Limoeiro escrita por Dyryet


Capítulo 2
Primeiros passos


Notas iniciais do capítulo

(Eu queria mas queria mesmo ter o dom de escrever tramas pesadas e horrendas.. mas só sou boa com as tristes mesmo...)



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Aquele curto dia a 9 anos... Tinha durado para mim; uma semana.

=~^~ ºº~^~=-

Acordei cedo e fui brincar.


Não era nem cinco horas e tudo já havia sido destruído.

Eu estava no nosso clubinho. Franjinha discursava mas ninguém dava ouvidos. Não depois do que o Cebolinha os havia dito.

Ainda entristecida fui ate a frente de todos e comecei a chamar a tenção.

–--- O cebolinha esta certo! 9 anos é muito tempo! Mais do que temos de vida! Mas “eu” vou voltar! ---- me viro e pego um giz e escrevo bem grande meu nome na parede para que todos vissem. ---- e quando eu voltar vou riscar em baixo para que vocês saibam que eu voltei!

Logo os outros se levantaram e começaram a escrever seus nomes ao redor do meu. Fico tão feliz que tenho que chamar o Cebolinha.

~~ºº~~

Estou sozinha aqui. Ninguém havia voltado...

Ando pelas ruas vazias. Ouço os fantasmas de nossas risadas pelas praças e calçadas. É tudo tão triste.

Meu telefone toca. Um numero conhecido faz meu coração palpitar.

–--- Alo Magali! E então? Você vem? O que? Jura!!! Ahhhh ! Que legal! Tudo bem o atraso. Nos vemos semana que vem então. Beijos! Mal posso esperar.

Eu e a Magali nunca havíamos nos separado. Depois do ocorrido eu e minha família fomos para um hotel qualquer, onde minha mãe me entregou o telefone da casa a onde ela ficaria.

Lembro que ela atendeu chorando ainda.

=~^~ ºº~^~=

–--- Mônica a onde você esta?

–--- Eu ainda não sei---- me sentei no sujo chão do hotel ao lado do telefone enquanto conversávamos. ---- A mamãe e o papai não param de conversar e discutir.

–--- Meus pais também não sabem o que fazer. Vamos ficar na casa da minha avozinha por enquanto.

–--- Meus pais falaram que vamos ir morar com a minha tia. Ate eles se organizarem.

–--- Sua tia mora longe

–--- Não sei. Mas te ligo de lá de novo.

–--- Monica... eu estou com medo. E se o Cebolinha tiver razão. E se nos nunca mais nos virmos.

–--- Mas nós vamos! Nós prometemos. ---- me exaltei enérgica e me levantei do chão. No pequeno quarto de hotel pude ver meus pais me observarem sorrido. Eles queriam me repreender por gritar em um apartamento, mas gostaram da minha força; de eu manter as esperanças.

~~ºº~~

E dês de então todos os dias uma ligava para outra. Não importava o dia, ocorrido ou cansaço. Nós ligávamos. E contávamos tuuudo o que tinha ocorrido naquele dia. Eram horas de fofocas.

E a cada ano que se passava eu e ela tínhamos mais assunto para pomos em dia.

Ela me narrou seu primeiro beijo. E me perguntava se eu iria guardar o meu para “ele”. Demorei para revelar que na verdade já tinha o dado. O de despedida.

Sua reação foi como eu esperava. Ela desligou o telefone e me ligou em seguida pedindo desculpas pôs havia caído. Eu ri. Mas me lembrar dele doía. Me lembrar de todos me fazia sentir mal.

Eu cresci rodeada de vários amigos, mas nunca esqueci os meus amigos da infância. E agora eu só pensava em reencontrar todos. Mostrar que não era mais tão baixinha, muito menos gordinha.

As aulas começariam logo e minha mãe já me trás o meu material escolar. Na verdade ela só deixa a caixa para que eu me vire. Tínhamos muito o que desencaixotar. Mas estávamos muito felizes. Fazia anos que todos nos queríamos voltar.

Arrumo as roupas nos armários, tiro os sapatos e ponho debaixo da cama para arrumar depois. Mais roupas nos armários. Por mobília tirar mobília. Fui ao mercado compra algo para comermos. Fiz uma janta. E fechei os olhos na minha caminha um ou dois segundos.

–--- Mônica? Você vai se atrasar para o primeiro dia de aula! Anda logo menina! Cadê as suas roupas? Cadê o material? Vamos levanta que eu te ajudo. ---- Minha mãe invade o quarto mais desesperada que o próprio desespero. E eu me ponho a juntar-me a ela nesta dança estérica para me aprontar.

Já havia passado uma semana nesta brincadeira de arrumar a casa e eu havia perdido completamente à hora.

Em segundos me vejo dentro da escola. Nem sei como cheguei a tempo só sei que cheguei. Acho que alguém virou as páginas muito rápido ou pulou alguns capítulos da minha vida.

Olho na lista de chama na porta que sala eu cai. Aquele amontoado de gente não me deixa xeretar o nome de mais ninguém. Eu busco e encontro o da Magali e me alegro. Já era o bastante.

Quando entro na sala de aula. Uma mocha magra alta e de longos cabelos sedosos vem me abraçar. Por alguns segundos não a reconheço.

–---- Magali! --- Faço um escarcéu na sala de aula e a ergo no colo. Os outros me encaram. Eu não ligo. Sentamos uma ao lado da outra e nos pomos a conversar sobre tudo.

