Imperfect escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 10
Erguendo


Notas iniciais do capítulo

Hey, Hey, Hey, olá meus queridos(as), como vão? Eu estou bem, obrigado, eu consegi escrever esse capítulo, digamos que estava empolgada o/.
Sem mais delongas.
Boa leitura!!!



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A ruiva piscou freneticamente, ao final da festa todos estavam tombando de tão cheios, e sonolentos, traziam uma vaga lembrança de quando Arthur contava histórias para os pequenos, na sala, enquanto todos tinham seus olhares vidrados no livro que o mais velho carregava, logo que a história acabava eles já começavam a bocejar, caindo um por cima dos outros sonolentos, e dormiam ali, no largo tapete, todos juntos, como apenas crianças.

Não queria fechar os olhos e pensar que tudo não passara de um sonho, um único sonho bom, não queria passar para o pesadelo, mas o sono pesava em suas pálpebras, suspirou cansada e deixou o sono lhe vencer.

Dream on

Correndo sem olhar para trás, empurrando os galhos com o braço que já estava arranhado o suficiente, alguns cortes mais profundos que outros, ela ofegou com os olhos marejados, arregalou os olhos olhando para o céu, para onde seus pés a levavam? Com o cabelo pegando fogo as sua costas.

Os galhos começaram a desaparecer, ela corria na esperança de ter encontrado a saída daquela floresta sem fim, então ouviu um grito, aquela voz grossa, pesada, parecia estar cada vez mais próxima, ela tropeçou em seus próprios pés, as palmas das mãos de encontro a terra molhada, os joelhos ralados ao bater em uma pedra, engatinhou para trás de uma larga arvore, a árvore tinha uma pequena abertura, ela se lembrava dessa árvore, empurrou a casca escura com toda a força que lhe restara, e adentrou pela brecha para dentro do tronco, puxou de volta a casca e se encolheu.

Estava escuro ali dentro, sozinha, na esperança de que alguém viesse a buscar, a voz do lado de fora ainda gritava histericamente, ela sabia que ele estava cambaleando, entregando a vantagem para a ruiva correr, ela respirou fundo, tentando controlar a respiração, sabia que ele a encontraria, mas também sabia que aquilo havia o machucado, sua mãe provavelmente lhe passaria um sermão quando soubesse que ela havia usado aquilo afiado, quando escutou o estalo ela sabia que era o momento de correr, saiu correndo, mesmo sabendo que ele a seguiria.

A última vez que esteve ali naquela árvore fora em um esconde-esconde, onde Clarie colocara seus grandes olhos verdes para dentro e gritara que tinha a achado, suspirou sentindo as lágrimas descerem pelo rosto, as marcas que havia deixado em sua pele não eram nem um pouco bonitas, ela estranhou quando o liquido amarelo saiu de si, sabia que aquilo era uma doença, era inteligente o suficiente para saber que o liquido significava uma infecção, aquilo estava ficando horrível, mais acima de seu pulso, estava inchado, o sangue às vezes escorria, depois parava, mas aquela abertura continuava feia.

Tateou no escuro procurando algo, encontrou o objeto, a lanterna que Alvo havia deixado ali, alegando que toda noite alguém entrava ali e ficava no escuro, ela acendeu a lanterna que piscou e então reluziu, cobriu parcialmente a luz, com medo de que ele pudesse vê-la, gastou muita energia correndo, já estava desgastada, encostou a cabeça do tronco e fechou os olhos, apagou a lanterna e a colocou ao lado, dobrando os joelhos para o lado, rapidamente caiu no sono.

Um raio de sol invadiu seus olhos, abriu os olhos relutantes e piscou contra a luz, o que era aquilo? A casca estava estirada no chão, e olhos vermelhos a encaravam, ela prendeu a respiração, sabendo o que vinha pela frente, ele ergueu a adaga no alto da cabeça com as duas mãos, e quando fez menção para atacar, ele parou, seus braços caíram pelos lados do corpo, os olhos arregalados, perdendo a cor, a boca entre aberta escorrendo uma fina linha de sangue, e a lâmina, atravessando seu peito, ultrapassando toda sua pele, ele tombou para o lado.

Ainda assustada seus olhos se ergueram para o dono da espada, ele puxou a espada para fora do individuo, que jazia morto no chão, ela soltou um grito abafado, ele jogou a espada ao chão, o peito subindo e descendo, o cabelo desgrenhado, as lágrimas marcando sua bochecha rosada, os lábios abertos buscando ar, as mãos manchadas de sangue, ele olhou para ela como em alívio, ela começou a chorar, ainda assustada.

Ele estendeu a mão para a ruiva, ela girou as pernas, esticando-se, olhou mais acima dele e seus olhos encontraram o sol, e algo a cegou, o coração disparou em seu peito, o corpo sendo estirado no chão, ele recuou ao notar que ela convulsionava incontrolavelmente, gritando histericamente, o coração fisgado para cima, sendo arrancado de seu peito.

Então ele se ajoelhou ao seu lado e sussurrou seu nome, ela lhe fitou com os olhos arregalados, a visão perdendo o foco, o corpo perdendo o controle, memórias de outra pessoa, gestos de outra pessoa, outra pessoa a invadia, estava tomando seu espaço, a ruiva girou a cabeça procurando algo para pará-la, para parar aquela que tomava posse de seu corpo.

