Até o julgamento escrita por Paola_B_B


Capítulo 14
Capítulo 13. Papai Swan


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Como eu prometi segue o capítulo novo. Ele está bem romântico, acho que o ano novo me deixou mole hahahah... Espero que gostem ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/595272/chapter/14

PDV Edward Cullen

– Tudo bem Edward, você pode fazer isso. Você consegue. Vamos lá. – talvez se eu repetisse vezes suficientes eu conseguiria firmar minhas pernas na escada.

E eu nem havia subido o primeiro degrau. Fechei meus olhos por alguns segundos e a imagem de Isabella apareceu em meus pensamentos. Não era a imagem de sua linda falta de expressão e sim seu rosto pálido, suado, sofrido...

Abri meus olhos com determinação e impulsionei meu corpo para cima.

Jesus Cristo!

A escada balançou e ameaçou soltar-se da parede. Agarrei-me ainda mais forte à barra de ferro e paralisei no meio do caminho. Cometi o pior erro do mundo ao olhar para baixo.

– Pai nosso que estais... – comecei a rezar com fervor e antes que qualquer outro pensamento covarde paralisasse ainda mais meu corpo e voltei a subir.

Quando finalmente cheguei na altura que deveria eu não agradeci, pois para saltar na varanda do apartamento eu teria que, exatamente, saltar!

Engoli em seco mais uma vez e forcei meus olhos a ficarem abertos, soltei o ar lentamente pela minha boca e então pulei.

– Meus Deus, virei ninja!

Ajoelhado ao chão da varanda dei um beijinho de leve no solo e adentrei o quarto.

– Vá até o apartamento 503, ao lado da porta haverá um vaso, embaixo dele você encontrará um telefone. – lembrei-me das instruções de Isabella, abri a porta de saída com cuidado e observei o corredor vazio.

Não foi difícil encontrar o tal vaso ao lado da porta do 503, exatamente onde ela disse que estaria. Ergui a planta e lá estava o aparelho dentro de um saco plástico transparente com sua bateria separada.

Montei rapidamente o aparelho e o liguei. O número para o qual eu deveria ligar era o único na agenda telefônica. Não havia nome, nem nada do tipo. Com o coração acelerado apertei o botão verde.

– Alô?! – um homem de voz profunda e grossa soou do outro lado da linha.

– Hã... Eu estou sob proteção da agente Isabella Swan e ela disse para ligar para este número em caso de emergência.

– O que aconteceu?

– Fomos perseguidos e a agente levou um tiro.

– Ela está morta? – a voz do homem parecia chocada e eu até poderia dizer sofrida.

– Não. A bala atravessou seu abdome e ela perdeu muito sangue. Eu consegui cauterizar as feridas, mas ela não permitiu que eu a levasse a um hospital. Eu não sei se a bala não atravessou algum de seus órgãos. Ela pode estar morrendo e eu não tenho como ajudá-la! Eu preciso de ajuda! – o desespero começava a tomar conta dos meus nervos.

– Fique calmo rapaz, faremos uma extração e a levaremos para um hospital. O apartamento ainda é seguro?

– Sim, mas não sei por mais quanto tempo.

– Fique com Bella, a ajuda chegará logo.

Coloquei o telefone no bolso e corri para a saída do prédio. Nem a pau eu sairia pela janela! Eu já tinha vivido aventuras demais por hoje.

Tive que tomar o dobro de cuidado quando coloquei meus pés na rua já que era a primeira vez desde que entrei nesta loucura que eu saia completamente sozinho. Por isso não dei sopa ao azar e praticamente corri de volta ao apartamento seguro.

Dei uma breve olhada em Isabella e ela estava dormindo profundamente. Aproveitei para ajeitar nossas coisas nas duas mochilas, não demorei mais de dez minutos. Tomei uma ducha rápida e voltei ao lado de minha agente.

– Sinto muito Bella... – murmurei enxugando sua testa suada com uma toalha de rosto.

Ela estava tão pálida.

A conversa que tive com meu pai por telefone assombrou meus pensamentos.

– No que você se meteu meu filho? Você andou mexendo novamente onde não deveria na internet? Eu pensei que você tinha aprendido a lição quando era adolescente.

– Não é nada disso pai. Juro que não. Na verdade tudo o que fiz foi estar no lugar errado na hora errada. Eu não posso te dar detalhes, na verdade só te liguei por se tratar de uma emergência. Essa ligação pode nos colocar em um risco ainda maior.

