~Pov Hermione

Eu estava deitada na cama de costas para Draco, estava chorando desde que recebi a notícia já que não consegui dormir pensando no fato de que nossa filha corria perigo e ele também, mas ele não se importava, se tivesse que morrer, morreria.

–Draco? –Chamei me virando para poder olhar para ele. –Ainda está acordado?

–Estou. –Ele disse se sentando e revelando a varinha em suas mãos. –Pode dormir, eu fico.

–Estou sem sono.

–Somos dois. –Ele me beijou de um jeito calmo e passou seus braços em torno de mim, me puxando pra perto. –Amor, pode ficar tranquila nada vai acontecer com a Annia. –Ele voltou a me beijar.

–PAPAI! MAMÃE! PAPAI! –Nós dois nos separamos e nos levantamos rapidamente, peguei minha varinha já que a dele já estava em mãos e corremos até o quarto da pequena, que não ficava longe do nosso.

–O que foi Annia? –Perguntei desesperada apontando a varinha pra todos os cantos do quarto.

Vazio... Exceto pela moreninha que estava deitada na cama toda encolhida embaixo do cobertor, abraçando o pequeno hipogrifo de pelúcia que Meg lhe dera. Ela tinha os olhos molhados pelas lágrimas. Draco acendeu a luz mais fraca e nós corremos até ela, que pulou em nós dois e nos abraçou ao mesmo tempo.

–Aconteceu alguma coisa, moreninha?

–Papai eu o vi e ele falou comigo.

–Quem? –Perguntei temendo a resposta.

–Eu não o conheço, mas não gostei dele. Eu estou com medo!

–Por Merlin me diga que não está falando de um homem loiro, com cabelos longos e olhos azuis. –Draco disse pegando Annia no colo.

–Como adivinhou papai? –Draco fechou os olhos e soltou o ar pesadamente apertando-a em seus braços como se desejasse acordar daquele pesadelo.

–Me escuta bem filha, nem eu e nem seu pai queremos que você fale com este homem.

–Ele me disse que é seu pai e meu avô. É verdade? –Ela perguntou encarando o pai.

–Não acredite nele, aquele homem não pertence a nossa família. Não é nada seu, nem da sua mãe e nem meu.

–Filha, o que ele falou com você? –Perguntei assustada segurando sua mão.

–Me falou pra avisar vocês, eu estou com medo mamãe! –Ela repetiu me olhando como se pedisse por socorro.

–Avisar o quê? –Perguntei e ela apenas abaixou a cabeça. –Annia fala pra mim.

–Avisar que ele está vindo atrás de vocês e que vai fazer algo muito pior do que imaginam. Ele não gosta do papai, disse que com ele vai doer mais. –Nós duas lançamos um olhar para Draco, que nos abraçou ao mesmo tempo enquanto minhas lágrimas eram derramadas junto com as dela.

–Ele não vai fazer nada. –O loiro falou, porém eu sabia que ele estava falando aquilo para nos deixar calmas, o que não ia dar certo. Pelo menos não comigo. Se Lucius mandou Annia nos avisar, com certeza pretende fazer alguma coisa, só está esperando a hora certa para agir.

–Ele entrou aqui?

–Não, eu estava dormindo quando o vi no meu sonho. Antes eu estava no jardim, quando de repente tudo mudou e eu estava na sala, mas as coisas estavam diferentes. Tudo estava escuro e assustador. –Ele havia mesmo mostrado como era a casa na época da guerra pra ela?

–Quer dormir com a gente? –Ele perguntou e ela negou. –Tem certeza?

–Tenho.

–Se acontecer qualquer coisa você nos chama tá bem? –Ela balançou a cabeça concordando e Draco lhe deu um beijo na testa. –E lembre-se, não fale com ele.

Voltamos para o quarto depois de fazer Annia dormir e colocar todos os tipos de feitiço de proteção que conhecíamos na casa, mais uma vez minhas lágrimas caíram.

