~Pov Hermione

–Posso tirar a venda agora?

–Não.

–Aah Draco, por favor! Tem muito tempo que eu estou com isso!

–Já disse que não. –Dei um tapa no ar tentando acertá-lo, mas não acertei e isso o fez gargalhar.

–Morena, você não vai me acert... –Tentei de novo e senti que havia batido em alguém, que só podia ser ele. –AI!

–O que você estava dizendo mesmo? –Falei rindo.

–Nada. Mesmo assim não vai tirar.

–Você é tão chato sabia? –Cruzei os braços e ele me deu um beijo no pescoço.

–Sabia.

–Nós pelo menos já estamos chegando?

–Chegamos insuportável. –Ele me deu um selinho e pegou minha mão. –Vem, cuidado pra não bater a cabeça.

–Você é um idiota.

–Quanto amor querida. Tire os sapatos. –Fiz o que ele pediu rapidamente, ansiosa para poder ver aonde estávamos.

Assim que a festa tinha acabado nós dois tínhamos ido para a nossa Lua de mel em algum lugar misterioso. Agora peço que me imaginem dentro de um carro há horas - antes que me perguntem: por que não aparataram? O pior é que aparatamos, mas Draco quis andar “um pouco” de carro -, depois me imaginem tentando sair dele vendada, com um vestido de noiva enorme e com um noivo que estava usando o fato de que eu não estava enxergando para deixar meu pescoço marcado e pra me alisar - sim, era isso que Draco estava fazendo durante a viajem.

Com grande dificuldade consegui descer do carro e logo meus pés tocaram algo que, ao que tudo indica, é areia.

–Vira pra cá.

–Pra cá onde?! Eu não estou enxergando! –Eu bati o pé e logo ouvi sua gargalhada.

–Me esqueci desse detalhe. –Ele disse e logo senti suas as mãos em minha cintura, me posicionando. Eu pude sentir a brisa gelada tocando meu rosto.

–Vai tirar agora?

–Vou, enjoada. –Ele tirou a venda dos meus olhos e diante de mim havia uma linda praia e o sol nascendo. Merlin que lugar perfeito! –Bem vinda á Orange County, Califórnia!

–Draco é lindo! –Falei maravilhada olhando aquela linda praia.

–Eu sei, as pessoas me dizem muito que eu sou lindo. –Fiz língua pra ele.

–Foi você que escolheu o lugar?

–Foi. Gostou?

–Muito. –Ele me puxou e me deu um selinho, me abraçando logo depois.

*-*

–Feche os olhos. –Draco falou com um sorriso divertido.

–Eu vou te dar um soco. –Cruzei os braços.

–Okay então. Pode ficar com eles abertos, se você me acertou vendada nem sei o que fará enxergando. –Ele me pegou no colo e eu soltei um gritinho, já que não esperava que ele fizesse isso e ele riu.

Draco abriu a porta do quarto do hotel onde iríamos ficar e entrou comigo. Era simplesmente perfeito e gigante. Eu estava literalmente com a boca aberta. Os lençóis eram em um tom de azul turquesa e da varanda tínhamos uma vista perfeita do mar, além de alguns prédios e casas ao lado.

Eu simplesmente fiquei sem palavras. As luzes estavam baixas e havia uma mesa com um jantar a luz de velas para dois em uma pequena cozinha que havia ali. O chão estava repleto de pétalas de rosas. Ele me colocou no chão e me deu um selinho.

–Está com fome? –Eu neguei. –É, eu também não. Eu tenho uma ideia. O que acha de compensarmos o tempo que Gina, Meg e Luna nos deixaram separados?

–Não consigo imaginar nada melhor. –O puxei pelo paletó e dei um selinho. –Vou me trocar.

–Okay, suas malas estão no quarto. –Ele me deu um selinho e eu fui até o quarto. Peguei minha mala - Gina, Luna e Meg tinham arrumado, já que eu não sabia para onde viríamos, então estou com medo de olhar o que tem aqui. Fui para o banheiro e me deparei com uma enorme banheira, parecia até uma piscina.

Abri minha mala e encontrei um envelope amarelo. Com os dizeres: “Das suas madrinhas”. Abri curiosa e comecei a ler:

“Herms,

Arrumamos aí tudo que você vai precisar pra curtir a sua Lua de Mel. Queremos que seja feliz e aproveite amiga, finalmente encontrou o homem da sua vida. Queremos ser tias logo.

