~Pov Hermione

Meu celular começou a tocar e eu atendi, colocando-o no viva-voz para que o Malfoy também pudesse ouvir.

–Annia Granger Malfoy é melhor você abrir essa porta! –Falei num tom severo.

–Não é a Annia. –Disse Blás.

–Não acredito que está fazendo isso Zabini! –Malfoy bufou.

–Não sou só eu, estamos todos juntos nessa.

–É bom vocês abrirem a porta!

–Só depois que vocês conversarem.

–Não me peça pra falar com esse imbecil!

–Não me peça pra falar com essa maluca!

–Eu não sou maluca!

–E eu não sou imbecil!

–É sim! –Falamos juntos.

–CHEGA! –Blásio gritou.

–Zabini eu não estou brincando, abra essa porta ou eu mato você!

–Oi mãe e pai. –Agora quem falava conosco no telefone era Annia.

–Annia Granger Malfoy abra essa porta! –Ele disse nervoso.

–Não.

–Como assim “não”? –Perguntei.

–Não vou abrir, só depois que vocês voltarem a conversar, nem que tenham que passar o mês todo aí. Essa briga já durou tempo demais!

–Por favor, filha!

–Se nos deixar aqui vamos acabar nos matando, moreninha!

–Não vão, eu sei disso. Amanhã nós voltamos pra ver se está tudo bem. Vou dormir na casa do Ronan com a tia Luna e com o tio Blás, não se preocupem. Boa noite, eu amo vocês.

–Annia não ouse desligar! –Malfoy falou cruzando os braços.

–Até... –Ela disse desligando.

Foi quando meus olhos se cruzaram com os dele e eu, pra quebrar aquele contado, me virei, caminhando até a cozinha.

~Pov Draco

Hermione estava encostada à bancada com os braços cruzados quando cheguei à cozinha.

–Não está com fome? –Perguntei.

–Não quero, obrigada.

–Pode comer, não está envenenada.

–Eu já disse que não quero.

–Okay. –Me sentei na cadeira de frente pra ela e também cruzei os braços fitando-a.

–Annia vai receber um belo castigo quando abrir a porta.

–Você conhece a filha que tem, sabe que ela não vai abrir enquanto não conversarmos sobre o que houve.

–Infelizmente, mas já que é assim vamos conversar, eu não quero ter que ficar presa nem mais um dia aqui com você.

–E eu muito menos. Posso te fazer uma pergunta? –Ela assentiu. –Por que ficou brava? Você me odeia Granger!

–Não sei, talvez porque Tyler e eu apenas nos beijamos e você, pra descontar, transou com a vadia da sua secretária! –Ela disse como se fosse óbvio. Eu não tinha transado com a Mandy, mas mesmo assim eu não a desmentiria, eu a deixaria acreditar no que quisesse.

–Não me culpe, você não tem esse direito.

–COMO NÃO TENHO?! VOCÊ MESMO ME DISSE PRA FICAR COM O TYLER! VOCÊ ME INCENTIVOU!

–EU NÃO INCENTIVEI NINGUÉM, APENAS DISSE QUE SE ERA ISSO O QUE QUERIA TUDO BEM, MAS QUANDO EU DISSE ISSO EU NÃO ACHEI QUE IRIA ME CONTAR!

–EU ME SENTI CULPADA, DIFERENTE DE VOCÊ! EU SEI QUE SE NÃO ESTIVESSE NERVOSO EU NUNCA SABERIA QUE ME TRAIU!

–DESDE QUANDO AQUILO FOI TRAIÇÃO?! SE VOCÊ TEM O DIREITO DE FICAR COM AQUELE IDIOTA QUE ACHA QUE EU SOU BURRO E QUE QUERIA TIRAR VOCÊ DE MIM EU TAMBÉM TENHO TODO O DIREITO DE FICAR COM A MANDY, ASSIM COMO EU NÃO DUVIDO QUE TENHA TRANSADO COM ELE!

–EU NÃO SOU TÃO BAIXA QUANTO VOCÊ! POSSO TER BEIJADO ELE, ISSO EU ADMITO, MAS EU JAMAIS ME DORMIRIA COM OUTRO HOMEM NA MESMA CASA QUE A MINHA FILHA E QUE O MEU MARIDO, QUE MESMO SENDO UM IDIOTA AINDA É MEU MARIDO!

–SE VOCÊ TIVESSE FICADO CALADA NÓS NÃO ESTARÍAMOS TRANCADOS AQUI A PONTO DE NOS MATAR!

–ENTÃO AGORA A CULPA É MINHA?!

–SEMPRE FOI!

–COMO SE VOCÊ NÃO FIZESSE NADA ERRADO!

–Já que você acha...

–EU ODEIO VOCÊ! COMO UM DIA PUDE DIZER SIM A UM PEDIDO SEU?! É TÃO METIDO, IMBECIL, IDIOTA, MESQUINHO...! –Me levantei de braços cruzados me aproximando dela. – EGOCÊNTRICO, MALUCO, ARROGANTE, ESNOBE, IRRITANTE, CANALHA, INSUPORTÁVEL...!

–E você fala demais Granger. –Eu disse simplesmente beijando-a intensamente. Tudo pra ela parar de gritar. Coloquei uma mão em sua nuca e a outra em sua cintura puxando-a pra mim cada vez mais. Eu estava com saudades daquele beijo.

No início ela resistiu proferindo tapas em mim, mas quanto mais eu insistia mais ela parava com os tapas, até que cedeu por inteiro pegando meus ombros e me puxando também. Eu a peguei no colo colocando-a sentada em cima de bancada e segurando suas pernas, prendendo-a em mim, mas ela me empurrou e me deu um tapa. Eu virei o rosto lentamente pra ela para encará-la.

