Limoeiro escrita por Dyryet


Capítulo 16
Aprendendo com os experientes.


Notas iniciais do capítulo

(Calma deixa eu respirar um segundinho. Unf! Pronto. Ai ai é muito personagem para conseguir controlar e pegar todos os focos então... paciência por gentileza. Tipo... 1 eu vou sim mostrar todos, porem acho que é melhor explicar o que esta rolando e diminuir a confusão o quanto antes ai acabo focando mais no passado da turma primeiro. Terminando esta etapa vou pegar pesado no presente, isto é casais e batalhas. )



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E assim todos foram embora... Nada tinha saído conforme o planejado!

Ai ai estou falando igual o cebolinha...

Mas é verdade, tinha dado tudo errado. Era para eu ter ido ao encontro na escola. Teria resolvido tudo, ninguém precisaria marcar nada de pois e não haveria tantas mortes. Eu teria encontrado com o Do Contra antes e ele poderia ter nos ajudado.

Mas me distrai com o Cascão e tudo aconteceu como aconteceu, tudo por um descuido meu. Agora ninguém confia no Do Contra. Mas também... será que nós podemos mesmo confiar nele?


Abandono toda aquela discussão e volto para casa, minha cabeça fica girando enquanto estou deitada na cama. Nem ouço quando minha ame me chama por um motivo qualquer, ela não sabia de nada; e nunca vai saber.

Fico pensando em tudo o que estava acontecendo, o que aconteceu e o que poderia acontecer. Me lembro do que o Do Contra me disse sobre nos ajudar e nos ensinar. Ele já estava nesta cidade a tanto tempo que poderia ser ótimo... se eu conseguisse confiar nele.

Ai! Pobre do Nimbus... ficou arrasado. Também não é por menos. O irmão desaparece por anos para a parecer assim... Não consigo nem imaginar o que se passa na mente dele.

Vi que o Cebolinha foi tentar falar com ele de canto... depois pergunto para ele o que conseguiu. Também vi a Magali sair com ele de carro, mas o Cascão esta junto então esta tudo bem.

O Cascão... o que foi aquilo? Tudo veio a baixo. Tenho que falar com ele depois.

Ele deve ser como eu ter habilidades, e esta mais do que na cara que ele não controla nada. Ele estava comigo no dia do gaz e pode ter cido isso. Mas isso quer dizer que a Magali e o Cebolinha também tem uma habilidade? Mas a Marina não estava lá... como ela fez aquilo?

–--- Aai! Tudo é tão confuso!

Me levanto e vou ate a casa do Cebolinha. Ele podia me ajudar a pensar, e eu também queria perguntar a ele o que havia conseguido com o Do Contra e qual era o seu super poder.

Mas ao sair de casa vejo o Nimbus em um canto a pensar e me sinto obrigada a lhe dar um ombro amigo.

–--- Quer ir tomar um sorvete? Sei que nestas horas se toma cerveja mas... ---- tento fazer graça mas me sinto mal por ter tentado, a coisa era seria e eu fazendo graça. ---- Me desculpa. Você quer conversar?

–--- Sabe.. Mônica... ---- pela sua postura e seu tom de voz achei que ele fosse me mandar embora e já estava indo, quando ele me segurou e me fez sentar a seu lado. ---- Eu não sei o que pensar. O David sempre foi diferente sabe... Vocês ate o apelidaram por conta disso. Mas quando nos mudamos ele piorou muito; dava tanto trabalho a nossa mãe que...

–--- Esta tudo bem... ---- deitei a cabeça dele no meu ombro, eu não queria vê-lo chorar mas naquele momento ele precisava. Tive vergonha por não saber o nome do Do Contra ate o atual momento e fiquei em silencio.

–--- Nossos pais brigavam desde que eu me entendo por gente. Isso já era normal para nós, já nem ligávamos. Na verdade ficávamos apostando quando iriam se divorciar. ----- ele resolve desabafar. Ainda estava no meu colo, admito que fiquei com vergonha de alguém nos ver daquela forma. Mas depois passou, estava mais preocupada com ele. ---- Quando nos mudamos ele começou a falar em coisas absurdas o tempo todo. Anjos e demônios... nossos pais não acreditaram. Chegamos a levar ele em vários médicos, demos remédio e ate o internamos. Mas ele só piorava... Depois disso ele sumiu. Entrou em contado algumas vezes, mas não dizia coisa com coisa. E depois... desapareceu. ---- ele soluça e engole o choro. Garotos são tão marrentos. ---- Me fiseram crer que ele estava louco. Eu fiquei contra ele... depois disseram que ele estava desaparecido. Depois de tantos anos... o deram como morto.

