Namoro falso? Será? escrita por Maah Santos


Capítulo 24
Um par de algemas


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente
Antes de tudo, queria pedir desculpas pela demora, mas ai vai mais um e espero que gostem



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– O QUE?! – exclamo ainda confusa

– Foi você e mais alguém – Cintra fala

– Eu não roubei nada nem ninguém – falo. Como isso pode estar acontecendo?

– Não complique o meu trabalho, garota. Eu sei que foi você que invadiu a casa nesses dias que estávamos investigando o outro roubo e você roubou as únicas joias da senhora Mellark que não haviam sido roubadas no primeiro roubo, que estavam bem escondidas no quarto do casal – ele fala

– Peeta, eu fiquei esses dias todos com você. Não fui eu – falo pro Peeta e ele está perdido também

– Eu falei que essa garota não presta! – brada Vivian

– Deve haver algum engano nisso – senhor Mellark fala

– É. Realmente ela passou esses dias todos se pegando com o Peeta – fala Dylan

– Não há engano nenhum. Foram encontradas digitais suas no armário onde o porta-joias estava – fala Cintra

– Mas por que eu ia roubar a casa do meu namorado? E como eu ia passar pela segurança que estava bem armada nesses dias? – falo pela lógica

– Você pode ter subornado algum policial – fala Cintra

– Eu não sou rica para subornar alguém a ponto de me deixar entrar numa casa em que estão fazendo perícia – falo

– Há outro jeito de mulheres subornarem os guardas – ele fala fitando meu corpo

– Isso não é verdade – Peeta fala me colocando pra trás – Ela passou todos esses dias comigo

– Bem, a sua ficha chegou, senhorita Everdeen – fala o delegado ignorando o Peeta e pegando uma prancheta que um policial acabou de levar pra ele – Aqui está: presa uma vez por invasão a propriedade particular – ele fala, por causa da praia – E... você foi na delegacia hoje denunciar uma tentativa de abuso sexual de Andrew Rodriguez. É só isso que consta por enquanto

Pronto. Agora todo mundo me olha, já sabendo que eu quase fui abusada pelo parente deles.

– Bem, agora, revistem ela – o delegado continua e quase todos os policiais dão um passo a frente para me “revistar”

– Creio que isso não é preciso – senhor Mellark fala quando vê a malicia nos olhares dos policiais

– Então, ela será presa agora – fala o delegado ainda com as algemas

– Não! Nada foi concretizado ainda – Peeta fala

– Se encontrar as digitais dela na cena do crime não são provas, garoto, creio que devo me aposentar - fala o delegado debochando

– Mas eu já disse que eu não roubei nada! Nem tinha como eu vir até aqui – falo

– Durante a noite – o delegado fala

– Mas eu tava com o Peeta – falo. Normalmente eu ficaria com vergonha por que ele poderia interpretar de outra forma, mas não to nem ai. Eu não vou ir presa de novo

– Parece que você vai ir presa de novo – fala o delegado achando graça

– Mas eu não roubei nada! Eu nem uso jóias – continuo protestando

– Mas poderia vende-las. São de ouro, rubi, esmeralda – o delgado fala

– Como é que você sabe? – pergunta Peeta – Minha mãe não tem costume de mostrar suas joias a ninguém. Você até poderia saber onde estavam, por estar fazendo a investigação e tals. Mas não saberia o que tem dentro

– Senhor, eu sei que você está todo preocupado que a sua garota vai ir presa, mas se conforme. Ela é uma criminosa – o delegado fala

– Eu não sou criminosa! E como eu poderia saber onde estão as joias para depois rouba-las? Eu nunca entrei em nenhum cômodo a não ser o quarto do Peeta, a sala de jantar e a sala – falo

– Muito bem, já enrolamos demais – o delegado fala e vem até mim e me algema

– Espera! – Peeta insiste – Nós chamamos vocês para resolver o primeiro crime e nem sabíamos que essas joias haviam sido roubadas. Não denunciamos o segundo