Beijos para a nova senhora Malfoy.

Meg, Gina e Luna”

Como eu amo aquelas três! Mas olhando os pijamas que elas separaram pra mim tive a certeza de que eles deixariam Draco animadinho. Que pijamas indecentes!

Peguei a Lingerie branca que eu mesma tinha escolhido e a vesti. Tirei a tiara e penteei meus cabelos. Logo depois passei um batom vermelho que ele gosta e olhei pra minha imagem no espelho.

Eu estou diferente. Não sou mais a menininha que entrou em Hogwarts assustada por ser uma bruxa. Agora eu sou uma mulher que conseguiu se casar com o idiota que ama. Muitos podem perguntar: “Por que cedo demais?” simples, passamos por tanta coisa que nos fez ter certeza de que somos certos e funcionamos juntos. As mesmas coisas que nos separaram uma vez, agora não vai ser mais assim.

Saí do banheiro e procurei Draco no quarto, ele não estava. Foi quando dirigi meu olhar para a varanda, finalmente o encontrando bebendo uma taça de Champanhe e segurando outra. Ele já tinha se livrado dos sapatos, do paletó, da gravata e aberto três botões da camisa, estava tão lindo. Fiquei parada atrás dele vendo-o olhar para o céu. Uma brisa gélida veio até nós e fez meus cabelos voarem.

–Sinto seu perfume de longe, Hermione. –Ele disse ainda olhando o céu, eu fui até ele e fiquei ao seu lado.

–Está olhando o que? - Ele me entregou a taça quando perguntei.

–Nada. –O loiro se virou para mim. Seus olhos estavam escuros como a tempestade. -Pode me dar o seu braço? –Estranhei de inicio o que ele queria, mas logo entendi. Assim que ele pegou o braço que Bellatix escreveu “SANGUE-RUIM” eu soube o que queria. Ele deslizou os dedos pela cicatriz que ficara e depois soltou meu braço bebendo mais um pouco.

–Já disse que não tem que se culpar. Isso não significa nada. –Falei e ele ignorou completamente.

–Se você conseguir olhar por mais de dez segundos pra isso tudo bem. –Ele levantou a manga da blusa e me mostrou a marca negra. Eu não gostava muito de olhar, pois sempre que acontecia a culpa pesava sobre mim. Ele baixou a manga e eu bebi um pouco do champanhe.

–Olha, nós dois estamos cometendo alguns erros aqui. Cansei de ver você se culpando.

–Acha que eu não vejo que você também se culpa? Você mesma me disse que a culpa é sua, o que não é verdade.

–Vamos esquecer essa história de culpa? Ou pelo menos tentar? Vamos nos concentrar em coisas melhores, como comemorar o fato de que agora teremos de aturar um ao outro por muitos e muitos anos? –Eu sorri e ele também, pegando nossos copos e deixando-os de lado.

– Você está muito sexy senhora Malfoy. –Eu corei e ele riu. -Agora você é a minha morena pra sempre. -Ele segurou meu rosto com as mãos e me beijou.

–Quero ver você me chamando de morena quando eu estiver com os meus cabelos brancos.

–Vou chamar assim mesmo. Uma vez minha morena, sempre minha morena. Pode pintar o cabelo de azul se quiser, ainda vou chamar você de morena.

–Loiro aguado. –Ele sorriu e começou um beijo lento e delicado. Mas ele logo se transformou em um beijo quente e de necessidade. Quando precisamos de ar, ele foi descendo as mãos, que antes estavam em minha nuca, para meus seios, barriga, coxas, contornando meu corpo. –Amor... –Chamei ofegante e ele levantou os olhos. –Alguém pode... ver e... –Ele subiu de novo as mãos, agora pegando em minha cintura e me beijando possessivamente. E eu entendi o que ele quis dizer com isso: ele não liga.

Abri os botões que faltavam de sua camisa e tirei, jogando-a no chão. Draco encostou-se no parapeito e eu desci minhas mãos pelo seu abdômen, arranhando-o devagar. Ele se arrepiou ao meu toque. Draco me beijou, apertando minha cintura, em seguida desceu novamente as mãos pelas minhas coxas e me subiu em seu colo.

Pude perceber que ele estava excitado. O loiro mordeu meu lábio inferior e depois meu pescoço, e eu gemi. Ele me encostou-me à parede da varanda e continuou ali, agora distribuindo beijos. Eu continuava com as pernas em torno de sua cintura.

