Saint Seiya High School escrita por Myu Kamimura, Madame Chanel


Capítulo 8
VIII: Átomos do Amor.


Notas iniciais do capítulo

Aulas de grego, com Aiolos e Química, com Afrodite. Seiya finalmente decide falar com Saori, porém, ao chegar no Templo de Athena, a flagra aos beijos com Shô.



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Quinta-feira. Mais um dia e finalmente seria sexta! Esses pensamentos deixavam os garotos animados para a aula, mas logo os entristeciam quando lembravam que tinham um super trabalho sobre a Segunda Guerra Mundial para fazer no fim de semana. Aiolia era o mais revoltado, já que passara as ultimas horas na Biblioteca do Santuário, lendo os pergaminhos com os nomes de todos os Cavaleiros que lá estiveram nos últimos 300 anos. Ele deveria passar 20 horas lendo, porém Saga o liberou antes, devido à escola:
-Aiolia... Cê tá com uma expressão horrível, cara! – falou Seiya, ao ver o Leão entrar praticamente se arrastando na sala de aula.
-É isso que dá ficar espionando jovens amazonas tomando banho no riacho. – retrucou Sammyrah, como sempre se olhando no espelho.
Aiolia nada respondia, parecia estar dormindo em pé. O sino tocou e o ressuscitado Aiolos entrou na sala:
-Bom dia a todos.
-Bom dia professor Aiolos. – todos saudaram.
-Mmmmpppmm... – resmungou Aiolia, caindo de cabeça na carteira depois – ZZzzzzzZZZZzzzzZZZZ .
Aiolos quebrou um pedacinho de giz e lançou no ar, acertando precisamente o centro da testa de Aiolia:
-Não pense que pegarei leve só porque você é meu irmão. Se te pegar dormindo outra vez, ficará de castigo.
-Opa! Tô bem acordadinho! Chega de castigo!
Aiolos abriu a bolsa de couro que carregava, pegou um livro e uma garrafinha:
-Abram seus livros de grego na página 2. E... Aiolia?
-Sim?
-Pega! – Aiolos lançou a garrafinha para o irmão, que a pegou no ar – É cafeína... Ajudará você a se manter acordado.
-Valeu cara!
-Vamos começar nossa aula de Grego.
De repente, Sammyrah levantou a mão, para espanto dos demais:
-O que foi?
-Eu não quero aprender a escrever e ler grego. Já sei falar. Além do mais, sou russa e tenho berço! Minha família tem brasão! Meu sangue é azul!
-A Grécia é o berço da civilização... Sem o grego, não existiria o latim e não existiriam as outras línguas. O seu sangue pode ser azul como você diz, garota... Mas ele só existe por causa das antigas civilizações gregas!
-Professor... Não discuta com a gostosa. – falou Hyoga.
-Vai dar piti também, loirinho?
-Não...
-Então vamos começar. Todos na página 2!
Aiolos, em relação aos outros professores, era muito tranquilo, explicava quantas vezes fossem necessárias e, principalmente, não encheu a lousa de matéria e nem deu crises de stress, que nem Dohko:
-Bem, espero que semana que vem todos me tragam o dever de casa feito.
-Sim, professor Aiolos. – todos responderam.
O sino tocou. No intervalo o assunto não podia ser outro a não ser a próxima aula, Química, com o professor Afrodite:
-Dizem que o Afrodite é cheio dos pitis. – comentou Hyoga.
-Melhor não estressa-lo para evitar trabalhos gigantes. – citou Ikki.
Do outro lado do “pátio”, Seiya, comendo uma maçã, desabafava com Shiryu sobre a cena que viu no outro dia:
-E foi isso cara... Parecia um casal apaixonado. Ridículo!
-Seiya... Você está morto de ciúme, não está?
-Ah cara! Você é meu amigo e sabe que estou. é o único que sabe que eu sou doidinho pela Saori-chan.
-Então porque não chega nela de uma vez e fala? Se você não tomar cuidado, o Cavaleirinho de subcategoria vai acabar ficando com ela.
-Tem razão Shiryu! Vou tomar uma atitude ainda hoje.
O sino tocou novamente, indicando a segunda aula. Todos voltaram para a sala de aula. Afrodite entra na sala de aula, coloca a bolsa de couro sobre a mesa, retira um livro, um estojo e um vasinho de vidro com uma única rosa vermelha, colocando-o sobre a mesa:
-Bom dia, crianças.
-Bom dia, professor Afrodite.
-Ai que bonitinhos! Todos com os uniformes que eu fiz... – o cavaleiro então repara nas duas moças da frente – Essas são as túnicas feitas por mim, garotas?
-Sim... – responde Sammyrah – Porém você as deixou compridas demais. Demos o nosso jeitinho.
Afrodite ficou sério. Alexandre, discípulo do cavaleiro já esperava um piti do mestre:
-Ai! Lá vêm os gritos agudos – pensou ele, tapando os ouvidos.
-Levantem-se!
As duas se olharam e se levantaram, esperando uma bronca, porém:
-UM LUXO! Adorei a mudança de vocês! Também gostosas desse jeito, até um saco de lixo cai bem. Sentem-se.
-Aê! Finalmente alguém que nos entende. – comemorou Aiolia.
-Quieto, Leão.
Afrodite se sentou, pegou o livro, abriu, tirou um marcador de página todo decorado e falou:
-Resolvam os exercícios das páginas 8 a 10 e tragam para que eu viste assim que terminarem. – disparou Afrodite, pegando uma lixa de unhas.
-Mas, você não vai explicar a matéria, professor? – perguntou Camus.
-Ai Ai... Sempre tem um CDF. Todos aqui sabem o que são átomos, não é?
-Sim...
-Todos sabem que eles são a composição de tudo que é chamado de matéria, não sabem?