–Draco, está começando de novo! –Agarrei-me á ele chorando, mas ele não disse nada, não diria que tudo ficaria bem porque ambos sabíamos que não ficaria. Não enquanto ele estivesse livre. O loiro acariciou meus cabelos apenas deixando que eu chorasse e me apertou em seus braços. –O que faremos agora?

–Esperamos.

–Mas eu não quero esperar!

–Sinto muito morena, mas não tem outro jeito.

*-*

Tomamos o café da manhã em um silêncio completo. Draco e eu passamos a noite toda acordados, revezando pra ver quem iria até o quarto da Annia saber se ela estava bem. E depois dela muito insistir e fazer cara de choro nós a deixamos ir para a escola, levando-a lá antes de ir para o trabalho.

Eu estava péssima, sentindo-me um lixo, e depois de ler o profeta diário eu piorei. Bem na primeira página: Grupo de Comensais Foge de Azkaban.

Encontrei Gina e ela me convenceu a voltar pra casa e descansar um pouco. A ruiva até ligou para Meg e Luna para que as duas também ficassem comigo lá.

–Então Mione, como você está? –Luna perguntou.

–Me sinto péssima.

–Herms, você não tem que se sentir assim, anos se passaram, não é possível que ele ainda guarde todo esse ódio e...

–Lucius falou com a Annia ontem a noite! Ele entrou nos sonhos dela! –Escondi meu rosto com as mãos em uma tentativa de esconder as lágrimas, mas não deu certo.

–O que ele disse? –Meg perguntou assustada.

–Disse que vai fazer algo que nenhum de nós imaginou e também que com Draco será mais doloroso.

–Eu o quero morto agora! –A garota que havia pintado os enormes cabelos mais uma vez gritou nervosa.

–Acalme-se Meg, a única coisa que podemos fazer agora é não deixar o nervosismo subir á cabeça, vai ser pior. Ele só quer nos assustar.

–ELE NÃO VAI ME ASSUSTAR LUNA! LUCIUS MALFOY MATOU MEU PAI, ESTÁ AMEAÇANDO MEU IRMÃO, MINHA CUNHADA E MINHA SOBRINHA! NINGUÉM TOCA NA MINHA SOBRINHA! EU VOU MATÁ-LO!

–Você não vai. –Alguém disse atrás de nós e quando nos viramos lá estava Draco. Ele parecia decidido. –Eu vou.

–Draco você não pode! Se fizer algo errado eles te mandam para Az... –Falei, mas ele me interrompeu.

–Isso não é mais questão de ir ou não para Azkaban, Hermione. Pelo menos ele não vai incomodar.

–NINGUÉM VAI PRA AZKABAN AQUI ESTÃO ME ENTENDENDO?! –Gina se levantou nervosa. –Eu sei que você e a Meg têm motivos de sobra pra matá-lo, assim como eu também quero muito que ele morra, mas nenhum dos dois vai matá-lo. Ele não vai encostar um dedo na Annia, nós não vamos deixar.

–E como pretende mantê-la segura? –O loiro disse arqueando as sobrancelhas e cruzando os braços.

–Podemos passar um tempo aqui na casa de vocês até o pegarem. Assim vocês ficarão mais protegidos e ele não terá escolha, se não atacar com a casa cheia.

–Tem certeza que querem ficar? –Perguntei e as três assentiram. –Obrigada por tudo. –Eu as abracei e sorri. Será que o plano dela daria certo?

*-*

Mais tarde, todos já haviam chegado e arrumado suas coisas em algum lugar da Mansão. Como ela é grande, tem quartos suficientes pra todos. Colocamos as crianças juntas no quarto de Annia e eles ficaram felizes, pelo menos alguém estava se divertindo com isso tudo.

Draco ficou em casa o resto do dia, me disse que remarcou as consultas para amanhã e porque não tinha paciência pra trabalhar hoje.

