My Secret Past | Dramione escrita por Isabelle Munhoz


Capítulo 1
Capítulo 1 - Carry on


Notas iniciais do capítulo

Hey gente :3
Bem vindos a mais uma fic minha. Quem já me acompanha em outras fics deve ter percebido uma certa compulsão em postar que eu tenho, e olha que eu tento não postar tudo que penso.
Espero que gostem da fic.
Boa leitura :3



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“Se você não pode voltar, você precisa achar a melhor maneira de seguir em frente”

Seguir em frente é muitas vezes algo difícil de fazer quando se passa por tudo que eu passei. Ganhei uma guerra mas perdi vários amigos. Ganhei um mundo sem Voldemort mas ele mesmo assim conseguiu destruir meu coração. Ganhei uma nova chance mas perdi a mim mesma.

Todos já sabem a minha história. Sou Hermione Granger, uma bruxa excepcionalmente brilhante, melhor amiga de Harry Potter e namorada de Ronald Weasley. Ajudei a salvar o mundo bruxo e por isso que vão colocar meu nome nos livros de história. Todos saberão o que foi a segunda guerra bruxa, mas o que aconteceu antes? E o que aconteceu depois? Quantas pessoas tiveram que sofrer para conseguirmos estar aqui hoje vivos?Isso tudo não estará nos livros.

Eu vejo meu sofrimento, eu sinto a minha dor mas sei que não se iguala a dor que a minha família de coração sente. Os Weasley nunca serão os mesmos agora sem Fred e por mais que eu não fosse tão próxima dele sinto ainda o luto. Fred não fora o único que perdemos nessa atrocidade que fora a guerra e nossos corações sangram por todos.

– Hermione. – ouço a voz de Ginny entrando no quarto. Assim que me vê em pé em frente a minha mala sorri e continua: - Rony esta te esperando para irmos tomar café juntos.

Dei um sorriso forçado.

– Já estou descendo.

A vejo sorrir e sumir.

Olhei ao redor e vejo o quarto que eu dividiria com Gina esse ano e mais duas garotas. Estava de volta a Hogwarts para concluir meu ultimo ano. Minerva agora era a nova diretora e com uma rapidez surpreendente conseguiu reconstruir o castelo e nos chamar de volta para concluir nossos estudos.

Não fora surpresa nenhuma ver que Ron e Harry não queriam voltar já que tinham o futuro garantido, mas imagino que ver que Gina e eu voltaríamos e ficariam sozinhos mudaram de idéia e vieram conosco porem eu sabia que por mais que vários meses tivessem se passado desde a guerra não estávamos prontos para andar novamente pelos corredores acabaram se empilhando com vários corpos.

Fechei a minha mala e joguei-a para debaixo da minha cama feliz por já ter arrumado tudo e mal havíamos chegado no castelo. Prendi minha capa sentindo o frio de inicio do Agosto, já imaginava como todo lado de fora do castelo deveria estar cheio de neve nos dando aquele linda visão que eu sempre iria amar.

Sai do quarto e desci calmamente as escadas vendo algumas garotas do primeiro ano correndo sorrindo e felizes e tentei não pensar que elas estão feliz correndo no lugar onde acontecera tantas mortes só que era um pouco inevitável não pensar em coisas desse tipo.

– Finalmente chegou. – Ron sorriu ao me aproximar.

– Nem demorei tanto. – resmunguei e dei-lhe um selinho.

– A Gina estava aqui antes de você, isso é uma prova da demora. – meu ruivo disse assim que nos separamos.

– Hey. – a ruiva protestou. – Isso é uma calunia. Não é Harry?

– Eu tenho mesmo que responder? – meu melhor amigo perguntou recebendo um tapa no braço da namorada. – Completamente calunia, a Gina não demora sempre, só 99% das vezes.

Minha amiga colocou a mão na testa fingindo estar decepcionada.

– Tenho que treinar melhor esse namorado.

Harry assentiu meio alheio mas logo seus olhos se arregalaram.

– Eu não sou seu cachorro.

Ron e eu rimos.

– Agora podemos finalmente irmos tomar café? – meu namorado perguntou. – Estou morrendo de fome.

– Quando você não esta com fome Ron? – brinquei.

O ruivo deu um sorriso malicioso.

– Quando estamos fazendo outras coisas. – ele tentou sussurrar mas acho que Gina ouviu.

Sabia que meu rosto havia ficado vermelho.

– Rony. – briguei.

– Eu não preciso ficar ouvindo isso, sabiam? – Harry falou se levantando do sofá que estava sentado. – Mas também to com fome e logo começa a aula.

Os três gemeram enquanto eu sorria.

– Hermione só você mesma para estar feliz com a volta as aulas. – Gina resmungou.

– Se ela não estivesse feliz não seria a Mione. – Rony falou.

Começamos a andar saindo do salão comunal da Grifinória. As escadas estavam lotadas de alunos que corriam de um lado para o outro e por um momento me deixei esquecer de tudo que aconteceu ano passado, e fingi por um segundo que era um ano normal sem termos perdido tantas pessoas.

