Imperfect escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 29
Você Deveria Ficar Com James


Notas iniciais do capítulo

Hey, Hey, Hey...

AI MEU SANTO MERLIN!
PESSOAS? SIM, EU ESTOU VIVA, VAMOS GRITAR? GRITEM XINGAMENTOS, GRITEM TUDO QUE TA AI DENTRO.

Ta, calma, respirem fundo, sim, sou eu, sim, isso é um capitulo novo de Imperfect, não, você não está sonhando, sim, eu mereço uns tapas pelo tempo sem postar, sim, eu sou uma pessoa horrível.

Epa, epa, epa, antes da explicação, leiam o capítulo pra matar a saudade...

Boa leitura!!!



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Ela quase desequilibrou caindo para o lado quando Marlene passou voando em sua frente, a cabeça girando a fez sorrir momentaneamente, ela só podia estar brincando, saindo em disparada pelos corredores de Hogwarts. Ela deu um passo para trás, sabendo que logo Dorcas passaria como o flash por ali, e foi exatamente o que aconteceu, a morena disparou em sua frente rindo, logo atrás de uma Marlene irritada.

Ela ate ficaria parada observando, se alguém não segurasse em sua mão e começasse a arrasta-la também, ela sentiu o cheiro doce daquele perfume familiar, era tão familiar o cheiro, e ela não se recordava de onde.

— Ah, vamos lá, Rose! — a garota que a puxava, que por algum acaso era ruiva, bufava arrastando a mesma

Ela adentrou o refeitório, talvez fosse tarde, porque até mesmo as merendeiras tinham as expressões cansadas, e as panelas já estavam escassas, ali estava o motivo para Marlene estar voando por ai, elas estavam atrasadas.

— Acho que Alice se perdeu — Dorcas coçou a cabeça olhando para a porta do corredor

— O professor vai nos matar!

— É só mais uma aula de literatura, Marlene! Está tudo bem...

— Só mais uma aula de literatura? Quem é você e o que fez com Lily Evans?

— Ai meus deuses! Dá pra respirar?

— Fiquem quietas, se alguem nos descobrir aqui a uma hora dessas estamos todos ferrados

— Como se a tia da cantina já não tivesse visto — A voz de Marlene era desesperada e baixa, como se estivesse pronta para matar alguem a qualquer momento

— Ela é gente boa!

Enquanto as três debatiam entre si, elas começaram a passar lanches, umas para as outras, famintas. Rose apenas observou enquanto pegava um sanduíche da rodinha. Marlene comia com tanta pressa que o medo de Lily era mais que a amiga engasgasse do que ser encontrada, como monitora, isso seria uma falta de exemplo.

— Rose, você viu quem foi a ultima a dormir? — Dorcas cutucou a ruiva curiosa

— Não... Fui a primeira — Rose respondeu em um murmuro baixo e se surpreendeu ao ouvir a própria voz estranha

— Foi a Lily — Lene apontou para a ruiva descaradamente — Onde estava, dona Lilian?

— Estudando — Lily deu de ombros —Ah, não falem de mim, o despertador estava muito bem ligado quando deitei!

— Não me diga que alguem entrou no meio da noite e... Não acredito!

— O que? — as outras três exclamaram em uníssono e a encararam, Marlene jogou o sanduíche na mesa e amarrou a cara

— Alice! — Lene esbravejou com as bochechas já vermelhas de revolta

— Que? Por que Alice faria isso?

— Os marotos, Lily! Ai que droga!

— O que fez a Sirius dessa vez? — Dorcas revirou os olhos e voltou sua atenção a barrinha de chocolate

— Eu estava só brincando, pintei o cabel...

— Você pintou o cabelo do Sirius? O que você fumou?

— Ele só estava me irritando e eu...

— Marlene! — Lily rebateu começando a rir

— E não era só uma aula de literatura, Lily, é a ultima revisão antes do projeto

— Como assim? Mas nós não pegamos nada na última aula

— Eu não acredito que Alice teve coragem de fazer isso conosco, quanto será que ele pagou a ela?

— Talvez um quarto e o namorado dela?

— Cale a boca, Dorcas! Logico que Alice não trocaria nossa confiança por...

— Eu trocaria vocês por uma noite com James...

