Once In a Lifetime escrita por selinakyles


Capítulo 7
I'm not your damn punching bag!


Notas iniciais do capítulo

Alou, galero!
Demorei pra caramba, mas espero que estejam bem preparados pra esse capítulo, ele tem algumas fortes emoções.
Não está revisado, por isso perdoem qualquer erro.
Divirtam-se!



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Chapter seven -

 

 

Levou alguns minutos para que Clarke finalmente conseguisse assimilar o que estava diante de seus olhos. Algo que ela imaginava – e desejava com todo pedacinho do seu ser – que não teria que ver novamente.

Pelo menos não tão cedo.

O silêncio era quase palpável, pesado e agoniante, demorado e doloroso. Os olhos curiosos de Octavia espiavam por cima dos ombros da loira, e logo Jasper e Monty já se espremiam ao seu lado para uma melhor visão do espetáculo que estava prestes a começar.

“O que você está fazendo aqui? Eu pensei que tinha sido clara…” Clarke começou, entredentes. Os músculos retesados de seu corpo se permitiram relaxar sob o toque gentil de Octavia em seu ombro.

Os olhos castanhos de Finn a estudavam com súplica, um pedido silencioso que logo criou vida e escapou por seus lábios.

“Por favor, Clarke, pense direito, reconsidere. Nós podemos conversar a sós, por favor?”

A Griffin sentiu algo borbulhar dentro de seu peito conforme seu coração parecia se embrulhar em um plástico bolha. Não mentiria para si mesma, ela sabia perfeitamente que não sentia mais nada pelo rapaz a sua frente além de repulsa. Porém, o fato de vê-lo ali em sua frente pedindo alguns minutos do que restava de seu dia com toda a coragem do mundo, mesmo depois de tudo o que eles viveram no passado, a enraivecia.

Custava um pouco mais de sua sanidade imaginar o verdadeiro motivo daquela visita. Custava ainda mais da sua boa vontade não acertar um pelo soco naquele rostinho tão belo e desprezível.

Ela percebeu os dedos de Octavia se fecharem com um pouco mais de força em seu ombro, irritada demais para se virar e encarar a carranca raivosa de sua melhor amiga.

“Ela não vai a lugar algum com você, idiota.” Os olhos azuis ganhavam um tom mais escuro de esverdeado em torno de suas pupilas quando enfurecidos, detalhe que apenas Clarke em sua maneira estranha de observar demais conhecia.

“Clarke já está grande demais para ter alguém tomando decisões por ela.” O timbre atrevido do moreno fez com que Monty e Jasper se erguessem na defensiva ao lado de Octavia.

“Não é pra isso que você está aqui? Para discutir sobre uma decisão que sequer foi minha?” O cenho da loira se contorceu em irritação ao lembrar-se da mensagem que recebeu do homem a sua frente há alguns dias. “Está perdendo seu tempo.”

“Vá embora.” Octavia rosnou, inclinando seu corpo para frente como um animal prestes a atacar, reprimida pelo braço da loira. “Se não for vai ter que lidar com alguém muito menos benevolente do que eu quando o assunto é quebrar a sua cara.”

Finn soltou um riso baixo, não contendo seu divertimento diante das palavras da Blake, tendo plena noção de quem ela estava falando.

“Tudo bem, já está tarde de qualquer forma.” Ele ergueu as mãos em um sinal de rendimento, o sorriso inescrupuloso ainda vivo em seus lábios. “Mas nossa conversa ainda está pendente, Clarke. Pense no que eu te disse, certo? Não fuja.”

Octavia murmurou um 'vai se foder, seu babaca' um pouco antes de mostrar o dedo do meio e bater a porta com toda sua força. A visão de Clarke ainda paralisada ao seu lado a preocupou, fazendo-a segurar o rosto pálido da amiga entre as palmas de suas mãos quentes.

“Clarke, olha pra mim.” Rogou, alheia a presença dos outros dois ao seu redor. “Olha pra mim.”

As íris claras da loira se ergueram de encontro aos da amiga, ainda temerosas. Clarke sentia a linha d'água de seus olhos arderem tanto quanto sua garganta, que nem mesmo com a maior dose de álcool queimaria tanto quanto agora.

O choro contido durante todo o dia agora já penetrava suas defesas, sorrateiro e impetuoso. Octavia soube, no momento em que olhou no profundo azul safira, que sua melhor amiga estava muito mais perto de um colapso do que ela imaginava.