–Você me bateu Granger? –Perguntei com uma expressão severa, percebendo que ela se assustou um pouco, mas é claro que ela não iria se mostrar assustada, pelo menos não pra mim, então ela cruzou os braços.

–Eu disse que se você me agarrasse de novo eu sairia de casa, mas como estamos trancados eu acho que um tapa resolve.

–Não deveria ter feito isso.

–E por que não? –Ela perguntou arqueando as sobrancelhas.

–Ninguém me bate. –Peguei suas pernas e a puxei pra mim, apertando sua coxa com força.

–Eu bato, e se não me soltar agora eu vou te bater de novo.

–Diga que não quer e eu te solto. –Eu sorri desafiando-a enquanto subia minhas mãos pela sua cintura, por dentro da blusa, sentindo-a se arrepiar. –Diga para eu parar.

–E-eu não quero. –Acariciei seus seios por cima do sutiã e ela arfou, me fazendo rir.

–Gaguejando Granger? Diga sem gaguejar. –Pedi e ela fechou os olhos. –Vamos, eu estou esperando.

–Eu não quero! Para! Me solta!

–Não quer? –Aproximei meu rosto do seu e desci minhas mãos para sua cintura.

–Não!

–Que pena, mas eu não acredito em você. –Rocei nossos lábios e assim fiquei. Eu não a beijaria dessa vez, ela me beijaria.

–Malfoy... –Ela sussurrou.

–Sim? –Quando respondi ela colocou suas mãos em meu cabelo puxando-o e me beijou. Eu a desci de cima da bancada e lhe dei um selinho. –Vamos subir.

–Vamos. –Peguei sua mão e nós corremos juntos em direção ao quarto. Assim que entramos, a morena me empurrou na parede com força e veio me beijar. –Só pra deixar claro, eu ainda te odeio.

–Eu também. –Concordei e ela tirou minha blusa, jogando-a no chão, coisa que eu logo fiz com a dela. Comecei a distribuir beijos seu pescoço enquanto a prensava na parede e ela mordeu o lábio, mas depois de um tempo ela me empurrou na cama e se sentou em cima de mim.

–Então, nós voltamos a conversar?

–Conversar? –Perguntei entre um beijo e outro. –É, pode ser.

–Não que eu parei de te odiar, é só que... –Tirei sua saia rapidamente e ela mordeu meu lábio inferior, me fazendo suspirar.

–Eu sei.

A morena desceu os beijos pelo meu pescoço, depois pelo meu abdômen e foi descendo cada vez mais até chegar ao cós da minha calça, que ela rapidamente tirou, subindo os beijos até meus lábios novamente.

Eu a virei, ficando por cima, tirando seu sutiã e parando para olhá-la por um minuto. Ela riu, corando e levando as mãos ao rosto para esconder as bochechas vermelhas... Ela fica tão linda corada! Com uma das mãos comecei a massagear o seio direito e com a outra eu beijava, mordia, dava chupões no esquerdo, enquanto ela gemia baixinho.

Voltei meus lábios aos dela, que tirou minha cueca rapidamente. Segurei seus braços acima de sua cabeça e ataquei seu pescoço, tomando cuidado para não marcá-la ali, já que eu sabia que ela iria fingir que nada aconteceu amanhã.

Deslizei minhas mãos pela lateral de seu corpo e tirei sua calcinha. Ela arranhou minha nuca, me beijando novamente. Levei minha mão a sua intimidade e assim fiquei. Ela parou de me beijar, apertando o lençol com força.

–Admita que me quer Granger. –Mandei baixinho e ela gemeu. –Admita ou eu paro agora.

–Promete que vai dizer o que realmente acha sobre o que temos? –Ela perguntou mordendo meu lábio e eu lhe dei um selinho.

–Okay, mas você primeiro. –Coloquei mais um dedo e com a outra mão peguei seus cabelos, puxando-os levemente.

–Eu quero você Draco Malfoy. –Preciso anotar no meu bloco de notas: Hermione Granger tem a voz mais sexy que já ouvi em toda a minha vida. –Sua vez...

–Nós temos alguma coisa, mas eu estava com medo, por isso disse que só estamos juntos pela Annia.

–Medo? –Ela meio gemeu meio falou e eu lhe dei um selinho.

–Depois conversamos meu amor.

–É, depois é melhor... –Tirei meus dedos de sua intimidade e logo a ouvi resmungando. Me encaixei no meio de suas pernas e comecei com movimentos lentos.

–Draco... –Ela gemeu fechando os olhos e eu apertei sua coxa.

–Hermione...

–M-mais... Por Merlin Draco, mais! –Eu ri e segurei sua cintura com força, indo mais forte e mais rápido.

Ela cravou as unhas em minhas costas com toda a força, mas eu não liguei, estou tendo ela só pra mim e nenhum idiota vai encostar a mão nela novamente. Ela é minha esposa, então o único que pode tocá-la sou eu. A essa altura só faltava ela arrancar a pele das minhas costas com as unhas, mas até que eu estava gostando disso.

–Você é só minha Hermione Granger, e se algum idiota tocar em você mais uma vez eu não me responsabilizo pelo que faço com ele. –Sussurrei em seu ouvido.

–Oh meu Merlin!

Ela enfim parou de me maltratar, levando as unhas para o meu cabelo, bagunçando-o enquanto me puxava para um beijo intenso, de necessidade. Não havia pressa onde estávamos, apenas eu e ela, a minha morena.

Foi quando Hermione começou a se contorcer, gemendo cada vez mais alto. Eu sabia que ela estava chegando lá, então fui aumentando a velocidade, até que a senti perdendo as forças e a ouvi gritar, o que me fez chegar ao ápice. Eu me joguei ao seu lado, me deitando e dando um beijo na minha morena.