— Do que esta falando, Marlene? O Potter é ridículo!

— Eu sei muito bem o que é ridículo, Lírio — Lene estalou a lingua em tom de deboche enquanto Dorcas caia na gargalhada

— Vá a merda — Lily fechou a cara cruzando os braços

— Não precisava esconder de nós, Lírio! Nós já sabemos do que está rolando

— Não está rolando nada!

— Claro que está!

— O que você acha disso, Rose?

Então todos os olhares mais uma vez se voltaram para a pequena Rose, que observava tudo calada. Ela fitou as três garotas, Lily estava com as bochechas rosadas e os olhos mais escuros que o normal, como se guardasse segredos; Marlene mastigava um pedaço de maçã e os olhos brilhavam com a recém descoberta; Já Dorcas olhava risonha, com um sorriso maior que o rosto e os olhos arregalados, esperando. Rose sentiu a própria respiração ficando devagar

— Você deveria ficar com James... — Ela sussurrou olhando para Lily, porém aquelas palavras pareciam voltar contra ela mesma.

Antes que as meninas pudessem falar qualquer coisa o sinal tocou e Rose sentiu uma dor no peito a atingir, a visão agora embaçava, e ela era fisgada para trás, arrancada a toda força para longe, longe dali. Tudo começava a perder a cor, e agora tudo era branco, branco, como um espaço sem fim, ela olhou ao redor confusa, poderia correr, mas preferiu ficar parada, por medo de não encontrar saída, era como uma sala totalmente branca, ela não sabia onde eram as paredes, nem o teto, só o chão porque pisava nele, e esse mesmo poderia ser falso.

Ela sentou no chão com as pernas cruzadas e suspirou, não tinha se quer consciência para saber onde estava ou para onde iria, ela só estava ali, por alguma razão desconhecida, mas havia uma razão. Depois de algum tempo, ela deitou, já cansada demais, como se tivesse passado um dia cansativo. Alguns minutos de olhos fechados e ela começou a escutar uma respiração, uma respiração que não era sua, a ruiva rapidamente sentou alertada, olhou em todas as direções, mas não havia nada ali, só a respiração, ela parou, e escutou atenta

— Oi, Rose

A voz a espantou, ela até poderia conhecer aquela voz de algum lugar, por ser tão confortante, mas agora não recordava de onde.

— Como você está hoje? Hermione disse que você continua dormindo como um anjo... — a voz tinha um tom certamente cansado, mas mesmo assim parecia estar segurando a emoção — Você sabe que já pode acordar, não é? É muito simples, é só você querer, se você ainda quiser...

Então houve um silêncio, a voz diminuira a ultima frase ate seu ultimo tom, ela não sabia o que acontecia fora daquela sala, mas era como se a voz ocupasse todo o local.

Naquele dia, fora o primeiro em que Rose ouvira aquela voz, e fora a primeira vez que algo tomara cor naquela sala, agora tinha um chão, um chão esverdeado, como grama recém cortada, um chão infinito, porque agora parecia que ela estava sobre um céu totalmente branco.

E a voz, voltava todos os dias...

***

— Oi Rose, se sente melhor? O medico disse que você podia escutar, isso não é incrível? — Ele engolia em seco — Clarie trouxe rosas brancas para você, apesar de achar que você prefere as vermelhas... Você já não está dormindo por tempo demais? Já deve estar cansada de dormir, se realmente existir um cansaço para isso...

***

— Olá Rose! Você iria adorar como o dia está bonito hoje! Sabe quando o céu fica todo azulado e só tem algumas nuvens? E elas parecem coisas? O clima está tão agradável, e o sol nem está nos aquecendo hoje, está tão bom para sair em um parque e fazer um piquenique, o que você acha disso? Se você quiser, nós podemos ir todos juntos fazer um piquenique, mas só se você quiser!

***

— Hey! Quer um chocolate? Sim, deixe-me te contar, Lily comeu tanto chocolate ontem a noite que esta no trono desde que acordou, ela dizia que o coelhinho a trazia chocolate não para ficarem esperando em uma estante, acho que ela não vai entrar no uniforme nunca mais, Rebeca foi até em casa levar um chá para ela, agora que as coisas estão calmas, se é que você me entende, tudo pode voltar ao normal, basta você querer...

