As If It Were The Last Day - 1ª Temporada escrita por PrisReedus


Capítulo 5
Dixon's brothers.


Notas iniciais do capítulo

Daryl e Merle Dixon, sempre demonstrando o amor de irmãos



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Já estava escurecendo e July ainda não havia voltado. Marie e Drake arrastaram um pedaço de tronco e posicionaram no meio de suas barracas que estavam em circulo e depois acenderam o fogareiro. Ana se senta em frente ao fogo, com o celular na mão.

– As linhas ainda funcionam? - pergunta Drake colocando um bule com água em cima do fogareiro para o café.

– Não, eu tava tentando ligar pra minha tia, mas só dá pra ouvir aquela gravação, a da TV.

– E emergência?

– Nem disca, acho que tá todo mundo ligando pra eles.

– O que será que ta acontecendo?! - diz Marie indignada

– Temos que esperar essa doença passar, Meow.

– Para de me chamar de Meow, Drake. To falando da July, ela tá demorando.

Ela fica em pé e olha em volta, o que vê no acampamento vizinho lhe dá um certo desconforto e medo. O cara loiro da moto estava cheirando um pó branco na mão. Ela se senta depressa.

– Tem um cara se drogando no acampamento do Shane - ela diz baixinho.

– Drogando? - confirma Drake - Tipo qual droga?

– Tipo cocaína.

– Eita, caralho.

– Irmãozinho! Achei que tinha se perdido e eu tia ter que procurar a bebezinha - diz o drogado do outro lado do acampamento - Você disse que ia caçar, só não achei que seria uma caça tão bem aplicada… Quem é a belezura?

– Alguém que não quer papo contigo - diz a voz de July

Marie fica em pé quando a prima chega e dá um tapa no braço dela - Sua anta! Eu aqui preocupada e você na mata com um cara!

– Para de ser ridícula. Pegamos um cervo.

– Um cervo?! - indaga Ana surpresa, ficando pálida - Caramba… Ah…

E prolongando o seu “Ah”, ela cai pra trás, desmaiada. Drake corre para socorrer, pega ela no colo e leva pra dentro do carro. O grupo vizinho percebe quando Drake passa com o corpo da amiga desacordada no colo. Shane e o velho do trailer se aproximam.

– Tá tudo bem? - pergunta o policial Walsh.

– Tá sim - responde Marie - Só está nervosa.

– E quem não ta, certo? - diz o velho. Ele se veste com se estivesse indo para a praia, usa um chapéu ridículo que não se encaixa com a sua espingarda nas costas - Sou Dale.

– Marie.

– Vocês vão jantar com a gente?

– Só se o cervo for o prato principal. Ele é meu, peguei com o caçador de vocês.

– Você é muito durona - diz com um sorriso amigável.

As primas dão um sorriso falso forçado e viram as costas, indo em direção ao Jipe, onde a amiga acordava.

– Oi… - diz July suavemente abrindo uma garrafa d’água entregando à ela e se sentando ali - O que houve?

– Ai, eu não sei. É... o cervo…

– Carol e Jacqui estão cuidando dele - diz Dale ainda parado ali.

Marie enruga a testa e se vira, brava - Que foi?! Vai lá cuidar do seu grupo! Que coisa, a gente sabe se virar! Nosso acordo era que ficaríamos no mesmo acampamento, não na mesma roda de viola! Não vem tentar ser nosso amigo!

Dale olha espantado para ela, assim como Drake e Ana, exceto July, que mostra indiferença ao súbito ataque de raiva da prima, já havia se acostumado, era raro, mas acontecia.

Merle Dixon ergue o rosto da mão salpicada de cocaína e olha para o que parecia ser um briga. Ele ri nervosamente enquanto o velho do chapéu ridículo volta com cara de cachorro que caiu da mudança para seu trailer.

Daryl, que passava pano com álcool em suas flechas, também ergueu o rosto. E não pode deixar de dar um sorriso quando a prima da caçadora -que agora ele havia esquecido os nomes- começou a gritar com aquele velho intrometido.

– Então a gostosinha é brava - comenta Merle com sua voz esganiçada, rindo, batendo as mãos pra se livrar do resto daquele pó - Não é a sua putinha, mano?

– Cala a boca otário.

Merle se levanta bravo - Mais respeito comigo, viado.

– Respeito? Com você? - Daryl murmura irônico, baixando os olhos novamente para as flechas.

Merle chuta as flechas longe e depois joga a besta no meio da mata. Daryl se levanta cheio de ódio.