Na verdade, ela já sabia de tal fato já há alguns dias. Quando raios em seu estado normal Clarke Griffin mataria uma garrafa inteira de Moonlight sozinha? Ela também não costumava trabalhar o tanto que vinha trabalhando, e muito menos passava tanto tempo na faculdade como nas últimas semanas.

As bolsas arroxeadas contrastando com o tom pálido de suas bochechas antes sempre tão rosadas e cheias de vida já sequer necessitavam de uma desculpa. O motivo sempre esteve subintendido, muito ofuscado pelo momento egoísta de Octavia e seu majestoso casamento para ser trazido a tona.

Dentro de si, seu coração se dilacerava com a clareza que as peças daquele quebra-cabeça se encaixavam em sua mente. E ao olhar naqueles mesmos olhos novamente – os mesmos que sempre a olhavam como fosse algo de extremo valor e preciosidade –, ela sentiu no fundo de seu âmago que deveria fazer algo.

E bem, nada é impossível para uma Blake. Ela poderia muito bem lidar com os preparativos de um casamento e a procura da felicidade de sua melhor amiga, precisava apenas achar uma forma de conciliar uma coisa com a outra.

A morena envolveu a loira em seu abraço, lançando um olhar repleto de significados para os dois amigos que ainda as encaravam sem saber muito bem o que fazer. O peito doendo por terem sido telespectadores enquanto a Griffin ficava frente a frente com uma das partes mais dolorosas de seu passado.

Clarke aconchegou sua cabeça no ombro de Octavia por mais alguns instantes, deixando que o calor que emanava dela aliviasse um pouco da tortura que aquela ferida aberta lhe causava. Se afastou com o lábio inferior preso entre os dentes, sendo pega de surpresa pelos braços de seus dois amigos patetas.

“Abraço coletivo, Clarkey.” Jasper murmurou, seu timbre sendo abafado pelo tecido do pijama da loira. “É o melhor remédio para recarregar a bateria.”

Ela riu, o peso em seus ombros se esvaindo aos poucos.

“Quem disse que eu preciso recarregar a bateria?” O divertimento em sua voz não se abalou ao se afastar de Jasper e Monty, recebendo um olhar afável em resposta. “Temos uma noite dos filmes nos esperando, certo? Ainda há muita bateria, isso eu garanto. Vai amarelar, Jordan?”

Octavia riu ao arrastar Monty pela mão até o sofá, Clarke e Jasper ao seu encalço.

“Tá brincando? Eu tenho a noite inteira pela frente. Fale por você, mamãe urso.”

Clarke riu pelo nariz, lançando um olhar cúmplice para o amigo.

“Azar da Raven que além de perder o prazer da nossa companhia, também vai perder nossa maravilhosa maratona de Star Wars.” Octavia sorriu ao apoiar seu braço nos ombros de Clarke, dando play no filme com a empolgação de quem está assistindo pela primeira vez.

E novamente, como acontecia em muitos momentos parecidos com aquele, a Griffin teve a certeza de que era uma das garotas mais sortudas no mundo.

Aqueles eram seus amigos, e para ela estar com eles era tudo o que precisava.


***


O celular vibrava assiduamente sobre a madeira da escrivaninha onde os cotovelos de Clarke permaneciam apoiados. Ela encarava o pedaço de papel a sua frente fixamente enquanto mergulhava dentro de si própria, procurando por algo, qualquer coisa, que trouxesse a tona qualquer sensação.

O suspiro cansado saiu ruidoso por seus lábios e seus dedos se afundaram nas ondas loiras de seus cabelos. Os olhos sempre tão azuis perderam um pouco da sua intensidade para a noite que passou acordada, buscando pelo pouco que fosse de inspiração.

Falhou, e falhou miseravelmente.

Ela visualizou a foto e o nome de Finn brilharem na tela, e segurou a urgência que sentiu em finalmente jogar aquele celular contra a parede – o que nunca parecia ser uma má ideia nessas últimas semanas.

O relógio marcava seis e meia de uma manhã maravilhosa de sexta-feira, lembrando-a que aquele era seu último dia em casa. No dia seguinte todos partiriam para a casa de Lincoln, e ela se preparava mentalmente para cumprir seus últimos deveres de madrinha junto de Lexa e Raven.

