Unforeseen escrita por UmaEscritoraAnônima


Capítulo 25
Ainda


Notas iniciais do capítulo

Gente, o meu editor HTML bugou, alguém me socorre?
Ps.: estou sem postar a três dias tentando resolver isso, e não consegui ( '-' ) , então o capítulo teve que sair assim mesmo :c substituindo o — pelo ---- , notaram a diferença? Pois é :c



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É só um rapaz. Como o MEU rifle, que estava no chão. Esse ladrãozinho. Amy não é hora pra isso.

Daryl se ergue com certa fúria nos olhos.

–--- Largue sua besta ---- ele diz

Opa opa, ninguém mexe com a besta. Ainda divido o 1º lugar com ela.

–--- Você é corajoso ---- Daryl murmurra

–--- Ninguém precisa se ferir, eu só preciso de armas ---- ele responde

Ele parece realmente nervoso com o que está fazendo. Não seria menos que isso.

–--- Por favor entregue sua besta ---- ele diz

Daryl o encara. Espero que ele não voe no pescoço dele. Ele dá um passo a frente e coloca a besta no chão.

–--- Pra trás ---- o garoto diz

Dou um passo para trás, em seguida outro. Sem tirar os olhos dele. Ele se abaixa e pega a arma do Daryl.

–--- Me desculpem por isso ---- ele diz se afastando

Ele retira uma faca e corta uma das barracas que possuia zumbis dentro, em seguida corre de lá. Ele só queria tempo, e o tempo é o que nos separa da morte. Daryl retira a faca e desconta uma parte da sua raiva em um dos zumbis. Mato outro e corremos atrás dele.

Vamos até a porta e nos forçamos para abri-la, ela está trancada, querendo ou não está. Daryl esmurra a porta em vão. Me afasto e suspiro. Sem armas, maravilha.

Daryl vai bufando até o estacionamento para sairmos daquele lugar. Temos facas contra uma cidade, isso vai ser divertido.

–--- Sou só eu ou.. estamos ferrados ---- digo enquanto andamos

–--- É só um garoto ---- ele responde

–--- Um garoto que tem armas ---- digo

Estou me sentindo engraçada hoje, por que será

–--- Vamos achar mais armas ---- ele responde forçando uma porta de emergência

Ele abre a porta e vamos atravez dela saindo daquele prédio.

...

Andamos por uns quarteirões sem ter problemas. Eles devem ter ido para algum lugar longe daqui. Vamos na direção onde vimos o carro, é uma ponte. Ela ainda está longe mas em um certo ritmo conseguimos alcança-la. Em um longo tempo chegamos até ela.
A ponte está vazia, só uns jornais que voam sob ela, o carro branco está quase caindo da ponte. Um provável acidente aconteceu aqui.

Andamos em direção ao carro abandonado, sem muita expectativa.

Daryl se aproxima e puxa a porta, as duas. Nenhum som é ouvido e parece estar vazio.

–--- Tudo bem ---- diz Daryl o encarando

–--- Vai subir nesse troço? ---- digo

Ele me encara, nem preciso de reposta.

–--- Eu vou então, sou mais leve ---- digo, e ele me continua me encarando ---- pedra, papel tesoura?

Ele me ignora e vai até o carro, pulando nele.

–--- Sério? ---- digo calmamente

Zumbis começam a se aproximar. Ignoro, mas me lembro que não temos armas, droga. Mas temos tempo.

Vou até o carro e também subo nele. Isso é meio desconfortante, estar em um carro que só está metade no chão. Daryl se senta na cadeira do motorista e o carro começa a se balançar, vou me escorando até alcançar seu lado. Me sento na cadeira do passageiro e vejo pelo vidro uma horda vindo.

–--- Temos que ir ---- digo o encarando

Ele revira uns papéis. Me levanto e ele me segue.

–--- Essa maca, tem hospitais por aqui? ---- ele pergunta

–--- A gente descobre ---- digo saindo

Os zumbis vem dos dois lados, recuo assim que percebo.

–--- Daryl ---- digo quando vejo ele matando um zumbi próximo

–--- Vamos ---- ele diz se dirigindo ao carro

Eu entro e corro até o banco, me viro e vejo Daryl me seguir. Ele puxa a porta e os zumbis começam a se juntar. Eles vão nos empurrar ponte a baixo.

–--- Esse dia pode piorar? ---- digo ao me sentar

–--- Só tem um jeito ---- ele diz se sentando no banco do motorista ---- põe o cinto

–--- Você não vai fazer isso ---- ele puxa e coloca seu cinto ---- você vai fazer isso, droga

–--- Anda logo ---- ele me repreende

Puxo meu cinto e o pressiono em sua trava. Encosto a cabeça no banco e respiro fundo.

Vamos morrer.

O momento se torna calmo de repente. Daryl me encara.

–--- Se segura ---- ele diz

–--- Não vai dizer que me odeia como antes? ---- digo sorrindo

–--- Não ---- ele diz sorrindo

–--- Legal ---- digo o encarando

O carro balança e se prepara para cair. Sorrio e o carro se movimenta, dou um suspiro e me preparo.

O carro se move e eu me viro para frente, fechando os olhos.

Ele cai.

Sinto o impacto. Me esforço para abrir os olhos, um zoombido percorre meu ouvido. Me viro e vejo Daryl com a cabeça baixa. Começo a ficar preocupada, e tento me movimentar.

Ele levanta a cabeça e me encara. Puxo o ar e solto lentamente, que alívio.

–--- Foi como uma montanha russa ---- digo pegando fôlego

Começamos a rir dentro daquele carro. Algo se choca contra o vidro e o sangue percorre sob o carro. Rapidamente me assusto. Logo varios sons se é ouvido estourando ao redor.