– Quem será que é o professor de DECAT esse ano? – Rony perguntou. – Ouvi falar que chamaram um cara super bravo e que odeia quadribol.

Ginny e Harry fizeram caretas.

– Não pode ser esse. – a ruiva falou. – Ouviu isso onde Rony?

– Relaxa Gin. – Harry disse antes que meu namorado pudesse responder. – O cargo é amaldiçoado vai que esse ano não dure nem três meses?

Revirei os olhos.

– Será que ainda é amaldiçoado?

– A guerra acabou, né. – Ron concluiu meu pensamento.

Estávamos quase chegando no salão comunal. Harry abriu a boca para dizer algo mas logo se fechou. Olhei-o confusa e vi a expressão de Gina também parecer um pouco surpresa. Ron virou o rosto ao mesmo tempo que eu para sabermos o que surpreendera tanto nossos amigos e então vi.

Draco Malfoy estava vindo em direção ao salão comunal ao lado de Theodoro Nott e Blásio Zabini. Estavam todos vestidos com seus uniformes da Sonserina.

– O que eles estão fazendo aqui? – Ron perguntou irritado. – Eles quase nos mataram há um ano atrás não podem ter sido aceitos.

– A família Malfoy e Nott foram perdoadas por que no final voltaram para nosso lado. – Harry disse. – E os Zabini não eram comensais...

Eu não estava prestando atenção no que eles estavam falando. Minha mente voou e meu coração acelerou quando Malfoy deve ter sentido o peso de nosso olhar já que virou e encarou a nossa direção. Por um segundo que pareceu ter sido um ano nossos olhares se cruzaram e vi aqueles olhos cinzentos que um dia tanto amei.

Seus olhos ainda eram frios. Virei o rosto para ninguém notar todas as emoções que se passaram por mim. Eu amo o Rony, repeti varias vezes para mim mesma. Malfoy era uma parte do meu passado...Era um segredo do meu passado. Ninguém sabia e ninguém nunca vai saber que um dia eu já fui apaixonada por Draco Malfoy e o dei oportunidade de quebrar meu coração.

– Falamos sobre isso mais tarde. – Ginny disse. – Vamos entrar.

Não falei nada. Só senti Ron pegar a minha mão e começar a me puxar para dentro do salão comunal e fomos para a mesa da Grifinória. Por um ultimo segundo olhei nos olhos de Draco e me deixei lembrar de quando senti meu coração doer pela primeira vez por um Malfoy.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ Há dois anos ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

I've broken all my promises to you

Eu corria pelos corredores de Hogwarts com apenas um pensamento. Encontrar Draco Malfoy. Estava tudo um caos, alunos correndo para todos os lados e monitores tentando ajudar os primeiranistas a se esconderem. O medo e desespero estava por todo canto.

Comensais haviam conseguido entrar no castelo.

Abaixei ainda correndo para desviar de um feitiço que um auror jogou enquanto lutava com um dos comensais. Por onde que eu olhava via pessoas lutando, outras correndo para se salvarem. Com Dumbledore e Harry longe do castelo eu comecei a dar ordens para os antigos membros da Armada de Dumbledore. Tínhamos que lutar enquanto o diretor e meu melhor amigo não voltassem. Mas logo Draco veio em minha cabeça fazendo-me desistir de tudo para ir procurá-lo.

Enquanto eu subia as escadas meu coração se apertava cada vez mais. Eu tentava não pensar mas a cada minuto a duvida voltava para a minha mente e eu sabia que o que eu fizesse agora poderia mudar todo o rumo da minha vida.

Draco não teria ajudado os comensais a entrarem em Hogwarts, certo? Uma voz no fundo da minha mente sussurrava: Sim, não seja tonta Granger, Malfoy é um filho de comensal... Draco é um comensal. Eu tentava espantar essa voz da minha cabeça. Ele havia me contado que fora obrigado a se tornar um comensal para salvar sua mãe e eu disse que o ajudaria.

Finalmente estava em frente a parede que esconde a Sala Precisa, imagino que meu desespero era tanto que mal cheguei uma porta já apareceu. Fui mais perto e por um momento hesitei. Quis voltar para a semana passada e as memórias do sorriso malicioso do loiro vieram em minha mente.

Toquei a maçaneta e logo virei abrindo a porta.

Ele estava ali. De costas para a porta com a varinha em sua mão direita. Meu coração parou e pela primeira vez eu quis chorar, apenas me jogar na cama e chorar pelo resto da noite. Eu não precisava que ele se virasse e me dissesse, algo dentro de mim já havia percebido que fora Draco que fizera eles entrarem.

Why do you do this to me?

Why do you do this so easily?

You make it hard to smile because

You make it hard to breathe

Why do you do this to me?

– Como você pode? – minha voz não saiu mais alto que um sussurro.

