Graad Gakkou - INTERATIVA escrita por Casty Maat


Capítulo 32
Capítulo 31 – Fim e Começo




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31 – Fim e Começo

O trio a partir de certo ponto passou a andar escondido dentro das dimensões para que seus cosmos não alertassem e o ataque fosse surpresa. O dojo estava vazio, e silencioso e escuro.

Algo estava muito errado. E Saga confirmou quando sentiu pisar em algo fofo. Olhou para baixo e havia cadáveres por todo o chão.

—Os pupilos de Shingen... – constatou Shion.

—Nem há um por que de nos ocultarmos. – disse Kanon ao olhar o único ponto iluminado, um quarto de portas de papel de arroz. Ele mesmo saiu da dimensão e caminhou para lá, seguido de Saga e Shion.

O ex-marina abriu a porta encontrando Shingen de pé com um sorriso.

—Mas que honra... Grande Mestre Shion e Saga de Gêmeos vindo me visitar. Mas acho que tem algo errado aqui. Estão jovenzinhos demais. Puxa, eu deveria saber que Atena tinha habilidades rejuvenescedoras.

—Cala a boca, merda! – berrou Kanon.

—Oh, então os boatos eram reais de que Saga tinha um kagemusha... – riu o velho. – Mesmo que me prendam aqui, nada vai adiantar. Maise está no ponto exato que precisamos e você levaram uma bomba relógio para dentro do próprio lar.

Saga bem que tentou, mas Kanon foi mais rápido e avançou para o mais velho, segurando-o por sua garganta. Shingen ria como um maluco.

—O kagemusha está apaixonadinho pela Maise? Ora ora!

—Quer saber? O mundo ficaria melhor sem sua existência. – ele jogou o homem com tudo contra uma estátua de Kannon, a deusa da misericórdia, desfigurando a imagem sacra.

Shingen continuava a rir.

—Minha vingança! Eu enfim terei minha vingança! Há há há há há!

O velho veio para cima com tudo, ignorando os ossos quebrados e seus ferimentos que sangravam. Ainda sim estava pau a pau com Kanon.

O loiro veementemente impediu a interferência do irmão e do tibetano, aquela briga era dele e apenas dele.

—Eu vou matar você, kagemusha! Vou matar o Gêmeos e o Grande Mestre! Serão os primeiros até o Santuário todo cair! O mundo inteiro!

Kanon nada falava, apenas esperava uma brecha nos golpes de Shingen que parecia ensandecido. Ele queria muito dar aquele velho uma morte sofrida e dolorosa, queria fazer Shingen pagar por todo mal que causou a Maise e indiretamente a si mesmo.

Uma pequena brecha surgiu e o grego dera um gancho na boca do estômago, fazendo o velho mestre voar até chocar-se com um dos muros do dojo. Viu o velho começar a se erguer e levantar seu cosmo, o que fez ele fazer o mesmo.

Shingen continuava a rir, mesmo lavado de sangue.

—O kagemusha não é nada perto do original. Sabe? Treinei algumas vezes com seu irmão, ele é muito mais forte que você!

Era nítido o ódio que crescia no cosmo de Kanon. Sim, haviam questões de auto estima mal resolvidas em si que Shingen sabiamente conseguiu mexer. Cansado daquilo, Kanon simplesmente não iria dar nenhuma brecha para julgamentos no Santuário: ele mesmo seria o juiz e executor daquele homem.

—Não caia nas provocações! – berrou Saga.

Shingen riu, um certo riso irritado por Saga ver além de sua estratégia. Mas seu riso foi interrompido.

Na escuridão da noite pareceu apenas um flash de brilho metálico, parecia uma enorme coruja em um rasante para pegar sua presa e o rato da vez era Shingen. As garras cravaram no tronco do velho o forçadamente deitando de bruços no chão.

Um respiro rasgado e ofegante de pulmões séria e fatalmente danificados:

—Você...!

Ao trio coube se por em total guarda alta diante da figura trajada por uma proteção escura que lembrava uma gigante coruja, da cabeça os fios dourados deslizavam graciosamente.

—Oh, velho mestre Shingen... Como vai? – disse a voz afetada e tão andrógina quanto seu dono, mas sedutoramente melodiosa.

—A-Asior...!

—Bom, bom, muito bom, ainda se lembra de mim. – o loiro gracejou. – Me parece que está muito mal... Apanhou muito foi? Mas olha, eu vim trazer boas novas...

Shingen apenas sentiu Asior mexer seus pés, fazendo as garras de sua bota o ferirem ainda mais, então tossiu sangue e mais sangue esguichou das entradas feridas.

—Você não é mais útil, seu velhote horroroso. – Asior sorriu macabramente. – Está na hora de ter utilidade adubando o solo. Ou talvez nem pra isso você serve.

