Minha Falsa Namorada escrita por CuteGirl147


Capítulo 14
Com Poemas Te Trouxe o Meu Coração.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Estou fazendo um pequeno especial "Casais". Ou seja, até o capítulo 17 estarei postando capítulos com um nome talvez nada á ver com o capítulo em relação, porém dentro dele terá esse especial que combinará com o título, onde eu unirei um casal da Fanfic.
Nesse vocês já poderão perceber (talvez) pelo nome e enquanto estiverem lendo, claro. Assim entenderão o título. Por que estarei fazendo isso? Simples. Pois alguns personagens não têm o foco necessário e acabam sendo inúteis, eu tenho a mania de fazer isso em minhas histórias então quero dar uma parte dos holofotes para eles também. Mas não vai ficar só nessa e então nunca mais serão citados, não. Porque com isso, eu posso começar a história deles sem que se percam na imensidão do universo criado. Seria um modo mais fácil para mim, até. =)
Okay, eu vou deixar de lenga-lenga. Nova personagem á vista e sua aparência estará nas Notas Finais. Boa leitura!



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[...]

Armin’s P.o.V

Não consegui decifrar quais eram seus pensamentos no momento, para variar. Ela pareceu desentendida e ao mesmo tempo, não.

Cadê suas respostas sarcásticas? Seu olhar semicerrado mortal, suas brincadeiras de mau gosto, suas tapas, gritos, ofensas... Cadê a Erika que eu conheço?

– Aahn.... “Cê” tá bem? – Arqueei o cenho observando a ruiva á minha frente ainda me encarando.

– Estou! Por que não estaria? – Ela volta sua atenção ao seu caderno novamente. Pelo menos uma resposta que ela diria, mas não está tudo tão bem assim.

– Por nada. Só que você não me respondeu ainda. E tá voando no assunto de propósito, é possível perceber no seu olhar! – Eu a encaro semicerrado, bem, indo mais para o lado da bagunça, até.

Erika me observa.

– Espera aí, deixe-me ver se vou com tua cara. – Ela diz sadicamente colocando seu dedo indicador no lábio inferior. – Não, eu não vou. Então, sem historinhas.

A ruiva arruma seus pertences e se levanta indo em direção da porta. Ela a abre e a fecha atrás de si.

– Ela nem disse se o poema tava bom mesmo... – Digo para o quarto vazio e silencioso. Logo após apoio meu queixo na mão direita e observo meu “poeminha”. – O que deu nela?

[...]

Narrador’s P.o.V

Hora do almoço em família com uma pessoa á mais.

Armin estava mais desengonçado que o normal naquele momento. Parecia que todos os olhares se desviavam para si. E não podia estar errado.

Ele não parava de observar a mulher ruiva á mesa. “Se contar pela aparência, eu errei sobre com qual dos pais a Erika se parecia.” Era o que o moreno pensava ao olhar discretamente para a mulher de olhos castanhos com um tom tremendamente avermelhado e cabelos vermelhos longos com algumas ondas. Lhe lembrava perfeitamente a visão de Erika mais velha e com mais corpo, não passava longe disso, porém a diferença ainda existia. Ele contemplou a garota ao seu lado na mesa retangular de uma madeira rústica em tom caramelado, pelo canto do olho e a imaginou mais velha, em seu pensamento á via como um ser totalmente mandão e impaciente com os deveres. Ou talvez não, já que sua independência e seu modo maduro a fizesse parecer até uma adulta completa, com responsabilidade e cautela, afinal, poderia ser que fosse assim – rígida, sádica e grossa – somente com ele.

“O quê está fazendo, Armin? A observar desse jeito? O que passou pela sua cabeça? Idiota.” Seus pensamentos o condenavam a cada olhada discreta que dava á sua “namorada”. Não sabia o porquê, mas vê-la ser tão gentil e educada perto de si, o deixava curioso e inquieto. Até passou pela sua mente que adoraria que a mesma fizesse isso com ele, sem exigências ou reclamações.

A mesa estava repleta de assuntos familiares, o que excluía o rapaz, que comia cuidadosamente com medo de fazer algo errado e assim causar uma má impressão nos pais de Erika. Sabia muito bem como era, e em situações como essa, derrubaria um copo cheio só de olhar para o mesmo. Assim que pega seu copo de suco e o leva para a boca sente uma cutucada no ombro, o fazendo se assustar e deixar rapidamente o mesmo sobre a mesa novamente. Erika riu baixo e Armin a encarou.

