The last of us - Another side escrita por MsMistery
Notas iniciais do capítulo
E ae pessoas! Estou de volta com mais um capítulo, espero que gostem. :P
Olhamos pra trás assustados, acompanhando a direção da bala projetada pela arma do senhor stan.
– O que foi isso?! - perguntei assustada
– Você... Você tinha uma arma? - foi a vez de Jake perguntar, incrédulo.
– Ué, é claro que tinha. Sair sem arma nesse mundo em que vivemos é sinônimo de morte. - Respondeu o senhor indo em direção ao corpo do homem que ele acabara de matar.
Eu e Jake seguimos ele e observamos enquanto Stan tomava posse de dois pedaços de plástico e 6 balas que se encontravam no corpo.
– Parece que é mesmo o nosso dia de sorte. - Comentou o senhor se levantando - Estão vendo isso? - Balançou os pedaços de plástico em nossa frente.
– O que é que tem? - Perguntei pegando um desses.
– São cartões de comida - respondeu entregando o outro ao jake. - E agora é de vocês, em troca daqueles suprimentos que conseguiram.
– À vontade. Mas... o senhor não tem uma família pra sustentar? - perguntou jake preocupado
– Nhá, não é bem uma família, são uns 4 marmanjos que andam comigo, somos um grupo. Por termos perdido pessoas que amamos, seguimos juntos nessa busca pela sobrevivência. Como uma família.
– Entendo. E cade eles?
– Em alguma cidade próxima. - disse enquanto catava as sacolas - Decidimos que se nos separássemos, talvez a busca seria mais proveitosa. - parou ao observar a garrafa de aguardente - Se importam se eu pegar isso aqui, jovens? - apontou pra cachaça.
– Não... - murmurou Jake. - Você tem onde morar?
– Temos algo como um ponto de encontro. - continuou a responder - Porque?
– Sabe, nós temos um pequeno refúgio à 40 minutos daqui... - Comentei.
– E somos apenas eu e ela. - completou jake.
– Se quiserem... digo... se juntar a nós... - propús...
– Hm... Interessante... - Stan coçou a barba e parecia estar interessado no que estavamos propondo. - Mas tem certeza que esse refúgio de vocês tem espaço pra todos?
– Sim, digo, é uma casa onde meu pai conseguiu montar uma mini empresa... deve dar. - sorri.
– Então está feito, em troca eu ensino vocês tudo o que sei, e os introduzo a uma nova forma de vida, pois pelo o que parece, não são muito experientes nessa coisa de andarem sozinhos.
– E como sabe? - perguntei curiosa.
– Porque se eu fosse aquele cara ali... - apontou pro homem morto - vocês não estariam mais vivos. Não devem confiar facilmente em todos os que se dizem amigos.
Eu e jake nos olhamos assustados.
– Bom, mas pra sorte de vocês, - continuou o discurso - Eu sou eu. O tio stan. ahahaha - riu dando uma golada na garrafa de aguardente - aaah que saudades dessa cachaça...
Seguiu na frente saindo do estabelecimento.
– Bom, já que agora seguiremos caminho juntos, não se importam de irem comigo até o ponto de encontro para buscar meus amigos, né? De lá iremos todos nós pra esse seu refúgio.
– Tudo bem.
Seguimos o nosso novo velhinho favorito por mais 15 minutos, até chegar em outra cidade onde se encontrava o ponto de encontro deles. O prédio em que ele nos levou, não ficava no centro da cidade, mas também não ficava bem na entrada. Tivemos que andar mais um bom pedaço até chegarmos a tal construção, que por sinal, estava bem acabada. O prédio não tinha mais as portas, e as janelas eram todas quebradas.
Subimos até o terceiro andar, entramos em um dos apartamentos, onde já tinha lá um rapaz com um ferimento grave na perna, parecia tiro de sniper.
– O que houve com você, Brian? - perguntou Stan preocupado indo em direção ao tal Brian.
Eu estava surpresa. O ferido parecia ter, assim como jake, seus vinte e pouquinhos. Eu imaginei que todos no grupo do Stan seriam velhos e o mais novo teria seus 30 anos já.
– Eu... - tentou falar o mais jovem, mas parecia estar realmente sofrendo. Suas roupas estavam empapadas de suor e em sua perna, não se enxergava mais nada além da cor escarlate do seu sangue, que escorria em demasia.
– Shhh... - Stan se ajoelhou ao lado do garoto - Calma, vai ficar tudo bem. Pra nossa sorte eu não tomei minha aguardente toda de vez - tentou rir, mas ele estava tão preocupado que o que saiu de sua garganta foi um grunhido triste.
– A bala atravessou a perna dele. - Disse uma voz feminina misteriosa vinda de um dos comodos mais pra dentro do apartamento.
– Eu achei que só tinham homens aqui... - sussurrei pro jake.
– Pois é. - sussurrou de volta.
Logo a dona da voz apareceu na sala com uma bacia de água, uma toalha, atadura, agulha e linha para suturas.
– Provavelmente rompeu tudo quanto é musculo da coxa.
– Quem é você? - perguntou o senhor.
Hm, então ela realmente é nova no pedaço.
– Meu nome é Amanda. Eu estava junto na hora em que ele foi baleado. Trouxe ele até aqui.
– Obrigado Amanda. - Agradeceu Stan colocando a mão sobre a testa do jovem.
– Não tem porque agradecer - Se ajoelhou observando mais atentamente a ferida na perna do rapaz. - Ele está assim porque foi me defender.
– Defender? - perguntou stan.
– Sim, eu... fui pega por uns caras estranhos e... nem sei o que aconteceria comigo se ele não tivesse aparecido. - disse tratando de começar a lavar a perna do Brian.