—N-não... Não!

Asior sem qualquer remorso ou delicadeza arrastou seu pé rasgando o velho homem por completo, tornando-o uma verdadeira fonte de sangue. O mais encharcado com o líquido rubro foi o inimigo armado que deu um risinho fofo, segurando seu rosto, como que encantado pela cena que criara.

—Oh, como foi lindo esse final! Eu certamente estou lindo e combinando com o vermelho! Não acham rapazes? – ela olhou meigamente. – Oh! Que homens lindos! É tão deprimente que terei de mata-los...

Ele caminhou com a guarda baixa, pisando nos restos do homem que assassinara sem qualquer remorso.

—Sou Asior de Askalaphus, é um prazer conhecer vocês! Oh, não se preocupem, não quero lutar agora! Por mais lindo que o vermelho me caia ainda é o sangue de um inútil! E minha missão já acabou, então vocês podem se divertir mais um pouquinho brincando de casinha.

—Pra quem você trabalha? – disse Kanon entre os dentes.

—Nah, que menino chato! Muito lindinho, mas chato, querendo spoiler! Não te ensinaram que não se dá spoilers?

—Nêmesis.

Shion respondeu cortando a fala afetada e olhando-o de forma séria, ainda que serena. Era possível sentir a pressão da imponência do ariano.

—Hmm, outro estraga prazer! Cavaleiros de Atena são sempre tão mal educados? Bom, já perdeu a graça!

Asior simplesmente deu as costas.

—Nos vemos em breve, cavaleiros! – e saiu voando.

—Volte aqui, sua bichinha! Boiola dos infernos! – gritou Kanon enfurecido, sendo contido por Saga antes que o irmão saísse fazendo besteira.

—Se contenha, Kanon! Se contenha! Prometeu a Fukuzawa que voltaria bem!

Kanon se debatia. Aquele loiro desgraçado acabara com sua presa.

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Shura caminhava no jardim ao lado de Suikya, conversavam algumas amenidades e tinham alguns risos. Ela vinha com bastante frequência a mansão e estava claro que tudo ali parecia se encaminhar para um relacionamento amoroso.

Shura ainda se culpava por estar se apaixonando pela menina, e isso era razão que ele jamais dizia sobre seus sentimentos. Ele não considerava justo prendê-la a si, então ponderava como evitar receber os sentimentos de Suikya. Mas não conseguia pensar em nada.

—Esse lugar é bastante bonito... As flores... Me lembra os jardins da minha terra natal.

Ele a ouvia falar sempre em silêncio e com atenção e isso passou a atrair a atenção da garota.

—Está tudo bem?

—Estou sim.

—Parece sempre pensativo e distante. Eu lhe incomodo?

—De forma alguma. Eu gosto da sua presença, é que... as vezes me vem o passado, meu passado na cabeça.

Suikya o olhava com certa curiosidade.

—Acho que cada um tem seus segredos. Tudo bem...

Ela continuou a caminhar ao lado do espanhol em silêncio.

—Shura...

—Sim? – ele olhou para ela.

—Tem algo que queria dizer, mas... Poderia me responder quando a gente se formar?

Ele a olhou sem entender, mas assentiu.

—Eu gosto de você... Eu... Não tenho mais ninguém no mundo, mas eu gostaria de poder continuar com você no futuro. Então... Se nada mudar, eu poderia ser sua namorada quando nos formarmos?

Aquilo o pegou de jeito. Ele sabia que cedo ou tarde aquilo chegaria a acontecer, mas não imaginou que seria assim. E por que ela queria postergar.

—A gente vai precisar estudar muito por não termos mais ninguém no mundo, então não seria bom tentar nada agora, né? Eu vou esperar sua resposta.

A garota deu um sorriso gentil e calmo.

—Certo... Então quando for a hora eu dou minha resposta.

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Leona estava jogando Great Cheese e estava tão distraída que estava perdendo a partida para seu arquirrival, Golden Scorpio. Estava pensando no que a professora lhe aconselhara, sobre se declarar para o grego.

A situação in game estava tão estranha que nem viu a partida acabar e ela perder. A janelinha pop up se abriu e Golden Scorpio falava com ela.

Você tá bem? Nem parece você!

Era a primeira vez que Golden Scorpio conversava diretamente.

Só pensando em problemas.— ela respondeu.

Ah

Bem espero que consiga resolver.

Leona então “meter o louco”.

Se importa? Digo, somos rivais mas eu poderia conversar um pouco?

Bom, se isso te ajudar. Não quero ganhar de alguém que não esteja bem.— Golden respondeu.

Me aconselharam a me declarar pra pessoa que eu gosto na impulsividade. Acha que é uma boa estratégia?

