Limoeiro escrita por Dyryet


Capítulo 22
Recobrando a memória.


Notas iniciais do capítulo

(Desculpa, desculpa mesmo! Fiquei tão envolvida na trama que não ando mostrando direito os outros personagens (Entre outras coisas), mas a partir de agora vou mostra-los sim! Também estou trabalhando na questão "romance" rsrsrs)



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Eu tinha finalmente conseguido dormir.

Depois daquela briga "tosca" com o Cebola, os desabafos de Nimbus e a tal descoberta da Magali eu não consegui relaxar de modo algum. Sentia o peso desta decisão sobre os meus ombros; todos contavam comigo, confiavam em mim, mas quando eu finalmente ia conseguir descansar, um grito me desperta e levanto com tudo batendo minha cabeça em algum lugar.

Era ele.

Parado na minha frente quase me beijando; meu coração acelera e para ou mesmo tempo, meu corpo não sabia como reagir assim como eu.

–--- O que você esta fazendo Mônica? ---- ele corta todo o clima e me puxa do colchão; talvez ele nem tenha sentido nada, e isso me deixa estranhamente desapontada. ---- Vem tem algo eladofola.


Com isso saímos todos juntos para verificar do que o afobado do Cebolinha estava falando.

Mais ou menos...

Titi, Jeremias, Franjinha e Cebolinha veem junto comigo enquanto restante permanece lá com a Magali em segurança dentro do quarto. Entretanto quando saímos o local esta forrado de sangue, de sangue fresco. Mais do que poderia caber em uma única pessoa; parecia ate palco de filme te terror trash.

Tonteio e me abalo, mas sigo em frente.


O Do Contra estava por ali, e tínhamos que encontra-lo.

O Cebolinha é quem toma frente, porem não nos guia; ele simplesmente desembesta e parte sozinho por onde quer. Eu não podia ficar o seguindo e cuidando dele o tempo todo (ate por que ainda estava furiosa com a peste) então sigo junto dos demais a procurar por Dc.

–--- Màs que inmença surrpresa. ---- uma vos de sotaque peculiar logo toma completamente a nossa atenção, e nós nos viramos apreensivos nos deparado com um homem que estava a sair de uma das portas no imenso e escuro corredor. ---- Deixe-me aprresentarr -lhes minha humilde rresidência.

Ele nos cumprimenta como um lorde inglês e faz uma singela mesura; possuía cabelos negros e longos, entretanto rentes a cabeça e penteados para traz. Com porte de galã ele usava um frade, (que é um traje de grife para homens assim como smoking e terno) e vinha em nossa direção, se mostrando muito bem educado, mas sua pele era amarelada e eu pude ver em seus lábios pequenas presas vazarem.

–--- U-um... Um vampiro! ---- Jeremias se exalta e aponta para o homem parado a nossa frente.

Entretanto ele não expressa vontade alguma de levar aquele encontro a um confronto, apenas segue em nossa direção de um modo estranho, intimidador e peculiar. Ele praticamente flutua, chegando muito rápido e parando a minha frente sorrindo levemente.

–--- Dreixe-me mostrá-la a casa.–--- enquanto tento entender o que via, ele pega minha mão com delicadeza e a beija.

Seus olhos eram rubros com uma aréola dourada em torno na mesma, profundos e marcantes e me perdi dentro deles como se me levassem a uma terra distante, a um paraíso.

=~^~ ºº~^~=

Volto a época em que éramos crianças novamente.

Agora com uma visão mais madura posso prestar bem mais atenção em tudo o que estava perdido e esquecida em minha mente.

Me lembro claramente de naquela época nossos pais se encontrarem algumas vezes por semana, mas eu nunca me toquei de suas conversas. Agora volto a mesma época e me espanto.

Eles traziam coisas estranhas em suas reuniões, e enquanto eu e meus amiguinhos brincávamos na rua ou na sala distraídos, eles debatiam questões realmente assustadoras. Falavam abertamente sobre treinos e missões, se vangloriavam sobre antigas caçadas e demonstravam sentir falta de matar.

Matar o que...? ...eu não consegui me lembrar.

Mas consigo me tocar que tudo era realmente muito estranho ali em suas reuniões.

Naquela época todos os nossos pais trabalhavam, mas nossas mães ficavam em casa. Fazendo o que; nunca me toquei.


Me concentro e me foco nestas lembranças, tornando este mero sonho um sonho lúcido o qual eu poderia controlar e seguir; dominando minhas lembranças.

Entro em casa e largo seja o que estava fazendo.

Sou pequena novamente.


Sigo ate uma sala afastada de todos e lá tiro um livro de uma estante e a mesma se abre em segundos; aquilo não me assusta e eu desço.

Uma caverna secreta se mostra.

Havia muitas armas e armaduras, porem algo me chama a atenção em meio a tudo.

Em um vidro no centro e bem protegido estava um coelhinho de pelúcia.

Um coelhinho amarelo.

~~ºº~~

Bem nesta hora algo me tira do sonho e eu acordo. Tento me manter na lembrança mas é impossível.

Desperto com um cheiro forte.

–--- Cascão!