– Mas eu quero as minhas joias. E se a garota é a ladra, que a justiça seja feita – Vivian fala

– Eu não roubei nada! – continuo insistindo

– Garota, nós sabemos que não é rica. Poderia ter caído em tentação e... – o delegado fala

– Eu posso ser pobre e não ter uma vida garantida, mas nunca roubei nada de ninguém porque nunca tive esse desejo obsessivo por dinheiro. E agora o senhor está me dizendo que eu roubei isso só porque não sou rica? Existem pessoas honestas, sabia? – falo

– Sim. Existem. Mas esse não é o seu caso – Cintra fala em deboche

– Pai! Nós só denunciamos o primeiro crime, não esse - Peeta continua insistindo, mas agora posso ver que só ele acredita em mim

– Filho... – senhor Mellark tenta, mas Peeta o interrompe:

– Se ela for, eu vou junto

– Mas não vai mesmo. Peeta, você também não fez nada e não vai pra cadeia por causa de mim – falo me sentindo derrotada – Eu... vou sair de lá quando provarem que não foi eu. Cuida da Prim por mim? Minha mãe ainda tá no hospital e...

– E quando isso vai acontecer? – pergunta Peeta me interrompendo

– Eu não sei, Peeta. Mas a verdade sempre aparece – falo

– Acho que já ficamos tempo demais enrolando aqui – o delegado fala e vem em minha direção, pra me levar presa. Isso é uma humilhação.

– Pai... – Peeta ainda insiste, mas no olhar do pai dele, só há decepção. Peeta vem até mim e consegue me dar um selinho antes de eu ser arrastada pra fora

– Para! – grita o senhor Mellark – Não quero a denuncia desse segundo crime! Solte a garota

O delegado o olha incrédulo enquanto tira minhas algemas. Peeta vem até mim e me abraça.

– Não acredito que você vai deixar essa ladra se livrar! – brada Vivian

– Ela não roubou nada – senhor Mellark fala com convicção – Não tinha como, eu liguei quase todos os dias pro Peeta e ela estava junto

– Obrigada, senhor Mellark – agradeço ainda abraçada no Peeta

– Já eu acho que ela é sim a ladra. Eu sempre achei ela gostosa demais pra ficar com o Peeta. Ela queria uma oportunidade de nos roubar e conseguiu – fala Josh

– Isso tudo é ciúme por ela não ter aceito ficar com você? – Peeta fala

– Cala a boca – Josh fala – Se um dia eu quiser, eu ainda fico com ela e você volta a ser um gayzinho idiota

– Josh! – senhor Mellark adverte

– Pai, vai me dizer que nunca achou que o Peeta era gay antes dessa gata? – fala Josh em deboche enquanto percebo Peeta ficando irritado

– Josh, não fale assim do seu irmão – senhor Mellark fala

– Bem, creio que o meu trabalho aqui acabou – fala o delegado

– Mas e as investigações do roubo? – pergunta o pai de Peeta

– Bem... elas ainda... não deram resultados – fala Cintra, hesitante

– Vocês ficaram quase três dias investigando a casa e não acharam nada?! – pergunta senhor Mellark

– O senhor tem que compreender que... –o delegado tenta, mas Vivian interrompe:

– Quer dizer que eu fiquei fora da minha casa a toa? – pergunta Vivian

– Só nos dê mais um dia e... – o delegado tenta, mas é interrompido de novo pelo senhor Mellark:

– Não. Vocês já tiveram três dias e não encontraram nada. Obrigado, mas dispenso o seu serviço novamente. Voltaremos para casa hoje

– Como quiser, senhor – o delegado fala, engolindo seco

– Até mais – senhor Mellark fala e todos os policiais da sala começam a sair juntamente com Cintra

– Obrigada mesmo, senhor Mellark – agradeço novamente

– Não tem de que, Katniss – ele fala agora sorrindo. Ainda bem que ele juntou os pontos

