Meu nome não é mulher! escrita por Liran Rabbit


Capítulo 1
Capítulo Único




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Eu não sabia ao certo do porque de ter voltado. Eu me lembro que após ter perdido para o shinigami Ichigo eu estava me desfazendo, me tornando cinzas. Mas mesmo assim eu não estava com medo, só me sentia indiferente com tudo aquilo.

A mulher me olhava com horror e medo.

"Você tem medo de mim, mulher?"

"Não tenho medo"

Ela estendia a mão e eu estendia a minha também, lembrando-me de suas palavras e do significado de "coração".

Se eu rasgasse o peito dela eu o veria? E se eu abrisse o crânio dela, eu entenderia? Eu acho que eu nunca poderia entender... Mas naquele momento pareceu como um clarão, o coração ou o que poderia se assemelhar a ele estava bem ali, na palma da minha mão, estendida para aquela humana que me fez ver o significado de tais palavras.

Mas eu nem sei ao certo como o humano Ichigo conseguiu convencer os shinigamis de deixar eu no mundo dele. Uma das coisas mais óbvias é que eu também sou parte humano e não um arrancar, quiseram me condenar a morte, só que mais uma vez ele os convenceu.

 

— Ulquiorra-kun? Você está bem?

Inue Orihime, a humana da qual eu tinha tirado da vida de seus conhecidos e amigos, levado ao Hueco Mundo e deixado para que servisse ao uso de Aizen-sama. Lembro de quando ela falava de seu "coração", ficava confiante quando eu falava que seus amigos tinha ido lhe resgatar.

Mas agora ela não ficava com raiva de mim por tê-los machucado ou muito menos ter machucado seu amigo shinigami, Ichigo Kurosaki.

Eu estava morando temporariamente na casa dela, até que Urahara-san achasse algum lugar para mim. Ele teve até a ideia para eu ficar lá, mas Inue tinha se oferecido primeiro.

— Estou mulher, não sei porque a pergunta. - Apenas me concentrei no que estava fazendo, observando-a ler um livro.

Sentados no chão, eu não sabia o que poderia tirar um tédio. Será que os humanos tem manias de não ter um objetivo na vida?

— Você está me observando a um tempo, achei que estivesse querendo alguma coisa... - Seu rosto ganhou uma coloração rosada e eu apenas a fitei com um duvida, por que ela sempre tem essa reação quando fala comigo?

— Quero ouvir seu coração, sentir ele batendo. - Falei simplesmente que automaticamente, mas não senti vergonha.

— O q-que? Coração? - Gaguejou e ficou mais rosada ainda. - Bem e-eu... Claro. - Sentou ao meu lado, pegando minha mão e a colocando devagar em seu peito. As batidas era boas, mas iam batendo de uma forma um pouco acelerada.

— Seu coração está batendo um pouco rápido mulher.

— Ulquiorra-kun, quantas vezes eu tenho que falar? Não me chame de mulher e sim pelo meu nome. Inue Orihime. - Falou mais paciente da situação.

— Hime-chan.

— Isso, assim está... Hime-chan? - Falou sobressaltada.

— Você não gostou? - Olhei meio decepcionado para ela, parece que ela notou minha reação.

— N-não fique assim, eu gostei.... - Sorri sem graça.

— Seu coração está mais acelerado. - Virei-me para ela e a puxei pela cintura, trazendo-a para sentar-se ao meu colo. - Assim está melhor.

— Ulquiorra-kun...! Seu... Pervertido!

— Eu não vou lhe fazer nenhum mal. Apenas queria ouvir seu coração, posso? - Ela me olhou confusa, mas logo assentiu devagar só que seu rosto ainda tinha a coloração rosada.

Abracei-a e coloquei meu ouvido sobre seu peito, apertando-a contra mim para ouvir as batidas. Estavam no mesmo ritmo de antes e Inue respirava devagar.

— É tão calmo... - Voltei a abraça-la, deixando minha cabeça escondida em seu pescoço e seu fios de cabelo caindo em meu rosto.

— Sim é...

— Por que você quis que eu ficasse aqui? Com você? - Ela me olhou surpresa, mas parou para pensar. - Não foi por pena, ou foi?

— Não foi por pena. É que... Eu queria você ao meu lado novamente. Não gostei quando você tinha ido embora. - Sua voz saiu falha ao fim, afastei um pouco e vi seu rosto. Lágrimas desciam pelo rosto. Levei minha mão para seca-las e beijei seu rosto carinhosamente.

— Lembro o que você me disse quando eu tinha ido embora. "Não tenho medo de você" - Vi ela dar um sorriso de canto e por um segundo pensei que ela ia falar algo. - É bom saber que você não tem medo de mim, tenho humanidade agora e você trouxe ela de uma maneira incompreensível Hime.

— Fico feliz por você estar aqui... - Falou me abraçando também. - Você tem razão, é calmo... - E então eu beijei sua testa e devolvi o abraço, mas ali eu tinha colocado uma coisa que nunca saberia, amor aquela mulher. Não de irmão ou de um amigo, de cara que começa a sentir e não percebe.


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Notas finais do capítulo

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