Ao sentir o contato da água com seu ferimento o jovem urrou de dor. Lágrimas desciam de seu rosto. Era tão desesperador o sentimento dele que eu senti a nescessidade de fazer algo pra ajudar.
– Er... Amanda? - perguntei e o olhar da garota entrou em contato com o meu. Só agora pude reparar a beleza dela. Ela era branca, e seus cabelos negros e grandes, presos em um rabo de cavalo alto, combinava ainda mais com a expressão séria em seu rosto. Seus olhos são azuis. E no momento, me encaravam curiosos, obviamente esperando que eu me pronuncie. - T-tem algo que eu possa fazer pra ajudar?
Por um segundo, a cara séria dela se desfazez em um sorriso.
– Na verdade, tem sim... - voltou a se concentrar no ferimento do rapaz. - eu deixei minha mochila no banheiro, tem como trazer pra mim? Eu acho que tenho um remédio pra aliviar a dor lá.
– Ah, certo. - corri até o comodo indicado e peguei a mochila. Quando levei de volta ela já estava secando a perna do brian, e aproveitando pra estancar o sangue com a toalha.
– Segura aqui...
Ela disse, mas eu estava estática olhando o sofrimento do garoto
– Hey! - ela chamou minha atenção - segura aqui pra mim.
– Ah, sim... - fui até ela trocando de posição, eu fiquei sentada no banquinho que ela estava (a propósito, nem sei quando ela arranjou esse banquinho) e pressionei bem a toalha, enquanto ela procurava o tal remédio na mochila.
– Olha - pegou uns comprimidos - não é O remédio, mas alivia a dor. Não garanto que vá passar porque esses analgésicos não são tão fortes... toma. - colocou um na boca do ferido.
– Hnn... - ele ainda gemia de dor - eu vou... morrer?
– Olha, não chamo isso de sorte porque você foi baleado, mas o tiro não pegou em nenhum osso nem ligamento, sabe? Foi bem no canto, onde só tem músculos, você deve ficar bem.
– Isso... me tranquiliza um pouco - riu o rapaz.
– Isso é bom. - Amanda sorriu pra ele. - agora tenta relaxar, vou dar os pontos okay?
– Aaai minha caralha, isso vai doer que só a porra - Fechou os olhos.
Amanda riu com o comentário dele e eu corei. É estranho ver outra garota nesse mundo além de minha mãe. Não que eu achasse que só tinha eu, longe disso, é que eu não esperava me encontrar com uma tão cedo...
– Pronto, - disse Amanda após colocar a linha na agulha - pode sair daí... - fez uma pausa como se esperasse que eu dissesse o meu nome
– Anna. - respondi
– Anna. - Ela repetiu - Tipo, tenta levantar sem soltar a toalha ainda.
Fiz como foi instruído, colocando a perna do garoto sobre ela, e só então tirando a toalha.
– Agora feche os olhos e relaxe. - disse ela para brian.
– Aaah. - remungou.
Depois de ter limpado completamente o ferimento, ela começou o processo de sutura. Não sei se foi o analgesico que começou a fazer efeito ou se ele cansou de gritar, mas durante todo o processo, o máximo que ele fazia era gemer algumas vezes e trincar com força o maxilar. Depois de 20 minutos ela finalizou todo o curativo, lavando novamente com o álcool que eu dei pra ela, e enrolando a coxa com atadura e fita.
– Agora você deve ficar bem.
– Puts, finalmente acabou - comentou ele com uma aparencia mais tranquila - mas ainda ta latejando.
– É normal... Eu ainda tenho bastante remédio, você pode tomar de oito em oito horas. - comentou. - Você não vai poder andar por uma semana, creio eu.
– Isso tudo? - perguntei assustada, porque isso significa que teriamos que ficar por ali por uma semana.
– Creio que sim. Ou até mais. - respondeu - porque?
– Então quer dizer que vamos ter que esperar mais um tempo antes de irmos pra casa. - comentei
– Ué, vocês podem ir na frente, depois vocês voltam pra nos buscar - Stan deu a ideia.
– Espera, do que estão falando ai? - perguntou Brian.
– Eles tem uma espécie de refúgio, e pelo o que disseram, parece bem mais seguro que aqui. Então decidi que iremos nos juntar a eles.
– A esses dois ai? - Perguntou novamente.
– Sim, porque? - Foi a vez de Jake se pronunciar pela primeira vez.
– Não sei... quem garante que não querem apenas se aproveitar da gentileza desse velho senhor aqui? - Apontou pra stan.
– Se fosse o caso não teriamos comentado sobre o NOSSO refúgio. - Jake revirou os olhos.
– Deixa disso Jake! - Falei abraçando-o e olhando pra cima pra encara-lo - ele está apenas seguindo um dos ensinamentos do sábio Stan afinal.
Ri com ele ao lembrar o que senhor disse sobre não confiar em todos os que se dizem amigos.
– Ok... - Me abraçou de volta. Apoiando o queixo na minha cabeça.
– Er... - amanda parecia desconfortável com algo - então... acho que já vou. - acenou indo em direção a porta.
– Espera! - exclamei - Porque vai embora agora? Fica com a gente ué. - Falei saindo do abraço de Jake indo em sua direção
Ela sorriu, um sorriso cheio de dentes... E eu achando que ela não poderia parecer mais radiante...
– Eu até que gostaria mas...
– O que te impede?
– Eu quero me juntar aos vagalumes.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Amanda, Amanda... Puta furada ir atrás de vagalumes cara. :/
Bom, isso é o que tem pra hoje galera xD
Será que os jovens devem mesmo confiar no Tio Stan? Será? Bom, isso ficará pros próximos capítulos. E as explicações que prometi, também ainda estão por vir.
Valeu por ler até aqui, espero que tenham gostado!
Até a próxima!