-Sim...
-Então... Podem muito bem resolver esses exercícios. Não vou perder meu tempo explicando uma coisa que vocês já sabem. – conclui ele, voltando a lixar as unhas.
A aula de química foi menos assustadora do que todos pensaram. No final, todos voltaram a seus afazeres normais, exceto Milo, que foi falar com o Grande Mestre e Seiya, que estava decidido a falar com Saori:
-Vou tomar um banho rápido e depois subo no Templo para conversar com ela. – pensava o cavaleiro, entrando na cabana. – Mas cadê aquele cientistazinho de merda?Enquanto isso, no Templo de Athena:
-A ideia da escola foi um sucesso! – comemorava Saori, sentando aos pés da estátua de Athena. – Uma ideia tão boa só poderia ter partido da sua cabeça, Shô. O Seiya jamais teria uma idéia assim.
-Pra que falar do Seiya, Saori-chan? Não era necessário...
-Eu sei... Mas, às vezes, sai tão natural...
Inconscientemente, a jovem deixa escorrer uma lágrima. O Cavaleiro de Aço sentou-se a seu lado, a abraçou e enxugou a lágrima com o indicador direito:
-Eu não quero te ver chorar... Você é muito mais linda sorrindo, Saori-chan.
A deusa abre um sorriso:
-Você é tão bobo, Shô...
O vento começou a dançar por entre os cabelos lilases da jovem, embalado com o canto dos pássaros. O sol brilhava, iluminando aquela pele branca, deixando um resplendor digno de uma deusa sobre Saori. Respiração em sintonia, batimentos cardíacos acelerados. Ela estava em seus braços, como resistir? Era a oportunidade perfeita. Shô foi se aproximando e estranhou o fato de estar sendo correspondido. Saori cerrou os olhos e ofereceu seus lábios para o Cavaleiro. Estaria ele sonhando? Não... Ele percebeu que não quando sentiu os lábios quentes e com sabor de morango da jovem tocar os seus, iniciando aquele beijo tímido, mas que ele ansiou por muito tempo:
-Me perdoe Athena... Eu não deveria ter...
-Quieto...
Ele não sabia se ela estava usando-o para esquecer Seiya. Provavelmente estava, mas isso pouco importava. Shô finalmente estava fazendo algo que sempre desejou. Estava beijando Saori. Porém um bônus ainda o aguardava:
-Sa-... Saori-ch-... Saori-sa-... KIDO-SAN !
Era Seiya. Ele havia subido ao Templo para se declarar e flagrara a cena toda. Trazia em suas mãos uma rosa vermelha, na certa, pediu a Afrodite antes de passar por sua casa.
Shô se sentia vitorioso e Saori estava dividida, mas de uma coisa tinha certeza: estava cansada de não ter seus sentimentos valorizados pelo Pégasus:
-O que foi Seiya?
-O que significa... Isso?
-Quando duas pessoas se gostam, elas se beijam...
-Mas... Esse local... É um local santo e...
-QUIETO SEIYA! Quem é você para falar o que devo ou não fazer? Onde devo ou não beijar alguém? E, aliás, o que veio fazer aqui?
-Queria falar com você... Mas vejo que cheguei tarde. Boa sorte, Shô, vai precisar.
O Pégasus lança a rosa no chão, pisa em cima e desce as escadas correndo, deixando os rastos de suas lágrimas para trás. Tudo que ele mais queria era o colo de sua irmã, Seika, mas ela estava a kilometros de distância, estava no Japão. Não havia ninguém que entendesse sua dor naquele lugar, porém, ele estava enganado. Quando já estava na rota alternativa das 12 casas, descendo para sua cabana, sente uma presença familiar. Ele se vira e dá de cara com sua mestra, Marin:
-O que aconteceu com você? Porque está com os olhos marejados?
Seiya nada diz, apenas abraça a amazona e desaba em lágrimas:
-Chore... Chore o quanto quiser. Eu sabia que algo estava acontecendo com você. Quer conversar?
Ele apenas fez um sinal positivo com a cabeça:
-Ainda parece aquele garoto de 7 anos... Quer ir para a sua cabana?
-QUALQUER LUGAR MENOS AQUELE!
-Acalme-se... Se você não quer, não vamos para lá. Já sei onde poderemos conversar tranquilamente.
Marin pegou na mão do discípulo e saiu caminhando com ele até os limites do Santuário, nos rochedos onde ele costumava treinar quando criança. Lá, deitados e olhando o céu, o Cavaleiro contou à mestra o que tinha acontecido:
-Mas você também viu, Seiya... Foi vacilo...
-Eu venho te pedir conselho e você me repreende?
-A Seika diria a mesma coisa... Eu finalmente achei que você tinha tomado jeito. Fiquei surpresa quando você me falou que terminou com ela. Se você realmente a ama, saberá reconquista-la. Se não... Parta para outra. Agora tenho que voltar ao Coliseu, antes que aquelas garotas decidam fugir. Tentarei conseguir outra cabana para você, não se preocupe.
-Obrigado por me aturar, Marin. – falou ele, se levantando. – Acho que vou para o Coliseu com você. Acho que vai me animar um pouco.
-Pode vir... Mas não atrapalhe os treinos.
-Certo.
Seiya até que se distraiu no treino, porem, vira e mexe, as cenas de Shô beijando Saori voltavam a sua cabeça.

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Notas finais do capítulo

Ai ai... Dramalhões Mexicanos... É tão bom escrevê-los.
Sem reviews, nada de capítulo 9.
Beijos



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