– Eu tenho que sair – fala Josh e sai

– Eu vou voltar pro salão - fala Vivian e sai

– Tenho que resolver umas coisas da empresa – fala o senhor Mellark e vai pro escritório, acho

– Vou tentar achar uns negócios no meu quarto – fala Dylan e sobe, deixando apenas Peeta e eu na sala

– Essa foi por pouco – eu falo

– Verdade – Peeta fala

– Eu quase fui presa – falo olhando pros meus pulsos, que estão um pouco marcados por causa das algemas. De repente eu volto meu olhar pro Peeta e nós dois, sem dizermos nada, vamos aproximando nossos rostos e quando percebo, já estamos nos beijando.

Eu coloco minha mão em volta do pescoço dele e ele me puxa pela cintura. E ficaríamos nos beijando por um bom tempo se não fosse o celular dele, que tivesse tremido, fazendo nós voltarmos a realidade.

Ele pega o celular e desbloqueia. Há uma mensagem. Uma não, duas. A primeira é:

Você pode ganhar um milhão de dólares se apenas...

É, mensagem de operadora. Fomos interrompidos por uma mensagem de operadora? Se eu acreditasse nelas, já teria dois barcos, cinco carros, três mansões, quatro aviões e um dinossauro.

Mas a segunda é de numero desconhecido:

Desculpa atrapalhar, pombinhos, mas devo dizer que vocês se saíram bem.

Aplausos

De um amigo

– Devo dizer que ele foi bom – falo – Mas onde será que conseguiu minhas digitais?

– Não sei. Mas de uma coisa tenho certeza... ele não nos quer trabalhando juntos – Peeta fala

– Acho que ele ficara bravo quando ver o nosso plano – falo mandando um sinal pro Peeta

– Disso eu tenho certeza – Peeta fala - E ele está mandando mensagens toda hora pra nos aterrorizar, pra dizer que está nos observando

Sinto que Peeta quer me dizer mais que isso, mas com ele nos ouvindo, não vai dar certo.

– E eu confesso que estou ficando com medo – falo. Isso. Dar confiança ao inimigo. Ele acha que estou com medo? Estava com mais medo antes, mas ao perceber que ele tem uma certa insegurança, fiquei mais tranquila. Peeta percebe que estou atuando, praticamente.

– Ficaremos bem – Peeta fala – Onde paramos?

– Acho que... aqui – falo colocando as mãos em volta do pescoço dele novamente e ele me puxa pela cintura e volta a me beijar

Com certeza o cara não vai querer ficar vendo dois adolescentes se beijando. Ele vai desviar as câmeras por um momento e vai desligar a escuta. Eu acho.

– Peet... – falo entre o beijo – Precisamos planejar num lugar. Eu tenho uma ideia

– Claro – ele fala e volta a me beijar. Ele está me beijando com tanta urgência que eu estou em duvida se esse beijo é em prol da atuação (não que eu esteja reclamando).

Ele me prensa na parede e continua me beijando. Ele pede passagem com a língua e eu concedo. Agora tenho a total certeza que ele não está só atuando.

Estávamos nisso até ouvirmos um barulho, que faz com que nos separemos. Vemos então que o senhor Mellark sem querer tinha derrubado um copo de vidro no chão e agora estava todo envergonhado por ter nos interrompido.

– Desculpa atrapalhar – ele fala um pouco perdido e com vergonha

– Calma pai, não precisa ficar nesse constrangimento todo não. Eles só se pegam – Dylan fala acabando de descer a escada rindo

– Eu... eu vou tentar limpar isso – senhor Mellark fala todo atrapalhado pra limpar o vidro e quando se abaixa, corta o dedo

– Eu posso limpar – me ofereço pra limpar, considerando que nenhum deles devem ter tocado numa vassoura na vida – Só preciso de uma vassoura

– Eu pego uma – Dylan fala e sai correndo. Alguns segundos depois, ele volta com uma vassoura, uma pá e uma sacola

– Valeu – falo e começo a varrer e arrastar pra pá o vidro. Depois eu coloco tudo na sacola e amarro – Onde eu jogo?