–--- Nossa Mônica você esta linda! ---- ela me elogia, mas meu foco muda. Estou no paraíso por ver minha melhor amiga a meu lado novamente. Parecia um sonho. Mas...

Havia algo errado...

Algumas pessoas da classe pareciam muito mal encaradas. Me davam arrepios. Foco minha atenção em um jovem de manto negro que entra atrasado se sentando ao fundo da sala de aula. Seu cabelo crespo parecia imundo e estava raspado nas laterais deixando apenas o topo da cabeça; ele carregava com sigo um tipo de bastão. Questiono a Magali e ela me confirma ser apenas um guarda-chuva. Mas era grande de mais.

Como chamei muita a atenção ao gritar e erguer Magali; estou apreensiva... Um outro rapais não para de me olhar. E eu não paro de me lembrar o que minha mãe sempre me alerta.

–x-~ Flash Back On ~–x-

Estávamos em uma casa nova. Tínhamos acabado de nos estabilizar graças à tia. E tínhamos nossa própria casa. Sentia falta dos meus amigos, e agora sentia falta do meu primo. Sempre tão atencioso e amoroso comigo.

Logo eu iria começar no segundo ano. E minha mãe tranca a porta para vir falar comigo. Eu me assusto.

–--- Mônica. Nós temos que conversar. ---- ela se senta na cama e me convida a me juntar a ela. A cama era alta e ela me pega no colo e põe em cima dela. Suspira um pouco antes de começar a falar comigo novamente. ---- Mônica meu anjo. Eu não sei como te falar isso. Discuti com seu pai e... ele seria pior do que eu para te explicar.

–---- Vocês vão se separar? ---- já me punha a chorar e minha mãe me abraçou.

–--- Por deus não! Mônica. Eu e seu pai nos amamos. ---- ela sorri e seca minhas lagrimas. Eu não entendo nada. Ela volta a ficar seria e me abraça com força. ---- E amamos mais ainda você. Mas você... Unf! Eu tenho que proteger você. Mas também preciso te dizer... Isso não vai ser fácil. ---- ela me aperta forte como se não quisesse me largar. ---- Você não é normal meu anjo. Sempre achei você forçudinha. Mas com o tempo isso esta piorando. Tenho medo ate onde sua força possa chegar. Eu te amo filha. Mas o mundo não é como nas historinhas. Se souberem o que você pode fazer... vão te machucar. ---- ela me faz olhar em seus olhos. Estava chorando. ---- Você tem que me prometer que não vai deixar que ninguém descubra o que você pode fazer. Por favor.

–--- Sim mamãe. ----a abracei com força.

Eu era pequena, mas entendi o seu temor. Eu não era normal. E aquela fabrica tinha piorado tudo.

~~ºº~~

Este outro rapaz já me encarava com fervor e sem controle durante toda a aula. Usava uma jaqueta verde bem escura e os cabelos também raspados do lado. Mas longos como se fosse um moicano. Ele não tirava a touca para que eu pudesse velo direito... mas ele me era de alguma forma familiar.

No intervalo conheci mais algumas pessoas. Todas estavam estranhando o modo da maioria. Eles me contam que a escola era um ponto seguro pelas leis, mas que o Limoeiro havia se tornado uma área de gangues. Me custo a acreditar.

Pego meu lanche e ouço rapazes passarem por mim e Magali. Eles dizem coisas que faz meu estomago embrulhar e acabo deixando o lanche para a Magali.

Não é o primeiro dia escolar que eu esperava. Foi bem desagradável. Mas nada abalaria o meu humor. Estava feliz por rever Magali.

E voltávamos para casa juntas.

Ate que fomos cercadas em um beco. Três a nossa frente, dois atrás. Cerro o pulso e me lembro do que minha mãe havia me pedido entre lagrimas. Me seguro e corro junto de Magali.

Não dava estávamos cercadas. Eu teria que esmurra-los pelo nosso bem.

Não tinha nada de mais em liberar a minha força contra estes vermes, e na frente da Magali. Eu confiava nela. E ninguém acreditaria neles.

Porem jovem que havia me encarado por toda a aula surge de uma porta entre as tabuas do beco e nos puxa para dentro. Agora que eu não podia mesmo mostrar a minha força.

Bater em um bando de zé ninguém era uma coisa; eu podia confiar na Magali. Mas e este garoto?

Corremos e somos cercados novamente. Os arruaceiros usam de palavras bem vulgares. Posso ver o pânico de Magali. Mas o garoto se põe a nossa frente. Ele não parecia ter medo.

–--- Sai daí! Você é idiota! ---- grito para ele. Estava com raiva. Se ele não estivesse lá eu poderia acabar com todos sem me preocupar. Mas ele tinha que bancar o herói de capa para apanhar...

–--- Mônica não é? É um nome bastante incomum você sabia?---- Ele sorri para mim e deixa o capuz cair de sua cabeça. Posso ver seu cabelo perfeitamente. Era dividido em cinco mechar perfeitas. Meu coração para, eu não respiro mais. ---- Não se preocupe. Eu estou com o meu talismã da sorte. ---- dizendo isso ele saca de dentro de sua mochila um objeto azulado.

Não poderia ser...

Sim era o sansão! O próprio sansão! Que ele segurava com se fosse sua arma de combate.


Ass: Monica Sousa.


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Notas finais do capítulo

( Nunca escrevi uma fanfic mesmo.. só originais então.. se você que esta lendo quiser que ocorra algo. Ou não gostou de algo em especial que fiz com o seu personagem favorito pode comentar que vou mudando e fazendo ^-^)