– O que é? – Sussurrou não querendo interromper os mais velhos que estavam se impressionando com o desempenho da pequena Clara na escola.

– Tá tão pálido, querido. Se acalma aí e come que nem gente. Até parece que meus pais mordem. – A ruiva sussurra se aproximando mais do moreno, assim também não querendo chamar a atenção dos pais.

– Talvez não. Mas eu só não quero ter que pagar por algum prato ou copo quebrado. – Ele deu um meio sorriso irônico.

– Idiota, como se você fosse assim tão desastrado. – Continuou ela o instigando com o olhar.

– Pode crer, madame. Pelo visto não me conhece tão bem.

– Quero conhecer então, assim saberei quando irar quebrar algo que me pertence.

– Engraçadinha.

– Se você continuar me chamando assim eu vou virar comediante, sabia? – Eles riram baixo.

Os dois mal percebiam o quão próximos estavam e que ainda estavam sussurrando em sua pequena discussão. Porém, o que menos estavam notando era a “plateia” que os observava com curiosidade. Assim que o senhor Sparks pigarreou, eles se alarmaram e se recompuseram em seus lugares.

– Então, Armin Williams não é? – O homem perguntou breve e o encarando com cautela. Todos os olhares se direcionaram para Armin á ponto de saber como iriam debater sobre tal assunto do momento.

– Sim, senhor. – O rapaz levantou seus olhos para observá-lo melhor e passar certa confiança de sua parte. Já havia visto filmes adolescentes em que os garotos deviam parecer confiantes e independentes para os pais de alguma garota. Ele só não sabia se com suas respostas fiéis isso lhe bastaria.

– Vocês parecem bem próximos. Já são tão íntimos assim?

Os dois pensaram em tudo o que passaram até ali, como o beijo entre eles, quando Armin dormiu no quarto de Erika sem o conhecimento dos dois mais velhos, quando o mesmo também viu a ruiva naquele estado no banheiro, e Erika tentando tocar insistentemente no abdômen do rapaz, o quase beijo no chão e por estarem fingindo namorar. Se os dois pudessem ler a mente um do outro, saberiam o quanto estavam sincronizados no momento quanto á pensamentos.

– Não. – Responderam em uníssono. Logo após se entreolharam surpresos.

– Que coisa, vocês são tão bonitinhos juntos. Parecem até um pequeno casal. Mas, enfim... – A mulher falou com uma voz melosa enquanto os observava ficarem vermelhos como pimenta.

– Mãe... – Erika resmungou lançando um olhar conspiratório com a mãe, enquanto Armin desviou o olhar para a comida.

– Sabe o que quer do futuro, meu jovem? – Sparks deu uma garfada em seu bife esperando a resposta do garoto.

“Futuro”. Quantas vezes planejara esse destino certo e tão confuso para um jovem adolescente. Sabia o que queria, mas ás vezes pensava se valeria a pena ou não. Pensou no assunto e ao mesmo momento também pensou em como iria parecer uma pessoa responsável conversando daquele jeito, lembrando que se preparou tanto fisicamente quanto mentalmente para conversar assim com os pais de Íris, mas não foi o que aconteceu. Isso o fez rir baixo. Deixando uma expressão confusa em Denis Sparks e em todos ali.

– Ah, desculpe. É que eu lembrei que eu não sou tão maduro ás vezes e bem... Me confundo um pouco sobre o futuro apesar de estar tão próximo assim. – Armin brincou um pouco com o bife em seu prato para depois comê-lo.

Denis apoiou os cotovelos na mesa, limpando a garganta com seu suco.

– Mas penso em Engenharia Eletrônica¹, Mecatrônica² ou outros dessa área de informática porque eu adoro computação e outros eletrônicos. – “Como PSPs, Xbox, Wii, Ps2, Ps3, Ps4...”. Completou o moreno em seu pensamento.

Erika escondeu a admiração que continha por trás do copo com o líquido que estava indo rumo á sua garganta. A resposta do moreno a deixou um tanto orgulhosa, e a mesma se surpreendeu por estar o conhecendo tão rápido já que havia brincado ao dizer certa frase á alguns minutos atrás. Não o achava mais tão boboca quanto pensava.

– É um ótimo futuro. – Michelly Sparks se apressou esbanjando um largo sorriso em direção do rapaz.

– Ouso concordar. – Falou o homem observando a esposa sorridente.

