Unforeseen escrita por UmaEscritoraAnônima


Capítulo 23
Juntando os pedaços


Notas iniciais do capítulo

Na serie Daryl vai com a Carol, mas como a fic é minha u-u heuheuheu brincadeira
Ps. : Ninguém sabe onde a Beth está, todos pensam que ela está morta
Boa leitura u.u



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/592699/chapter/23

Todo sorriem e estendem pratos um ao outro. As velas iluminam o lugar, enquanto risos ecoam sob suas paredes.

— Eu quero propor um brinde — diz Abraham, os olhares são voltados a ele — olho para essa sala e vejo sobreviventes, cada um de vocês. Aos sobreviventes — ele diz levantando sua taça

— Saúde — dizem em um coro

Levanto minha taça e deixo escapar um sorriso.

— É só isso que querem ser? — ele diz sério, a expressão de todos se muda e o encaram — acordar de manhã, lutar contra mortos-vivos, dormir com os olhos abertos, acordarem e fazer de novo?

Ele fala sobre a viagem ridícula que quer fazer, para salvar a humanidade.

— Vocês estarão seguros lá, venham com a gente — ele diz

— Topamos — Rick diz e todos começam a sorrirem

Não fico para saber como isso vai terminar. Me ergo e me levanto.

Vou em direção a estrada e começo a andar no escuro, aperto minha faca e encontro um carro abandonado. Me sento no banco do motorista e giro a chave. Ele se liga e eu fecho a porta. Desligo o carro e escoro no banco, pensando o que eu faço.

Uma coisa se aproxima e eu saio do carro, a mandando de volta para o inferno.

Suspiro e penso no que vou fazer.

Um barulho entre as árvores começam e eu me viro rapidamente. Daryl surge na escuridão e me encara.

— O que tá fazendo? — ele pergunta

— Eu não sei — respondo

— Vamos — ele diz

— Não, Daryl — digo me aproximando — quando nos conhecemos, eu disse que acharíamos o seu grupo e eu iria embora. Foi assim, está com eles agora.

— Que besteira — ele responde

Abro a boca para responder quando ouvimos um barulho de carro a poucos metros. Nos abaixamos e vemos o farol entre as árvores. Um carro preto passa e Daryl corre para vê-lo.

Ele se vira e corre em minha direção. Ele pega a besta e quebra os fárois.

— O que tá fazendo? — pergunto

— Precisamos saber quem são — ele responde

Terminus, penso.

— Anda logo — ele diz entrando no carro

Abro a porta do passageiro e entro. Ele acelera e vira em direção a estrada.

...

Ele segue o carro silenciosamente, ele não nos percebeu. E espero que continue assim.

O carro para em uma esquina, Daryl para mais atrás tomando conta pra que não nos veja.

— O que ele tá esperando? — Daryl diz

Fico em silêncio e observamos. O carro se desliga e a porta se abre. Ficamos apreensivos e nos afastamos, quando um homem desce.

— São dois, um é policial — Daryl diz

— Ótimo — digo e suspiro

Ele me olha e sinto seu olhar de "não é hora pra isso". Bem, se vou morrer que não seja em um momento tenso. Pego me arma e a aperto, como se minha coragem viesse dela. Daryl encara minha mão e volta seus olhos aos meus.

— Podem ter visto a gente — me explico

O homem caminha em direção a uma rua ao lado, não sei o que procura.

Ficamos ali observando em silêncio. Sem chances dele retornar.

Suspiro enquanto esperamos para ver o que acontece. Fixo meus olhos no carro parado, por que ele... Ah! Dou um pulo quando um zumbi bate na janela.

— Estamos em um momento tenso aqui — digo olhando para a janela

Suspiro e tento manter a calma, meu coração está acelerado, esse desgraçado. Ele continua tentando empurrar a janela.

Daryl já nem se preocupa em me encarar. Então o homem retorna da rua escura, carregando alguma coisa. Os grunhidos do zumbi ao meu lado me atrapalham a pensar.

Ele joga o que estava carregando no chão e encara o zumbi ao meu lado, ele começa a olhar para o carro. Daryl aperta o volante e eu me preparo para qualquer coisa. Ele dá pequenos passos para trás e abre a porta do passageiro. Ele entra e o carro é novamente ligado.

Suspiro enquanto vejo o carro virar a rua. Daryl dá a partida no nosso. Partida, só a partida.

— Merda, o tanque secou — ele diz — eles deviam ter pegado a saída mas não pegaram. Estão na cidade em algum lugar.

Observo aquela esquina, enquanto os zumbis começam a chegar.

— Precisamos achar um lugar para ficar até amanhã — Daryl diz

Nos encaramos por um longo momento.

— Tudo bem — digo me virando

Precisava estragar? Sim.

Abro a janela lentamente enquanto o zumbi se desespera para me alcançar. Coloco a faca para fora e acerto sua testa.

— V de vingança — digo calmamente

Daryl nega com a cabeça e sai, ele não resiste as minhas piadinhas de apocalipse.

...

— Vai demorar? — digo quando começo a ouvir os típicos grunhidos

— Está quase — ele diz se apressando

Puxo o ar e solto lentamente, os grunhidos se aumentam.

— Consegui — ele diz empurrando a porta

Olho para a rua vazia, fria e escura e observo as coisas saírem das casas e vir em nossa direção. O som faz um eco por todo o quarteirão, me viro e corro para dentro. Daryl fecha a porta atrás de nós.

Um prédio, é só isso.

Caminhamos examinando o lugar, vemos corpos no chão. Daryl retira um molho de chaves de um dos corpos. Chuto que ele era um zelador.

Empurramos móveis contra as portas. Chegamos até um dos apartamentos, usando as chaves.

Não sei bem que lugar é esse. É só um quarto, com uma beliche. A de cima azul e a de baixo rosa, com um ursinho. Um quarto de criança, como um abrigo.

— Vou ficar com a de cima, a de baixo tem mais o seu estilo — digo sorrindo

Simplesmente não resisto. Ele sorri e eu coloco minha arma na cama.

— Pode dormir, eu vigio primeiro — digo desviando meu olhar dele tirando o colete e seguindo até uma janela

— O lugar é bem fechado — ele diz — está tudo bem

— Eu vigio primeiro — digo o encarando

— Você quem sabe — ele responde se virando

Ambos sabemos que nossas conversas nunca dão em nada. Essa é uma oportunidade para conversamos, eu preciso. Ele se senta na cama.

— Por que não diz o que está pensando? — Daryl diz

— Não posso mais salvar as pessoas, tenho que parar de fugir — digo olhando pelo vidro

— Então por que está aqui? — ele diz

Me viro e o encaro, vou em sua direção e me sento na cama. Me deito e suspiro.

— Mais cedo no carro, se eu não tivesse aparecido, o que teria feito? — ele diz tentando me olhar

— Eu não sei — digo suspirando

Ele se vira e se deita, ficamos ali olhando para a madeira da beliche de cima.

— Eu deveria recomeçar de novo, mas não consigo — ele diz sem me encarar

— O que falta para você recomeçar? — digo

Ele suspira e procura forças de algum modo.

— Você — ele se vira e me encara — não posso recomeçar sem você

Eu me viro e encontro seus olhos. Fico em silêncio perdida naquele momento, meus olhos encontram seus lábios, eu não posso. Não posso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem estiver com alguma dúvida ou sugestão, usem os comentários u-u u*u



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Unforeseen" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.