– Eu jogo – Peeta fala e vai jogar na lixeira, provavelmente. Um minuto depois ele volta parecendo que viu um fantasma

– Peet? O que foi? – pergunto

– Nada não – ele fala tentando disfarçar

– Ah ta – falo dando um olhar de: você vai me contar mais tarde

– Mas então, vamos... – Peeta começa

– Vamos ficar nos agarrando até o mundo acabar?- pergunta Dylan imitando o Peeta e começa a rir sozinho. O SR. Mellark se segura pra não rir, ele falou de uma maneira muito engraçada

– Dylan! – Peeta fala, mas começa a rir também, sendo acompanhado por mim

– O que você ia falar, Peeta? – pergunto

– Pra irmos comer alguma coisa – Peeta fala e percebo que já passou da hora do almoço

– Vamos. Aonde? – pergunto

– Não sei - ele fala olhando pros lados e sei que alguma coisa está errada. Olho institivamente pra um canto da parede e vejo a câmera. Ela sempre esteve ali, mas não sei por que, sinto uma insegurança ao vê-la

– Ok, então vamos – falo tomando cuidado com as palavras que uso

– Vocês estão bem? – pergunta Dylan

– Por que? – pergunta Peeta um pouco tenso demais

– Vocês estão estanhos – Dylan fala

– Não estamos não – eu nego

– Estamos com fome, só se for isso – fala Peeta e me dá a mão

– Verdade – concordo

– Então vamos logo – Peeta fala, apressado demais

– Vamos – falo, saímos da casa dele e vamos pro carro

Peeta não fala nada e vai direto pra casa da Jo. Estranho. Ele para o carro e saímos. Nós vamos lá e tocamos a campainha. Como não obtemos respostas, grito:

– JO! É a Katniss!

– Não dou pão duro! – ouço ela gritar lá de dentro

– Johanna! – grito de novo, querendo parecer brava, embora nós dois já começamos a rir

– Calma ai – ouço ela gritar e alguns segundos depois ela abre a porta

– Olá, Petniss – ela fala

– Oi Jo – falamos os dois ao mesmo tempo

– Entrem – ela fala e entramos na casa dela

– Valeu – eu falo

– Desculpa a pergunta gente, mas por que vocês estão aqui? – ela pergunta

– Não está feliz em nos ver? – pergunto me fingindo ofendida

– Não - ela fala séria, mas depois começa a rir que nem uma louca. Que amiga eu fui arrumar...

– Sua louca – falo

– Mas e ai? – ela fala

– Nós temos que conversar - Peeta fala agora sério

– Ai meu Deus – ela fala – Eu não gosto dessa frase

– Eu também não – falo – Mas é sério, precisamos conversar

– Ok, vamos pro meu quarto – ela fala – Perai, vocês já almoçaram?

– Não – Peeta fala – Eu tava pensando em pedir uma pizza

– Não precisa, acho que tem hambúrguer ai – Jo fala e nós vamos pra cozinha

Ela frita seis hambúrgueres e logo já estamos montando nossos sandubas com dois hambúrgueres cada um e começando a comer

– Mas então, o que vocês querem falar? – pergunta Jo de boca cheia

– Depois que a gente comer a gente explica – eu falo

Nós comemos os hambúrgueres e tomamos refrigerante que a Jo colocou na mesa depois.

– Mas então? Vão me falar agora? – pergunta Jo

– Sim, vamos – Peeta fala – Mas pode ser no seu quarto?

– Pode – ela fala confusa e nós três subimos pro quarto dela e sentamos no chão mesmo – E agora? Podem parar de mistério?