Erika deu um sorriso discreto e revirou os olhos.

O resto do almoço foi tranquilo e rendeu risadas quando Armin achou que Malhado fosse algum outro tipo de animal se arrastando em sua perna. Quando se assustou derramou um pouco do molho que acompanhava o seu bife no garfo em sua camisa. Por fim, Erika pegou um pano molhado para limpá-lo na cozinha e depois de o feito voltaram á mesa.

Logo cessaram e começaram a arrumar tudo. Clara, Armin e Michelly arrumavam a mesa enquanto Denis e Erika limpavam a louça em silêncio, até Erika quebrá-lo.

– Por que foi tão gentil com ele? Que eu me lembre o senhor não era assim. – Disse ela lustrando os talheres.

– É um garoto legal, eu não iria ser rude.

– Nathaniel também era um garoto legal. E você não o tratava dessa forma.

Falou se lembrando de quantas vezes tentou convencer o pai de que gostava realmente de Nathaniel e o mesmo sempre a reprovava.

– Armin não parece um garoto como os outros. Você sabe que prefiro os que não são bem entendidos quanto á vida perto de minha filha. – Ele a olhou pelo canto do olho, a fazendo suspirar.

– O senhor fala com se o Nathaniel fosse como o Castiel e você o conhece bem. Até que na época ele era melhor. Não é justo... – Ela murmura a última frase.

– Conhecer eu conheço o pequeno Collins não tão mais pequeno assim. Ele cresceu bastante.

“Só se for na safadeza. Castiel para mim não mudou tanto.” Pensou a ruiva lustrando furiosamente os outros talheres.

– Calma aí, não é preciso descontar nos talheres dessa forma. – Brincou ele a observando quase tirar a cor dos mesmos. – E na época você não era tão madura assim para estes tipos de coisa, minha filha.

– Há um ano atrás? Eu não era madura á um ano atrás? – Ironizou a mesma olhando para o pai.

– Não. – Concluiu ele. – Você só tinha quinze anos. Muito cedo para este tipo de coisa não acha?

– E agora eu tenho dezesseis.

– E parece ter mais cabeça. Sua independência e maturidade cresceram bem desde lá.

– Ah, então se eu quisesse eu teria de pedir para o Nathaniel esperar só mais uns minutos para eu interar dezesseis e você finalmente aceitá-lo...?

– Seu pensamento vai longe, criança. Muito. – Ele riu.

– Há um minuto atrás eu era grande, agora voltei á ser criança? – Bagunçou ela.

– Admita que seja muito melhor esperar para ser feliz do que se precipitar e viver infeliz por todo o resto.

Erika não soube se entendeu bem ou não o que aquela frase lhe passava no instante. Mas aceitou finalmente.

– Sem contar que sua mãe me disse que você está “namorando” com esse rapaz que você trouxe aqui hoje. – Ele completou enfatizando.

– Sabia que não devia ter contado pra mamãe. – Murmurou ela se condenando mentalmente.

– É, foi um ato imaturo de alguém que eu tinha certeza ter crescido. – Ele suspirou a fazendo revirar os olhos. As palavras gramaticalmente corretas de seu pai lembravam-lhe Lysandre ás vezes.

– Talvez... – Murmurou ela continuando seu serviço. Parou um instante para pensar em várias coisas que lhe vieram em mente. Não sabia se devia ser o certo ou talvez não, mas achou que talvez aquilo não devesse prosseguir.

Ela olhou por cima do ombro e observou o moreno conversando com sua mãe e Clara normalmente ainda ás ajudando com outros afazeres domésticos. Ele se deu bem no final com toda sua família. A mesma até ficou feliz por ele, mas preferia que o mesmo tivesse ocorrido á Nathaniel que não passou da aprovação de seu pai. Ela não entendia o porquê. A família Nichols era tão próxima da deles, quase como parentes, mas Denis não aceitava a ideia de que sua filha ficasse com um dos membros da família Nichols. O esclarecimento de idade não a satisfazia, não fazia sentido. Mas era a verdade. Denis sempre quis que sua filha aprendesse a viver um pouco mais antes de começar um relacionamento dessa estatura, e não queria que algum garoto qualquer a levasse de si e da família.

Erika pigarreou, voltando a lustrar tudo.

– Bem, acho que não vou continuar assim.

– Hm? Assim como? – Ele a olhou.