Vi-o enrijecer os ombros e por um momento pensei que ficaríamos assim, ele de costas para mim sem dizer nada. Porem Draco se virou e seus olhos cinzentos encontraram os meus, vi o medo e a suplica estampados em seu rosto mas eu só podia pensar em como me sentia traída.

– Você sabe que eu não tive escolha. – Malfoy falou.

Meu coração praticamente parou. Toda esperança que eu ainda tinha guardada de que eu estava errada e que Draco não havia feito aquilo se foi. Estava ali. A confirmação.

I should've known this wasn't real

And fought it off and fought to feel

Naquele momento eu quis voltar para o dia em que comecei a vê-lo de um jeito diferente ou melhor para o dia que eu pensei que talvez Malfoy não fosse o babaca que eu imaginava. Se eu conseguisse voltar eu nunca teria começado a confiar nele e me apaixonado perdidamente pelo Sonserino.

Acho que aquela teoria que sempre é mostrada em filmes trouxas de que as garotas sempre se apaixonam pelo impossível é verdade. Eu sentia na minha própria pele o que é um amor impossível. Era tão improvável que a sabe tudo da Grifinória se apaixonasse pelo playboy Sonserino que eu começo a achar que fora algum castigo de Merlin ou algo assim.

– Não teve escolha? – falei com nojo. – Sempre temos uma escolha! Você só não me escolheu.

Mordi meu lábio tentando não soluçar.

Eu sabia que ele estava sofrendo. Era inacreditável que em tão pouco tempo eu consegui aprender a desvendar tão bem Draco Malfoy, com apenas um olhar eu conseguia saber o que ele estava pensando e sentindo e com isso soube como estava mal. Mas eu não me importava. Por uma vez eu iria pensar em mim, não nos outros, não pensaria em como eles estava se sentindo. Agora eu me focaria apenas na minha dor.

– Eu nunca deveria ter confiado em você. – minha voz saiu tremula.

– Não deveria mesmo. – ele falou. – Achou o que Granger? Que iria mudar por você? Justo por você se eu não mudei por ninguém até hoje? Eu achava que Potter era egocêntrico mas vejo que você chega até a ultrapassá-lo.

Se ficássemos em silencio conseguiria ouvir meu coração quebrar em vários pedaços.

– Não se preocupe, não vou errar novamente. – eu disse com raiva. – E da próxima vez que nos encontrarmos, não espere um sorriso no rosto.

– Você não teria coragem de fazer algo contra mim, Granger. Sabemos disso. – ele falava automaticamente.

Por um momento pensei que estava enganada. Que na verdade eu nunca soube lê-lo tão bem como eu pensava mas a minha intuição dizia o contrario.

– Como pode ter tanta certeza?

Ele deu um mini sorriso.

– Porque você me ama, simples assim.

– Amor? Agora quem esta sendo egocêntrico é você. – respondi tirando forças para não chorar. Apontei minha varinha para ele. – Dessa vez não acabo com você, não espere que eu faça isso novamente.

Draco me olhou confuso.

– Onde pensa que vai?

– Ajudar meus amigos? – ironizei. – Salvar o mundo bruxo?

– Você não vai. – o loiro disse convicto. – Eu não tive todo o trabalho para te trazer até aqui e mantê-la a salvo apenas para correr para os braços da morte no final.

– E se eu morrer? E daí? – gritei. – Isso não é da sua conta, só não quero ver mais a sua cara.

A expressão de Draco estava calma e isso me atormentava.

– Você prometeu que nada iria nos separar. – ele falou.

– Que bom então que você não é o único a quebrar promessas hoje. – eu disse.

– Não vou deixar você se matar, Granger.

– Quero vê-lo tentar, Malfoy.

Fora questão de segundos até eu ver que ele já estava com sua varinha empunhada em minha direção com a mesma rapidez peguei a minha também.

Estupefaça. – gritei.

Draco balançou a varinha.

Protego. – se defendeu. – Não me faça fazer isso, Granger.

Pretificus Totallus.

Protego.- se defendeu novamente. – Hermione, por favor...Eu não posso ver você machucada.

Ouvi aquilo me desarmou por um segundo fazendo-me encará-lo e ver como seu desespero aumentava. Meu primeiro instinto era ir até ele e abraçá-lo mas desta vez não daria. Acho que Draco viu a hora perfeita para conseguir me impedir de ir.

Expelliarmus. – Draco gritou e vi minha varinha sair da minha mão e voar até a dele. – Me desculpe, mas preciso saber que esta segura.

Soube que ele disse mais uma coisa, mas não prestei atenção. Na minha cabeça só passou como fui boba em me apaixonar por um Sonserino, como pude que poderia confiar nele? Logo ouvi o feitiço e cai no chão inconsciente.

Acordei horas depois naquele mesmo lugar mas sem Draco. Dumbledore morreu, Snape era um traidor e eu me odiava por ter confiado tanto em alguém que não merecia.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam?
Devo continuar?
Review?