– Sim – Peeta fala. Ele esta sentado do meu lado e pega na minha mão – Acontece que minha casa foi roubada

– Disso eu já sei – Jo fala

– Então... só que não foi um roubo comum. Eles deixaram um bilhete pra mim no meu quarto. E eles sabiam que era o meu quarto, foi tudo proposital – Peeta fala – O bilhete era tipo uma ameaça, falando que aquilo era só o começo. Então decidi que vou encontra-los e iria procura-los só com a Kat. Não queria envolver mais ninguém. Acontece que recebemos duas mensagens com mais ameaças e uma mensagem principal: eles estão nos vendo e sabem o que estamos planejando. Hoje quando eu fui jogar o lixo, eu vi uma sombra se movendo no quintal. Minha casa está grampeada e sendo vigiada a casa da Katniss também deve estar. Então...

– Vocês estão querendo a minha ajuda pra mim me envolver com bandidos? – pergunta Jo

– Desculpa, não queríamos te envolver, mas... – eu falo mas sou interrompida:

– O que? Como vocês não falaram isso pra mim antes? – grita Jo

– Fala baixo, Jo – Peeta fala olhando pros lados, inquieto

– Calma, Peetinha. Não tem uma máfia cercando a minha casa – Jo fala e olhamos pra ela sugestivamente – O QUE? TEM UMA MÁFIA CERCANDO A MINHA CASA?!

– Cala a boca, Johanna Mason – falo ficando brava. Eles podem ja ter colocado a escuta

– Foi mal – Jo fala – Mas e ai? Quando começamos?

– Não é só nós três. O Gale e talvez os primos do Peeta também vão nos ajudar – eu falo

– Que da hora! – Jo fala – Eu posso morrer ou ser sequestrada, mas vai ser super legal!

– Jo, definitivamente, você tem problemas – eu falo vendo a empolgação dela. Eu ein.

– Mas e ai? Já tem algum plano? – ela pergunta

– Ainda não – Peeta fala – Tentamos alguns, mas acho que só vamos conseguir um bom de verdade com ajuda das minhas primas. Digamos que elas são craques em fazer planos

– Quando começamos? Quando vai falar pra elas? – pergunta Jo

– Estamos pensando em marcar com todo mundo em algum lugar, sei lá – Peeta fala

– Ah tá... espero que seja logo – Jo fala parecendo ansiosa

– E eu acabei de ter uma ideia para começarmos – falo e conto a eles minha sugestão, que os dois aceitam de bom grado

Quando deu o horário, fomos para casa do Gale e vemos que os equipamentos novos e os instrumentos já chegaram.

O ensaio se passa normal e depois, quando acabamos o ensaio, Peeta dá a ideia de irmos pra sorveteria.

– Ok, nós topamos – Gale e Jo falam em uníssono

– Vamos então – Peeta fala

– Vamos a pé? – pergunta Jo em tom de sugestão

– Vamos – eu falo me agradando da ideia. Está calor e uma caminhada a noite (são sete horas da noite) seria bem agradável

Saímos da casa do Gale e vamos assim: Gale e Jo tumultuando e zoando no caminho todo enquanto Peeta e eu estávamos de mãos dadas, bem tranquilos... uma ova. Eu estava sim de mãos dadas com o Peeta, mas é óbvio que eu estava zoando também e todo mundo que passava na rua pensava que nós quatro éramos dementes mentais.

Chegamos na sorveteria, que era por quilo e fomos colocar nossos sorvetes. Quando eu vi aquele self – servisse cheio de sorvetes e já estava me preparando pra pegar uma taça gigante, Peeta fala pra mim:

– Kat, com certeza você vai querer pegar um sorvete com a taça gigante. Vamos dividir um então? Por que se um extrapolar, o outro aguenta

– Claro – falo sorrindo e vejo a Jo e o Gale. Cada um pegou uma taça gigante e começou a colocar tudo que viam. Será que eles vão aguentar comer tudo isso? A taça tem capacidade pra mais dois litros de sorvete! Realmente o Peeta teve uma boa ideia ao falar pra gente dividir

Então começamos a pegar o sorvete. Para cada sabor, colocamos umas quatro bolas e devo dizer que a taça ficou transbordando com mais de dez sabores além das coberturas que colocamos. Tem sorvete pra dar e vender aqui.

