Miss Simpatia escrita por Little Queen Bee


Capítulo 19
Decisões


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!!



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POV. Daphne

Apanho meu sobretudo rosa avermelhado e saio de casa com Eliza. Já estava na hora de irmos ao aniversário do Phil. Pegamos um táxi e em poucos minutos já estávamos no pub. Retirei meu casaco ao olhar o estado do local.

O lugar estava lotado. Muitas pessoas conheciam Phil, mas não tivemos tanta dificuldade para encontrar o aniversariante. Eliza e eu o congratulamos. Ele havia deixado claro que não necessitava de presente, porém minha melhor amiga comprou do mesmo jeito. Saí de perto deles enquanto compartilhavam aquele momento de primos.

Encontrei Kaitlyn no meio da multidão e fomos para o bar. Ao sentar no banco procurei ansiosamente por Josh, mas não o achava em lugar algum. Talvez não houvesse chegado ainda.

– Seu anel é lindo. – digo voltando-me para Kaitlyn. – Josh, me contou sobre o noivado de vocês,

– Obrigada. – diz ela. – Sabe, eu nunca vi um cara tão atencioso como Andrew. Ele está me ajudando com todos os detalhes do casamento. Quando acho que vou enlouquecer ele está lá.

– Quando que é o casório? – pergunto.

– Janeiro. Ainda não decidimos o dia, mas queremos esse mês. – diz Kaitlyn. – Mas Josh, onde ele está?

– Deve estar chegando. – digo.

– Ah, sim. – diz ela. – Tenho que ir ali falar com Cynthia. Beijos.

– Beijos. – digo e fico sozinha até notar que um estranho se senta ao meu lado.

– E aí, gata? – pergunta o estranho.

– Tenho cara de algum felino pra você me chamar de gata? Acho que não.

– Calma, só queria te pagar um drink.

– Não, obrigada. Eu estou esperando meu namorado de um metro e noventa e um centímetros. – digo e o homem se manda.

Espero por um tempo Josh. Mexo em meu celular para distrair-me, mas quando vejo já se passaram trinta minutos. Concluo que ele não virá. Por conta disto peço para o barman uma tequila.

– Aqui está. – diz o homem me entregando a bebida.

– Já vai beber, Campbell? – diz uma voz ao meu lado. Volto-me para ele e encontro-o.

– Achei que você não viria. – digo.

– Claro que vim. Demorei, pois estava esperando a carona de Brian. Aí a gente pegou um engarrafamento.– diz Josh. O que é verdade já que quase peguei um engarrafamento. E Brian havia chegado apenas agora.

Bebo de uma vez só o copinho de tequila e ficamos em silêncio. O que era bem estranho para nós.

Eu havia rejeitado alguns convites de Josh para sair comigo, desde o digo em que fui às compras com Eliza. Não por não querer, mas por ficar apreensiva toda vez que sinto seu toque. E naquele momento, ali no bar, eu estava nervosa. Como distração e disfarce, passo os dedos por uma das mechas de meu cabelo e a enrolo.

– Posso te fazer uma pergunta? – diz Josh e volto minha atenção para ele.

– Claro. – digo analisando o pequeno copo que eu havia bebido.

– Porque você tem me ignorado esses dias? – pergunta Josh.

– Não ignorei você. – digo e ele puxa o copo que eu estava mexendo.

– Você está fazendo isso agora.

– Por nada, não é nada demais.

– Se não fosse nada, você não faria isso. Daphne, fala logo! Você não quer mais? Pois fala logo, que eu vou embora. – diz Josh e vejo pelo seu semblante que ele está irritado.

– Não é nada disso. – digo e suspiro para explicar. – Agora deixa eu lhe fazer uma pergunta: Você acha que até quando a gente vai ficar só nos beijos?

– Não sei, pra mim não importa o tempo, Daphne. – diz Josh.

– Eu sei.

– Mas por uma vez eu não quero que seja mais uma transa. Quero que seja “a” transa. – digo, discretamente para não chamar a atenção das outras pessoas do pub. – Eu estou cansada dessa vida que eu levava. Eu não sou mais uma dessas garotas piranhas com quem você fica.