–--- Nimbus... esquece isso. Por favor. Sei que é horrível mas... ---- o que eu podia falar? Em que eu poderia ajudar o meu amigo? ---- Não adianta mais... você ficar pensando nisso. Nos temos que nos concentrar em ajudar ele agora!

–--- Mas mônica... Você ouviu o Cascão....? O modo que ele pensa não é único. Todos acham a mesma coisa. ---- ele ergue o rosto e posso ver lagrimas sinceras rolarem por seu rosto. Eu não sentia tanta intimidade para enxuga-las. ---- E foi tudo minha culpa! Se eu tivesse o apoiado e o ajudado...

–--- Não vou permitir que você se culpe. O Do Contra sempre foi cabeça dura. Ate mais do que eu! Você nunca iria convence-lo... Seja lá o que for que ouve com ele, você só seria arrastado junto.

Eu estava distraída de mais para ver que o Cebolinha que se aproximava sorrateiro, mas também não estava fazendo nada de errado. Nós não tínhamos nada e eu só estava confortando um amigo.

–--- Ola ola... então você é assim agola? ---- ele se aproximou de mim já a me julgar, arqueava uma das sobrancelhas com malicia e continha uma expressão de ódio e desprezo. ---- Fica de xaveco com qualquel um no meio da lua...

–--- Cebolinha se toca! ---- me levantei já o pondo em seu lugar, não estava nem ai para sua fúria; ele não tinha o direito de me julgar. Eu só estava confortando um amigo, mas mesmo que não tivesse, se eu estivesse com ele; não era da conta dele, nós não tínhamos nada.

Mas ele apenas fungou e se virou ainda irritado e saiu em direção a própria casa.

–--- Me desculpa por isso Mônica. ---- a voz tristonha dele me despertou de meu ódio e volto a sentir apatia por seu caso. Nimbus apenas se levanta se despedindo de mim. ---- Eu não queria arrumar problemas entre vocês.

–--- Entre nós? Mas Nimbos nós não temos nada! ---- eu afirmei como tudo que tinha, mas ele me sorriu atravessado. Como se dissesse “assume que você tem sim”.

Mas mesmo com o deboche eu podia ver que ele ainda estava muito abalado e seguia em uma direção oposta a sua casa.

–--- Espera aonde você vai? ---- eu o sigo, não podia deixar ele sozinho agora.

–--- Andar... Não quero ir para casa agora. ---- ele me afirma sem para de caminhar. E eu o acompanho.

Caminhamos em silencio, eu enchia o peito de boas intenções e preocupação mas não consegui pensar em nada para anima-lo; e acabamos indo ate a onde era a padaria do Quinzinho, já esperávamos por encontra-lo destruído ou devastado. Na verdade durante o caminho fomos tentando adivinhar seu estado, sempre chutando o pior que podíamos.

Mas ao chegar o local nos surpreende.

Não estava destruído e sim reformado. A entrada meiga com uma vitrine de doces e pães estava repleta de objetos sexuais e armas frias. Tudo em exposição. A grande entrada não tinha seguranças, mas a porta foi reduzida e a vitrine aumentada para caber mais coisas estranhas.

Ficamos ali observando por um tempo e depois caímos na gargalhada. Nenhum de nós tinha adivinhado que aquilo se tornaria um tipo de bar de strip! Rimos muito mesmo, ate que alguém saiu e por poucos segundos pudemos ver lá dentro.

Era escuro, com luzes focadas no palco. Só deu para ver isso, a porta se fechava bem rápido, mas pude sentir que o Nimbus estava louco para entrar e matar a curiosidade. Acho que nossas intenções eram diferentes em entrar ali. Eu só estava curiosa.

Mas entramos.

O local tinha as paredes pintadas de preto, mas as luzes vinham das laterais como se o teto fosse um forro que as cobrisse. Tenho que admitir que era muito legal! Haviam varias mesas, e se tratava realmente de uma bar; as pessoas conversavam e não ligavam para as meninas que serviam. Nem sequer mexiam com elas.

No palco tinha uma linda moça cantando. Não estava dançando estava cantando. Me impressionei em encontrar um ambiente tão agradável.

–--- Eu gatinha! ---- um cara se levanta da mesa e vem ate mim. Eu já estava pronta para atacar quando ele continua a falar. ---- O chef disse para protegermos vocês. Se não iria acabar com todos nós... São amigos de infância dele não é? ---- foi ai que vi que suas roupas estavam do avesso, no escuro era difícil. ---- Vem senta aqui conosco.