A moça que pesa ficou assustada quando viu, mas eu te garanto que fiquei mais assustada quando vi o preço: 30 reais. E olha que hoje era promoção ein...

Peeta pega a enorme taça enquanto eu pego duas colheres grandes e levamos pra mesa onde Jo e Gale estão sentados e vejo que as taças deles também estão assustadoras.

– Gente, só acho que exageramos – Gale fala

– Eu não acho – falo – Eu tenho certeza

– Mas não importa, vamos tomar o sorvete – Jo fala, pega a colher e começa a colocar colheradas enormes de sorvete na boca, sendo seguida por Gale.

Peeta e eu também começamos a tomar nosso sorvete e devo dizer uma coisa: estava divino. Foi o melhor sorvete que já tomei!

Entre colheradas de sorvetes, Peeta foi contando os negócio pro Gale sobre o roubo, as mensagens etc.

– Eu topo e... – Gale estava topando entrar pro negócio quando Peeta olha pra algum lugar e foca o olhar. Quando vejo, era um senhor engravatado segurando um sorvete normal, que estava vindo em direção a nossa mesa.

– Peeta! – ele fala agora parado em nossa mesa

– Olá, Plutarch – Peeta cumprimenta

– Boa noite a todos – ele cumprimenta o resto

– Sente-se conosco – Peeta convida, mas ele parece meio desconfortável com o senhor

– Obrigado, mas não quero atrapalhar vocês com suas... conversas de jovens – ele fala meio enrolado – Só vim aqui cumprimenta-lo

– Não está atrapalhando em nada – Peeta fala, educadamente e o velho, relutantemente se senta conosco e acho que se assustou com a Jo tomando o seu sorvete, mas não comenta nada – Gente, esse é Plutarch e ele é um dos acionistas da empresa do meu pai. Plutarch, esses são minha namorada, Katniss e meus amigos, Gale e Johanna

– Prazer conhece-los – ele fala educadamente

– O prazer é nosso – nós três falamos em uníssono. Então os garotos começam a falar alguma coisa sobre computador com Plutarch enquanto Jo e eu tomávamos o sorvete e nos maravilhávamos com o mesmo

– É Gale, né? – pergunta Plutarch pro Gale após um tempo, que faz um sinal afirmativo com a cabeça – Você trabalha?

– Sim – Gale fala, confuso

– É que, pelo que te observei, você se encaixa no perfil da minha empresa, pra lidar com computadores. Estaria interessado em trabalhar pra mim? – pergunta Plutarch. Eu ein, cara estranho.

– Depende – Gale fala

– Do que? – pergunta Plutarch

– Do salario e da função – Gale fala

– Sete mil pra começar – Plutarch fala e os olhos de Gale quase saltam das órbitas – E quanto a função, será mexer com os computadores verificando arquivos e documentos da empresa. É preciso ser alguém de confiança para faze-lo, tendo em vista que você terá acesso das contas bancarias da empresa.

– Mas você nem me conhece – Gale fala

– Mas você é amigo do Peeta e parece ser alguém honesto – Plutarch fala – A não ser que seus amigos testemunhem contra

– Acho que não, senhor – Gale fala, ainda impressionado

– Então está ótimo. Se estiver interessado, vá nesse endereço aqui amanhã, as duas da tarde. Diga para minha secretária que tem uma reunião marcada comigo – Plutarch fala dando um cartão pro Gale

– O-obrigado – Gale agradece, até gaguejando de tão impressionado

– Bom, gente, eu tenho que ir – Plutarch se despede – Tchal para todos

– Tchal – todo mundo responde

– Ai meu Deus! Eu tenho uma entrevista de emprego! – Gale fala quando Plutarch sai e começa a comemorar

– Ok Gale, acalme-se – Peeta fala quando vê que Gale ia começar a pular na sorveteria

– Ok, mas... – ele concorda e começa a falar, todo empolgado, sobre como vai ser trabalhar pro cara

No fim, conseguimos tomar todo o nosso sorvete e eu juro que é verdade o que vou dizer a seguir. Jo e Gale foram lá e pegaram mais sorvete enquanto Peeta e eu não aguentávamos mais nada.