– Eu... Não quero que ele viva assim sabe? Acho que vou ajudá-lo a ficar com uma amiga. Afinal, ele gosta dela e é algo muito imaturo da minha parte mesmo. O senhor disse que agora eu sou grande o suficiente e quando o Nathaniel voltar eu quero mostrar para você o quanto ele vale a pena. E quanto eu ainda gosto dele. – Ela respondeu baixo ainda centrada em seu pequeno serviço.

Denis pensou no que ela disse e olhou por cima do ombro discretamente para o rapaz sorridente na sala. Então voltou a atenção para os pratos.

– Ajudá-lo hein? Bem, querida, você é quem sabe por agora.

[...]

– Como isso é possível? – Perguntou o moreno sentando em sua carteira e focado em seu PSP.

Estavam na sala de aula, o sol fraco entrava no local dando uma luminosidade á mais. Os outros estavam ainda pelo corredor, pátio e uma minoria continuava dentro do lugar, porém estavam prestando atenção em outros assuntos. Já não era mais tanta novidade para a maioria da escola saber que Erika e Armin estavam juntos. A notícia correu rápida e principalmente quando alguns os viram chegarem juntos na escola á alguns minutos atrás.

– Simples. Você ganha coragem, conquista a garota e me deixa para trás. – A ruiva disse com convicção e com um grande sorriso se ajustando melhor na cadeira.

– Hã... Nada mal, um belo plano, aliás. – Ele pausa o jogo e a encara. – Mas temos um problema... Em todo o plano. Como eu ganho coragem e como vou conquistar ela?

– Meu Deus... Eu vou te ajudar. Okay? Eu te ajudo. Te mostro como deve agir, reagir, falar e saber o que uma garota pensa. Eu sou uma garota também lembra?

– Okay, “Hitch”³. Agora, por que me ajudar? Você nunca mexeu um dedo quando se fala em mim.

– Porque eu não quero que você fique toda hora no meu pé.

– Eu não fico. – Murmurou ele.

– Tá. Eu quero... Que você... Saia dessa vida. Com certeza.

– Você fala como se eu fosse um drogado ou bandido...

– Olha, você gosta dela e ponto!

– Shhhh!! - Ele olhou para os lados rispidamente, mas pra sua sorte, com o barulho escolar as pessoas não pareceram ligar. – Tá ficando doida? Pirou? Falar isso como se fosse normal é maluquice! Se alguém ouvisse...

– Concluiria que você não é gay. – Completou.

Ele a olhou torto e a mesma deu de ombros.

– Diz aí... Quer continuar comigo pelo resto da vida?

Os dois sabiam muito bem a resposta. Mas Armin não estava tão decidido assim. Depois de uns segundos pensou melhor e chegou á conclusão de que não custaria nada tentar pelo menos um pouco.

– Tá. Eu aceito a proposta.

– Ok.

Erika se levanta e dá um beijo na bochecha de Armin.

– Te vejo lá em casa depois da aula, tigrão. – Ela sussurrou na orelha dele, o fazendo estremecer.

[...]

A ruiva tentou dar umas voltas na escola para se distrair antes das aulas começarem, afinal eles chegaram bem cedo, dava para fazer várias coisas. Ela avistou Vitória e Violette conversando. Nunca se impressionara com o fato de que Vitória se dava tão bem com Violette, pois afinal as duas tinham várias coisas em comum como a timidez entre elas. Mas ao fundo percebeu um conhecido “stalker” as observando, ou melhor, observando apenas Vitória. A morena logo se despediu da amiga e foi em direção do clube de jardinagem onde adorava passar o tempo e seu querido admirador acabou indo junto, seu bloco de notas na mão e sua concentração dizia á Erika que talvez o mesmo estivesse tentando sem sucesso desenhar a garota, por isso a observava e voltava a atenção ao pequeno caderno.

Ela decidiu passar um tempo com o mesmo. Já fazia tanto tempo que os dois haviam se falado que quase tinha esquecido como era a sua voz. Assim que chegou ao local percebeu o platinado sentado em um banco distante da morena e ainda estava concentrado. Ela adorava provocá-lo enquanto o mesmo escrevia alguma coisa no passado. Chegou por trás e sorrateiramente olhou por cima de seu ombro e concluiu que ele estava tentando desenhar a garota mesmo. Revirou os olhos e chegou mais perto.

– Lysandre? – Murmurou ao pé do ouvido do rapaz o fazendo quase deixar o seu bloco cair no chão. Ele se virou para olhá-la.