Eu olho para o Nimbus e ele me olha, ficamos em silencio sem saber o que fazer ate que ele volta a nos chamar e nós o seguimos. Na mesa os outros também tinham o mesmo uniforme, apesar de ter varias pessoas de varias gangues dava para ver que eles realmente não se misturavam. Lá era mais um local neutro e de paz.

–--- Quais são seus nomes? ---- ele se vira e chama uma das garçonetes e entrega um copo para cada um de nós. Um liquido vermelho e preto muito assustador que nós dois ficamos a encarar.

–--- Eu sou a Mônica e este é o Nimbus...

–--- Nimbus? Olha gente este é o Nimbus! ---- eu não pude terminar de falar; ele começo a gritar para o restante que se animava tanto quanto ele. ---- Então você é o famoso? Hahaha! Conta ae! Como o chef era na infância antes dos poderes? ---- ele questiona rindo estridentemente.

–--- Ele tem algum podre engraçado tipo molhar a cama? ---- outro cara comenta entre risos. Todos pareciam boas pessoas.

–--- Anm... Ele era a mesma coisa... eu acho que os poderes não mudaram nada. ---- o Nimbos finalmente para de encarar o copo estranho e se arrisca dar um gole. ---- Só que antes ele forçava e agora o universo em volta dele faz o que ele faz... ---- a expressão dele ao tomar o primeiro gole me deixa curiosa e com vontade de experimentar também.

–--- Vocês gostam do Do Contra? ---- me pergunto ainda olhando em volta. Todos me encaravam no começo mas agora voltaram a me ignorar. As serventes me incomodavam um pouco, estavam todas de roupas intimas ou muito insinuantes. Mas ninguém mesmo mexia com elas então eu tentava me segurar. Era difícil ficar à-vontade naquele local.

–--- Do Contra? Hahaha ouviram isso rapazes? Olha o apelidinho do chef quando era guri! ----- rles riram tanto que me senti mal por ter dito. ---- Desde pequeno o cara já era assim... Da pra imaginar o porque do apelido. Mas se gostamos do chef? O chef é o chefe horas! Nós que escolhemos seguir ele... então sim. Gostamos do chef.

–--- Você disse que ele os mandou nos proteger. O que lê dis...?

–--- O que ele falou de mim para vocês? ---- novamente sou interrompida, desta vez pelo Nimbos que parecia bem alterado. Olho para ele e percebo já tinha tomado todo o copo. Minha vontade era tirar ele dali imediatamente.

–--- Bem... ---- o terceiro indaga pensativo. Ele também notou a alteração de Nimbus. ---- Ele não é de falar muito, ate por que ninguém entende. Só alguns... ---- mas ele pede outro copo e o serve, empurrando para mim o meu para que eu o bebesse logo. ---- Ele contou apenas que tinha um irmão caçula. Mas imaginamos que seria bem mais novo. Vocês tem quanto tempo de diferença? Não são gêmeos mas também não tem um ano.

A pergunta parece que incomoda o Nimbus e ele sai. Peço desculpa e saio atrás dele, o alcançando antes que ele saísse. A musica alta e luzes não escondem seu transtorno.

A verdade é que eu também fiquei curiosa. Para mim eles eram irmãos, eu era uma criança e nunca me importei com estes detalhes bobos. Mas eles sempre foram bem diferentes... fisicamente também.

–--- Acho que agora ficou mais na cara não é...? ---- ele se recosta sobre uma parede se põe a beber. Não tinha percebido quando ele tinha pego o copo. ---- Depois que fomos embora... e ele começou a dar tantos problemas... Minha mãe se afastou. Não queria que eu tivesse mais contato com ele... ou com a mãe dele.




Ass:Mônica Sousa


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Notas finais do capítulo

(Bem... Pedi ajuda e me deram. *-* Cycy Batista te amo por isso! O nome real do DC é Mauricio. Mas é o nome do garoto não do personagem então fui conforme o meu gosto e seu significado: Pus David por que amo este nome e tem o significado de “Preferido” e ele é o meu predileto mesmo. E Cleber pos significa “Habitante no penhasco”, que fica de simbolismo de tudo que ele passou. E mantém a sigla. Claro causei como sempre no passado do povo e tomei liberdade de fazer as minhas próprias alterações no fado dos irmãos mestiços... mas vou explicar logo.)