Isso é claro, se Raven sobreviver ao interrogatório e criticas que Octavia a faria mais tarde.

Clarke quase deixou que o sorriso contido criasse vida em seu rosto, cansada demais para se permitir. Seus dedos correram para a gaveta de sua escrivaninha, tirando de lá seu diário de anotações e seu colar, depositando-os sobre a folha branca que ela tanto tentou frustradamente preencher com mais uma de suas pinturas.

Ela não conseguia pintar, mas a esperança de que encontraria alguma emoção dentro de si era a última a morrer.

Segurando o pingente em forma de coroa em sua mão, sentindo o material frio em contato com o calor que emanava de seus dedos, a loira permitiu que as lembranças imergissem. Os olhos claros e sonolentos se esconderam por trás de suas pálpebras, e ela viajou para aquele tempo onde tudo parecia mais simples, mais próspero.

Clarke sugou uma lufada de ar, sentindo os pulmões doerem em seu peito. Ela conhecia aquela dor, aquela necessidade que lhe acertava como um soco no estômago sempre que lembrava dos melhores momentos de sua vida, aqueles em que era verdadeiramente feliz e que conseguia ser ela mesma.

Momentos em que eles estiveram ao seu lado, sorrindo e encorajando-a a sempre procurar ser a melhor versão de si mesma. Conseguia ver perfeitamente a imagem de seu pai olhando-a como se ela estivesse carregando a Lua em suas mãos, a memória fresca em sua mente de todas as vezes que ela e Wells compartilhavam suas opiniões sempre maduras demais para adolescentes da sua idade.

E bem, aquele colar havia marcado o fim de toda uma fase da sua vida. No momento em que Bellamy o entregou a ela, como um presente por ter recebido sua carta de admissão na Universidade de Chicago há quatro anos, Clarke soube que nada jamais seria da forma que ela gostaria que fosse. Seu mundo cor-de-rosa não poderia existir mais sequer em sua própria cabeça.

Ela tinha que crescer, tinha um fardo a carregar. Não merecia tal afeto, não queria recebê-lo. O tempo em que precisou de conforto e os braços dele estiveram lá por ela era passado, contudo, por que ainda era tão difícil mantê-lo longe?

O violão ao lado de sua escrivaninha parecia solicitar sua atenção como se estivesse convocando-a, chamando-a para tocá-lo e tirar de dentro de si toda a frustração que a afogava junto da lembrança dele, as mesmas que lhe arrancavam a capacidade de respirar propriamente.

Clarke dedilhou algumas notas, cerrando os olhos para que pudesse sentir a melodia penetrar seus ouvidos. Logo algumas estrofes estavam grudadas em sua mente, relembrando-a que a pintura e os desenhos não eram sua única válvula de escape.

No final, ainda existiria a música.

Wherever you think I am tonight
Just know that we're miles from a heartbreak
Because in the blink of a pretty brown eye
I'll be right where you are, baby

I'll be sick inside if, baby, you would be my cure


E após alguns minutos – ou seriam horas? Ela não sabia dizer –, Clarke fitou satisfeita o papel a sua frente com seu lápis ainda preso entre seus dentes. O sorriso se abriu em seus lábios, e o entusiasmo tomou lugar do poço de depressão havia sido toda sua noite.

Os dígitos garrafais de seu despertador marcavam oito e quinze e os músculos de seu corpo doíam, clamando por descanso e calma. A cadeira se arrastou e a loira se direcionou ao seu guarda-roupas a procura de uma roupa confortável o suficiente para que pudesse vestir após seu banho e então se jogar de bruços em sua cama, só levantar quando sua bateria estivesse cem por cento carregada.

Pegou uma das blusas velhas de seu pai, onde o emblema do Griffith Memorial Hospital estava estampado. Porém, naquele instante ela já não se importava mais em pensar no hospital e até mesmo em sua mãe. A alegria que sentia por ter finalmente voltado a compor exterminava qualquer resquício de sentimento ruim, qualquer indício de volta aos momentos deprimentes que não lhe trazia orgulho algum.

Ao passar pelo corredor, aroma de café invadiu seu olfato e seu estômago reclamou em sua barriga com um som perceptível e quase vergonhoso.

O banho foi como um remédio para sua tensão muscular e para a fadiga que vinha lhe incomodando mais do que gostaria nas últimas semanas. Talvez ter passado a noite inteira acordada após a tão esperada noite do filme de Octavia não teria sido uma boa ideia, e ela concordaria se na sua escrivaninha não estivesse um pedaço imenso de uma composição única – e sua – para provar o contrário.