– Erika?

– Eu mesma. – Ela sorriu e se sentou do seu lado no banco. – Está escrevendo um poema novamente? – Ela o perguntou sabendo que não era realmente aquilo que ele fazia.

– S-sim. É claro. – Mentiu ele, virando o bloco para baixo querendo esconder o desenho mal feito.

– Posso ver?

– ... Não... Agora está inacabado. E você sabe que não gosto que vejam uma obra minha neste estado.

Erika olhou para Vitória a alguns metros de distância, em pleno perímetro visível para ele.

– Está observando ela?

Lysandre arregalou os olhos e fingiu estar calmo.

– Claro que não. Por que estaria olhando para ela?

– Que eu me lembre, uma vez você disse que não desenhava bem e por isso gostava mais de escrever. Mas nesse momento você não está escrevendo, está Lys? – Erika foi mais rápida e pegou o bloco de notas do garoto observando melhor a caricatura que estava na folha. Ela riu percebendo como seu desenho havia dado uma pequena melhora desde aquele tempo.

– Ah, bem... – Ele pegou o bloco de volta e o observou.

– Diz para ela como se sente.

– E-eu? Eu não posso fazer algo desse tipo com alguém com quem nunca falei.

– Olha, ela é da minha sala. Percebi que ela gosta muito de romances de época e seu favorito é Orgulho e Preconceito. Só pode ser, pois ela sempre o lê nos tempos vagos dentro de sala. Ela deve gostar de poemas e coisas do tipo. Você poderia fazer um para ela, que tal?

Ele a olhou com seus olhos bicolores ainda incertos. Sabia o que sentia há algum tempo. Ela era inteligente, educada, gentil e não se interessava pela vida alheia. Sim, a observou por um tempo e quanto mais se passou, mais se encantou pela garota. Um poema era seu forte, seria fácil, o que não seria era dizer para ela. Estava corando só em pensar, mas porque não?

– E aí? Decidiu? – Erika deu um grande sorriso ainda o encarando. – Logo vamos entrar nas salas e talvez você não consiga outras chances. Me conte como foi depois, ok “Lysquecido”?

Riu com o velho apelido. Lhe agradou saber que ela ainda lembrava dele e isso fez parecer com que o tempo nunca tivesse passado para eles. Pensou em como lhe fez bem ter uma pequena conversa com uma velha amiga. Sim, na época em que Erika tinha quatorze anos e Lysandre tinha quinze, os dois se davam muito bem. Lysandre a conheceu até bem antes de Castiel e Dakota também se tornarem seus amigos. Os dois eram bastante introvertidos e isso os juntou.

– Conte comigo, pequena Sparks. – Eles riram.

– Ei, não sou mais tão pequena.

Erika se virou para ir embora.

– Erika? – Ela o observou. – Obrigado.

– Disponha, “Lysquecido”. – Respondeu ela, sorrindo.

Fora de grande ajuda para ele. Apesar de pouca informação contida, ele tinha exatamente o que precisava agora. Ele sabia como ela era fora das salas, porém não como era dentro das mesmas. Ele não sabia que dividiam um sentimento mútuo pelo livro citado por Erika, então pensou que o que ele não conseguiria de longe, conseguiria de perto. Ou seja, teria de conversar com ela. Fez um rápido poema e quando a procurou, a mesma já tinha ido embora. Procurou por vários lugares, durante alguns vários minutos, mas no fim decidiu voltar ao clube de jardinagem para rever o poema. Assim que chegou lá tropeçou em um vaso, mas conseguiu manter o equilíbrio, porém o seu bloco de notas havia ido de encontro com o gramado do clube. Foi em sua direção, mas uma mão o pegou primeiro. Vitória o olhou e supôs que fosse do platinado.

– Aqui, seu bloco, não é?

Seus cabelos castanhos e curtos esvoaçavam com o pouco de vento que ali fazia e seus olhos castanhos escuros estavam brilhando mesmo com a pouca luminosidade que o sol proporcionava. Por um momento, Lysandre apenas conseguiu engolir em seco e pegar seu bloco de notas das mãos delicadas da garota. Assim, sua voz retorna.

– Me desculpe, eu sou Lysandre. – Disse se apresentando.

– Não, tudo bem e eu sou Vitória. Prazer. – Ela sorriu. – Ah, e á propósito adorei suas roupas vitorianas.