–--- Zumbis idiotas ---- sussurro pra mim mesma

Me esforço para retirar o cinto e abrir a porta. Tento me erguer e sair do carro. Vejo os corpos partidos ao redor. Ouço a porta se abrir do outro lado e vou ao encontro de Daryl, meu ombro dói. Começo a andar em sua direção.

Ao me aproximar eu quase caio, e ele me segura. Passo o braço em sua cintura e ele me ergue. Nos esforçamos para sair dali.

...

Me sento no pequeno degrau

–--- Como está? ---- ele pergunta me examinando

–--- Já estive pior ---- respondo 'alegremente'

–--- Que estupidez ---- ele diz pensando no que fizemos e andando em círculos

Fico em silêncio e ele se senta ao meu lado. Eu me viro e o encaro.

–--- Vamos para onde agora? ---- digo

–-- Precisamos achar um lugar e..

–--- Acha que vamos conseguir o que queremos só olhando? ---- pergunto o interrompendo

–--- É um começo ---- ele responde

–--- É, tudo bem ---- digo baixo

Um silêncio fica presente ao redor. Pensamentos nos percorre.

–--- Acho que saí do jogo ---- ele diz de cabeça baixa

–--- Sabe.. se você parar de apostar, nunca vai perder ---- respondo ---- mas eu apostaria em você ---- sorrio

Ele sorri e se vira para levantar.

–--- Vem ---- ele diz

–--- Como podemos ter uma relação tão bipolar? ---- digo e ele se vira

Ele movimenta os ombros.

–--- Estou cansada, você podia me carregar ---- digo

–--- Não começa ---- ele diz dando as costas

Reviro os olhos e me levanto.

...

Entramos em três prédios diferentes. Conseguimos uma faca em uma das nossas viagens, já está chegando ao fim do dia outra vez. Encontramos um prédio revirado, como os outros. Nada de muito útil mas precisamos ter uma visão de onde ir.

–--- Aquilo é um hospital? ---- digo olhando pela janela

–--- É ---- ele diz me estendendo uma batata empacotada

–--- Não tem esquilos? ---- digo pegando a batata e ouvindo o som do pacote se contraindo

Ele ignora, vai começar com isso de novo?

Me sento na janela e escoro a cabeça no vidro. Ele se aproxima.

Comemos em silêncio.

–--- Quase morremos, não tem anda a dizer? ---- digo quebrando o silêncio

–--- Quase morremos todos os dias, não tem diferença ---- ele responde

–--- Mas quase morremos do nosso jeito, isso não torna as coisas diferentes? ---- digo e ele me encara

Um som se é ouvindo a alguns metros, nos levantamos e pegamos nossas coisas. Corremos para fora daquela sala e passamos por um corredor escuro, até a fonte do grunhido.

Um zumbi se mantém preso contra a parede, por uma flecha.

–--- É sua? ---- pergunto

–--- É ---- ele responde

Ele mata o zumbi e retira a flecha, um som de tiros vem de um lugar próximo. Corremos até o corredor mais próximo e vejo o garoto segurando um zumbi sem saber o que fazer. Ele joga o zumbi em minha direção e começa a correr. Daryl mata o zumbi antes de mim.

–--- Tudo bem? ---- Daryl pergunta

–--- Tudo ---- respondo

Daryl corre até o garoto e eu vou o seguindo devagar. Ele é um cara morto uma hora dessas.

Chego até eles e vejo o garoto preso embaixo de uma prateleira, o que houve aqui?
Começamos a recolher nossas coisas no chão enquanto um zumbi tenta empurrar a porta que está presa pela prateleira ao chão.

–--- Por favor, eu tinha que me proteger ---- o garoto diz

Daryl se abaixa e pega um maço de cigarros que estava no chão, retirando seu isqueiro do bolso.

–--- Não, já te protegi uma vez, não vai acontecer de novo ---- Daryl diz acendendo o cigarro ---- divirta-se com ele aí

–--- Não, por favor ---- o garoto implora

Daryl se vira em minha direção e começa a andar. Ele passa por mim e vai se dirigindo ao corredor.

–--- Daryl para ---- digo o fazendo virar

–--- Você quase morreu por causa dele ---- ele grita

–--- Mas não morri ---- digo

Ele olha ao redor por um momento.

–--- Deixa ele aí ---- ele diz se virando

–--- Daryl ---- digo

Essa foi a deixa para ele ir embora.

–--- Me desculpa por favor, me desculpa ---- o garoto continua

O zumbi começa a atravessar a porta. Fico sem saber o que fazer naquela hora. Uma flecha voa e acerta a cabeça do zumbi. Eu me viro e vejo Daryl segurando sua besta em mãos.

Respiro e me abaixo o ajudando a sair de debaixo daquilo. Daryl não parece se importar.

–--- Obrigado, muito obrigado ---- o garoto começa a repetir

Daryl se aproxima e fica entre mim e ele. O garoto se levanta rápido e vai até uma janela próxima.

–--- Eu tenho que ir, eles vão vir ---- o garoto começa a repetir ---- eles ouviram os tiros

–--- Quem? ---- Daryl pergunta

–--- Eles o garoto diz ---- as pessoas do hospital

–--- Espera aí, fala pra gente ---- Daryl o para

–--- Tem alguém novo lá? ---- pergunto, imagino que o pessoal do Terminus foi pra lá

–--- Só a Beth ---- ele diz, Daryl olha para ele com um olhar de surpresa ---- conhecem ela? Ela me ajudou a sair, mas ainda está lá.

Não sei quem é, não conheci nenhuma Beth. Olho confusa para os dois.

Ouço um barulho e me viro em direção a janela. Um carro branco para em frente ao prédio.

Um carro branco com uma cruz preta.


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