Ele olhou pra mim, seu olhar era de pura malícia, e isso estava me deixando louca. Eu desci de seu colo, abri a porta do quarto e o empurrei com força na cama. Subi em cima dele, beijando seu abdômen, deixando as marcas do meu batom e ele fechou os olhos. Fui subindo os beijos, até chegar a seus lábios. Dei um beijo em seu rosto, depois em seu queixo, e por ultimo um selinho.

As mãos dele caminhavam por toda extensão do meu corpo. Eu dei um beijo intenso nele e ele, chegou em minha bunda e apertou com força, eu gemi dentro de sua boca e ele rapidamente tirou a minha lingerie, me deixando apenas com a calcinha.

Draco estava beijando meu pescoço, mas logo parou, me colocando por baixo e descendo até meus seios. Ele abocanhou um e começou a massagear e apertar o outro com uma das mãos. Eu arfava a cada toque.

O loiro voltou seu beijo pra mim e eu desabotoei sua calça tirando-a rapidamente com a ajuda dos pés. Suas mãos agora estavam em todos os lugares, me arrepiando toda. Ele retirou delicadamente a minha calcinha.

Deslizei minhas mãos pelo seu abdômen chegando ao cós de sua cueca, que retirei devagar. Fui descendo beijando-o até chegar ao seu membro, onde dei apenas alguns beijos, pra deixá-lo bem mais animadinho e brincar um pouco. Ele gemeu e eu subi de novo, fazendo-o dar mais um gemido, esse de reclamação.

–Podia continuar o que estava fazendo. -Ele murmurou com a voz rouca.

–Gosto de ver você implorando. –Falei com um sorriso desafiador.

–Sabe que eu não vou implorar. –Eu sabia, não era do feitio dele implorar. Eu só o vi fazer isso uma vez e foi porque eu estava fazendo greve de sexo.

Então ele me puxou selando nossos lábios, ainda brincando com meus seios. Eu o puxei pelo cabelo para que ele pudesse olhar em meus olhos, ambos sorrimos.

–Agora nada pode tirar você de mim.

–Nada nunca pôde. É pra sempre lembra? - Ele me deu um beijo calmo e demorado, se encaixou e foi entrando, fazendo movimentos lentos. –Draco... mais... –ele riu.

–Gosto de ver você implorar. –Ele repetiu o que eu tinha dito com o mesmo sorriso desafiador.

–Idiota. –Ele selou nossos lábios e logo começou a ir mais rápido.

Nós gemíamos no mesmo ritmo. Ele me beijando e mordendo, como disse que faria. E eu me arrepiando a cada movimento dele, a cada toque.

Ele voltou com as mãos em minha cintura e eu coloquei as minhas em seu cabelo loiro platinado. Logo eu comecei a distribuir beijos, mordidas e chupões em seu pescoço. Ele tem um cheiro tão bom.

Quem diria que aquelas provocações de inimigos de escola renderiam a nós um casamento que ambos sabemos que vai durar? Quem diria que a ratinha de biblioteca iria se casar com o pegador galinha metido e arrogante da escola? Quem diria que o leão e a serpente pudessem ser o casal perfeito? São muitas perguntas.

Nós chegamos ao ápice, ambos gememos alto e ele caiu deitado ao meu lado, logo me envolvendo com seus braços, logo pegou minha mão, olhou para a aliança em meu dedo e sorriu. E eu lhe dei um selinho.

–Sabe que antes de você eu nunca quis me casar? –Draco perguntou ainda segurando a minha mão. –Tinha medo de ter um casamento ruim como o dos meus pais. Ele só reclamava, xingava e a tratava mal, enquanto ela fazia de tudo por ele, mas sei que com você não vai ser assim.

–Até porque se você só reclamar, xingar e me tratar mal eu te mato. –Ele riu.

–Prometo que não vou fazer isso.

–Bom mesmo. –Draco deitou por cima de mim e me deu um beijo apaixonado e delicado. –Agora eu sou Hermione Jean Granger Malfoy, e como você mesmo já disse: “Ninguém trata mal um Malfoy”. –Ele gargalhou.

–Está aprendendo direitinho. –Ele disse com um sorriso me dando um selinho demorado, e quando seus lábios se separaram dos meus e nossos olhos se encontraram eu vi um brilho diferente no azul acinzentado, brilho esse que eu não via desde antes da guerra.