– Caramba, vocês são dois sacos sem fundo – Peeta comenta

– Deixe a gente ser feliz – Jo fala entre colheradas de sorvete de doce de leite

– Amor, vamos embora? To ficando com medo – Peeta fala parecendo assustado, de brincadeira, e rimos

– Vamos, esses não são nossos amigos. São refugiados da guerra – eu falo

– Aff, deixem a gente tomar nossos sorvetes em paz – Gale fala

– E eu aposto que o Peeta só quer ir embora pra ir dar uns pegas na Kat – Jo fala com um sorrisinho idiota e nós dois coramos

– Viu? Até coraram, sinal de que estão mesmo se pegando – Gale fala e os dois começam a rir

– Idiotas – falo

– Idiotas que você ama – Jo fala

– Infelizmente – eu falo e ela dá um tapa no Gale

– Me respeite! – ela fala rindo e começamos a conversar de novo

– Linda, não é por nada não, mas já são oito e quarenta e a Prim está em casa sozinha com o Dylan até agora – Peeta fala, preocupado, após já ter passado um bom tempo

– A casa deve estar revirada! – falo pensando no que vou ter que arrumar depois

– Linda, amor... agora deu de apelidos, ein Mellark – fala Jo

– Cala a boca, Johanna – Peeta fala, irritado – Somos só amigos

– Você se importa se eu chamar a Katniss assim também? – Gale fala, provocando – E andar de mãos dadas com ela?

– Fica quieto, Gale – Peeta fala e eles começam a rir

– Vamos, amor? – pergunta Gale em tom de deboche pra mim

– Gente, é sério, isso já ficou chato – falo

– Que fofo, um defende o outro – fala Jo usando um tom que patricinhas usam

– Gente, é sério, parem com isso, mais que saco! – falo irritada

– Tá bom – Jo fala em tom de rendição

– Vamos falar do plano que a Kat falou pra gente começar a pelo menos andar – Peeta fala – Vamos começar tudo... por volta dessa semana. Se descobrimos algo, será bem útil para o plano das minhas primas. Se é que elas vão topar.

– Acho que sim – falo – E, gente, nos encontramos amanhã na escola por que eu tenho que ir pra casa

– Vamos pegar o carro na casa do Gale – fala Peeta e todos nós nos levantamos

– Perai que eu acho que vou pegar uns picolés – fala Jo e todo mundo olha pra ela abismado. Ok, agora eu tenho certeza que ela é louca

– Você é louca? - pergunto

– Calma gente – Jo fala – É pra minha mãe e pro meu irmão

– Você tem um irmão? – pergunto

– Sim, tenho – ela fala

– Você nunca fala dele – eu falo

– Ele é uma pestinha – Jo fala – Mas se minha mãe descobre que eu vim na sorveteria e não levei nada pra ele, ela me mata

– Ok, vai lá pegar os picolés – Gale fala e ela vai até o freezer e deve ter comprado uns 20

– Vou comprar pra Prim e pro Dylan também – falo e vou até onde a Jo está comprando. Acabo comprando 15 picolés, nunca se sabe quando você vai dar aquela passadinha básica na geladeira

– Vamos? – pergunto quando vou pra fora da sorveteria, onde os outros já estavam

– Vamos – Peeta fala, sorrindo

Quando íamos sair, Peeta pega a sacola da minha mão e começa a leva-la para mim.

– Peeta, não precisa – falo tentando pegar a sacola de novo, afinal não está pesada. São sorvetes!