Ele agarrou seu braço, murmurando palavras que ela desconhecia, lembrou do livro, o livro com capa branca, com duas letras enormes bordadas, suas frases, por um momento achou que ele estivesse recitando as palavras do livro, mas ele não estava falando aquela língua, ele estava a chamando, chamando a de volta, de volta para um lugar que nem ela sabia onde era, estava pedindo para ela voltar, seus olhos perderam foco, o sangue escorria sobre seu peito, sobre o buraco de onde seu coração fora arrancado.

Dream off

Ergueu-se com um grito, os olhos arregalados em puro terror, olhou ao redor desesperada, enxergou o quarto através das lágrimas, a janela que trazia a brisa para dentro, estava entre aberta, as cortinas abertas, a cama quente debaixo de si, o lençol confortável sobre sua pele, a porta fechada, o tapete vermelho no chão felpudo, a escrivaninha mais ao canto, um livro ali em cima, o guarda-roupa do outro lado, perto da janela, tudo parado, silencioso.

Rose fungou , enxugou as lágrimas de medo, percebeu a fantasia sobre uma cadeira ali, inclinou a cabeça para um lado pensando, aquilo tinha algum significado não tinha? Havia mais alguém em seu sonho, ela não sabia dizer quem era, mas de alguma forma, ele havia matado aquele a quem mais temia, porém era apenas um sonho, um sonho diferente dos outros, não era um pesadelo qualquer, ele havia o matado ali, estava livre dele vagando em seus sonhos? Livre não completamente, ainda havia ela, tomando posse de si, se mexeu desconfortável, voltou a se deitar vagarosamente.

Será que ela tinha mesmo se transformado na Branca de Neve? Quando a mesma saiu correndo, e então o príncipe a salvara de qualquer mal, quantas vezes o príncipe a salvara? Bem, havia um príncipe em seu sonho, ele havia a encontrado, mas quem era ele?

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Logo que o dia raiou, ela estava ali, esperando ansiosamente ao lado da filha, Molly havia insistido para que fossem mais tarde, a mãe negara e a trouxera o mais cedo que pode acordar, afirmando que quanto mais cedo descobrissem era melhor.

Molly teclava no celular rapidamente, como se o teclado pudesse sumir a qualquer momento, ela falava com uma de suas amigas, a amiga falava que tinha uma novidade não muito agradável, Molly franziu o cenho, implorando para que ela contasse logo.

Seu nome ecoou por toda a sala e Audrey se ergueu, olhando para a filha que também se levantou, seguindo o rapaz de jaleco, ele era muito jovem para ser médico, pensou Molly fungando, entraram na sala que provavelmente era dele, o cheiro de remédios fortes invadiu suas narinas, ela respirou profundamente, e tossiu, um pouco engasgada com aquilo.

Audrey lhe fitou preocupada e as duas se sentaram, o jovem revirou uma papelada em sua mesa, ergueu os olhos para a mulher, Molly pode ver em seus olhos preocupação.

— então, doutor, o que minha filha tem? – Ela perguntou curiosa

— bem, senhora Weasley, sua filha está em um estágio inicial de câncer – ele murmurou em tom culpado, como todo médico, os olhos da jovem se encheram de lágrimas, o medo surgiu em sua garganta, Audrey ficou pálida e olhou para a filha preocupada

— que tipo de câncer? – a mãe perguntou em um fio de voz

— Leucemia Mielóide Crônica – ele respondeu entregando uma folha, onde dizia os seguintes sintomas, e os tratamentos

— e quais são as chances de cura? – ela continuava insistindo com sua voz embargada

— são poucas, como estamos no início podemos ter grandes chances de cura, a Leucemia Mielóide Crônica pode consistir durante toda uma vida – ele explicou, Molly cobriu o rosto com as mãos começando a chorar, Audrey olhou desesperadamente para o médico, ele respirou fundo observando a garota.

Molly escutou o celular tocar sua típica música agitada, Audrey franziu o cenho pegando o celular e atendendo

— alô? – Audrey perguntou com sua voz baixa

— Anh... Senhora Weasley? A Molly está ai? – a voz abafada falou ligeiramente do outro lado

— sim, ela está ocupada, pode deixar o recado que eu falo pra ela – Audrey suspirou e afagou os cabelos da filha

— a Roxy, você a conhece, Roxanne, ela andou usando drogas, com aquela amiga dela – a voz exclamou, Audrey arregalou os olhos, as lágrimas começaram a correr teimosas por seu rosto

— pode deixar que vou avisar – ela murmurou chorando, a menina exclamou um adeus, com a voz preocupada, Audrey fitou a jovem, Molly tinha parado de soluçar, as mãos ainda no rosto, e em segundos suas mãos caíram em seu colo e ela tombou para o lado, o médico se levantou o mais rápido que podia, pegando a garota no colo, Audrey se mantinha nervosa, seu coração ardia no peito, sua filha estava desmoronando, aquela família estava desmoronando.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Se encontraram algum erro corram para me avisar! Eu estou disposta a corrigir o/.

E então, eu tinha que narrar um dos pesadelos da Rose, e esse pesadelo significa avanço! Rose se erguendo, vou lembrar de avisar a ela que todo vencedor tem um imprevisto na reta final ;)

Eu estou mortificada, eu fui atrás de fontes sobre cancêr, e vou dizer, estou cansada, deveria ter prestado mais atenção nas aulas de ciências...

Até o próximo :*