Grito e o empurro.

Envergonhada, olho em volta ainda sem entender o que estava acontecendo ali, vejo o Cebolinha a nos olhar aliviado. Por que ele esta assim?

Titi e Jeremias olhavam pelas janelas preocupados. Estavam armados? Franjinha se aproxima de mim e começa a me analisar e a falar com os demais mas eu não conseguia ouvir nada, ainda estava zonza.

Magali se aproxima rápido e me abraça com força; eu não entendo.


Ela se vira e se põe a discutir fervorosamente com o Cascão. Fico olhando em volta e encontro uma coisa caída a onde deveria ter uma porta. Enorme e peludo, possuía garras e presas; pelos negros e olhos esbranquiçados.

Não sinto medo.

Não sinto nada, ainda estava zonza de mais e Magali me segurava para que eu não caísse.

Depois de um tempo a primeira coisa que sinto é dor. No meu pescoço e depois começo a ouvi-los novamente.

–--- Já que você é o sabidão e saca tudo pol que não fez nada desde o começo? ---- o Cebolinha estava muito irritado e partia em direção do Cascão que não parecia propenso a recuar. ---- Se achava desde o começo que ela uma almadilha polque deixou que todos viéssemos? ---- ele segura o Cascão pela jaqueta e o puxa para si, estava mesmo muito irritado (o Cebolinha tinha seus surtos de raiva, e nestas horas intimidava mais do que eu). ---- A culpa é toda sua! Como pode dulvidal de mim? De mim!! Pidalolas!

–--- Como eu ia saber se você não tinha mudado? ---- ele responde o empurrando facilmente para longe de si e vem em minha direção. ---- Mas não esta na hora de culpar ninguém. Esta na hora de tentarmos sair daqui com vida.

Ele faz que vai me pegar de Magali que o encara com um olhar fuzilante e quem me pega no colo é Titi. ---- Ei o que esta havendo aqui eu posso andar sozinha. ---- ainda não consigo falar nada, voz não sai.

–--- Ela vai ficar bem? ---- a Magali pergunta pondo a mao sobre minha perna, mas não é respondida. É completamente ignorada pela briga dos dois.


–--- Você suspeitava do Dc mas... ai veio suspeital de mim...? Não estou acleditando nisso. Não acledito que todos vocês suspeitalam de mim!

–--- Me desculpe. Mas... aquele dia eu ouvi e...

–--- Cala boca! Sua fofoqueila nem ouve dileito e sai falando! ---- eu jurava que o Cebolinha fosse bater em Magali. ---- Pelo menos a Denise só fofocava a veldade...

–--- A onde você pensa que vai? ---- o Cebolinha tenta sair mais é segurado pelo Cascão. ---- Eu entendo que você esteja ofendido e queira sair, mais isso não é uma boa idéia não. Quer morrer também?

–--- Mo-r-rrer...? ---- com muita dificuldade consigo falar uma única palavra e de repente todos olham para mim.

–--- Mônica você esta bem? ---- todos perguntam em coro. Mais depois se dispersam.

Cada um começa a cuidar de uma coisa, e enquanto Jeremias ficava de guarda na retaguarda, Cascão abria a frente para que pudermos sair do quarto e ir em direção a porta.

Eu não me lembro quando fomos parar naquele quarto.


Não estávamos no meio do corredor? A onde estão os outros?

Seguimos pelo corredor em direção as escadarias. Não me lembro de ele ser tão longo parecia que não terminava nunca! A casa também estava diferente.

Tudo bem arrumado limpo e organizado, parecia novo e vibrante. Uma linda e bela mansão com aroma de rosas.

Os quadros antes manchados se mostravam vividos como se tivessem acabado de terem sido pintados, os moveis de mogno vermelhos e trabalhados a mão não possuíam nem uma minúscula falha, nem mesmo o pó pareceia querer estragar tão radiante beleza.

Cortinas antes rasgadas e mofadas estava exuberantes e cheias, movendo-se levemente com a brisa suave de uma janela provavelmente aberta.

–--- Isso não vai dal celto! Temos que levidal! ---- cortando o silencio aterrador que se alastrava o Cebolinha se exalta e todos o encaram com raiva.


E então as portas a nossa volta se abrem.

Todas de uma única vez.

Posso ver os nossos amigos. Todos eles; Nimbos, Xaveco, Denise, Carmem e Marina todo estavam com a pele embranquecida. Um tanto quanto acinzentada, olheiras fundas e as juntas com hematomas roxos; rosnavam de um modo rouco, falho e doloroso; vinham nos cercando lentamente, tortos e se arrastando. Os olhos fundos e vazios com feridas abertas que forravam seus corpos.

Marcas de presas.


Ass:Mônica Sousa


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Notas finais do capítulo

(Há muitas coisas que me inspiram a escrever, uma delas é sim os comentários que recebo, ate por que vejo como base no que tenho que melhorar e tudo mais já outras são as musicas que me inspiram e me levam a infância. Uma destas que eu amo é a da maquina do tempo! Para quem não se lembra segue o link ---> https://www.youtube.com/watch?v=Lsr6THv7ay8)