– O que está acontecendo, Edward? Quem é a garota que se machucou?

– Ela se amachucou para me proteger, pai. Eu preciso desligar agora. Eu prometo dar notícias em algumas semanas. Mas, por favor, você e a mamãe, tomem cuidado por onde andam.

– Edward! O ferimento da moça ainda é muito grave. Levar um tiro no abdome e não acertar nenhum órgão é quase impossível. Você precisa levá-la para um hospital o mais breve possível.

– Eu vou pai. Obrigado.

– Tome cuidado filho. E seja lá no que se meteu...

– Ficarei bem pai. Amo o senhor e a mamãe.

– Você está bem? – perguntou a agente que acabara de acordar.

– Quem deveria perguntar isso sou eu. Como se sente?

– Com frio.

– Você está ardendo em febre. – expliquei preocupado. – Você precisa de um hospital...

– Eu só preciso de você aqui.

Ok, fiquei sem palavras. Sua frase foi como uma flechada direta em meu coração que em vez de parar começou a bombear como nunca. Me senti uma menininha apaixonada.

– Nunca imaginei que você fosse romântica. – finalmente murmurei com um pequeno sorriso em meus lábios.

Ela sorriu fracamente e deu de ombros antes de me puxar para deitar ao seu lado. Bella aconchegou-se em meu peito e caiu novamente na inconsciência. Sua febre parecia ainda maior e eu rezei para que a ajuda chegasse logo.

[...]

PDV Agente Swan

Eu não conseguia manter meus olhos abertos. Tudo vinha e ia de maneira turva. Eu conseguia enxergar o rosto de meu protegido, mas cada vez que decidia lhe falar alguma coisa tudo ficava escuro. Quando abri os olhos novamente eu parecia em movimento, flutuando e tudo o que eu vi foi o céu azul. O preto novamente me cegou e quando liberou minha visão eu finalmente consegui me manter acordada.

– Finalmente! – a voz não era de Edward.

– Pai?! – minhas voz não passou de um sussurro.

– Como você se sente garota? – seu bigode entortou para cima mostrando que ele sorria.

Eu tinha perdido alguma coisa entre meus apagões. O que diabos havia acontecido? Eu ainda tinha que proteger Edward. O que aconteceu? Fomos encontrados? Eu sobrevivi de alguma forma... E ele...

– Onde está Edward? – perguntei, minha voz mais clara agora enquanto eu tentava me levantar da cama.

Eu estava em um hospital, eu podia dizer pelo cheiro de éter e pelas agulhas enfiadas em minha pele. Sem contra do bipe irritando que ecoava pelo quarto.

– Fique calma. Ele está bem ali. – meu pai tratou de me empurra de volta para a cama e me mostrar o garoto dormindo todo encolhido em um sofazinho ao lado direito da minha cama.

Soltei o ar com alívio, porém a confusão voltou a me assolar. Olhei novamente para o meu pai.

– O que aconteceu?

– Você se machucou, o garoto entrou em contato comigo e eu os resgatei.

Edward foi precipitado, ele não precisava ter ligado. Droga!

– Nós estávamos bem. Ele se precipitou.

– Bem, eu diria que seu protegido teve o timing perfeito. – o bigode torceu-se de uma maneira que eu não sabia ser possível enquanto seus olhos castanhos como os meus arregalavam-se. – Assim que eu e os rapazes tiramos vocês dois do apartamento, pudemos ver um grupo bem mal intencionado invadir o prédio. Seu garoto reconheceu alguns deles, disse que participaram do tiroteio de antes de ontem à noite.

Um gosto amargo de orgulho ferido se apossou da minha boca. Eu havia falhado. Havia falhado justamente com a pessoal que eu...

– Vocês ficarão comigo, em Forks.

– De jeito nenhum. – retruquei estremecendo internamente com a ideia.

– Não discuta comigo. A decisão já está tomada.

– As pessoas em Forks me conhecem e o Volturi sabe que sou eu quem está designada para protegê-lo. – olhei rapidamente para o garoto babando no sofazinho. – Sem contar o espião no FBI. Tenho certeza que tem alguém em Forks apenas esperando eu aparecer. Basta pisarmos em Forks para termos que partir novamente.