Eu subi as escadas e depois de separar minhas coisas entrei para o banho. A água quente caia sobre meu corpo enquanto eu desejava que ela levasse embora os problemas e que as lágrimas parassem de sair, mas eu só conseguia pensar em Lucius torturando Draco de várias formas e logo em seguida o matando.

–Morena? –Sequei as lágrimas rapidamente e vi que Draco entrou no banheiro.

–Hum?

–Está tudo bem?

–Por enquanto... –Respondi dando de ombros um pouco irritada por ele se importar tão pouco com o fato de que ele poderia morrer.

–Não precisa ficar assim, eles vão pegá-lo.

–Não é com isso que eu estou preocupada. –Ele soltou o ar pesadamente, como se já soubesse o que eu falaria. –Ele vai torturar você.

–Não se preocupe com isso, ele ainda não fez nada comigo. Eu estou aqui, você não vê?

–Sei que está, mas até quando? Até quando vou ter você ao meu lado todas as manhãs? Até quando vou poder sentir você? Eu não quero que você se torne apenas uma lembrança.

–Concentre-se no presente. –Ele disse e eu o vi tirar a camisa, a calça e os sapatos.

–O que está fazendo? –Ele abriu a porta do Box e entrou só de cueca.

–Continuando o que começamos ontem. –O loiro pegou minha cintura e me puxou pra perto.

–Draco, você vai ficar todo molhado. –Ele balançou a cabeça sem se importar e me puxou, me beijando e se molhando todo com a água do chuveiro bem como eu disse que aconteceria.

O loiro me pressionou contra a parede fria e colou seu corpo ao meu, deslizando suas mãos pelo meu corpo nu, até que sua mão chegou a minha intimidade e o loiro penetrou com dois dedos. Eu puxava seus cabelos molhados enquanto ele me beijava carinhosamente, encostando sua língua devagar na minha e ás vezes parando pra dar algumas mordidinhas em meus lábios, descendo os beijos para seu pescoço ao perder o ar.

~Pov Draco

Eu odiava vê-la deprimida pelos cantos da casa. Sentia como se fosse minha responsabilidade fazê-la sorrir, e vê-la daquele jeito significava que eu não estava fazendo certo.

Hermione desceu minha cueca e voltou para o meu pescoço, gemendo baixinho em meu ouvido e me deixando cada vez mais excitado. Eu a peguei no colo, prendendo suas pernas em volta da minha cintura e ela colocou os braços em volta de meu pescoço, voltando a selar nossos lábios em um beijo calmo e sem pressa.

Penetrei com cuidado, devagar e lento e assim continuei, não vi necessidade para aumentar a velocidade, eu a devia isso. Devia carinho pra minha esposa linda, que estava me fazendo suspirar alto.

Comecei a ir com mais força e a apertar sua bunda, em meio à água quente que corria sobre nós dois enquanto ela arranhava minhas costas com força - um pouco demais -, mas mesmo assim eu gostava.

–Oh meu Merlin, Draco! –Sorri e depois de um tempo nós chagamos ao ápice. Eu a tirei do meu colo, porém não parei de beijá-la.

E por um momento ela ficou olhando nos meus olhos. Aqueles olhos castanhos que eu poderia admirar por horas que eu jamais me cansaria. Eu voltei a beijá-la, até ouvimos uma batida na porta.

–Hermione, viu o Draco? –Reconheci a voz de Blás vindo do outro lado da porta. –A Annia está gritando e chorando lá embaixo falando que Lucius o pegou.

Dei um selinho nela e saí do Box do banheiro, enrolando-me a toalha.

–Daqui a pouco eu desço. –Ela falou e eu assenti. Me vesti o mais rápido que pude (acabei todo molhado, pois não me sequei), eu abri a porta do banheiro, Blás ainda estava lá.

–Entendi o que houve com você.