A Última Alice escrita por Mari Batis


Capítulo 2
Capitulo 1- As Cortinas se Abrem


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, ninguém lê mesmo



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As cortinas se abrem novamente.Mostrando a bela e pura Marionete.

A cima da platéia, me seguro ao teto do grande salão.A peça encanta a todos presentes nas confortáveis poltronas.

Realmente aprecio a beleza humana como única.Eles são como sonhos, cada um com sua beleza única e rara.Os humanos mais curiosos e encantadores são aqueles que chamo como Marionete.Estes são supostos a roteiros, são controlados sem ter o direito de ter voz própria.Podem ser pessoas diferentes, quando seu controlador quiser.E porque os vejo com tanto fascínio?Pelo simples fato de que, quando estas Marionetes rompem suas cordas, e seguem sozinhas, lutando contra o roteiro da vida, é surpreendente e magnífico.

A Marionete que chama minha atenção desta vez, pode ser vista como uma tanto por mim quando para os humanos.

Toda vez que as cortinas de um vermelho vivo, se movem, as luzes iluminam o palco e o publico inspira, se preparando para receber uma carga de sentimentos transmitidos pela boneca.Esta torna-se outra.Podendo diferentes personagens em um mesmo conto de mistério.O mistério da vida.

A Marionete Branca, também conhecida como Mya.(Sem sobrenome e título.Apenas Mya.)Solta um longo suspiro enquanto a luz chega em seus olhos absurdamente claros e sem cor, tornando-se vermelhos por seu sangue.

Hoje a vejo como uma mulher chamada Luka Megurine, que é controlada pelo pecado da inveja, e comete crimes e atos de loucura profunda.Novamente mostrando como os humanos podem ser aterrorizantes.

Rapidamente o espetáculo termina, e sou obrigado e atravessar lentamente as cortinas atrás da nossa protagonista.

–Mya...novamente minha estrela foi brilhante!­-o velho diretor a elogiou, sua voz ecoava pelo corredor do lado de fora do camarim, Monthy novamente levara suas rosas brancas como a neve, como um presente carinhoso. Pergunto-me se o senhor, lhe daria tal presente se o movimento das cordas da garota não o sustentasse.Mas logo esqueço o pensamento e volto-me a prestar atenção a conversa.

–Agradeço o presente, senhor.Eu sempre amo as rosas que você me dá.- ela sorriu para o senhor, e eu senti seu lábio tremeluzir, vi seu sentimento de frustração a consumindo por dentro e sendo barrado por um belíssimo e amável sorriso.

–Não é nada Mya, você é como uma filha para mim.-seu sorriso parece tocar no coração da jovem, que pareceria me ignorar ao seu lado, se ela pudesse sequer me ver.E em relação a este senhor, não sinto nada em relação a ele.Sou apenas um pequeno sonho, o que poderia entender do sofrimento de um humano tão irrelevante como este?

Monthy saiu um tanto saltitante do local, e Mya permaneceu por um tempo olhando-se no espelho.Seu pensamento ecoava “Quem sou eu?Qual a minha história?”.Ela se afastou, tentando ignorar a vontade de gritar para o mundo o que pensava, e apenas recolheu seus pertences, resumindo a míseras rosas brancas e uma mochila roxa.Saiu pela porta de trás do teatro, usando uma capa de chuva para cobrir seu longos e belos cabelos albinos.

Desviando de todas as poças em seu caminho, entrou sozinha em um prédio antigo.O simples fato de entrar no local a deprimiu, ninguém sequer olhou para a menina, continuavam seguindo com suas vidas como se nada tivesse acontecido.Todos parecem esperar por algo que Mya já não acredita faz tempo, a possibilidade de que sejam adotadas.Aos 14 anos de vida, a menina tinha visto suas poucas amigas indo e vindo, a deixando sempre sozinha.Este era o gênero de seu roteiro, a solidão.

Andando lentamente pelos corredores mal iluminados do local, deseja sua cama naquele momento, depois de um longo dia de apresentações, apenas corria até sua cama.