– Agora o viado ficou puto? - o irmão mais velho começou a fazer gestos obscenos, imaginando que batia nas nádegas de uma garota - Vem pra cima!

Daryl encara o irmão e respira fundo, ele percebe que os dois acampamentos estão olhando. Ele não iria arranjar briga, então só começou a juntar suas flechas e assim que se vira para buscar a besta, Merle se joga em cima dele, derrubando-o e distribuindo socos na cabeça do irmão.

Daryl consegue se virar e acerta em cheio um jab no queixo de Merle que se atordoa por um momento, tempo suficiente para o Dixon mais novo o jogar para o lado e se levantar, fechando os punhos em frente ao rosto e flexionando os joelhos, pronto pra lutar.

Merle estufa o peito e ri da cena, indo pra cima do irmão de novo, Daryl se abaixa antes que ele chegasse muito perto e agarra suas pernas, derrubando ele. Dessa vez, quem bate é Daryl, Merle recebe soco atrás de soco, Daryl é mais forte, o nariz do drogado já vaza sangue, e quando o soco acerta o olho dele, ele ergue o joelho até acertar o meio das pernas do irmão, que arregala os olhos, cai de lado e leva as mãos ao local, ele não respirava de tanta dor.

– O que você tem no meio das pernas, se voce usa, eu acabei de deixar incapacitado.

– Vai se foder - ele diz entredentes, com as voz presa.

– Eu ainda posso! - responde o outro rindo alto.

– Filho da puta! - Daryl investe nele de novo, mas ainda está atordoado e acabou sendo levantado e depois jogado no chão, ele sente na hora um dor no pulso esquerdo que se torceu quando ele atingiu o chão.

Merle fica em pé em cima dele e começa a dar chutes na lateral do seu abdome, fazendo o irmão urrar e se contorcer de dor. Depois acerta mais alguns nos joelhos e por ultimo, no rosto. Daryl fica zonzo, mas não desmaia, não daria esse gostinho ao irmão.

O grupo de July observava tudo muito atento, chocados, ela esta pronta pra intervir se aquilo piorasse e a prima já estava em pé.

“Salvadora da pátria” zomba July. A prima sempre foi de proteger os outros, nunca gostou de ver alguém apanhar sem motivo. O cara da besta, que July não perguntou o nome, leva um chute nos países baixos e perde a vantagem, logo em seguida ele é derrubado e a baixaria começa, chutes pelo corpo todo até que acerta o rosto.

– Prima, vem!

July levanta e corre atrás de Marie que já atravessa o acampamento, pulando pedras e tufos de grama, July nunca ganhou uma corrida da prima, ela parecia um onça, as pernas dela pareciam até crescer de tamanho quando ela corria. July pula no que batia, agarra ele por trás, passando os seus braços por baixo dos braços dele, as mãos pelo pescoço e fechando atrás da cabeça dele, imobilizando ele.

Daryl levanta, sangue escorre no olho - Isso, segura - diz rosnando e parte pra cima.

Marie para na frente dele - Não, não faz isso!

– SAI DA MINHA FRENTE!

– Vai bater nele, vai ter que passar por mim!

– Não é difícil!

– CARA! PARA COM ISSO! Olha o teu estado, todo arrebentado… Deixa que a July cuida dele.

– É… Agora cada um tem a sua putinha - diz Merle rindo

Marie se vira, acertando um soco mal dado no queixo dele, mesmo errado o soco faz ele cuspir sangue. July corre os dedos pelo pescoço dele, até achar seu nervo vago, ela aperta e dá uma leve puxada, Merle se torna um corpo desacordado nos braços dela.

– O que…? - balbucia Daryl confuso olhando July colocar o corpo do irmão no chão.

– Ele desmaiou, calma… Tava me irritando - ela se volta para o acampamento e ergue a mão dando tchau - O show acabou, voltem para suas tarefas, valeu, falou!

Marie está de braços cruzados ao lado de Daryl, ele olha para ela e ela ergue o rosto para encara-lo - Nossa, você tá muito acabado - ela ri e toca despreocupada o braço dele - Já volto.

Daryl olha bravo para as garotas que se afastam. “Já volto… Vai se foder, idiota”. Ele caminha até o corpo do irmão, que dorme pesado. “Você não merece nem que eu te arraste para a barraca, vagabundo”. Se vira ao ouvir gravetos se quebrando, a garota de novo, com um maleta prata na mão.

– Vem aqui, estressadinho.

– Não preciso disso.

Ela sorri e segura o pulso dele com carinho, logo depois aperta de leve.

– Filha da… - Daryl morde a boca e puxa a mão, a dor é aguda.

– Precisa sim.


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