A nova vida de Annabeth Chase- HIATUS escrita por Zia Jackson


Capítulo 13
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

103 reviews!
Zia ama vcs.
Agradecimentos:
Thalia Salvatore
WalkerGirl
a menina radiante
zero
insano insone
Juliet McLaren
Nati2605
Senhora Weasley
Mrs Stars.
Boa leitura.



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Por incrível que parecesse, Annabeth ainda estava viva.

A aula estava peculiarmente irritante e isso aumentava por conta da noite em claro que a garota passou. Atena acabou encontrando a filha e Percy. Com a ajuda de Luke, jogou-o para o lado de fora do prédio. Havia prendido a filha no quarto e tido uma longa conversa, um sermão que deixaria qualquer padre com inveja.

Agora, a dor de cabeça assolava Annabeth. E, além da aula chata, havia o peso do olhar de Rachel.

– Percy Jackon. – Chamou o professor na hora da chamada.

– Faltou. – Rachel gritou.

Annabeth praguejou, será que as pessoas sempre gritavam quando se está com dor e cabeça?

– Poderia falar um pouquinho mais baixo? – Perguntou com educação. – Estou com uma dor terrível.

A ruiva encarou Annabeth, que estava do outro lado da mesa branca e redonda.

– Talvez Percy pudesse falar mais baixo. – Disse, magoada. A voz era uma mistura de raiva, indignação e mágoa. E nada disso fazia bem para a alma.

– Rachel, eu já disse que posso explicar, basta conversar comigo, me contar as coisas como elas são.

– Bobagem. – Balbuciou Rachel. – Não me desabafo com desconhecidos traíras. Além disso, não quero falar com você.

Annabeth sentiu uma onda de indignação subir pelo corpo, como podia falar assim dela?

– Deve explicar porque é tão infantil– Rebateu.

Esperou uma onda de xingamentos, mas Rachel não respondeu, apenas voltou a desenhar um cenário praiano em sua folha de caderno.

Annabeth, bufando,retomou a leitura de seu livro.

“Eu jamais permitiria que alguém tocasse em um fio de cabelo da sua cabeça. Sabe disso,não sabe, Tess?”

Ao ler a frase, a loira não pôde se esquecer de Percy no dia anterior, quando dissera que não era seguro ficar naquela casa. Teria ele feito algo digno de um herói literário, que arrisca tudo por sua amada?

Estava confusa. Não era namorada de Percy, mas também não era uma simples amiga. Uma vez ele dissera que a amava, mas depois não progrediu, não disse mais nada. Amigos não se beijavam, amigos não sentiam no coração uma vontade enorme de estar com o outro. Namorados faziam esse tipo de coisa. Afinal,o que eram um para o outro?

Ela queria respostas, e as queria imediatamente.

O sinal soou, indicando que era a hora do intervalo. Ela pegou seu lanche e partiu, deixando sua equipe para trás.

* * *

– Por que está tão quieta? – Indagou Thalia, mordendo um pedaço de torta.

– Estou só... Pensando. – Respondeu Annabeth.

– Ouvi dizer que pensar demais te deixa maluco. Não foi de uma fonte confiável, mas escolheria não arriscar.

– Até hoje não fiquei doida, então só pode ser mentira.

Thalia deu de ombros, colocando o último pedaço da torta na boca. Frank, Hazel, Piper, Jason e Leo continuaram a conversar sobre um feriado do ano passado, pareciam interessados em contar a historia para Annabeth. Ela fingiu prestar atenção, mas sua mente estava se perdendo nos frágeis fios dos pensamentos, divagando e viajando para outros lugares e situações. E ele estava lá. Percy, com os cabelos bagunçados e olhos atentos. Sentiu seu coração apertar, por que havia faltado à aula?

O sinal soou novamente, iniciando mais algumas horas de tediosas aulas e olhares cheios de sentimentos negativos de Rachel.

* * *

Nico

Will, você está fazendo errado. – Advertiu Nico.

– Não. Está certo desse jeito.

– Desde quando a raiz quadrada de vinte e cinco é três?

– Tem razão, está errado.

Pela terceira vez, Nico apagou toda a conta do papel. Will não o escutava, e isso era recíproco.

– Vai, deixe-me fazer isso.

Tomou a caneta das mãos do garoto loiro e fez rapidamente a conta da qual se necessitava.

– Você vai à festa? - Perguntou Will Solace.

– Que festa?

– A de aniversário da Thalia. Vai me dizer que não foi convidado?

– Fui. Não decidi se vou ou não.

– Tem outros compromissos?

– Não, só não tenho vontade de ir.

Lembrou-se do dia anterior, quando Reyna o convidara. Foi uma situação estranha, em um momento ele escutava músicas italianas antigas e se lembrava da irmã morta, e no outro uma garota estava no seu quarto, convidando-o para uma coisa da qual sempre era excluído.

Porém, o mais estranho foi o que ele tinha se sentido tentado a ir. Queria ter o prazer de esfregar na cara de todos que ele não era tão esquisito quanto parecia ser.

– Deveria ir. – Will disse. – A escola toda estará lá.

– Esse é um dos pontos negativos, caro Will.

– Realmente,sua lista de aspectos negativos e positivos precisa de um ajuste.

O professor pediu silêncio e o assunto acabou por ali mesmo.

* * *

– Hazel, preciso de ajuda. – Chamou Nico.

Hazel, que estava em seu quarto, andou lentamente para o do rapaz. Parou no batente da porta e tranquilamente, perguntou:

–O que há?

– Eu decidi que vou naquela festa, mas não sei se as roupas estão boas.

– Nico indo à uma festa? Uau! - Ela pareceu contente- A festa é só semana que vem,não se preocupe com roupas ainda.

– Eu sei, mas como devo ir? De terno? Fantasiado? Com roupas normais?

– O convite disse que é festa à fantasia, o tema é a morte, deve ir como gostaria de morrer.

– Quem arrumou esse tema? – Indagou o moreno. – Preciso parabenizar essa pessoa.

– Nossa, isso soou como nosso pai. Acho que foi Reyna quem montou o tema, ou então Jason.

– Bom, lembre-me de agradecer.

– Irei lembrar, pode deixar. É só isso?

– Sim, agora já sei o que fazer.

Ela saiu do quarto e voltou para o seu,onde Piper, Frank e Leo a esperavam. Nico quis lançar um olhar malicioso para a irmã, mas não o fez. Se Piper e Leo saíssem do quarto, Frank ficaria sozinho com ela. E mesmo Nico, que não sabia muito sobre o amor, achava que aqueles dois combinavam entre si.

Encostou a porta de seu quarto e começou a pensar em como gostaria de morrer, inevitavelmente lembrou-se da irmã, que morrera jovem demais.

Pegou o uma miniatura do jogo Mitomagia, aquela que sua irmã havia lhe dado. Abraçou-a contra o peito e fingiu estar novamente nos braços da irmã.

O mundo era cruel com as melhores pessoas.


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Notas finais do capítulo

A frase que Annabeth lê é do livro "Príncipe Mecânico", da Cassandra Clare



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