Bocejei enquanto me deitava ao seu lado, quando ela subiu a sua cama, na parte de cima do beliche e observou a vista pela janela, eu a abracei.Afinal, eu gostaria de ser lembrado, e ela me permitia esta dádiva por alguns momentos breves e nem sempre agradáveis, mas eles existiam.

Toc.Toc.Fez o barulho na madeira, quando a menina Shiro, bateu na cama da Marionete Branca, que surgiu, mostrando apenas a cabeça.

–Sim?-sorriu.

–Mya-chan...porque não sai com a gente?Sei que ainda está triste por causa do que aconteceu com a Hatsune, mas você não pode viver atrás das cortinas!-implorou, tentando mostrar que se importava.

–Eu estou bem Shiro, eu só estou com sono, e-eu...eu não me importo com bebidas...podem ir, depois você me conta o que rolou okay?-seu olhar cortou o ar em direção a menina.

–Mya, você tem que viver!A única coisa que faz é atuar!Você não fala com ninguém e quando fala parece uma boneca!Por que você não mostra quem você é?!

–Eu...sou assim...-sussurrou.

–Shiro...não está tentando chamar a bonequinha está?-a voz irritantemente ameaçadora de Yoshino se aproximou dos meus ouvidos, me transmitindo uma imensa vontade de matá-la.

–Estou sim...ela merece sair da casa.

–Eu já disse que não precisa se preocupar..eu apenas quero dormir...-Mya implorou docemente.

–Estou cansada de você Bonequinha!-a valentona puxou Mya para o chão, a fazendo cair do alto do beliche.

–Não...por favor...-murmurou a Marionete, caída no chão.

–Todos te amam, eu poderia estar ganhando estas flores por atuar, mas você me passou a perna e ainda me arrancou minha melhor amiga!Eu sei que foi você que a matou!Eu sei!-Yoshino pulou em cima dela, enquanto ainda tentava levantar-se, a fazendo cair novamente.-Miku está morta!E a culpa é sua!

Miku.Miku Hatsune.

Havia tempos que eu não ouvia o nome dela.Me lembro como se fosse ontem que ela teve a chance de ser minha Alice, de me fazer ser lembrado.A minha doce criatura a trouxe pra mim.Eu lhe dei a coroa, e o reino do lugar assim como era de seu desejo, e assim como as outras Alice’s, a loucura a consumiu.E mais uma vez a morte se mostrou a Mya, levando a quem ela tinha afeto.

–Por favor Y-yoshino...e-eu...me perdoe...eu não a matei..por favor...pare...-lágrimas molhavam o chão de madeira, enquanto o som dos fortes socos preenchiam o quarto.

–Quando a Miku implorou que parasse?Você parou?!VOCÊ APENAS DEIXOU AQUELA CARTA NOJENTA!ALICE?O QUE DIABOS AQUILO SIGNIFICA?!

Eu quase tomei uma atitude, quase a matei, quase cometi um erro.Por sorte continuei no quase por um bom tempo.Mas não aquela Marionete, chegara a hora tão esperada e temida por mim.O momento em que suas cordas se romperiam.

–NÃO!-soltou todo o ar de seu pulmão e berrou, para todos ouvirem.-EU NÃO MATEI!-ela se levantou, empurrando a suposta antagonista para a parede e em seguida correu.Correu a saída do prédio como se sua vida dependesse disso, e eu digo seriamente, se eu tivesse um coração, ele bateria tão rápido quando os humanos.

–Eu não matei!Eu não matei!

Ninguém sequer notou quando Mya, alcançou a porta principal murmurando a si mesma, enquanto pressionava sua cabeça.Ela correu para o mais longe possível, até onde os estranhos humanos jamais a veria, ela estava sozinha em meio a um bosque escuro, durante uma tempestade.

Seu pé prendeu em uma pequena raiz, e a derrubou, seu vestido delicado, tecido com fios pretos e brancos, se tornou marrom com a lama.

–Por favor Miku...me diga...me diga que eu não lhe matei...

Me aproximei dela, sentindo a grande necessidade de abraçá-la, ergui sua cabeça e o fiz.Mya se assustou e recuou, eu apenas fui eu sua direção, e me fiz visível.

–Olá onee-chan...-sorri brincalhão.

Continua...


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Notas finais do capítulo

espero que tenham gostado^^



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