Golden Scorpio parecia ponderar um pouco e logo respondeu:

Bem, eu nunca fui uma pessoa que se declarou, mas... Se há uma amizade firme acho que daria pra conversar com sinceridade. O não você sempre tem.

Deu alguns minutos e ele disse.

Se a perseverança que você tem jogando for a mesma sua offline, acho que você deve ser uma boa pessoa e essa pessoa que você gosta é alguém de sorte.

Acho melhor tu deslogar e refletir. Volte quando tiver bem, já disse que não quero te derrubar do ranking por que está fraco.

Leona deu um riso. O estilo agressivo de jogar era o oposto do jeito dele de falar.

Certo. Eu agradeço.— e deslogou.

Do outro lado da rede, Milo via a mensagem de “BlackFox offline”. Empurrou sua cadeira e suspirou.

—Espero que consiga se recuperar do que quer que incomode. Não importa se é um jogo ou uma luta, não é certo tirar proveito de quem está fraco. – murmurou pra si mesmo.

Milo olhou para a janela e pensou na amiga. Ela andava preocupada com a mãe desaparecida e ultimamente andava corando fácil.

“Espero que não esteja doente...”

Ele já queria se declarar há algum tempo desde que entendera seus sentimentos sobre ela e sobre Morgana. Mas sentia que era errado fazer isso quando a morena estava tão cheia de problemas a resolver.

Então sua opção era ser um amigo que apoia.

Deslogou do jogo, vendo a tela de login com seu nickname Golden Scorpio por um tempo e voltou a olhar a janela. Viu os cabelos cor de chocolate vindo pela calçada.

Milo simplesmente saiu do quarto, deixando cair no chão o fone que usava. Camus, que ali estava quietinho e lendo só ergueu uma sobrancelha, suspirou.

—Ah sim... Leona... – murmurou consigo mesmo.

O ruivo se levantou e desligou o monitor e se retirou para a biblioteca, imaginando que seria uma sessão de jogatina dos dois e não queria ficar de vela.

O loiro chegou quase no mesmo instante ao portão que a garota.

—Ah, oi! Ia sair? – ela indagou, corada.

—Não! Eu a vi chegando pela janela e vim te receber. – ele sorria todo bobo. – Veio jogar?

—Ah, seria bom. Mas também conversar um pouco.

Ele abriu o portão da mansão, dando espaço para a mesma e logo o fechando. Entraram e foram direto para o quarto. Milo já foi ligando o console que dividiam.

—Hm... Milo...?

—Sim? – ele respondeu arrumando os controles, ainda sem olhar para ela.

—Você já teve outras garotas, né?

—Hmm... Fiquei com algumas meninas antes, mas... nenhuma me prendeu ou algo do tipo.

—Seria... estranho te pedir pra ter meu primeiro beijo com você?

Milo a olhou surpreso, deixando cair o controle das mãos. Leona estava vermelha e cabisbaixa, claramente envergonhada de pedir aquilo.

—Oh, céus, ignore isso! Foi um pedido estúpido! – ela cobriu o rosto.

—Por que? Por que fez um pedido desses?

Leona não tinha coragem de encarar ele e nem mesmo de fugir dali. O grego então deu um passo e ficou frente a ela, retirando as mãos do rosto dela e a fazendo olhar para ele.

—Por que me pediu que eu te beijasse, Leona?

—Uh.... – ela fechou os olhos. – Por que eu gosto de você! Mas eu sou muito criançona e você já teve tantas garotas, né? Dai eu só iria perder você, não teria por que você gos...

Leona simplesmente foi calada com um beijo de Milo. Ele soltara as mãos dela e a abraçava, puxando para si. A garota não sabia bem como reagir aquilo, mas fechou os olhos e apoiava as mãos no peitoral dele.

—Você só quer um...? – murmurou ele. – Não acha que pra alguém que diz gostar de mim você precisa de mais beijo?

Ela o olhava sem entender e ele a abraçou de modo a acolher a morena.

—Você não vai me perder nunca, Leona. – por dentro Milo ria com a ironia. Ele se contendo para se declarar e no final não só ela tomara a atitude como era correspondido. – Eu só quero estar com você. Então é melhor que esse seja só o primeiro beijo de muitos, né?

—Não está me dizendo só pra ser legal, né?

—Eu sempre zoo, mas nunca iria zoar isso. Eu achava que não era um momento eu me declarar e... bem, eu nunca me declarei também... – e pela primeira vez mostrou uma faceta envergonhada para a garota.

Leona o abraçou de volta.

—Então é isso?

—Haha... acho que é. – ele gracejou, a pegando nos braços de repente e sentando na cama com ela no colo. – A Leona Vendramini é a minha namorada agora...!

E voltaram a se beijar.


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