– Espero que com comer algo você não esteja se referindo a mim. – Eu falei e Thomas soltou uma gargalhada.
– Eu não me incomodaria em fazer isso, mas não é por isso que eu te trouxe aqui. – Thomas falou sem abandonar seu tom zombeteiro.
– Então pra que é? – Eu perguntei.
– Por incrível que pareça eu gosto da sua companhia pirralha. – Thomas respondeu e eu fiquei feliz por ele apreciar a minha companhia e com raiva pelo pirralha.
Nós saímos de seu jipe e entramos pela porta dos fundos que dava para a cozinha, a cozinha de sua casa era decorado em preto e branco e se assemelhava muita a de minha casa.
– Pronta para por a mão na massa? – Thomas falou sorrindo.
– Como assim? – Eu falei confusa.
– Vamos fazer uma pizza! – Thomas respondeu e eu pisquei os olhos algumas vezes incrédulas.
– Você só pode estar de sacanagem! – Eu falei
– Tá bom eu faço, você pode só olhar. – Thomas falou e eu mostrei a língua para ele.
Ele pegou os matérias necessários e começou a fazer a massa, eu me dispus a ralar o queijo e o presunto.
– Então, você faz faculdade de gastronomia? – Eu perguntei
– Não, faço literatura. – Ele me respondeu e eu mais uma vez me surpreendi.
– Você não tem cara de quem faz faculdade de literatura. – Eu exclamei
– Precisa ter cara pra fazer alguma faculdade? – Thomas respondeu
– Você entendeu o que eu quis dizer babaca! – Eu disse jogando queijo nele que pegou o pedaço que eu joguei e comeu.
Thomas se aproximou de mim, eu estava em pé na frente do balcão de granito, eu caminhei para trás institivamente.
– Você fica sexy cozinhando. – Thomas falou tirando uma mexa do meu cabelo do meu rosto.
– Tecnicamente eu não estou cozinhando. – Eu respondi
– Mudo o que eu disse, você é sexy até dentro de um saco de batata! – Thomas falou e nós dois caímos na gargalhada.
Eu não entendi bem como foi, mas quando eu percebi nós já estávamos nos beijando, eu entrelacei minhas pernas nos quadris de Thomas que se sentou comigo em uma cadeira da cozinha. Nosso beijo foi se tornando mais intenso, eu sentia algo contra mim por baixo da minha saia. Thomas arrancou a camiseta que eu usava em uma fração de segundo e depois me ajudou a tirar a dele, nós paramos quando ouvimos um barulho vindo da sala.
– É a Emilly. – Thomas falou vestindo sua camiseta e eu fiz o mesmo.
– Ai Thomas eu nem acredito que eu consegui dançar daquela for... – Emilly dizia mais parou quando me viu.
– Jane? – Emilly falou.
– É sou eu. – Eu respondi sem graça
– Depois que vocês terminaram de namorar, você pode subir até o meu quarto para falarmos sobre meu vestido? – Emilly falou em um tom irônico.
– Nós não estamos namorando e sim eu subo com você. – Eu respondi seguindo Emilly que não tirava o sorriso do rosto.
Quando chegamos ao seu quarto eu me sentei na cama e ela falou:
– Desde quando você é minha cunhada? Desde o incidente do shopping?
Eu corei na hora, eu não estou namorando com Thomas, nós somos apenas amigos, não pera.
– Eu não sou sua cunhada! – Eu falei fazendo um coque no meu cabelo
– Bem, vamos aos fatos, vocês já se beijaram algumas vezes porque eu sei, saíram para jantar, ele é solteiro e você também, ah vocês estão mesmo namorando! – Emilly falou e eu comecei a achar que o que ela estava dizendo fazia sentido.
– Mudando o assunto, vamos falar sobre o seu vestido? – Eu sugeri.
– Claro, mas que fique claro que eu mais que aprovo o namoro de vocês! – Emilly respondeu e eu ignorei a segunda parte.
– Você já pensou sobre isso? O baile já é nesse final de semana. – Eu falei
– Não pensei em nada, nós podemos sair amanhã para resolver isso? – Emilly perguntou
– Claro que sim! – Eu respondi e olhei para a porta que se abriu revelando Thomas.
– A pizza já está pronta! – Thomas falou
Essa é a Emilly minha gente.