***

— Feliz natal, Rosa! Guardamos os seus presentes em baixo da sua cama, é bem capaz de Hugo pegar antes mesmo de descobrirmos alguma coisa! — Ele riu docemente —Vovó já está reclamando comigo sobre o trabalho, ela devia focar um pouco mais no resto da família, você também não acha? É estranho que nem mesmo Clarie foi a ceia ontem, mas estamos indo bem mesmo assim... Não espere, não me referi a Clarie e eu, quero dizer, a familia, todos nós estamos indo bem, você também deveria!

***

Até que um dia, por um dia inteiro ela esperou, deitada na grama, sobre o céu estrelado, o barulho reconfortante da brisa, ela esperou ali, olhando as estrelas, e a voz não veio. E assim foi, esperando, um, dois, três, quatro, cinco dias, ela esperou pela voz, mas não ouvia nada, parecia que a voz tinha decidido ir embora de vez, a deixando presa, sem novidades ali dentro. Ela preferia ainda assim, se não tivesse aquela voz por perto, estar com as garotas no colégio.

***

Então ela acordou, esperando que fosse mais um dia vazio, sem fazer nada, só olhando para cima, quando ela notou algo diferente, seus olhos correram ao redor ate pararem ao longe, onde ela avistava uma porta, mas não era uma porta qualquer, era um portal, totalmente brilhante, que chamava sua atenção, ela então se levantou depois de muito tempo, percebendo que ainda sabia andar, ela começou a ir em direção ao portal, ele resplandecia de tão brilhante.

Ela estava seguido quando agora ouvira uma respiração pesada, por um momento ela ouviu a respiração acelerada e parou a alguns poucos metros do portal, ela parou e olhou para trás, ela conhecia aquela respiração.

— Rose! Não, espere um pouco! — Agora a voz estava desesperada, e quase não parecia estar falando com ela

Só então ela percebeu que outras vozes ao redor estavam ali, barulhos e vozes.

— O senhor não pode ficar aqui, tem que sair ela já está...

— Me deixe falar com ela uma última vez

— Seja breve

Ela escutou passos se distanciando, e a respiração tão conhecida agora começava a tentar se controlar

— Rose, você não pode ir, você não entende? Por que não está tentando? Você já esta nessa maca a meses, e está tão pálida que mal posso te reconhecer. Mas você não pode ir, não pode nos deixar. Nem pense em nos deixar para trás, eu sei que você jamais faria isso, volte. Hermione já está chorando lá fora, com suas ultimas esperanças, e você não faz ideia de quantos soluços dá pra escutar lá fora. Rosa, volte, por favor, pequena, lute, faça o que você faz de melhor, sobreviva, porque nós precisamos de você, Rosa, eu preciso de você.

Ela escutara com atenção e seus olhos encheram de lágrimas, agora ela sentia lagrimas marcando a própria bochecha, ela sentia, sentia saudades, sentia dor, sentia tristeza, sentia amor, Rose sentia. Ela agora sentia a própria mão quente, envolvida por algo, talvez a mão do dono daquela voz apertasse a sua, e ele apertava com carinho, mas havia um detalhe, aquele aperto estava deixando sua mão molhada, ele estava chorando. Rose rapidamente olhou para cima e gritou, ela gritou com força total, talvez ele a escutaria, mas não parecia ter resultado, ela caiu de joelhos e cobriu o rosto com as mãos, chorando e gritando de mágoa.

— Eu preciso de você... — Ela sussurrou e lembrou de algo que a fez erguer a cabeça em um piscar de olhos — Eu deveria ficar com James...

As palavras foram tão rápidas quanto como ela tomou uma respiração profunda e abriu os olhos, arregalou, como se estivesse assustada e olhou para o lado, focando na pessoa ali

— Rose?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Ta, eu voltei ja derrubando tudo, porque sou dessas.

Venham aqui meus pequenos imperfeitos, me perdoem, eu sei que demorei e tudo mais, mas não conseguia escrever se quer uma palavra depois de "Rose". Mas agora estou aqui, não estou?

E não vou embora ate encerrar, okay? Okay!

Até o próximo!

Blue Misses :*



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