chuva. Ok, até aí tudo bem, acontece sempre.

Mas chegar ao ônibus lotado, ter que ficar em pé e um lado do fone parar de funcionar já era sacanagem com a minha cara. Como diria Elena Gilbert, de The vampire diaries: “Tudo bem universo,pare de sacanear”.

O ônibus deu uma freada brica e quase caí na pessoa que estava ao meu lado.

– Então, como foi ontem? – Indagou a morena.

– Nada bem. Encontrei uma amiga fofoqueira da minha mãe e Tobias.

– Ai meu Deus! – Melissa colocou as mãos no rosto. – O que você fez?

– Menti, mas ontem a mulher ligou para a minha mãe.

– E...

– Eu saí de casa antes que ela pudesse me fazer alguma pergunta.

– Só digo uma coisa: Você está ferrada.

– Isso é meio óbvio.

Afastei os fios loiros que caíam em minha face, respirando profundamente.

– Eu não deveria ter aceitado essa droga de namoro. – Falei baixinho. – Só está me trazendo problemas.

– Vai ver a mulher só ligou para pedir uma receita de bolo, não é o fim.

– Ela tem computador, se quisesse uma receita pesquisaria no Google.

– Estou tentando ser otimista. – Melissa disse.

Mais uma freada brusca, dessa vez várias pessoas começaram a resmungar para o motorista. Ajeitei o único fone que funciona na orelha e me concentrei nas batidas da música.

* * *

– A arquitetura barroca se iniciou no século XVII e durou até a metade do XVIII. – O palestrante falava, embora metade da turma estivesse em um estagio “zumbi”, dormindo de olhos abertos. Miguel havia faltado à aula novamente, e considerando a importância da palestra, isso poderia atrapalhar diversos trabalhos.

Mas eu não culpava, se pudesse teria ficado em casa também. O tempo frio, a voz baixa e compassada do palestrante combinada com o silêncio da sala era uma mistura perfeita para o sono.

–... Aqui no Brasil, podemos nota-la em cidades como Ouro Preto, conhecida por suas igrejas...

Minha mente era uma mistura de devaneios e concentração. O lado “aluna estudiosa e focada no futuro” berrava para que eu prestasse atenção, mas o lado “garota completamente ferrada” gritava ainda mais alto, implorando por atenção. Após uma longa e árdua batalha mental, o lado completamente ferrado ganhou.

O que minha mãe faria se a ligação falasse sobre mim? O que teria sido dito? Quais conclusões ela tirou? E quanto ao Tobias, será que ficou muito na cara que eu estava mentindo? Será que havia me eliminado da lista de pretendentes? Cora tinha algo a ver com isso?

Eram tantas perguntas e nenhuma cuja resposta eu estaria disposta a enfrentar.

A palestra acabou, deixando como proposta uma maquete. Como havia sobrado tempo, eu e outro aluno fizemos a nossa maquete na sala, não ficou a melhor, mas dava para o gasto.

***

– Oi. – Tobias falou. – Poderia me dar um pão de queijo?

– Claro, mais alguma coisa?

– Só isso. – Ele disse, sorrindo. Senti meus ossos virarem gelatina.

Virando-me antes que pudesse demostrar alguma coisa, peguei o pão de queijo e coloquei-o no microondas.

O aparelho apitou, coloquei o salgado em um pratinho e servi à Tobias, que estava sentado em um dos banquinhos do balcão.

– Notícias do rapaz que trabalha com seu pai?

– O do acidente?

– É.

– Ah, ele quebrou alguns ossos, mas vai sobreviver. Bem provável que fique paraplégico.

– Tomara que não fique, o rapaz certamente não merecia isso.

– Pois é. E o seu trabalho de ontem? Como foi?

– Sabe como são os trabalhos, não é?

– É. Sempre cansativos.

– Pois é.

Um cliente atravessou a porta, deixando o sininho bater. Despedi-me de Tobias e fui atender outra pessoa.

A tarde passou-se em câmera lenta, cheguei em casa mais tarde do que o usual, já que havia perdido o ônibus. Ensopada pela chuva, corri para tomar um banho quente. Estava deitada no sofá observando Lucas assistir desenhos quando minha mãe me chamou.

– Quer ajuda com a louça? – Perguntei, andando pela cozinha com cuidado. Minha mãe acabara de limpar o chão, não seria louca de sujá-lo novamente. Quero dizer, sujar o lugar onde a mãe acabou de limpar significa uma morte lenta e dolorosa, ou ser vítima de um chinelo voador em alta velocidade.

– Quero, mas também precisamos conversar.

Gelei de cima a baixo. Molhei a bucha, coloquei o detergente e comecei a lavar a louça.

– Conversar sobre o que?

– Sobre ontem. Minha amiga Ângela me ligou.

– A que trabalhava com você?

– É. Ela me disse que te encontrou ontem à noite, em um condomínio fechado de alta classe.

– Sim, o loja que estava sendo inaugurada era naquele condomínio, na parte comercial.

– É, você me disse. Mas ela disse que parecia nervosa e que usava roupas de classe. Agora me diga, Ana, que tipo de pessoa vai trabalhar com roupa de classe?

– Era o uniforme.

– Se era uniforme, porque não chegou com ele aqui em casa?

– Era emprestado, eu deveria devolver para a dona.

– Se era inauguração de uma loja, por que disse para Ângela que estava trabalhando em uma casa?

– Eu não disse, deve ser engano da parte dela.

– Ela disse que você apresentava sinais de quem mente, Ana.

– Vai mesmo acreditar naquela mulher? Ela acabara de ver um acidente, devia estar impressionada. – Disse, com um desespero no fundo da garganta.

– Que desespero é esse na sua voz, filha?

– Nada, foi um dia estressante na faculdade. – Falei, tentando ser mais calma.

– Tudo isso é estranho, filha. Irei acreditar em você, mas fique esperta, não tirarei os olhos de você.

– Fique tranquila, mãe, eu nunca mentiria. - A frase foi como enxofre, senti-me enjoada e enojada. Cá estava eu, dizendo que não mentiria quando tudo se baseava em uma mentira.

Que tipo de pessoa eu era, afinal? Desde quando começara a mentir para minha família?

Lavei o último copo, jantei rapidamente e despedi-me de meus pais. Encostei a porta do quarto e “enfiei a cara” nos livros da faculdade, estudar exigia concentração e não permitia as distrações de minha mente.

Quando meus olhos já estavam doendo, fechei o livro, escovei os dentes e deixei-me cair no sono. O celular vibrava ao meu lado, e tinha consciência de que Tobias havia me enviado uma mensagem de boa noite,mas não ligava, precisava dormir.

Mais uma vibração, era Miguel dizendo que Sábado à noite teria um baile com alguns amigos de negócio de Elias, seu pai. Apesar da vontade de responder um belo "Pare de me importunar no meio da noite e vai arrumar uma mulher", apenas enviei um Ok e voltei para o mundo do sono.


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Notas finais do capítulo

Percebi que não me lembro de ter colocado um nome para a mãe da Ana, como não quero que vire uma "Mãe da Katniss " da vida, irei reler os caps da fic e ver se coloquei um nome ou não.
Se não coloquei, me perdoem, sou meio esquecida mesmo.


Bjus da Zia



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