Há tanto tempo ela queria aquele tempo só para ela. Tanto tempo esperando pelo momento em que suas neuroses permitiriam que ela finalmente pudesse se entregar verdadeiramente a sua arte. Afinal, sua vida corrida não disponibilizava exatamente muito tempo para seus hobbies.

Isso ela tinha que agradecer à Octavia e seu casamento – e claro, as tão esperadas férias de verão.

Clarke abriu a porta de seu quarto com sua toalha em seu ombro, esbarrando de supetão na silhueta prostrada ao lado de sua escrivaninha, levantando as tempestuosas safiras azuladas para o culpado de tal proeza.

E bem, vê-lo com seu diário de anotações e seu cordão em mãos apenas fez com que o sentimento de violação se aumentasse.

“Eu não sabia que você ainda tinha isso.” Bellamy pendurou o colar em seu dedo indicador em frente ao rosto de Clarke, a serenidade naqueles traços quase derretendo um pouco da muralha de gelo que ela havia envolvido seu coração.

A loira puxou o cordão de sua posse com brutalidade, não escondendo o quanto aquela invasão a sua privacidade estava a tirando dos eixos, como tudo que envolvia Bellamy Blake.

“Quem te deu o direito de mexer nas minhas coisas?” A sobrancelha loira se arqueou, solicitando uma resposta convincente o suficiente. No fundo ela sabia que ele não lhe daria uma.

O cenho de Bellamy se franziu levemente por uma fração de segundos, se suavizando logo em seguida. Aquele era um dos momentos que ela gostaria de ter o dom de ler mentes, a expressão indecifrável alojava em seu estômago uma sensação inquietante da qual ela faria o que fosse possível ao seu alcance para se livrar.

Deveria saber que sua alegria duraria pouco.

“Honestamente, qual o seu problema?” Ele perguntou com a simplicidade de quem pergunta uma coisa banal, e a agitação que Clarke sentia em cada parte de seu corpo apenas aumentou.

Estava cansada demais para começar uma briga, mas nunca demais para não sair de uma. E aquela estava prestes a começar, por mais que nesses poucos minutos, Bellamy não tivesse demonstrado um segundo sequer que estava ali para uma contenda.

Clarke sabia o porquê daquela pergunta, e também tinha pleno conhecimento de que ele estava ali não por uma disputa, mas sim por respostas.

“Qual é o seu problema? Eu nem sei o que você está fazendo aqui.” Ela jogou a toalha rispidamente sobre sua cama, como se tal ato fosse aliviar um pouco de sua frustração. “Não tem casa?”

“Parece que voltou a compor…” O moreno atestou ao ignorá-la, e os olhos de Clarke seguiram para seu diário de anotações naquelas mãos. “Você escreveu isso pra ele?”

O tom inquisitivo fez com que o sangue da Griffin borbulhasse em suas veias, assim como a ira borbulhava em seu peito naquela reação esmagadora que só Bellamy conseguia fazê-la ter. Ela avançou ferozmente ao tentar arrancar o caderno daquelas mãos, mas ele havia sido mais rápido.

E o maldito também era mais alto. Bem mais alto, ela diria.

“Desde quando isso é da sua conta?” Ela se aproximou afoita, não se deixando intimidar pela imensidão escura daqueles olhos.

“Qual é essa sua necessidade de me tratar mal? Me punir por algo que eu não fiz? Eu não sou seu maldito saco de pancadas!” Seu tom de voz amargo ganhara algumas oitavas, e o caderno que a pouco estava em suas mãos fora jogado em cima da escrivaninha violentamente.

“Se você não quisesse ser tratado assim, então não viesse se intrometer onde não foi chamado!”

A Griffin sentia o coração bater dolorido em seu peito, mas não se permitiu vacilar em momento algum. Mesmo que aqueles olhos – os tão expressivos e familiares olhos castanhos – estivessem fincados nela como se pudessem ler sua alma. Ela tentava decifrar cada emoção refletida neles, mas como sempre, falhava miseravelmente.

Bellamy Blake era um maldito dilema que Clarke Griffin estava bem longe de decifrar.