– Eu também não quero que seja mais uma transa. – diz ele e olho para seus olhos. – Não quero que você me descarte no dia seguinte. Isso pra mim é tão diferente quanto pra você. E não precisa ter medo. Nós não precisamos nos apressar, quando a hora chegar, chegou.

Voltamos a ficar em silêncio, mas não tão incômodo como antes. Sorri e me senti mais segura com sua resposta. Pedimos algumas bebidas sem álcool e ficamos observando o movimento do bar.

– Como foi seu dia? – diz ele bebendo sua água com gás.

– Bem, eu acho. Mais ou menos. Tive uma discussão hoje com a minha mãe e parece que eu vou passar o dia de Ação de Graças aqui na cidade.

– Quer vir comigo pra casa dos meus pais? – pergunta ele e rio. – Por que você ta rindo?

– É, sério que você quer me levar pra dos seus pais?

– Sim. – diz ele. – Não quero ficar lá, aturando a conversa dos meus pais.

– Ok, então. Eu vou. -

– Vamos para Montauk. – diz ele animado. – Eu tenho uma surpresa pra você. Uma amiga minha, fotógrafa, quer que você seja modelo dela em um ensaio fotográfico para a Poise, também.

– Sério?

– Sim, para um artigo sobre moda. Vida de mulher. – diz Josh e coloca a mão no bolso. – aqui o telefone dela. Ela disse pra ligar se você estiver interessada. Ela talvez te pague um cachê, porque ela não é uma mera estagiária.

– Claro que eu quero. – digo, pegando o papel. – Qual o nome dela?

– April.

– Ok. – digo. – Nossa, estou animada. Mas você acha que eu sou boa modelo?

– Mas é claro. Eu não recomendaria se você não fosse. – diz ele e sorrio.

Continuamos conversando, sobre nossos dias. Ele havia me dito que estava procurando um emprego de verdade como fotógrafo, mas se tivesse a oportunidade de trabalhar como jornalista ele não recusaria.

Eu realmente não havia pensado no que eu trabalharia após a faculdade, me sinto bem trabalhando na boutique, mas pensando bem eu gostaria mesmo de trabalhar em uma revista como a de Josh. Sobre ser modelo: eu nunca havia pensado muito sobre isto.

Após cantarem “parabéns” e Josh ter comido um pedaço de bolo, fomos para casa. Pegamos um táxi bem em frente ao pub e vamos para minha casa. Passamos a viagem calados e quando chegamos ele paga a corrida.

– Quer subir? – pergunto.

– Sim. – diz ele.

Abro a porta e subimos três lances de escadas até meu apartamento. Entramos e ofereço a Josh água. Ele recusa e se senta no sofá. Retiro meus sapatos e bebo um pouco de água. Sento-me ao seu lado.

– E então? – pergunta ele

– E então, Josh... – digo me aproximando.

Nós beijamos calmamente, até eu sentar em cima de seu colo, quando nossos beijos começaram a ficar mais apimentados. Puxei-o pela camisa até meu quarto. Desabotôo e retiro sua blusa. Jogo-a pelo chão e Josh me joga na cama.

Apesar de parecermos desesperados, nada foi feito com pressa. Cada toque, cada beijo. Era como se fosse a primeira vez. Não era simplesmente prazer, era amor também.

Josh me surpreendeu mais do que eu esperava. Ele é muito bem dotado e sarado, além de ser muito bom cama. Mas depois de tudo o que mais me surpreendeu foi ele ter me puxado para dormir em seu peito. Isso e outras coisas me fizeram ver que ele não era mais um, ele era o homem. Ao acordar pela manhã não tivemos que sair correndo, ou de fininho. Ele ficou comigo e saímos juntos para tomar café, até cada um partir para seu devido trabalho. Aquilo me deixava cada vez mais confusa intrigada para saber o que éramos de verdade.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Comentem e deem like. Não sei se terei tempo para postar amanhã. Tentarei, mas não prometo. Beijos e até a próxima.



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