– Não se vocês ficarem na casa da campina. Eu os abastecerei com comida todos os finais de semana. Não fugirá da minha rotina. Ninguém desconfiará. E além do mais, se vocês tiverem algum tipo de problema eu e meus rapazes estaremos próximos o suficiente para ajudar.

– Pai...

– Você está ferida Bella! Tem noção do quão perto da morte você esteve? Você passou por uma cirurgia assim que chegou no hospital. Você precisa se recuperar. Ferida não protegerá ninguém.

Eu odiava admitir que meu pai estava certo.

Voltei a encostar minha cabeça no travesseiro e fechei meus olhos. Meu pai sabia que eu não admitiria que ele estava certo e eu errada.

– Vou ver se encontro a médica que cuidou de você. Partiremos em poucas horas.

Apenas assenti de olhos fechados e só os abri novamente quando escutei o clique da porta.

Virei meu rosto e observei o sono de meu protegido. Ele era tão bonito... Apenas olhá-lo deixava meu coração apertado. Meu garoto covarde... Sorri comigo mesma. Nem imagino o quanto ele tremeu para chegar no apartamento ao lado. Eu lhe devia minha vida.

Edward abriu seus incríveis olhos verdes e me fitou com ansiedade.

– Você acordou.

– Não acredito que ligou para o meu pai.

Ele sentou-se passando a mão em seus cabelos várias vezes. Aquilo virou um ninho de mafagafas.

– Em minha defesa, eu não tinha ideia que ele era o seu pai.

– Você não devia ter ligado.

– Era uma emergência. Você disse para eu usar o telefone.

– Disse para usar no caso do apartamento ser descoberto.

– Bem... Tecnicamente ele foi descoberto. Eu só adiantei a ligação. – encolheu seus ombros com um meio sorriso convencido nos lábios.

– Você também não deveria ter ligado para o seu pai.

– Foi um momento de desespero. Você estava perdendo tanto sangue. Precisava fazer alguma coisa. Meu pai foi o pai foi o primeiro médico que me passou pela cabeça. – Edward me olhou com medo. – Acha que o coloquei em perigo?

Eu não podia mentir. Não depois de tudo o que ele fez por mim.

– Talvez. Mas não se preocupe, falarei com o pessoal em Londres. Eles manterão seus pais a salvo.

– Obrigado Bella. Eu nem sei como te agradecer.

– Apenas fique vivo, ok?

– Eu só queria que esse pesadelo acabasse logo.

– Vai acabar. Não se preocupe. Colocaremos o Volturi atrás das grades e você estará livre para viver sua vida do jeito que você quiser.

Edward levantou-se e caminhou até se apoiar em minha cama. Ele inclinou-se sobre mim e o bipe do monitor dos meus batimentos cardíacos disparou vergonhosamente. Onde está o buraco quando precisamos enfiar a cabeça nele?

Ele sorriu com seu rosto próximo do meu.

– Não fique envergonhada, o meu coração bate da mesma forma. Sinta. – ele segurou minha mão com delicadeza e levou-a ao próprio peito. – Eu sei que pode ser cedo, mas Bella... Quando tudo isso acabar eu não sei o que vou fazer da minha vida, não sei onde vou trabalhar, onde vou morar, não sei mesmo, mas a única coisa que tenho certeza é que eu farei de tudo para que isso que acontece entre nós não acabe.

O que eu podia fazer além de puxá-lo e beijá-lo?

Seus lábios eram carinhosos nos meus. Acho que nunca fui beijada com tamanha ternura.

Ele afastou-se sorrindo, mas sua mão esquerda continuava em meu rosto acariciando lentamente minha bochecha.

– Eu... – minhas palavras foram interrompidas pela porta que se abria abruptamente.

– Temos que ir. – avisou meu pai sem antes ergueu uma de suas grossas sobrancelhas para a posição comprometedora em que estávamos.

Deus! Meu pesadelo começaria. Meu pai não daria descanso para aquilo.

– A médica a liberou?

– Não. Mas temos que ir. A não ser que queiram conversar com seus amigos mexicanos.

Levantei-me da cama o mais rápido que consegui e já fui retirando as agulhas.

– Bella? – Edward agarrou minha mão com força.

Seu rosto estava apavorado.

– Fique calmo. Não pire agora. Ficaremos bem. Eu prometo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como avisei no face estou viajando e sem acesso a internet, mas assim que voltar para Curitiba postarei novos capítulos ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Até o julgamento" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.