“Me intrometer?” Ele virou de costas por alguns instantes, apoiando as mãos na escrivaninha conforme perdia sua postura ao se inclinar. Seus ombros largos subiram e desceram ao mesmo tempo que o suspiro escapou por seus lábios, procurando se recompor.

Clarke ainda o estudava, estoica demais para demonstrar qualquer sentimento que não fosse raiva e indiferença.

“Eu sou mesmo um estúpido…” Bellamy começou, murmurando para si mesmo como se estivesse sozinho naquele recinto, se virando de súbito para encará-la. “Eu conversei com O essa manhã, um pouco antes dela ir para a casa do Lincoln, e ela me disse que aquele… imbecil esteve aqui. Eu vim checar se você estava bem e fazer papel de idiota como eu venho fazendo todos esses anos para cumprir aquela maldita promessa…”

“Você não tem obrigação de cumprir promessa alguma.” Clarke o cortou, erguendo o queixo ao olhá-lo sob seus longos cílios. “Eu não sou seu fardo pra você carregar, não sou nada sua e não quero nada que venha de você.”

Bellamy diminuiu o espaço entre eles com um só passo, deixando o rosto de Clarke centímetros do tecido de sua blusa azul-marinho. O castanho em suas íris parecia ter escurecido alguns tons, e a loira pode jurar que havia se perdido nelas por alguns instantes.

Ele a olhava tão intensamente que seu corpo reagiu, permitindo que um arrepio percorresse da base de suas costas até a sua nuca, se alojando na boca de seu estômago. Aquilo não podia acontecer, seu próprio corpo não podia trair sua mente daquela forma.

Era terrível não estar no controle.

“Você é ótima com as palavras, não é Princesa? Mas se você pode ter uma língua afiada, eu também posso ter.”

Sem aviso ou sinal algum, o braço forte do Blake envolveu sua cintura e colou seu corpo no dele da mesma forma que sua boca se encontrou com a sua, do jeito mais bruto e repentino possível.

Os olhos claros se arregalaram devido ao susto, e seus punhos tentavam inutilmente fugir de seu enlace ao baterem contra o peito rígido do moreno em protesto, o que só o fez apertá-la ainda mais contra si.

E foi quando a fragrância masculina invadiu seus sentidos como um ladrão traiçoeiro que ela percebeu que aquela batalha estava perdida. Os olhos vacilaram e então se fecharam conforme seus lábios ganhavam vida ao se sincronizar com os dele, macios, impiedosos.

Naquele momento Clarke Griffin não se importou em levantar a bandeira branca. Não enquanto ela estivesse nos braços de Bellamy Blake, aproveitando cada segundo daquela sensação avassaladora que só ele lhe trazia.

Oh, ela amava odiá-lo. Definitivamente.


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Notas finais do capítulo

Eta Giovanna, o forninho caiu!
Olha só, eu sei que muitos acham muito ruim toda essa espera, acreditem, meu coração fica pesado também por ter que deixá-los esperando, mas a semana de provas foi INTENSA e acreditem se quiser, sai da última prova sem nem conseguir pensar. Sério, como que pode uma coisa dessas? Mas baboseiras de lado, agora as férias já me alegram com sua chegada, thank God!
Muitas dúvidas nos comentários, ein? Muitos mistérios ainda serão resolvidos, ou então complementados nesses próximos capítulos. O que o Finn quer? O que Raven está escondendo? Quando Clarke vai deixar de ser tão bicha má? Olha só ein, nosso rebel king já tá colocando em prática seu objetivo de domar o coração dessa fera, hahahaha. E viram? Nesse capítulo eu mostrei um pouco mais da Clarke, espero que vocês consigam compreender melhor o que se passa na cabeça e no coração da nossa princesa!
A música que ela escreveu é um trecho de "My Cure" da Taylor Swift.
Aos leitores de AAY, peço paciência. Sim, eu ia atualizar OIAL junto com AAY, mas esse capítulo já estava pronto há algum tempo, então houve uma pequena mudança de planos. Sejam pacientes, certo? Prometo que irei recompensá-los, assim como tentarei recompensar meus leitores lindos de OIAL com essas férias maravilhosas. Oremos!

Críticas? Dicas? Sugestões? Xingos? Amor? Eu tô aceitando tudo, ein! Deixem meu comentário e façam essa louca desnaturada feliz, ok? Eu fico movida com comentários e acabo me empolgando ainda mais nesses últimos capítulos.

Beijinhos, mamãe ama vocês!