My Dear Stripper escrita por Bibs Elric


Capítulo 1
Capítulo 1 - Meeting you


Notas iniciais do capítulo

Oi pra vocês :3
Antes de tudo, quero começar avisando uma coisa: eu não tenho data pra postar, e como eu só tenho os primeiros capítulos prontos, eu vou provavelmente demorar um intervalo grande entre cada capítulo. Se alguém for acompanhar, deixo avisado x3
Eu também não sei se vai ter lemon ou não, se tiver eu aviso. Deixei +18 porque é obrigatório eu acredito XD
Enjoy



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Thomas’ POV

O dia tinha sido péssimo, e a noite não estava sendo muito melhor. Acordei de súbito, o pesadelo recente martelando em minha cabeça. A morte de Teresa, seus suspiros e lamentos; parecia que as lembranças seriam eternas.

Troquei de roupa e saí do pequeno apartamento, indo atrás de um bar para relaxar. Se contasse para Brenda, ela provavelmente brigaria comigo. Entrei no primeiro que vi sem pensar, percebendo logo depois a presença de alguns garotos e garotas em um palco.

Strippers, que legal.

Sentei-me na frente do palco, e me surpreendi quando um dos garotos trocou um olhar com outro e começou a andar até mim, um sorriso malicioso em seu rosto.

- Bem vindo À Clareira. Deseja alguma coisa? – fiz uma careta à menção do nome do lugar, que parecia muito mais acolhedor do que o lugar em si.

Analisei o garoto à minha frente. Tinha cabelos loiros e belos olhos azuis, e precisava admitir que era muito bonito.. precisava ser, é claro, para trabalhar naquilo. Usava uma regata preta colada em seu peito, e uma legging que realçava muito seu corpo.

- A bebida mais forte que tiverem – anunciei, vendo o loiro rir alto e concordar, saindo para buscar o que pedi. Antes de deixar meu lugar, ele piscou com um sorriso.

Observei o lugar enquanto esperava. Em uma das pontas do palco, uma menina fazia uma apresentação de pole dance, atraindo olhares de alguns homens mais velhos. Na outra, um garoto de pele escura fazia um show para algumas mulheres, que pareciam estar apreciando muito. No meio, com a maior parte da atenção, estava um casal que se movia de modo sensual. O garoto era asiático, com músculos definidos e um olhar que transbordava pura malícia. A garota, de longos cabelos castanhos e olhos de um caramelo intenso, parecia se deliciar com os olhares dirigidos a ela, adorando estar causando aquelas reações. Notei que o asiático era aquele para quem o loiro havia olhado antes de se dirigir até mim.

- A bebida mais forte – como se ouvisse meus pensamentos, o garoto voltou com meu pedido. Tinha um sorriso que parecia não sair de seu rosto e sentou-se comigo, me encarando.

- O que foi? – perguntei, tomando um gole da bebida. O líquido desceu pela minha garganta como fogo.

- O que traz um garoto como você aqui? – ele devolveu a pergunta. – Não recebemos muita gente da sua idade. Normalmente, não gostam de estar cercados de gente mais velha.

O garoto apontou alguns homens mais velhos, provavelmente em torno de cinquenta a sessenta anos, que faziam coisas nojentas ao assistir. Alguns tocavam em si mesmos por cima das calças; outros, sem vergonha nenhuma, já tinham tirado as roupas de baixo. As mulheres acariciavam os seios, tentando chamar a atenção dos jovens no palco e fazê-los descer.

- É inútil – ele notou meu olhar. – A única regra que temos é que os clientes não tocam em ninguém se os próprios não se entregarem. Com esses velhos, isso claramente não acontecerá. A maioria de nós está aqui por dinheiro.

- O olhar deles é nojento – murmurei, vendo a fome no olhar dos homens. O loiro concordou comigo.

- De fato – ele voltou a me encarar com curiosidade. – Não me respondeu ainda. O que faz aqui?

O pesadelo me veio à cabeça, os gritos de Teresa novamente me assombrando. Um ano, mas parecia ter sido ontem. O garoto continuou esperando resposta.

- Precisava beber – murmurei novamente. Ele sorriu, dessa vez sincero.

- Quer compartilhar uma história? – dei risada.

- Claro.

E então eu contei. Contei para o estranho loiro sobre como amava Teresa, como ela me traiu, como voltou e eu aceitei-a de volta, como ela morreu por mim naquele acidente de carro. Contei como seus gritos e lamentos ainda assombravam minhas noites desde então.

- Sinto muito – ele declarou quando terminei. Soltei um risinho baixo.

- Obrigado.

O loiro levantou e começou a se afastar, mas por algum motivo, chamei-o de volta. Estava apreciando a companhia, não queria ficar sozinho. Ele parou.

- O que foi?

- Fica.

Ele olhou para o palco, um estranho olhar em seu rosto. O asiático, que tinha acabado uma dança com a menina, notou o olhar do loiro e segurou um riso. Então assentiu com a cabeça e virou-se para sussurrar algo no ouvido da menina. Desviei minha atenção deles quando o loiro se sentou novamente.

- Você manca? – perguntei, e ele riu. A risada dele era bonita.

- Sim.

- Não é um problema? Para trabalhar aqui? – fiquei com medo dele se irritar, mas ele apenas deu de ombros.

- Temos clientes de todos os tipos. Eles gostam. Devem achar que se um dia quiserem atacar alguém, vou ser o alvo fácil.

