O Sequestro - Cobrade escrita por Keth


Capítulo 2
Plano em ação




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Cobra

Ela estava no centro, eu estava a seguindo discretamente a alguns bons minutos. Essa garota não vai parar quieta em algum lugar? Eu estava ficando impaciente. O plano era simples, eu só tinha que chegar nela como se fosse um velho conhecido, enquanto isso Luís e Duca fariam o resto do serviço. Bastava um remédio especial e ela cairia no sono rapidinho, o resto era mais fácil de fazer. Em tese o plano era simples, sequestramos a filha do cara, pedimos uma boa grana pelo resgate e assim que achássemos que a grana estava boa, largaríamos ela em um canto qualquer e poderíamos fugir do país. Em tese, simples, mas na prática, nem tanto.

Eu estava encarregado de segui-la e distraí-la, depois eu teria que leva-la ao cativeiro e ficar lá com ela até que a grana do resgate chegasse. Eu estava muito nervoso! Sequestrar a filha de Edgard Gardel estava nos planos há tempos, porém ela sempre estava acompanhada por seu segurança, aí o negocio ficava difícil. Com tanta segurança não conseguíamos nem chegar perto da moça, mas hoje ela estava sozinha e era a minha oportunidade de acabar logo com isso. Não queria fazer mal a garota, não um mal pior que o trauma do sequestro, eu só queria uma grana rápida e fácil e sair dessa vida miserável. Arrumei meus óculos escuros, meu chapéu e minha peruca preta, ela não podia me reconhecer de jeito nenhum, ou eu estaria perdido. Até a vós seria diferente, tudo para que eu não possa ser reconhecido ao fim disso tudo.

Jade Gardel chamava atenção por onde passava, não porque era reconhecida, mas pelo jeito dela. Jade parecia ser uma garota gentil e extremamente simpática. Sempre sorria e acenava para donos de estabelecimentos locais e tirava fotos com algumas pessoas que a reconheciam, sempre com um sorriso radiante. Apesar das roupas de marcas famosas e todo luxo que tinha, parecia que ela se mantinha humilde, isso com certeza chamava atenção, sem contar que ela é uma garota muito linda. Balancei a cabeça e me concentrei em encontrar uma oportunidade de abordá-la, e a vi entrando numa rua onde poucas pessoas passavam e vi que ali era a oportunidade perfeita. Meus comparsas acompanhavam tudo em algum lugar por ali e provavelmente já estavam se preparando para agir.

– Ei você, espere um segundo! –Gritei e Jade virou para me encarar, por um segundo eu não soube o que dizer, a garota era muito mais bonita pessoalmente e eu fiquei sem ação por algum tempo.

– Olá! Você me chamou? –Jade se aproximou de mim e me encarou com curiosidade, eu ainda não sabia o que falar, não sabia como agir...–Moço, você está bem? –perguntou ela.

– Sim, estou. É que... Você é Jade Gardel, não é? –Fiz uma vós diferente e fingi inocência.

– Sim, sou eu. De onde você me conhece? –Os olhos cor de mel dela brilhavam muito, sua vós era doce e seu perfuma viciante. Aquilo estava me deixando nervoso, afinal, porque era tão difícil?

– Você não se lembra de mim? Roger? Estávamos numa festa, você e eu conversamos bastante aquela noite. Um amigo seu nos apresentou, mas não me lembro o nome dele. –Ela me olhou confusa. Beleza, estava caindo na minha conversa. Do outro lado eu já via Duca preparando o "remédio" que faria com que ela caísse no sono, e Luís já se aproximava para o ato.

– Não, me desculpe eu não me lembro de você. Tem certeza de que me conhece? Talvez tenha se confundido –Ela sorriu com simpatia e de novo aquele nervosismo me tomou. Eu tinha que me controlar, caso contrário Jade poderia perceber e gritar por socorro.

– Não, eu tenho certeza que é você. Foi numa festa no mês passado. Não se lembra mesmo de mim Jade? –Enquanto ela pensava Duca já se aproximava, o próximo movimento e ela apagaria. Foi tudo muito rápido.

Luíz chegou por trás e tapou a boca dela, ela até gritou, mas o grito já tinha sido abafado por Luíz. Jade começou a espernear, mas tudo era em vão. Luíz era um cara alto e forte e conseguia controla-la facilmente. Depois Duca chegou com um paninho e colocou no nariz dela. Lágrimas escorreram e com o olhar pude perceber que ela me suplicava ajuda. Aos poucos ela foi parando e então desmaiou. Luíz a segurou nos braços e olhou para os lados, não havia movimento nenhum naquele instante. Ele carregou a garota até o carro, colocou ela no banco de trás e depois me olhou.

– Leva ela para o cativeiro. Avisaremos ao chefe que tudo ocorreu bem. Está com o celular? –Eu assenti- Ótimo, em breve ele ligará. Agora é com você cara.

Entrei no meu carro rapidamente e dirigi até o lugar em que ela seria mantida até que a negociação acabasse. Eu seria o vigia dela.


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