– Eu gosto da época e moda vitoriana. Você também?

– Com certeza. É simplesmente linda e contemporânea.

Ele riu.

– O que foi? – Ela perguntou também rindo.

– Vitória... Lembra-me o vitorianismo. Lembra-me o que mais gosto. – Ele pega uma mecha que está no rosto da garota e a coloca atrás da orelha da mesma. A jovem cora com o ato, mas logo ri.

– Âmbar e verde. Seus olhos são as minhas duas cores preferidas. São intensas, eu gosto.

– Eu... Poderia convidá-la para uma volta pela escola? – Perguntou um pouco acanhado.

– Claro.

O seu poema iria esperar um pouco, assim que desse iria declará-lo para ela. Não sabia que tinham tantos assuntos para conversarem. Achou que talvez não fosse conseguir falar tão abertamente, mas era fácil se comunicar com ela. “Obrigado, Sparks.” Pensou o platinado contemplando as histórias que Vitória contava.

[...]

– Oi mulher! – Leila deu um largo sorriso para Erika que já estava sentada em sua carteira.

– Fale.

– Você se lembra da Maratona né?

– Qual?

– A Maratona para a qual você se inscreveu. É nessa semana.

– Ah, verdade. Obrigada por lembrar.

– Disponha.

A Maratona Escolar para os primeiros anos. Erika havia esquecido completamente por conta de tudo o que ocorreu. Porém pensava mais em quais medidas tomaria para juntar Íris e Armin o mais rápido possível. Ela ouviu a porta de sua sala abrindo e revelando a jovem com longas ondas castanhas e olhos azuis no uniforme de Amoris. “A vadia ainda conseguiu ficar bonita no uniforme?” Pensou Erika esbravejando enquanto encarou Melody sorridente se apresentando á alguns alunos.

– Hã? É a Melody? – Leila desviou o olhar para a garota na porta.

– É. – Erika disse trincando os dentes.

– Ei! Erika! – Melody foi sorrindo em direção da ruiva. – Que legal não? Vamos ficar na mesma sala!

– Muito. – A ruiva pareceu indiferente.

– Ah, e me aconselharam a entrar numa Maratona dos primeiros anos. Então me inscrevi, parece divertido.

– Maratona?

Leila olhou para Erika assustada e percebeu o sorriso maligno se formando nos lábios da ruiva enquanto Melody se ajustava em alguma carteira.

– Sim, Melody. Será muito... Muito divertido. – A ruiva desviou seus olhos na direção de Melody alargando mais o sorriso sombrio.

– Erika...? – Leila temia pela sanidade da amiga no momento. – Isso não vai acabar bem... – A morena murmurou para si.


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Notas finais do capítulo

¹ - O engenheiro eletrônico projeta e desenvolve componentes, equipamentos e sistemas eletroeletrônicos, empregados em automação industrial, sistemas de geração, transmissão e distribuição de eletricidade e eletrônica de consumo (aparelhos de rádio, TV e vídeo).
² - A Mecatrônica funciona como uma espécie de "futuro das engenharias". Inicialmente, o curso tem disciplinas comuns a qualquer engenharia: Cálculo, Física, Mecânica e Elétrica básica. Na parte específica do curso, são introduzidas disciplinas que incluem circuitos lógicos, controle de sistemas mecânicos e automação industrial.
³ - Hitch é um filme estadunidense um pouco antigo, estreado por Will Smith. Você deve o conhecer pelo seu nome em PT/BR ser "Hitch - Conselheiro Amoroso". Ou seja, Armin já assistiu esse filme. ;p

Deixei o texto na formatação normal, pois não sei afinal qual vocês mais gostam. Alguns dizem que é mais fácil para ler. Eu também, acho. :p Porém, queria deixá-lo bonito e deixei na formatação "centralizada". Vocês que sabem, caso gostem mais dessa, postarei apenas dessa. =)

Michelly Sparks(Mãe de Erika): http://vignette1.wikia.nocookie.net/bleachfanfiction/images/2/23/Gomei.jpg/revision/latest?cb=20100806063715

Erika já foi bastante amiga de todos não? Ou quase todos.
Então, gostaram da ideia da Erika quanto á deixar Armin ir?
E você achou o casal do capítulo? Quem serão as próximas vítimas? Comente o que achou/sentiu/previu/vai prever/ o que achou da ideia do meu projetinho "Casais" ou qualquer coisa :3
Beijos! ;*



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