- E estão certos? – arrisquei. Ele me olhou com um sorriso.

- Claro que estão. Se Minho ou Alby não estiverem por perto, estarei nas mãos deles.

Ele parecia sincero, e isso me deixou mal de certo modo. O garoto era curioso, e me interessei mais por aquele loiro.

- Lembra quando falei que não nos relacionamos com os clientes e não deixamos que toquem em nós? – ele começou de súbito, e assenti, sem saber onde ele queria chegar. – Talvez eu abra uma exceção.

Senti sua perna tocar meu joelho e um tremor percorreu meu corpo. Levantei-me em um pulo, um pouco assustado; não de ele ter me tocado, mas de eu ter gostado.

- Melhor eu ir embora – comentei nervoso.

O loiro gargalhou e se ergueu, curvando-se e acompanhando-me até a porta. Quando chegamos lá, fiquei tentado a dar meia volta e puxar o garoto comigo.

- Obrigado – murmurei apenas. Quando me virei, o loiro pegou meu pulso e puxou-me de volta. Sem perceber, no instante seguinte, estava sendo puxado para um beijo. Quando nos afastamos, ele sorriu de lado.

- Volte qualquer dia desses.

E entrou no bar, uma última piscadela antes de desaparecer.


Newt’s POV

Minho e Harriet haviam acabado de sair do palco quando cheguei, então me dirigi à “Sede” do bar, vendo Janson olhar para mim com felicidade.

- Pode ir, terminamos por hoje – ele saltitava feito uma gazela. Imaginei como Ava conseguia se manter com um homem daqueles.

- Hey trolho! – olhei para o lado, encontrando Minho sorrindo para mim. O garoto já estava propriamente vestido, e Harriet mais ao fundo estava quase pronta. Alby ainda estava lá fora.

- Aproveitou a apresentação extra? – sorri para ele. Ele me socou de leve no ombro.

- E então, como foi com o novato? Qual o nome dele, de onde ele surgiu?

- Não faço ideia – respondi dando de ombros. – Estava mais interessado em provocá-lo.

- E ele vai voltar? – questionou Ben, entrando no meio da conversa. Lembrei-me do olhar assustado do moreno quando comecei a provocá-lo mais fundo, e sabia o desejo que ele tinha sentido com o beijo que dei. Soltei uma alta gargalhada.

- Vai. Com certeza, ele vai voltar.

Minho riu e abraçou-me de lado, levando-me para trocar de roupa. Notei que quase todos já tinham ido embora, e Alby agora nos esperava. Então apenas coloquei um casaco por cima e saí com eles.

- Sabe que não gosto quando sai assim na rua – brigou Alby, um olhar de reprovação em seu rosto.

- Não implique com ele, Alby – começou Minho. – Se alguém tentar qualquer coisa, nós estamos aqui.

- Meus heróis – murmurei, fazendo-os rir.

- Claro que o Newt prefere o Fedelho novo, mas não somos perfeitos – brincou Alby, entrando na onda de Minho. – Vai ter que nos desculpar, trolho.

Apenas ri alto e continuei seguindo o caminho. Chegamos ao apartamento minúsculo que dividia com os dois ao meu lado e mais três garotos: Jeff, Clint e Gally. Não havia sinal de nenhum dos três, o que significava que ainda estavam trabalhando.

Gally não. Ele provavelmente estava roubando idiotas na rua.

Não é como se fossemos pobres. Mas éramos um bando de órfãos largados na rua quando Janson e Ava nos encontraram, e o máximo que podiam oferecer era um trabalho indigno. Então chegou uma hora em que compramos esse cubículo, colocamos alguns colchões e nos instalamos aqui.

- Hey – Jeff apareceu na porta do banheiro. Talvez a casa não estivesse tão vazia assim. – Como foi no trabalho?

Eu estava indo para o quarto e tirando o casaco, vendo Alby ir para a cozinha e Minho se jogar no sofá.

- Uma das mulheres deu uma mãozinha para um cara, se você me entende – ouvi Alby comentar.

- Eu vi esses dois – o asiático adicionou - eles eram nojentos. Vão lá quase sempre, perfeitos um para o outro.

- Estamos juntando casais – concluiu o moreno, e Minho riu.

- E falando em casais, nosso Newtzinho arranjou um namorado – ele gritou a última parte. Eu estava saindo do quarto e tirei a regata, jogando na cara dele.

- Ele não é meu namorado - reclamei, porém com um sorriso no rosto. Jeff riu.

- E como ele é?

- Trolhento – Minho disse, me interrompendo antes que eu pudesse responder. Os outros dois soltaram sonoras gargalhadas; eu tirei as calças e joguei nele outra vez. – Eca. Coloque uma roupa, seu mértila!

- Posso tirar o restante se quiser – ergui uma sobrancelha, um sorriso malicioso adornando meus lábios enquanto levava minhas mãos para a barra da roupa íntima. Minho cobriu os olhos.

- Por favor, não.

Dei risada e tomei as peças da mão dele, jogando-as em um cesto de roupa suja no canto da sala. Segui para a cozinha e encontrei Alby saindo de lá com um sanduíche.

- Onde está Clint? – perguntou. Consegui visualizar Jeff dando de ombros.

- Gally convenceu-o a sair junto dele.

- Contanto que não morram – Minho resmungou. Sorri calado na cozinha e, depois de comer, fui para o quarto.

Não é como se eu sobrevivesse apenas com o trabalho n’A Clareira.


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