– Precisa sim – ele fala e continua levando. Ele é tão fofo!

Chegamos na casa do Gale novamente e nem entramos direito, já vamos direto pro carro. Já tínhamos colocado meu baixo e a guitarra do Peeta no carro dele, então só nos despedimos e vamos pra minha casa.

Quando Peeta estaciona o carro em frente a minha casa, começo a ouvir barulhos tão altos vindo de lá que parecia que estava tendo um terremoto. Já até sei do que. Videogame. Já tinha gente saindo das casas para ver. Eita som potente.

– Prim e Dylan! Abaixem isso agora! – grito entrando em casa, mas eles não ouvem, pois estão ocupados demais pulando e indo pros lados

Então pego o controle do sofá e coloco no mudo. De repente o clima está tão... na paz.

– Kat! – Prim fala pausando o jogo

– Prim, o barulho estava alto demais – falo – Parecia que estava tendo um terremoto aqui

– Que exagero – Prim fala

– Peeta, o pai ligou e falou que hoje eu vou ter que ir pra casa – Dylan informa

– Ah ta – Peeta fala

– Gente, eu trouxe uma coisinha pra vocês – falo pegando a sacola com picolé – Picolé

– Eba! Tá um calor do cão – fala Prim pegando a sacola e pegando um e passando pro Dylan, que também pega um

– Vocês não vão querer? – pergunta Prim ao notar que a gente não pegou nenhum

– Não, acabamos de tomar um sorvete enorme – Peeta fala

– Verdade, não aguento mais nada – falo

– Nem um pedaço de pizza? – Dylan fala pegando a caixa que estava em cima do sofá

– Não – falo

– Dylan, após tomar o seu sorvete, arrume as suas coisas, eu vou te levar pra casa – fala Peeta

– Ok – fala Dylan

Quando ele termina de tomar seu sorvete, os dois sobem e começam a arrumar suas coisas. Prim tira o videogame da TV e coloca na caixa.

E eu subo pra ver se o Peeta precisa de alguma ajuda.

– Peeta, precisa de ajuda? – pergunto entrando no meu quarto

– Na verdade não – ele fala – E você? Vai ficar bem?

– Eu... vou – falo hesitando. Vou sentir muita falta dele e da sua proteção, principalmente depois de tudo o que aconteceu

– Eu posso voltar se você quiser – Peeta fala me abraçando – Eu sei que ontem e hoje foi muito estressante por causa do Andrew e das joias

– Obrigada, Peeta – falo retribuindo o abraço

– Desculpa interromper, pombinhos, mas eu já estou pronto – Dylan aparece na porta e Peeta pega sua mochila. Descemos e vamos até a porta.

– Obrigado pela hospedagem, Kat e desculpa por tudo o que aconteceu com você – Peeta fala

– Você é sempre bem vindo, Peeta e o que aconteceu não é sua culpa – falo

– Mas você vai mesmo ficar bem? – Peeta continua insistindo

– Eu vou, Peeta – falo tranquilizando-o – Amanhã vamos nos ver na escola

– Então tá. Eu te ligo mais tarde – ele fala e me dá um selinho – Tchal

– Tchal Peeta – falo e ele vai pro carro com o Dylan

POV´S PEETA

O caminho até a minha casa é silencioso e vou pensando se a Kat vai ficar bem. Espero que sim. Esses dias em que eu estava com ela, foram ótimos, apesar de tudo.

Chego em minha casa e o Dylan, como sempre, sai correndo pra dentro enquanto eu vou caminhando lentamente pra dentro.

Mas quando chego na sala, um envelope me chama a atenção, escrito Peeta e Katniss.

Então, sem hesitar vou até lá e o abro.


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Notas finais do capítulo

Então??
O que será que tem no envelope??
Espero que tenham gostado
Comentem, favoritem e recomendem, faça uma autora feliz :D
Gente, eu postei uma fic nova de jogos vorazes chamada criminalidade e amor, deem uma olhada
Bjsss



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